terça-feira, 19 de abril de 2011

Empresas do interior paulista fornecem peças para fabricação de aviões

Pequenos empresários fornecem peças para grandes fabricantes.


Arranjo Produtivo Local reúne 60 empresas que faturam R$ 621 mi por ano.

Em São José dos Campos, no interior de São Paulo, pequenas empresas fornecem peças para fabricantes de aviões. A cidade é o maior polo aeroespacial da América Latina: 130 empresas atuam no setor. O mercado é competitivo e os lucros altos.

A produção de peças, motores e até aeronaves inteiras movimenta a economia da cidade. O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) reuniu 60 empresas em um Arranjo Produtivo Local (APL). Elas negociam diretamente com a Embraer e, juntas, faturam R$ 621 milhões por ano.

A empresa de Alex Gabriel Siqueira, de usinagem, fabrica 400 tipos diferentes de peças. A Embraer é a principal cliente. “75% da nossa produção é destinada à Embraer”, diz o empresário.

Siqueira explica a parceria. A Embraer envia o projeto de cada produto e a liga de alumínio a ser usinada. A indústria executa, entrega a encomenda e devolve as sobras de material. O pedido mais recente é uma peça chamada painel cinco, que custa R$ 150. A peça é usada nas asas de um jato, o 190, produzido pela Embraer.

O Arranjo Produtivo Local é uma parceria do Sebrae com o Centro de Competitividade e Inovação (Cecompi) para o cone leste. O trabalho começou com uma análise das pequenas empresas que atuam no setor aeroespacial.

“É um setor importante para a economia da região, porque gera muito emprego, gera renda, e para o Brasil também. É o segundo produto em exportação não commodity do Brasil, que tem um alto valor agregado, gerando muito dinheiro para o país em exportações”, revela Agliberto Chagas, do centro.

O Sebrae oferece cursos de gestão para os empresários que participam do APL.

“Muitas vezes eles não sabem como fazer a formação de preço, fluxo de caixa, ampliação de mercado, planejamento”, explica Tereza Monica Sartori Marcheto, do Sebrae de São José dos Campos.

Siqueira também aprendeu a organizar o setor produtivo. Ele dividiu a indústria em cinco células. Aproximou as máquinas, padronizou o trabalho e implantou novas tecnologias

Plástico

Uma indústria transformadora de plástico também participa do arranjo produtivo. A empresa de Takashi Tsurumaki tem 70 funcionários e faz dois mil modelos diferentes de peças, como o teto da cabine do piloto e o duto de distribuição de ar. São 60 mil itens produzidos por ano.

A empresa faz, em média, 15 unidades de cada peça por mês, uma para cada avião fabricado pelo cliente. O negócio é tão bom que continua lucrativo mesmo quando a aeronave deixa de ser produzida.

“Mesmo que o avião saia de linha, aqueles que foram vendidos continuam precisando de peças de reposição. Portanto, nós continuaremos fornecendo por um bom tempo”, diz Tsurumaki.

Com os cursos oferecidos pelo APL, o empresário conseguiu montar um programa de competitividade e excelência. Um conjunto de normas que melhora o trabalho interno e também a relação com os clientes.

“Nosso foco foi girado 100% a atendimento às necessidades do cliente, seja na qualidade, seja no atendimento e também nos preços dos produtos fabricados”, explica o empresário.
As empresas do APL fornecem 80% das peças produzidas para a Embraer. Hoje, elas querem ampliar o mercado e conquistar novos clientes, principalmente no exterior

“Nossas metas são aumento de faturamento de 30%, aumento da produtividade desses empresários também de 30% e diminuição de custos também de 30%”, diz Tereza, do Sebrae.

Fonte: PEGN TV

Base área da Segunda Guerra vira ferro-velho de aviões na Inglaterra

A 150 quilômetros de Londres, a antiga Base Aérea de Kemble foi transformada no maior ferro-velho de aeronaves da Europa. O desmanche, a reciclagem e a revenda de peças de aviões é a atividade que mais cresce na aviação mundial.


Fonte: Jornal Nacional (TV Globo)

China pode ter feito novo teste com avião espião

A China parece ter realizado um segundo teste de voo de um novo caça espião, disse um jornal estatal nesta terça-feira, o que, se confirmado, pode representar a diminuição da distância na área militar em relação aos Estados Unidos.

Fotografias do protótipo do caça J-20 circularam em fóruns militares na Internet, afirmou o Global Times, que não confirmou o voo nem a autenticidade das fotos.

A Reuters não pôde verificar as fotografias.

O popular tablóide, propriedade do órgão oficial de comunicação do Partido Comunista, o Diário do Povo, mostrou uma foto de um caça cinza e uma legenda que dizia 'suposto protótipo do caça J-20 se prepara para decolar' em um campo de voo em Chengdu, na província de Sichuan, no sudoeste chinês, no domingo.

'A aeronave fez várias passagens e balançou as asas para saudar a plateia próxima do campo de voo', teria dito uma pessoa não identificada citada pelo Global Times.

O Ministério da Defesa da China não respondeu de imediato a um pedido de comentário.

Relatos do primeiro teste de voo do J-20 no início de janeiro tiveram grande circulação nos blogs chineses e em sites de notícias, incluindo o Global Times, antes de o governo confirmar o voo durante uma visita do secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates.

Os comentários sobre um segundo teste bem sucedido do sofisticado caça se seguem ao alerta da China, no final de março, de que o país se vê diante de uma Ásia cada vez mais volátil onde os Estados Unidos ampliam sua influência estratégica.

Alguns analistas têm dito que as primeiras fotos do J-20 dão a entender que a China pode estar fazendo progressos mais rápido do que o esperado no desenvolvimento de um rival ao F-22 Raptor da Lockheed Martin, único avião espião em operação no mundo, desenvolvido para escapar da detecção por radar.

As fotos mais recentes podem aumentar a preocupação com o crescimento militar da China, incluindo um possível acionamento ainda em 2011 de seu primeiro porta-aviões e de um novo míssil balístico anti-embarcação visto como uma ameaça aos porta-aviões norte-americanos.

Fontes chinesas militares e políticas disseram que Pequim pode inaugurar seu primeiro porta-aviões em 2011, um ano antes das expectativas dos analistas dos Estados Unidos.

Fonte: Sui-Lee Wee (Reuters) via G1 - Imagem: Reprodução

Brasil conhece toda investigação da tragédia do voo AF 447, diz coronel

Cenipa recebe dados sobre o acidente e a retirada dos destroços.

Oficial da Aeronáutica irá acompanhar retirada de peças do mar.

O Brasil conhece todas as informações que constam na apuração do Le Bureau d'Enquêtes et d'Analyses (BEA), órgão francês que investiga acidentes aeronáuticos, sobre a tragédia do voo AF 447, segundo o coronel da Aeronáutica Luís Cláudio Lupoli. O avião da Air France caiu no Oceano Atlântico em 31 de maio de 2009, deixando 228 vítimas.

Lupoli acompanha a investigação desde o dia em que o acidente ocorreu e é o representante creditado do Centro de Investigação e Prevenção de Aeronáuticos (Cenipa) junto à França. Segundo ele, a FAB está tendo participação na apuração do acidente.

"O Cenipa não está apenas acompanhando a investigação, mas também participando de todo o processo e tem ciência de todos os documentos elaborados internamente pelo BEA sobre o ocorrido", disse Lupoli, em entrevista exclusiva ao G1.

