terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Governo aprova fim do estado de exceção em aeroportos de Bangcoc

O Governo interino da Tailândia aprovou hoje a suspensão do estado de exceção declarado em 27 de novembro nos dois aeroportos de Bangcoc ocupados pela opositora Aliança do Povo para a Democracia, que buscava a renúncia do Executivo.

O porta-voz governamental Nuttawut Saikua disse aos jornalistas, em Bangcoc, que a situação nos dois aeroportos voltou ao normal e, em conseqüência, tinha deixado de fazer sentido a medida excepcional.

A reunião do Gabinete também aprovou 1,9 bilhão de bahts (US$ 53,44 milhões) para compensar as pessoas prejudicadas pelo encerramento temporário do moderno aeroporto de Suvarnabhumi, cerca de 35 quilômetros ao leste de Bangcoc, e o antigo de Don Muang, cerca de 30 quilômetros ao norte da capital.

Cerca de 350 mil passageiros ficaram bloqueados sem vôos durante os oito dias que os dois aeroportos permaneceram fechados.

A Aliança, que mantinha desde maio protestos antigovernamentais em Bangcoc, entrou em Suvarnabhumi na noite de 25 de novembro, e no dia seguinte ocupou o Don Muang, também à noite.

Os manifestantes proclamaram sua vitória e anunciaram o final do protesto depois que o Tribunal Constitucional dissolveu, por fraude eleitoral, os três principais partidos da coalizão governamental e inabilitou para desempenhar cargos públicos os dirigentes, incluindo o primeiro-ministro Somchai Wongsawat, em 2 de dezembro.

A Aliança começou a desocupar a sede do Governo da Tailândia, que ocupava desde 26 de agosto, e os dois aeroportos no dia seguinte.

Desde então, os deputados que ficaram sem partido entraram em outras formações e negociam a constituição do futuro Governo, para o que dispõem de 30 dias a partir da decisão do Tribunal Constitucional.

O opositor Partido Democrata anunciou na segunda-feira que contava com apoio suficiente no Legislativo para nomear o próximo primeiro-ministro.

A Tailândia está em meio a uma profunda crise política desde que os políticos expulsos do poder por corrupção no levante de 2006 venceram as eleições do ano seguinte.

Fonte: EFE

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