Foto tirada pelo próprio Spirit em Marte
Em entrevista ao site Daily Mail, o porta-voz da universidade, Ray Arvidson, afirmou que, como giro das rodas do Spirit, encontraram "algo incrivelmente interessante no solo alterado". A sorte da equipe não parou por aí, pois o robô parou exatamente em um local dividido em parte solo genérico, parte solo rico em sulfato, o que permitia comparar facilmente as duas amostras.
A descoberta também alimenta as teorias de que Marte um dia teve a presença de vida. Arvidson afirma que "áreas assim [com a presença de água] poderiam um dia ter suportado vida". Os sulfatos também são tidos como evidência de "erupções molhadas" no planeta, quando ondas de fumaça de ácido sulfúrico e lava escorreram de vulcões há bilhões de anos. Por mais inóspito que possa parecer, o ambiente poderia trazer elementos orgânicos e condições para formas primitivas de células sobreviverem.
Outra hipótese levantada é de que Marte possui uma tempestade de neve a cada centena de milhares de anos. O material de sulfato encontrado pelo Spirit era poroso, o que indicaria ter passado por variações no clima do planeta. A teoria afirma que o eixo naturalmente balança, provocando a exposição de uma das calotas aos raios solares, tornando o gelo em gás e provocando neve no equador.
A descoberta não mudou os planos dos cientistas de tirar o robô do local. "Ficamos lá por mais de seis meses. É um longo tempo para fazer medições. Aprendemos muito, mas estamos prontos para sair", disse Arvidson. Mesmo se o plano de fuga da Spirit falhar, a Nasa ainda terá saído no lucro. A missão deveria ter durado somente 90 dias, mas os dados continuam a ser enviados desde 2004.
Fonte: eBand - Foto: NASA
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