O coronel vê a investigação com “transparência” por parte do órgão francês.

Lupoli concederá entrevista coletiva sobre a tragédia na manhã desta terça-feira (19) em Brasília. Em seguida, embarca para a França para acompanhar os trabalhos em alto-mar. Um navio francês deverá sair da Europa para o local do acidente ainda nesta semana com o objetivo de resgatar a caixa-preta da aeronave, que está a mais de 4 mil metros de profundidade.

O objetivo principal do BEA é retirar a caixa-preta da cauda da aeronave, que está no fundo do mar, e também outros equipamentos eletrônicos que podem ajudar na investigação, segundo o coronel, que fornecerão informações essenciais para elucidar o acidente.

Na entrevista coletiva na sede da FAB em Brasília o coronel Lupoli dará mais detalhes sobre como foram as buscas pelos destroços e também como será a operação de resgate.

Corpos

O resgate dos corpos das vítimas não é prioridade para o BEA, segundo informou Maarten Van Sluys, diretor executivo da associação dos parentes das vítimas no Brasil, na última quinta-feira. Segundo ele, a informação lhe foi passada pelo órgão francês.

De acordo com Sluys, o escritório realiza reuniões diárias para planejar a fase cinco de resgate do avião, que deve começar no fim de abril. Ele informou que a prioridade seria a retirada dos destroços e da caixa preta. “Segundo eles, depois de estudos feitos por peritos houve entendimento de que os corpos poderiam não resistir ao içamento no mar”, disse ele, completando que algum corpo pode acabar sendo içado eventualmente junto com destroços.

Fonte: Tahiane Stochero (G1)

Navio vai tentar resgatar corpos do voo 447 da Air France, diz coronel

Governo francês autorizou resgate na missão que irá buscar caixa-preta.


Oficial da Aeronáutica irá acompanhar retirada de peças do mar, em Brasília

Responsável por participar da investigação do acidente com o voo 447 da Air France, ocorrido na noite de 31 de maio de 2009, o coronel da Aeronáutica Luís Cláudio Lupoli afirmou nesta terça-feira (19) que o governo da França autorizou o resgate dos corpos das vítimas que ainda permanecem junto aos destroços localizados em alto-mar. Inicialmente, um navio partiria nos próximos dias apenas com a missão de procurar a caixa-preta do avião.

“Antes da conclusão das buscas, foram retirados do mar 50 corpos. O governo francês autorizou, nesse busca de investigação [pela caixa-preta], a tentativa de resgate dos corpos que estão no fundo do mar. [A autorização do Estado francês] É uma boa notícia, principalmente do ponto de vista humano”, afirmou o oficial da Aeronáutica.

Segundo o coronel da Aeronáutica que participará da missão, o navio de resgate partirá do Senegal no dia 22 de abril e deve levar três dias apenas para chegar ao local do resgate. As buscas ocorrem em uma área no fundo do mar localizada a cerca de 1,1 mil quilômetros de Recife (PE), na costa brasileira.

Lupoli integra o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e foi destacado pelo órgão brasileiro para acompanhar o trabalho do Le Bureau d'Enquêtes et d'Analyses (BEA), departamento francês que coordena a apuração dos desdobramentos da tragédia que provocou a morte de 228 vítimas há cerca de dois anos.

A autorização do governo francês para o resgate dos corpos foi comunicada ao Cenipa pelo BEA na manhã desta terça, mas segundo o coronel, a notícia ainda deve ser oficializada pela França.

Ainda na manhã desta terça, o coronel da Aeronáutica deixou Brasília rumo à França para participar de uma missão em alto-mar. Um navio francês deverá sair da Europa para o local do acidente ainda nesta semana com o objetivo de encontrar a caixa-preta da aeronave, que está a mais de 4 mil metros de profundidade, e tentar içar os corpos das vítimas.

Lupoli ainda apresentou detalhes das buscas pelos destroços realizadas desde a confirmação do acidente e adiantou os procedimentos que serão adotados na operação que será deflagrada nos próximos dias. No acidente ocorrido em 2009, segundo o coronel da Aeronáutica, morreram passageiros de 32 nacionalidades.

O coronel da Aeronáutica afirma que as investigações não conseguiram precisar quantos corpos estão na área de resgate. Lupoli afirmou ainda que o governo francês "fará o ncessário" para tentar resgatar os corpos, mas não comentou as dificuldades técnicas envolvidas na busca dos corpos.

Além de Lupoli, também o chefe do Cenipa, brigadeiro do ar Carlos Alberto da Conceição, fez uma apresentação sobre o papel do Brasil nos trabalhos de investigação do acidente. Segundo Conceição, o Cenipa trabalha na prevenção de acidentes e não tem a missão de identificar possíveis responsáveis pelas causas da tragédia. “O trabalho é todo de prevenção e de investigação das causas do acidente”, afirmou.

Os corpos foram identificados a partir de fotografias registradas por um robô controlado por controle remoto que fez buscas no fundo do mar. Apenas pelas imagens, o oficial da Aeronáutica disse que não é possível definir o estado de decomposição dos corpos. “Mas a nossa posição é de otimismo [em relação ao resgate dos corpos]”, analisou Lupoli.

o coronel do Cenipa também disse que não está definido o procedimento que será adotado em caso de resgate dos corpos.

Corpos não eram prioridade

Na semana passada, o diretor-executivo da associação dos parentes das vítimas no Brasil, Maarten Van Sluys disse que teria recebido informações do BEA segundo as quais o resgate dos corpos das vítimas não seria prioridade do órgão francês que coordena as buscas.

De acordo com Sluys, o escritório realiza reuniões diárias para planejar a fase cinco de resgate do avião, que deve começar no fim de abril. Ele informou que a prioridade seria a retirada dos destroços e da caixa preta. “Segundo eles, depois de estudos feitos por peritos houve entendimento de que os corpos poderiam não resistir ao içamento no mar”, disse ele, completando que algum corpo pode acabar sendo içado eventualmente junto com destroços.

Fonte: Robson Bonin (G1) - Arte: Airl

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Embraer confirma venda de aviões à China e acordo para fazer jatos

A Embraer confirmou nesta terça-feira a venda de 25 aviões E-190 para a China e o acordo para fabricar jatos executivos no país.

Ao todo, já foram vendidos neste ano à China 35 aviões E-190, com capacidade para até 114 passageiros. Todos serão fabricados no Brasil.

Vinte aviões serão para a empresa China Southern e outros 15 para a empresa Hebei. As vendas ficam em torno de US$ 1,4 bilhão.

O presidente da Embraer, Frederico Curado, disse que a fábrica da empresa em Harbin (nordeste da China) em breve será adaptada para construir os jatos Legacy, após entregar a última unidade do ERJ-145, em cerca de um mês.

A fabricação de jatos executivos Legacy 600/650 foi a alternativa da Embraer para permanecer no país.

Sem mais pedidos para o ERJ-145, a empresa queria fabricar o E-190, mas o governo chinês não autorizou, para favorecer um avião em desenvolvimento no país com características parecidas.

Otimismo

"É uma oportunidade. É um mercado muito pequeno e esse mercado vai se expandir muito fortemente", disse Curado nesta terça-feira, em Pequim, em entrevista durante encontro empresarial.

A Embraer estima que haverá uma demanda de 500 a 600 jatos executivos na China nos próximos dez anos.

