O empreendedor Richard Branson apresentou na quarta-feira um modelo de nave espacial projetado para fazer vôos regulares ao espaço com turistas a partir do ano que vem.
Branson, dono da Virgin Galactic, uma das várias empresas que querem oferecer passeios turísticos ao espaço, disse que a SpaceShipTwo vai começar a fazer vôos de teste ainda este ano.
"Dois mil e oito será o ano da espaçonave. Estamos empolgados com ela, e com tudo o que ela vai fazer", disse Branson num evento para a imprensa no Museu de História Natural em Manhattan.
A Virgin Galactic, que faz parte do grupo Virgin, já tem mais de 200 pessoas inscritas e 30 milhões de dólares em pagamentos adiantados pelas viagens, que vão custar cerca de 200 mil dólares por passageiro. Entre os pré-inscritos estão o físico Stephen Hawking e o designer Philippe Starck.
As viagens devem durar apenas duas horas e meia, com cerca de cinco minutos de sensação de ausência de gravidade. A nave espacial será lançada de uma base a ser construída no Novo México, nos EUA.
O autor do projeto da SpaceShipTwo e do foguete de lançamento WhiteKnightTwo - também apresentado na quarta-feira - é Burt Rutan, que já havia projetado a SpaceShipOne.
O vôo suborbital é o meio mais fácil e rápido de viagem espacial. A nave tecnicamente chega ao espaço - cerca de 100 km acima do nível do mar - mas depois volta à atmosfera sem completar uma revolução completa em volta do planeta.
Entre outras empresas que investem para permitir vôos ao espaço estão a européia Astrium; a Blue Origin, criada pelo fundador da Amazon, Jeff Bezos; a Space Exploration Technologies Corp (SpaceX), criada pelo fundador do PayPal, Elon Musk; a Rocketplane Kistler e o empresário do setor hoteleiro Robert Bigelow.
A líder do setor é a Space Adventures, que fica na Virgínia, nos EUA, e que deu o pontapé inicial no turismo espacial em 2001 com a viagem do executivo Dennis Tito numa Soyuz russa que seguiu para a Estação Espacial Internacional. A empresa já mandou quatro outros clientes para o espaço, do mesmo modo.
Fonte: Bill Rigby (Reuters) / Foto: Stan Honda (AFP)
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