
"Tínhamos três línguas oficiais no espaço: o inglês, o russo e a língua de Oklahoma (estado americano)", contou, brincando, o comandante russo da missão Soyuz, Alexei Leonov, de 76 anos, durante entrevista coletiva conjunta, em Moscou.
A brincadeira dizia respeito ao forte sotaque do comandante americano da missão Apolo, Tom Stafford, de 79 anos, originário da região.

Realizada em 17 de julho de 1975, depois de oito anos de rivalidade, sobretudo na conquista do espaço, a missão Soyuz-Apolo consistiu na união nos céus da nave americana Apolo, com três astronautas a bordo, e da nave soviética Soyuz, com dois cosmonautas.

"Naquela época, nossas culturas se diferenciavam muito mais do que agora. Nossos programas espaciais eram como duas árvores com as raízes separadas que nós devíamos juntar para unir nossos dois sistemas", lembrou Vance Brand. "Conseguimos isso com sucesso. Agora temos a impressão de que foi fácil, mas não foi", acrescentou.
"O mais difícil foi aprender russo", brincou o comandante Stafford.

A tripulação da Soyuz-Apollo: de verde, os soviéticos capitão Alexei Leonov e o engemheiro Valery Kubasov e, os três astronautas americanos Thomas Stafford, Donald "Deke" Slayton e Vance Brand, em julho de 1975
Vance Brand disse que se expressavam entre si usando um vocabulário de crianças de três anos. "Rimos muito com nossos erros, isso serviu para animar nossas reações no espaço", acrescentou.
"Algumas vezes ele confundia algumas palavras", brincou Valeri Koubassov, lembrando uma cena dos primeiros momentos no espaço, quando Brand chegou diante dele para pedir uma "roman" (romance em russo), confundindo a palavra com "riemen" (corrente em russo).
Além desse aprendizado linguístico, "levamos as relações entre nossos dois países a um nível inédito", lembrou Vance Brand.
A expedição deixou um ensinamento: "é mais fácil a comunicação entre cosmonautas e astronautas do que entre políticos".
"Algumas vezes ele confundia algumas palavras", brincou Valeri Koubassov, lembrando uma cena dos primeiros momentos no espaço, quando Brand chegou diante dele para pedir uma "roman" (romance em russo), confundindo a palavra com "riemen" (corrente em russo).
Além desse aprendizado linguístico, "levamos as relações entre nossos dois países a um nível inédito", lembrou Vance Brand.
A expedição deixou um ensinamento: "é mais fácil a comunicação entre cosmonautas e astronautas do que entre políticos".

O cosmonauta Alexei Leonov e o astronauta Thomas Stafford
"Nosso voo é um símbolo muito importante para o mundo. No espaço, criamos relações muito fortes e mostramos que também é possível viver assim na Terra", concluiu o comandante Stafford, que depois dessa missão adotou duas crianças russas.
Fonte: AFP via Correio Braziliense - Imagens: RIA Novosti
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