Curado admitiu que atualmente há dificuldades para a venda de jatos no país, como a falta de infraestrutura nos aeroportos, mas aposta numa mudança rápida.

Fonte: Fabiano Maisonnave (Folha.com)

Cargueiro da Embraer terá peças argentinas e tchecas

A Embraer anunciou que a Argentina fornecerá spoilers e outros componentes do cargueiro KC-390 que está desenvolvendo e a República Tcheca as aeroestruturas para o avião de transporte militar.

"Esses acordos são muito importantes para a expansão do KC-390 pelo mundo", disse o presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar, em entrevista coletiva durante a LAAD, maior feira de defesa da América Latina.

"À medida que a gente vai fazendo essas parcerias, a gente também vai aumentando o nível de compromisso dos respectivos países para se tornarem clientes da Embraer, do KC-390."

A Argentina manifestou anteriormente a intenção de comprar seis unidades do KC-390 e República Tcheca outros dois aviões. Segundo Aguiar, após a assinatura da parceria de produção, as intenções passaram a ser "quase compromissos" de aquisição da aeronave.

A Embraer já tem assinadas cartas de intenções para a venda de 60 unidades do KC-390, sendo 28 delas para a Força Aérea Brasileira (FAB). De acordo com Aguiar, ainda não há uma previsão para a assinatura do primeiro contrato definitivo de venda.

"No final do ano devemos ter a definição da aeronave... A gente vai ter todos os componentes, todas as variáveis para fazermos o preço e as condições de mercado dessa aeronave. A partir daí e ir à luta, ir vender a aeronave", disse Aguiar.

A companhia espera para 2014 a certificação do KC-390 e sua entrada em operação para 2016.

A Embraer Segurança e Defesa assinou nesta quarta-feira contrato de parceria com a empresa argentina FAdeA, que será responsável pela produção de spoilers -superfícies móveis de controle de sustentação na asa- e portas do trem de pouso, entre outras peças do KC-390.

A empresa brasileira também chegou a um acordo para que a Aero Vodochody, maior fabricante aeroespacial da República Tcheca, produza parte da fuselagem traseira, portas para páraquedistas e tripulação, porta de emergência e escotilhas, rampa de carga e bordo de ataque fixo para os protótipos do KC-390 e aviões da produção seriada.

A Aero Vodochody, segundo comunicado, se juntará ao programa de desenvolvimento do cargueiro, participando da fase de definição conjunta. A empresa tcheca já trabalha com a Embraer na aviação comercial, tendo produzido componentes para a família de jatos civis para entre 70 e 118 passageiros produzidos no Brasil.

Com o KC-390, a Embraer quer um terço do mercado global de cargueiros estimado em 700 unidades em 15 anos, o que significaria receita de 18 bilhões de dólares para a fabricante brasileira.

Os acordos revelados nesta quarta-feira são desdobramentos de memorandos assinados em setembro passado com a República Tcheca e em outubro com a Argentina, prevendo a participação dos países no projeto do KC-390.

Fonte: Eduardo Simões (Reuters) via O Globo - Imagem: Divulgação

Magnata da Virgin será "aeromoça" de avião para pagar aposta

Tony Fernandes, dono da Lotus Racing, ganhou aposta com Richard Branson

O magnata britânico Sir Richard Branson, principal acionista do conglomerado Virgin Group, trabalhará vestido de aeromoça para pagar uma aposta que perdeu com o fundador da companhia aérea AirAsia, Tony Fernandes.

Branson, que patrocina a escuderia Virgin de Fórmula 1, apostou antes do Grande Prêmio do Bahrein de 2010 que a sua equipe terminaria na frente da Lotus, apoiada pela AirAsia, de Tony Fernandes.

A aposta será paga no dia 1º de maio, em um avião com cerca de 250 passageiros convidados a fazer um voo especial de 13 horas de Londres a Kuala Lumpur, disse a companhia aérea.

A AirAsia declarou que foram colocados à venda 160 bilhetes para esse voo e que a arrecadação será destinada a instituições beneficentes.

Fonte: EFE via Terra - Foto: EFE

9 aeroportos da Copa não serão concluídos a tempo, diz Ipea

Obras em 9 dos 13 aeroportos não ficarão prontas para o evento...
...e 10 dos 13 vão operar acima da capacidade em 2014

O governo não concluirá a tempo obras em 9 dos 13 aeroportos que estão sendo readequados para a Copa de 2014, afirma artigo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

O Ipea é do governo. Ou seja, é o governo admitindo que não será capaz de fazer as obras.

A administração federal alocou R$ 5,6 bilhões para a Infraero gastar, de 2011 a 2014, nesses 13 aeroportos. Mas a história recente do Brasil, explica o Ipea, mostra que são necessários, ao menos, 92 meses (pouco mais de 7 anos e meio) para cumprir as etapas de uma obra do porte das necessárias aos aeroportos.


“As conclusões são alarmantes”, diz o artigo, citando o exemplo de Manaus. Nesse aeroporto, as obras têm prazo de conclusão em dezembro de 2013, mas estavam na fase inicial em 2010. “Se tudo ocorrer dentro dos prazos médios observados no Brasil”, diz o texto, “as obras só ficarão prontas daqui a sete anos, em 2017, depois da Copa”.

Outros 8 aeroportos acompanham o de Manaus e não devem ficar prontos até a Copa, afirma o Ipea. São eles: Fortaleza (CE), Brasília (DF), Guarulhos (SP), Salvador (BA), Campinas (SP), Cuiabá (MT), Confins (MG) e Porto Alegre (RS). Fora isso, o aeroporto de Curitiba, em fase de licitação, deve demorar 3 anos e meio e só ficará pronto se nenhum atraso ocorrer.

Os aeroportos de Curitiba (PR), Galeão (RJ) e Recife (PE) devem ficar prontos a tempo. As obras no aeroporto de Natal (RN) não têm pevisão de conclusão.

Os 92 meses incluem a elaboração de projeto, obtenção de licença ambiental do Ibama, aprovação dos gastos pelo TCU (Tribunal de Contas da União), licitação e execução da obra. Não incluem atrasos provocados por irregularidades –comuns no Brasil. Em Goiânia, cita o Ipea, obras foram suspensas em 2007, após o TCU encontrar “projeto básico deficiente, sobrepreço de mais de R$ 73,5 milhões e inexistência de projetos de engenharia atualizados”. Em 2010, o contrato foi suspenso.

Superlotação

O Ipea ainda diz que “mesmo que fosse possível concluir os investimentos nos terminais de passageiros nos prazos previstos pela Infraero, a situação dos 13 aeroportos das cidades-sede da Copa de 2014 continuaria de sobrecarga”. Segundo o texto, 10 dos 13 aeroportos em obras por causa da Copa estarão operando acima de sua capacidade no ano do evento.

O quadro abaixo, elaborado pelo Ipea, mostra quais aeroportos estarão superlotados (são aqueles com índice maior que 100% na última coluna):


“Os resultados são preocupantes”, diz o texto, enfatizando que o aeroporto de Guarulhos (SP) estará entre os superlotados. “A análise do plano de investimentos para os 13 aeroportos da Copa sugere que as obras foram planejadas com subdimensionamento da demanda futura”, diz o artigo.

Entre os motivos do gargalo aéreo, diz o Ipea, está a ausência dos investimentos necessários no setor. No momento de crescimento econômico, em que há mais geração de emprego e renda, a ausência de investimento em infraestrutura se torna mais evidente, afirma o Ipea.

