Avião não-tripulado Reaper: espionagem no Iraque e Afeganistão
Apesar de os militantes terem conseguido assistir aos vídeos, não há evidências de que tenham mexido nos sinais eletrônicos das aeronaves ou tomado seu controle, afirmou nesta quinta-feira uma autoridade de Defesa sob condição de anonimato.
O acesso aos vídeos pode fornecer aos militantes informações críticas sobre quais são os alvos dos militares, incluindo prédios, estradas e outras instalações.
Segundo o Wall Street Journal, os militantes xiitas no Iraque usaram programas de software como o SkyGrabber — disponível na internet por quantias irrisórias como US$ 25,95 — para interceptar regularmente os vídeos dos aviões não-tripulados, também chamados de drones.
A ação dos hackers foi possível porque as aeronaves têm um link de comunicações desprotegido. O comando militar sabia há mais de uma década dessa vulnerabilidade, mas achou que os adversários não teriam capacidade de explorá-la.
Então em dezembro do ano passado, o Exército prendeu um militante xiita no Iraque cujo laptop continha arquivos de vídeos interceptados dos drones. Em julho deste ano, encontrou arquivos piratas em laptops de outros militantes, levando algumas autoridades a concluir que grupos treinados e financiados pelo Irã estavam regularmente tendo acesso aos vídeos e os compartilhando com grupos extremistas.
Em resposta ao problema, descoberto pela primeira vez há um ano, o Departamento de Defesa criptografou todos os sinais de seus sistemas de vídeo do Iraque, Afeganistão e Paquistão, afirmou o funcionário de Defesa.
O Predator, também essencial no Afeganistão e na busca por membros da Al-Qaeda e outros militantes no vizinho Paquistão, tem autonomia de voo de várias horas e pode ser controlado por pilotos a milhares de quilômetros de distância.
A aeronave pode voar com ou sem armas e faz parte de um crescente arsenal de equipamentos similares, que incluem os aviões Reaper e Raven.
Fonte: iG (com informações da AP)
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