quinta-feira, 18 de julho de 2013

Comissárias de bordo chinesas rezam para avião sair na hora


Uma foto com duas comissárias de bordo orando por seu avião para voar no horário tem circulado online, pouco depois de um artigo recente de uma empresa norte-americana ter avaliado Pequim como o local com maior número de voos atrasados do mundo.

Cabeças inclinadas, ajoelhadas diante de um altar – um carrinho de comida improvisado coberto com dois guardanapos vermelhos – duas comissárias de bordo juntaram as mãos em oração diante de um cartaz com dois caracteres chineses bordados, 正点 (zhèngdiǎn), que significa “estar/chegar na hora”. Elas colocaram frutas e alimentos no carrinho como oferenda, uma tradição chinesa nos templos e em casa.

Recentemente, a empresa norte-americana FlightStats lançou um relatório do desempenho de cada aeroporto internacional quanto ao número de voos atrasados. O Aeroporto Internacional da Capital de Pequim teve 82% de seus voos atrasados, enquanto 71% dos voos do Aeroporto Internacional de Pudong em Shanghai atrasaram, conquistando o título de segundo aeroporto mais lento do mundo.

Internautas simpatizaram com as comissárias de bordo no Sina Weibo, uma plataforma chinesa semelhante ao Twitter. “Será que as companhias aéreas não têm vergonha de que suas comissárias de bordo tenham de recorrer a tais extremos”, perguntou um internauta da província de Guangdong. Outro da província de Fujian disse: “Inclusive as comissárias de bordo também desejam sair do trabalho mais cedo.”

As comissárias parecem estar vestindo uniformes de Xiamen Airlines, localizada na província de Fujian. Quando questionada pela mídia estatal Zona Especial de Shenzhen, a Xiamen Airlines disse que não é ilegal que as comissárias de bordo orem nos aviões, mas não comentou sobre a autenticidade da fotografia. 

Comissários de bordo de outras companhias aéreas, incluindo a China Eastern Airlines, também oraram e fizeram seus próprios altares sobre caixas de comida disponíveis, segundo a mídia local estatal Noticiário da Manhã Haixi de Xiamen, citada pelo Diário da Manhã do Sul da China.

Longas esperas que se estenderam até seis horas e meia após a partida programada levaram uma guia turística em 2 de julho a exigir compensação pelo transtorno e, quando seu pedido foi negado, por ter rasgado papéis e destruído equipamentos do aeroporto, incluindo um telefone de 815 dólares, ela foi presa dias depois.

Fonte e foto: Epoch Times

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