Fonte: Blog do Fernando Rodrigues

terça-feira, 12 de abril de 2011

Avião bate com a asa em cauda de outro; assista ao incidente em Nova York

Um Airbus A380 da Air France bateu em um avião, de menor porte, de uma companhia aérea regional operada pela Delta Air Lines. O incidente aconteceu quando o Airbus realizava a manobra de decolagem no aeroporto internacional John F. Kennedy, em Nova York.

O acidente não deixou feridos. O A380, com destino a Paris e capacidade para mais de 500 passageiros, chocou a asa esquerda contra a cauda de outro avião quando estava a ponto de realizar a manobra de decolagem.

As autoridades federais da aviação americana investigam o incidente, que envolveu um avião da Comair, uma empresa aérea regional que opera voos da Delta Air Lines. A aeronave procedia de Boston (Massachusetts) e no momento do acidente se dirigia a um portão de desembarque.


Fontes: Extra Online / nydailynews.com - Fotos: Reuters

Após 3 décadas, Nasa define destino final dos ônibus espaciais

O Atlantis ficará em exibição no Centro Espacial Kennedy

O ex-astronauta e administrador da Nasa Charles Bolden emocionou-se ao anunciar o que será feito com a frota após o último voo

A data dos 50 anos do voo de Yuri Gagarin também celebra os 30 anos do primeiro lançamento de um ônibus espacial, o Columbia, que decolou para o espaço em 12 de abril de 1981.

Após três décadas de uso e dois desastres que mataram 14 pessoas – o Challenger explodiu durante o lançamento, em 1986, e o Columbia se desintegrou na reentada da atmosfera terrestre, em 2003 –, os ônibus espaciais serão aposentados agora em 2011.

O Discovery vai para o Museu Nacional de ar e Espaço

A Nasa aproveita o aniversário da estreia do veículo espacial reutilizável para anunciar o destino final das naves restantes de sua frota. Vinte e uma instituições, entre museus e centros turísticos, disputavam o privilégio de receber uma das naves.

O administrador da Nasa, ex-astronauta Charles Bolden – que realizou quatro missões a bordo de ônibus espaciais, incluindo duas como comandante da nave, entre 1986 e 1994 – ficou com a voz embargada durante o anúncio oficial da aposentadoria da frota e da destinação final dos veículos.

Restam apenas dois voos a serem feitos, pelo Atlantis e pelo Endeavour, antes que o programa seja encerrado.

O primeiro ônibus espacial a ser construído, o Enterprise – que nunca foi ao espaço, tendo realizado apenas voos de teste – será retirado do Museu Nacional de Ar e Espaço, em Washington, e transferido para o Museu Intrepid, de Nova York.

O Intrepid, montado num velho porta-aviões, já possui um avião Concorde.

O Endeavour ficará num museu da Califórnia

Já o Museu Nacional, que perde o Enterprise, será mais do que recompensado: a Nasa reservou-lhe o ônibus espacial Discovery, que não só é a nave espacial mais utilizada de todos os tempos – com um total de 365 dias no espaço – como ainda foi a responsável por instalar o Telescópio Espacial Hubble em órbita.

Já o ônibus espacial Atlantis – o penúltimo a ser construído – ficará no Centro Espacial Kennedy, na Flórida, onde será colocado em exibição num centro de recepção de turistas. Atlantis será a última nave da frota a ir ao espaço, com sua missão derradeira marcada para junho.

E o Endeavour, “caçula” da frota, construído para substituir o Challenger e única nave da família de ônibus espaciais a realizar o voo inaugural já na década de 90, será enviado ao Centro de Ciência da Califórnia, um museu dedicado a temas científicos.

Fonte: iG - Fotos: NASA

Mundo celebra 50 anos da primeira viagem do homem ao espaço

Gagarin entra na Vostok antes de partir para sua missão espacial

Há exatos 50 anos, quando o cosmonauta Yuri Gagarin partiu da União Soviética na nave Vostok, ele seguia em direção ao espaço e à eternidade da História, na qual ficou marcado como o primeiro homem a orbitar a Terra. Nesta terça-feira, o mundo inteiro celebra a data. Filmes, sites, festas, tudo para lembrar o primeiro passo da humanidade para desvendar os mistérios do universo.


A Nasa e a Agência Espacial Europeia lembram em seus sites a importância da conquista do soviético. A ESA disponibiliza online uma coleção de artigos, vídeos e entrevistas, enquanto a Nasa conta como o mundo ficou sabendo da viagem de Gagarin e como ele se tornou uma celebridade internacional quando retornou à Terra. A importância de sua marca, inclusive, estrapolou os limites impostos pela Guerra Fria e a corrida espacial, com os Estados Unidos reconhecendo quão significativa foi a viagem.

Cena do filme First Orbit, que conta a viagem de Yuri Gagarin ao espaço

Hoje também aconteceu a estreia de "First Orbit", filme que tenta recriar a experiência de Gagarin e está disponível no Youtube. Com aproximadamente 1 hora e 40 minutos de duração, o filme remonta o voo - que começou com a frase do cosmonauta "Vamos lá" -, combinando o áudio original no qual ele relatou o que via - no momento em que via - com imagens feitas recentemente na Estação Espacial Internacional (ISS). Elas foram gravadas em alta definição e recriam o percurso de Gagarin. O projeto é do astronauta Paolo Nespoli e do diretor Christopher Riley.

Vídeo: Clique aqui para assistir ao filme

Para marcar a estreia do filme - que já pode ser visto no link acima - acontece no mundo inteiro nesta terça a Yuri's Night. São centenas de encontros ao redor do globo nos quais "First Orbit" será exibido para os mais fissurados na exploração do espaço pelo homem. Também vão acontecer exposições, competições, debates e festas em bares. No Brasil, estão marcados eventos em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Ceará, Rio Grande do Sul e Mato Grosso. Você pode ter acesso à lista no site da Yuri's Night. Quem não encontrar uma festa por perto pode reunir os amigos para assistir ao filme e cadastrar seu evento na lista.

Vídeo: Minidocumentário sobre a vida do cosmonauta

Já o Google faz homenagem em sua página inicial com um desenho do cosmonauta e da Vostok, a nave na qual a missão foi realizada. Ao clicar sobre a imagem, o internauta tem acesso ao resultado de uma pesquisa do nome de Gagarin, a partir da qual pode se informar sobre sua experiência, vida e carreira. No site Space.com, um infográfico mostra como funcionou tecnicamente a viagem.

Também nesta terça-feira, a Sotheby vai leiloar a cápsula Vostok 3KA-2, que foi enviada ao espaço semanas antes do voo de Gagarin, para realizar os últimos testes. Espera-se arrecadar até US$ 10 milhões com a venda. No último domingo, a réplica de um foguete foi lançada em São Petersburgo, Rússia, em comemoração ao 50º aniversário do feito.

Painel de controle da Vostok

A Vostok partiu da União Soviética no dia 12 de abril de 1961. O mundo foi informado do voo e os Estados Unidos, em plena Guerra Fria, ficaram espantados. Apesar da corrida espacial, enviaram parabéns à URSS pelo feito. Gagarin, que na época tinha apenas 27 anos e é considerado um herói, orbitou a Terra por 108 minutos. Dois dias após retornar ao planeta, ele apareceu em Moscou, ao lado de Khrushchev.

