Roland Garros é um nome que, facilmente, associamos ao tênis. Na verdade, é o nome do mais famoso torneio de tênis em terra batida – disputado em Paris, normalmente entre os meses de maio e de junho.
No entanto, ao contrário do que pode pensar-se, o homem que dá nome ao torneio e ao complexo desportivo que o acolhe não passou de um tenista amador e sem registo de grandes vitórias.
Roland Garros, nascido a 6 de Outubro de 1888, na cidade de Saint-Denis, na ilha de Reunião, gostava de desporto e, além de tênis, durante os seus anos de estudante, já na França, para onde foi enviado pelos pais para ingressar no ensino secundário, também praticou ciclismo, futebol e rugby.
Foi durante a universidade que frequentou, assiduamente, o estádio, no local onde hoje se realiza o torneio, fator que levou um amigo seu, mecenas de uma nova infra-estrutura desportiva a ser construída no local, a condicionar, em 1927, a sua ajuda financeira à escolha do nome de Roland Garros para aquele conjunto de quadras de tênis.
Sem grandes vitórias no desporto, foi na aviação que Roland Adrien Georges Garros se notabilizou. O primeiro contato com o mundo dos aviões, dizem os registos biográficos, ocorreu em 1909, quando, de férias em Sapicourt, foi assistir aos eventos locais da “Grande semana da aviação”. Aprendeu sozinho a pilotar e conseguiu o seu brevê no ano seguinte. Depois de alguns anos a participar em provas de aviação, nas quais foi apelidado, pelos jornais da época, de “o eterno segundo”, Garros conseguiu o seu maior feito a 23 de setembro de 1913. Foi nesse dia que concluiu a primeira travessia aérea sem escalas do Mediterrâneo.
Partiu da cidade de Fréjus, na costa sul de França, aos comandos de um avião Morane-Saulnier (foto acima), e restavam-lhe apenas cinco litros de combustível quando pousou, sete horas e 53 minutos depois, em Bizerte, na Tunísia.
Teve pouco tempo para celebrar, porque, no ano seguinte, já estava a combater na I Guerra Mundial. Foi como piloto de guerra que trabalhou, juntamente com a fábrica Morane-Saulnier, na criação e montagem do sistema que permitia o disparo de tiros de metralhadora entre as hélices dos aviões. Com esse equipamento abateu três aeronaves alemãs, antes de ter de efetuar uma aterrissagem de emergência e de ser feito prisioneiro. Foi então que o seu sistema foi copiado, estudado e aperfeiçoado pelo engenheiro alemão Anthony Fokker.
Conseguiu fugir, retomou o seu lugar na Força Aérea francesa, mas foi morto durante um combate aéreo a 5 de outubro de 1918, sobre as Ardenas, perto de Vouziers. Lá foi sepultado.
Fonte: Hugo Monteiro (Rádio Renascença)
No entanto, ao contrário do que pode pensar-se, o homem que dá nome ao torneio e ao complexo desportivo que o acolhe não passou de um tenista amador e sem registo de grandes vitórias.
Roland Garros, nascido a 6 de Outubro de 1888, na cidade de Saint-Denis, na ilha de Reunião, gostava de desporto e, além de tênis, durante os seus anos de estudante, já na França, para onde foi enviado pelos pais para ingressar no ensino secundário, também praticou ciclismo, futebol e rugby.
Foi durante a universidade que frequentou, assiduamente, o estádio, no local onde hoje se realiza o torneio, fator que levou um amigo seu, mecenas de uma nova infra-estrutura desportiva a ser construída no local, a condicionar, em 1927, a sua ajuda financeira à escolha do nome de Roland Garros para aquele conjunto de quadras de tênis.
Sem grandes vitórias no desporto, foi na aviação que Roland Adrien Georges Garros se notabilizou. O primeiro contato com o mundo dos aviões, dizem os registos biográficos, ocorreu em 1909, quando, de férias em Sapicourt, foi assistir aos eventos locais da “Grande semana da aviação”. Aprendeu sozinho a pilotar e conseguiu o seu brevê no ano seguinte. Depois de alguns anos a participar em provas de aviação, nas quais foi apelidado, pelos jornais da época, de “o eterno segundo”, Garros conseguiu o seu maior feito a 23 de setembro de 1913. Foi nesse dia que concluiu a primeira travessia aérea sem escalas do Mediterrâneo.
Partiu da cidade de Fréjus, na costa sul de França, aos comandos de um avião Morane-Saulnier (foto acima), e restavam-lhe apenas cinco litros de combustível quando pousou, sete horas e 53 minutos depois, em Bizerte, na Tunísia.
Teve pouco tempo para celebrar, porque, no ano seguinte, já estava a combater na I Guerra Mundial. Foi como piloto de guerra que trabalhou, juntamente com a fábrica Morane-Saulnier, na criação e montagem do sistema que permitia o disparo de tiros de metralhadora entre as hélices dos aviões. Com esse equipamento abateu três aeronaves alemãs, antes de ter de efetuar uma aterrissagem de emergência e de ser feito prisioneiro. Foi então que o seu sistema foi copiado, estudado e aperfeiçoado pelo engenheiro alemão Anthony Fokker.
Conseguiu fugir, retomou o seu lugar na Força Aérea francesa, mas foi morto durante um combate aéreo a 5 de outubro de 1918, sobre as Ardenas, perto de Vouziers. Lá foi sepultado.
Fonte: Hugo Monteiro (Rádio Renascença)
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