domingo, 26 de setembro de 2021

Airbus vai desenvolver tecnologia de asa dobrável para aviões comerciais


A Airbus divulgou nesta quarta-feira (22) os detalhes de um programa para desenvolver avanços significativos em sua tecnologia aerodinâmica, entre eles uma asa “dobrável” capaz de ajustar seu formato automaticamente em voo.

De acordo com a empresa europeia, a asa — descrita como de “extra-alta-performance” — seria compatível com qualquer propulsão ou configuração de aeronave. Ela também é uma forma de reduzir a emissão de dióxido de carbono (CO2) em futuras aeronaves. Isso inclui o primeiro avião comercial com emissão zero, cujo lançamento está previsto para 2035.

“A Airbus está sempre investigando soluções paralelas e complementares, como infraestrutura, operação de voo e estrutura da aeronave”, explica a diretora técnica da companhia, Sabine Klauke, em comunicado à imprensa. “Com este demonstrador [avião que abrigará a asa dobrável], faremos avanços significativos na tecnologia de controle ativo por meio de pesquisas e testes aplicados de várias tecnologias inspiradas na biomimética.”

A Airbus deve testar vários elementos para aperfeiçoar o controle ativo da asa dobrável. Isso inclui spoilers ou aletas extras que se adaptam de acordo com o fluxo de ar (muito semelhantes aos utilizados no aerofólio dianteiro de um carro de Fórmula 1), sensores de rajada e bordas de fuga multifuncionais que modificarão a superfície da asa. O projeto incluirá testes usando um Cessna Citation VII — a Airbus não especificou quando o projeto terá início.

O avião demonstrador ficará hospedado na subsidiária da Airbus, a Airbus UpNext, que desenvolve tecnologias futuras para construir aeronaves experimentais em grande escala. A ideia da empresa é avaliar, amadurecer e validar novos produtos e serviços potenciais que envolvam avanços tecnológicos radicais.

O novo programa fará parte ainda do projeto “Wings of Tomorrow”, da Airbus, que visa desenvolver novos métodos de fabricação para componentes aerodinâmicos como flaps e spoilers. A meta do projeto é criar peças de asas de forma mais eficiente e econômica.

Via Olhar Digital com AutoEvolution

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