O cosmonauta nunca mais voltou ao espaço. Ele chegou a participar da preparação para um novo voo, mas os comandantes soviéticos não quiseram arriscá-lo numa nova aventura. Morreu em 1968, aos 34 anos, num acidente de aeronave, durante treinamento de rotina. Na ocasião, surgiram teorias sobre uma conspiração, mas nada ficou provado além de um acidente. Em homenagem, uma cratera lunar recebeu seu nome, assim como um asteroide, descoberto em 1772.


Fonte: O Globo - Fotos: Divulgação/Nasa/AP

Veja o novo voo de teste da aeronave Solar Impulse, que usa energia do sol

A aeronave experimental Solar Impulse, que usa apenas energia solar, fez seu primeiro voo de teste em 2011 nesta quarta-feira, na base aérea de Payerne, na Suíça. Sob o comando do piloto alemão Markus Scherdel, o avião fez um sobrevoo na região.

As asas do Solar Impulse têm 61 metros de uma ponta a outra. A aeronave possui quatro motores elétricos com baterias de alta performance que funcionam a partir da energia captada do sol. Ele foi projetado para voar inclusive à noite, graças às 12 mil células solares em placas localizadas sob as asas do avião.


Fonte: Extra Online - Fotos: AP

‘Caixa-preta da cauda tem todas as informações’, diz especialista em voo

Equipamento registra entre 50 a 100 últimas horas de dados sobre avião.

Memória do dispositivo plugada em computador gera vídeo de simulação.

As caixas-pretas dos aviões ficam instaladas na cauda das aeronaves e possuem todos os dados das últimas 100 horas de voo e 36 horas de gravação de voz e sons da cabine dos pilotos, segundo Jorge Barros, piloto e especialista em segurança de voo. A localização, nesta segunda-feira (11), da cauda do Airbus A-330 que caiu com 228 pessoas em 2009, no Oceano Atlântico, pode permitir que autoridades descubram as possíveis causas do acidente.

Os restos do avião foram encontrados a 3.900 metros de profundidade no Oceano Atlântico, em uma área relativamente plana, com 600 metros de extensão. A informação foi confirmada pela Associação de famílias das vítimas, que foram informados pelo BEA (sigla que em francês significa o Escritório de Investigação e Análises).

“O robô localizou a cauda onde ficam localizadas as caixas-pretas”, disse Marinho. Ele explicou que a previsão é que nas próximas três semanas uma nova empresa entre nos trabalhos de buscas com uma espécie de guindaste para retirar a cauda e, nela, as caixas-pretas.

Segundo Barros, a cada projeto de avião posiciona as caixas-pretas em lugares diferentes. "Na grande maioria, as empresas colocam esse equipamento na cauda do avião, sob o leme, perto dos estabilizadores horizontais. Este é o local que menos sofre danos em um acidente aéreo. As equipes de resgate, normalmente, quando fazem buscas, procuram pela cauda do avião."

Ele disse que, no Ocidente, todos os aviões têm caixa-preta na cauda, na parte traseira do avião. "Pelo menos a Boeing e a Air-France, desde que começaram a instalar esses equipamentos nas aeronaves, têm colocado as caixas-pretas na cauda."

Dados de voo e voz dos pilotos

O especialista disse ainda que, dependendo do tipo da caixa-preta, cada avião pode ter até dois desses equipamentos. "Uma é ativa e a outra é de back up. Uma mantém a mesma informação em dois lugares diferentes. O Flight Data Recorder (FDR) é o gravador de dados de voo, que registra cerca de 600 parâmetros de voo, como velocidade, pressão, potência de motor, tensão elétrica, altitude, consumo de combustível. Depedendo do fabricante, esse equipamento pode ter duas unidades, que gravam em duas memórias na mesma caixa-preta ou grava os dados em duas peças separadas, posicionadas em locais diferentes no avião."

Barros afirmou que Cockpit Voice Recorder (CVR) é o gravador de voz na cabine e captura, por meio de diversos microfones instalados na cabine. "Os sons que se passam na cabine, sejam ruídos ou vozes são gravados digitalmente em módulos na cauda."

Ele explicou ainda que a equipe de resgate deve encontrar duas fontes de informação do FDR e outras duas memórias do CVR. "É bem provável que ela tenha acesso a informações preservadas, pois são gravadas em memória flash, dentro de cilindros de titânio, que resiste a fogo, impacto e são cápsulas muito resistentes, que parecem couraças de submarino."

Segundo Barros, o FDR engloba os dados do CVR. "Se for encontrada a caixa-preta da cauda será suficiente para ter todas as informações do voo."

Simulação do acidente

Barros disse que a memória da caixa-preta é plugada em um computador que tem um software, que vai ler esses dados e reproduzir o que ocorreu com o avião. "Vai gerar uma simulação de voo na tela do computador, comk o avião voando. As panes vão sendo apresentadas na tela e, ao mesmo tempo, é possível ouvir a voz dos pilotos durante o voo."

Essas informações podem vir em tabelas para análise técnica. E a equipe de investigação será multidisciplinar e cada uma fará um relatório de acordo com cada especialidade. "Ao final, eles terão um vídeo de simulação, uma animação, que mostra se o avião gira para a direita, se a asa cai, dando para saber se o avião caiu de bico ou planou, a sequência de eventos catastróficos, qual o primeiro evento que aconteceu para o evento ocorrer", disse o especialista em segurança de voo.

"Os dados de voz da cabine gravam as últimas 36 horas continuamente. O FDR grava entre 50 a 100 horas de voo antes do evento. Dá para saber se a aeronave apresentou algum tipo de problema em outros vôos. Dá para saber se a pane que derrubou o avião já tinha aparecido em outros voos, dá para saber se uma peça específica vinha apresentando vícios e os padrões de manutenção da empresa aérea", disse Barros.

Fonte: Glauco Araújo (G1)

Temperatura e profundidade da água evitam decomposição de corpos do voo 447

Expedição vai tentar recuperar as caixas-pretas do avião da Air France.

Outro assunto que ficou em evidência esta semana: o resgate do avião da Air France que caiu na costa brasileira, dois anos atrás. O repórter Marcos Uchôa mostra os detalhes da expedição que vai tentar recuperar as caixas-pretas do avião.

Em 25 de março de 2011, parte do Porto de Suape, na costa brasileira, a quarta expedição tenta achar, no fundo do mar, os destroços do avião da Air France, quase dois anos depois do acidente. Era a última tentativa e os investigadores estavam preparados para ficar quatro meses procurando. Mas já no oitavo dia, encontraram o alvo, em um local um pouco ao norte da trajetória do voo.

Na escuridão do fundo do Oceano Atlântico, finalmente ficou claro o destino do avião. São milhares de fotografias tiradas pelo submarino, mas poucas foram divulgadas. Turbinas, trem de pouso, fuselagem.

No norte de Paris, fica a BEA (sigla que em francês significa o Escritório de Investigação e Análises). O diretor Jean Paul Traodec recebeu o Fantástico. Especialista do aspecto técnico do acidente, Traodec fica desconfortável quando se trata do assunto dos corpos achados junto ao avião. O número não foi divulgado.

Até hoje, 80% dos corpos das pessoas mortas não foram encontrados. Quantos ainda estão lá? E em que condições?

Traodec diz que a água está a 2ºC, e que a 3900 metros de profundidade quase não tem oxigênio que permita reações químicas para a decomposição dos corpos.

Ainda assim, a ideia de tirar as pessoas desse túmulo gelado é algo que para famílias na França e no Brasil é muito delicado. Traodec diz que eles não têm opção porque existe um processo judicial e que vão pegar todos os corpos que puderem pegar.

No Brasil, o líder da associação das famílias vítimas do acidente está resignado com essa decisão. “Algumas famílias, até por sentimento, achavam deveriam ficar lá no fundo do mar. Mas sabemos que não pode ser feito isso por causa da lei”, esclarece Nelson Faria Marinho, presidente da Associação Brasileira de Vítimas do voo 447.

Três navios foram pré-selecionados para essa última viagem que deve começar em duas ou três semanas. Um deles está atracado no Porto de Brest, na França.

O Fantástico foi conhecer o que faz um barco desses ser tão especial. O comandante explica que um cablier normalmente é um navio que coloca e conserta cabos submarinos utilizados para comunicação. E que, no mundo todo, só existem uns 30 com todos esses equipamentos. É fundamental ter um robô para fazer o trabalho no fundo do mar, cortar, pegar, recolher, tudo monitorado lá de cima.

O navio estava sendo carregado, e vários tripulantes disseram estar na expectativa de fazer esse trabalho. Mas, no dia seguinte, o governo francês escolheu outro barco, igual, por estar nas Ilhas Canárias, já mais próximo do local.

Cerca de 60 pessoas, entre tripulantes, peritos, médicos legistas e funcionários da polícia judiciária, vão participar dessa última expedição que deve demorar cinco semanas para completar todo o trabalho. Além do barco principal, haverá outro menor, da Marinha francesa, responsável por trazer para a França,o mais rápido possível, as caixas-pretas e todos os instrumentos mais importantes para a investigação.

Philipe de Hugues é chefe do laboratório que vai analisar as caixas-pretas. Ele explica que o nome ficou, mas que há décadas que elas são laranjas para serem mais fáceis de serem encontradas. São duas caixas, e o que importa são os cilindros. Em um, estão as últimas duas horas das conversas dos pilotos. No outro, os dados técnicos das últimas 25 horas de voo do avião.

Philipe mostra a gravação de uma aterrissagem normal. O que aconteceu com o voo 447 é o mistério que todos querem esclarecer.

Fonte: Fantástico (TV Globo)

Saiba mais sobre os veículos usados para achar destroços do Air France

Partes do Airbus do voo AF 447 foram achadas a 3.900 m de profundidade.

Máquinas 'Remus 6000' funcionam sem operadores humanos.


O anúncio feito pelo governo francês da descoberta de destroços do avião da Air France - acidente ocorrido em 31 de maio de 2009, matando 228 pessoas -, encontrados nesta semana no Oceano Atlântico, só aconteceu graças ao trabalho de três veículos usados como submarinos para vasculhar o fundo do mar.

Os três Remus 6000 são veículos autônomos - que não precisam de um operador humano para funcionarem. Veja abaixo uma lista de perguntas e respostas sobre a operação de detecção das partes da aeronave:

A tecnologia do submarino existe desde quando?

O primeiro veículo da série de submarinos Remus foi feito em 1995 pelo Instituto Oceanográfico Woods Hole, nos Estados Unidos. Já o uso comercial começou em 2001, quando os inventores do equipamento criaram a empresa Hydroid. A marca foi posteriormente adquirida pela norueguesa Kongsberg.

Em que outras operações esse tipo de submarino já foi usado?

Veículos submarinos autônomos podem ser usados para monitoramento costeiro, missões de pesca, mapeamento de relevo oceânico e até para coleta de amostras científicas. Em 2003, veículos Remus foram usados na detecção de minas no Golfo Pérsico por parte da marinha norte-americana, durante a invasão ao Iraque.

Ele foi usado antes?

Ele foi usado nas fases anteriores da busca aos destroços do voo AF 447, segundo informações do Escritório de Investigações e Análises da França (BEA, na sigla em inglês).

A área em que foram achados os destroços é a mesma que foi vasculhada no início das buscas?

A área de 10 mil km2 ainda não havia sido vasculhada.

Quantos submarinos foram usados?

Durante a nova busca, foram usados três equipamentos Remus 6000.

Quais as medidas?

Cada submarino Remus 6000 pesa 862 kg. Com o formato de um foguete, o equipamento tem 71 cm de diâmetro e 3,84 m de comprimento.

Quais equipamentos possui ou pode conter?

Sensores de velocidade, sistemas de GPS, medidores de sanilidade da água, detectores de cardumes e sonares para vistorear o fundo do oceano e encontrar objetos como as peças do avião da Air France.

A que profundidade ele pode chegar?

O veículo atinge até 6.000 m e pode ficar debaixo da água durante 22 horas, sobrevivendo com baterias de alta densidade – capazes de armazenar mais energia que as convencionais.

Como é controlado?

As informações que um veículo submarino autônomo segue são definidas por um computador a bordo. Esses equipamentos podem ser lançados ao mar a partir de embarcações pequenas. No caso do Remus 6000, existe um braço mecânico chamado LARS que ajuda o submarino a entrar na água.

De quem são?

Dois dos submarinos são do Instituto Waitt e um é do instituto oceanográfico alemão IFM-Geomar. A operação dos equipamentos ficou por conta do Instituto Oceanográfico Woods Hole, que criou e desenvolveu o equipamento na década de 1990. Atualmente, a construção dos submarinos fica por conta da Hydroid. Ao instituto cabe continuar a desenvolver a tecnologia.

De onde é controlado?

O Remus 6000 é um equipamento autônomo. A direção e os trabalhos a serem seguidos são definidos antes da entrada na água. Ele foi lançado ao mar pelo navio norte-americano Alucia, que partiu do porto de Suape, em Recife.

Qual deve ser o próximo passo das investigações?

Segundo o BEA, após a identificação dos destroços, novas buscas deverão ser feitas na área para coletar mais detalhes sobre os destroços e recolher o que for possível. Um dos objetivos é procurar pelas caixas-pretas da aeronave, que registram os parâmetros de voo e o diálogo dos pilotos.

Fonte e Artes: G1

Saiba como partes do avião da Air France foram encontradas


O governo francês encontros partes do avião Airbus da Air France que caiu durante o voo AF 447 em 31 de maio de 2009, matando 228 pessoas. Para achar os destroços, os investigadores utilizam robôs-submarinos de tecnologia norte-americana.

Especialistas afirmam que o relevo plano da região onde os destroços estão aumentam as chances das caixas-pretas da aeronave serem encontradas. As caixas-pretas registram as conversas dos pilotos e os parâmetros do voo.

Foi a quarta expedição atrás dos restos do avião da Air France. Imagens divulgadas pelo governo francês mostram as duas turbinas, o trem de pouso, parte de uma asa e de uma fuselagem do avião. As fotos foram tiradas pelo Remus 6000, um submarino-robô que chegou a dez metros de distância dos destroços.

Os restos do avião foram encontrados a 3.900 metros de profundidade no Oceano Atlântico, em uma área relativamente plana - o que pode facilitar outras buscas. As imagens mostram que os destroços encontrados estão em uma área com 600 metros de extensão.

O chefe das investigações francês também revelou que corpos foram encontrados. Quando jornalistas pediram mais detalhes, uma ministra do país interrompeu a coletiva que anunciou a descoberta dos destroços - em respeito aos familiares das vítimas.

Para os especialistas em oceanografia, o avião caiu exatamente na região onde agora foi encontrado. Nessa região, as correntes marinhas profundas são lentas - demoram até 500 anos para dar uma volta no planeta.

Tecnologia antiga

A tecnologia de varredura usada pelo Remus 6000 não é nova. É usada rotineiramente pela indústria do petróleo e para a confecção de mapas submarinos.

Desde a Guerra Fria, russos e norte-americanos já usavam veículos submarinos para pesquisar o fundo do mar. São máquinas com autonomia tanto de energia como de operação.

Ettore Barros, professor de robótica da USP, explica que veículos para rastrear o fundo do mar usam coordenadas dadas pelos especialistas para executar manobras com um sistema automático de navegação.- sem intervenção do homem.

Durante a operação, é possível registrar fotos da região investigada. As imagens são produzidas por meio de um sonar emitido pelo Remus 6000. Para Paulo Sumida, professor de oceanografia da USP, os franceses teriam tecnologia suficiente para desenvolver rastreadores, sem precisar recorrer à tecnologia norte-americana.

Até o começo de abril de 2011, foram encontrados apenas 50 dos 228 corpos dos passageiros que estavam a bordo do voo AF 447. Parentes das vítimas brasileiras ainda não foram oficialmente comunicados sobre a localização de novos corpos.

Fonte: G1, com informações do Bom Dia Brasil - Arte: Veja.com

Achada peça que leva caixa-preta do AF 447, diz entidade

Escritório de investigação francês fez comunicado em reunião com famílias.

Acidente com avião da Air France aconteceu em 2009 e matou 228 pessoas.

As equipes de buscas localizaram a parte do avião na qual avaliam estar preservada a caixa-preta do voo 447, afirma Nelson Faria Marinho, presidente da Associação de Famílias das Vítimas. O representante da entidade disse ter sido informado da descoberta em reunião na segunda-feira (11) pelo BEA (sigla que em francês significa o Escritório de Investigação e Análises).

O acidente com o avião da Air France aconteceu em junho de 2009 e matou 228 pessoas. As causas da tragédia ainda não foram esclarecidas.

“O robô localizou a cauda onde ficam localizadas as caixas-pretas”, disse Marinho. Ele explica que a previsão é que nas próximas três semanas uma nova empresa entre nos trabalhos de buscas com uma espécie de guindaste para retirar a cauda e, nela, as caixas-pretas.

No domingo (3), foi realizado o anúncio de que as equipes de busca localizaram destroços do Airbus A 330-203 concentrados em uma área específica do Oceano Atlântico. Imagens divulgadas pelo governo francês mostraram duas turbinas, o trem de pouso, parte de uma asa e de uma fuselagem do avião.

Além das peças e fuselagem, corpos também foram encontrados. Entretanto, não foram informados detalhes sobre o assunto. Até hoje, só foram recuperados os corpos de 50 dos 228 passageiros.

A quarta fase de buscas teve início no dia 25 de março, quase dois anos depois do acidente. Três navios foram pré-selecionados para a viagem, que conta ainda com robôs-submarinos. Os restos do avião foram encontrados a 3,9 mil metros de profundidade, em uma área relativamente plana, com 600 metros de extensão.

Segundo o piloto e especialista em segurança Jorge Barros, as caixa-pretas dos aviões ficam instaladas nas caudas das aeronaves e guardam todos os dados das últimas 100 horas de voo e 36 horas de gravação de voz e sons da cabine dos pilotos. Ele acredita que os dados devem ser recuperados.

"É bem provável que ela tenha acesso a informações preservadas, pois são gravadas em memória flash, dentro de cilindros de titânio, que resiste a fogo, impacto e são cápsulas muito resistentes, que parecem couraças de submarino", disse.

Processos contra empresas

O presidente da associação de vítimas avalia que a localização das caixas-pretas vai auxiliar as famílias em processos movidos contra Air France, que operava o voo, e contra a Airbus, fabricante do avião.

“Com isso, a esperança dobra. Houve irresponsabilidade do fabricante da aeronave e houve problema de manutenção da Air France. Isso vai confirmar o que vem sendo dito”, afirmou.

Equipamento


O robô-submarino Remus 6000, que chegou a dez metros de distância dos destroços, foi o responsável pela captação das primeiras imagens dos destroços no fundo dos oceanos. Três unidades do veículo autônomo - que não precisa de um operador humano para funcionar - foram usados na missão.

Fonte e Arte: G1

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Fotos dos destroços do voo AF 447 localizados neste domingo

Imagem de sonar mostra local em que foram encontrados os destroços

Foto divulgada pelo BEA mostra uma das turbinas

Foto de turbina danificada

Trem de pouso do avião acidentado

Destroços do trem de pouso

Destroços da fuselagem e de uma das asas

Imagem gerada em computador mostra o submarino com sonar usado nas buscas

A BEA (Escritório de Investigações e Análises), órgão francês a cargo das investigações, anunciou ter encontrado neste domingo (3) destroços no local do acidente, não muito distantes da última posição conhecida do Airbus A330, que fazia o voo entre Rio de Janeiro e Paris.

A ministra francesa de Transportes, Nathalie Kosciusco-Morizet, disse que as operações devem começar em "três semanas ou um mês".

Ela também confirmou, nesta segunda, que foram localizados restos mortais no local do acidente.

Os investigadores revelaram nesta segunda as primeiras imagens dos destroços da aeronave localizados na véspera.

O ministro Thierry Mariani, disse que as caixas-pretas ainda não foram localizadas, e autoridades do BEA acrescentaram que é impossível prever qual possa ser a utilidade delas mesmo se forem achadas.

"Podemos apenas ficar felizes que dois anos após o acontecimento, agora exista esperança que poderemos encontrar uma explicação para o que aconteceu", disse o chefe do BEA, Jean-Paul Troadec.

A mais recente busca, a quarta desde a queda, está sendo conduzida usando um veículo de resgate equipado com submarinos não-tripulados. Uma investigação subaquática inicial também localizou partes dos destroços e corpos.

Mariani disse que as famílias das vítimas serão informadas sobre as descobertas em uma reunião no final da semana, e que maiores detalhes não serão trazidos a público antes disso.

A descoberta dos restos do avião da Air France em um vasto raio de busca de quase 10 mil quilômetros quadrados renovou as esperanças de que as caixas pretas da aeronave agora possam ser encontradas.

Fonte: G1, com agências internacionais - Fotos: AFP

Avião britânico aterrissa em Atenas após ameaça de bomba

Um avião de passageiros britânico que ia da Inglaterra ao Egito teve de fazer um pouso não programado em Atenas, na Grécia, após receber uma ameaça de bomba.

A Força Aérea grega disse que dois jatos F-16 e um helicóptero Super Puma escoltaram o avião até o Aeroporto Internacional de Atenas, onde aterrissou sem incidentes pouco após às 15h (9h em Brasília).

Os 216 passageiros e tripulantes a bordo foram retirados e o avião passa por uma varredura.

O Boeing 757-2B7, prefixo G-OOBI, da Thomson Airways fazia a rota entre Bristol, na Inglaterra, e Sharm el-Sheikh, no Egito (voo BY-226) nesta segunda-feira (4).

"Não houve feridos como resultado do alerta e todos os passageiros e tripulantes estão sob observação no terminal, enquanto a investigação é concluída", disse Christian Cull, diretor de comunicações da TUI UK, dona da Thomson.

A polícia britânica disse ter sido alertada do incidente, mas que não teve papel na investigação. A TV estatal grega disse que a ameaça foi recebida em um telefone à Thomson.

Fontes: AP via UOL Notícias / Aviation Herald

Após detectar pane em radar, avião volta para aeroporto no Rio

Voo da Delta seguia para Atlanta, nos Estados Unidos.

Pane em radar meteorológico impediu continuação de voo.


Um voo da Delta Airlines, que partiu do Rio de Janeiro com destino a Atlanta, nos Estados Unidos, foi obrigado a retornar na madrugada desta segunda-feira (4) ao Aeroporto Tom Jobim, na Ilha do Governador, após ter sido registrada uma pane no radar meteorológico.

Segundo informações da Infraero ao G1, a aerovane havia decolado às 21h36 de domingo e, quando estava próxima a Brasília, teve de cancelar o voo e voltar para o Rio de Janeiro, pois a falha detectada no radar impediria o sobrevoo na Amazônia.

O avião pousou no Aeroporto Tom Jobim à 0h44. Antes de aterrissar, porém, a aeronave despejou o combustível no mar.

A Delta informou, segundo a Infraero, que um novo voo para Atlanta está previsto para as 12h desta segunda-feira (4). Os passageiros foram levados para o hotel Guanabara, no centro do Rio de Janeiro. No total, 123 pessoas estavam a bordo do voo.

O G1 entrou em contato com a Delta, mas ninguém atendeu as ligações.

Fonte: G1, em São Paulo, com informações da Globo News - Foto: Reprodução da TV

Avião da ONU cai e mata 32 na República Democrática do Congo

Desastre ocorreu durante o pouso no aeroporto de Kinshasa.

Um avião da missão da ONU caiu na República Democrática do Congo nesta segunda-feira (4) ao tentar pousar o pouso no aeroporto de Kinshasa, matando 32 pessoas.


O avião Canadair CL-600-2B19 Regional Jet CRJ-100ER, prefixo 4L-GAE, da Georgian Airways, operando para as Nações Unidas, com 29 passageiros e quatro tripulantes, caiu na aproximação ao Aeroporto Internacional de Kinshasa. Apenas uma pessoa sobreviveu.




Fontes: ASN / AFP via G1 - Fotos: Agências Internacionais

Recuperação de restos do voo 447 deve começar em um mês

Os trabalhos para a recuperação dos restos humanos encontrados nos destroços do voo 447, da Air France, devem ser iniciados em cerca de um mês, segundo informações dos investigadores que trabalham nas buscas. O avião, que fazia o trajeto entre Rio e Paris, caiu na noite de 31 de maio de 2009 (pelo horário brasileiro) com 228 pessoas a bordo.

A descoberta de novos destroços da aeronave foi feita no domingo. A ministra francesa dos Transportes, Nathalie Kosciusko-Morizet,disse que se trata de "uma parte importante do avião" em declarações à rádio France Inter. Ela também confirmou a presença de corpos dentro de uma grande parte da fuselagem.

Esta fase de busca, iniciada em novembro do ano passado, era a quarta realizada e respondia ao desejo dos familiares das vítimas, que consideram que o achado dos restos é imprescindível para conhecer as causas do acidente.

Segundo os familiares, as três operações anteriores não foram feitas com o rigor necessário e terminaram sem sucesso ao não achar as caixas-pretas, que os investigadores esperam encontrar entre o material descoberto desta vez.


A nova fase de buscas foi iniciada em uma zona de 10 mil km2, ou seja, um raio de 75 km em torno da última posição conhecida do voo AF 447.

Nesta etapa, são usados três submarinos robôs do modelo Remus --dois da fundação americana Waitt e um do instituto alemão Geomar. Com quatro metros de comprimento e pesando 800 kg, ele são capazes de chegar a 4.000 metros e têm sensores que podem detectar qualquer material da aeronave.

Fonte: BBC Brasil via UOL Notícias - Foto: Divulgação/WHOI

Corpos estão entre destroços de avião da Air France, diz ministra francesa

Corpos de passageiros do voo 447 da Air France, que caiu sobre o Atlântico há quase dois anos, após decolar do Rio de Janeiro, foram encontrados dentro de uma grande parte da fuselagem localizada no mar no domingo.

A afirmação foi feita nesta segunda-feira pela ministra francesa dos Transportes, Nathalie Kosciusko-Morizet.

De acordo com Kosciusko-Morizet, os corpos no interior do avião poderiam vir a ser identificados.

"É uma parte importante do avião, cercada por destroços. É uma parte que permaneceu praticamente intacta, em uma única peça", disse a ministra.

Segundo ela, essa descoberta "dá aos investigadores esperanças de localizar rapidamente as caixas-pretas do avião".

O voo AF 447 da Air France, que fazia o trajeto Rio-Paris, desapareceu dos radares na noite de 31 de maio de 2009 (pelo horário brasileiro) com 228 pessoas a bordo.

Somente cerca de 50 corpos foram encontrados, pouco após a catástrofe.

Quarta fase de buscas

O secretário-executivo dos Transportes, Thierry Mariani, também afirmou nesta segunda-feira, em entrevista à radio France Info, que corpos foram localizados na área da fuselagem.

"Em razão do aspecto sensível, guardamos os detalhes para as famílias das vítimas, que serão informadas com prioridade", disse Mariani.

A descoberta da fuselagem ocorre pouco após o início da quarta fase de buscas do avião, no dia 25 de março, em uma nova área de 10 mil quilômetros quadrados que não havia sido vasculhada até então.

Esta quarta fase de buscas era considerada como a "operação da última chance" para encontrar as caixas-pretas do avião.

"Pudemos identificar nas fotos que foram tiradas por um dos robôs submarinos diferentes elementos do avião, principalmente os motores", disse Jean-Paul Troadec, diretor do Escritório de Investigação e Análises da França (BEA, na sigla em francês), órgão responsável pelas investigações sobre as causas do acidente.

"Na realidade, é a descoberta da fuselagem", afirmou Troadec. Até então, a única grande peça do avião da Air France localizada tinha sido o leme do Airbus.

No domingo, o BEA havia informado que além dos motores, partes das asas também haviam sido encontradas.

Troadec afirmou ainda que como o barco americano Alucia, utilizado atualmente nas buscas, não está equipado para retirar a fuselagem do oceano, uma nova expedição será iniciada nas próximas semanas para resgatar os destroços.

Caixas-pretas

Os investigadores do BEA não têm certeza, no entanto, se as caixas-pretas, caso sejam encontradas, estarão conservadas o suficiente para que os dados técnicos gravados e as conversas dos pilotos possam ser analisadas.

"As caixas-pretas estão mergulhadas há quase dois anos. É preciso encontrá-las e que elas estejam em estado de funcionamento. É uma das incertezas da operação", disse o secretário-executivo dos Transportes.

Os especialistas do BEA afirmam que é indispensável encontrar as caixas-pretas do avião para identificar as causas do acidente.

"É importante para as famílias das vítimas e para a aviação civil compreender as causas desse acidente para evitar acidentes semelhantes", afirmou Mariani.

Até o momento, o BEA afirma que os sensores de velocidade do avião, os chamados tubos Pitot, são um dos elementos que provocaram problemas no avião, mas não a causa do acidente.

Fonte: BBC Brasil via UOL Notícias