A Marinha dos Estados Unidos trabalha em um projeto de aeronave não-tripulada que pode voar por até três meses sem parar. O segredo para tamanha autonomia é seu abastecimento, feito por meio de energia solar captada em suas asas. Chamado de Skydweller, o avião pode ser de grande utilidade para monitoramento de mares e oceanos, além de conseguir levar uma quantidade razoável de carga.
O projeto do Skydweller foi encomendado pela Marinha, mas tem a empresa espano-americana Skydweller Aero como grande responsável. Esse modelo tem como base outra aeronave movida à energia solar, a Solar Impulse 2, que em 2016 deu a volta ao mundo sem a necessidade de abastecimento justamente por conta dessa tecnologia. A diferença para essa variante militar é que não haverá tripulação, o que dá mais espaço para carregar objetos maiores.
Os 90 dias de voo serão possíveis graças às placas de energia fotovoltaica acopladas às asas do avião. Ao todo, são 269 m² de placas que vão gerar 2 kW de energia para o veículo, suficientes para a manutenção dessa autonomia. Além disso, com a ausência da tripulação, o Skydweller pode levar até 362 kgs em equipamentos de monitoramento e até mesmo carga útil.
(Imagem: Divulgação/ Skydweller Aero) |
Com essa aeronave pronta para uso, a Marinha dos Estados Unidos pode ampliar sua gama de ações nos mares e locais inóspitos. Atualmente, a divisão atua com drones que podem voar por até 30 horas e que possuem alcance limitado, além do aparato tecnológico para monitoramentos. Com o Skydweller, um novo leque se abre e a economia de combustível é sem precedentes.
Como está o projeto?
O Skydweller será um avião operado remotamente, mas também terá tecnologias autônomas de voo. Segundo a fabricante, os testes seguem em bom ritmo, mas devem ser realizados com o máximo de cautela e segurança para garantir que o propósito da aeronave seja alcançado. Além disso, ela deve contar com um sistema de células de combustível de hidrogênio para atuar em caso de mau tempo.
"Atualmente, estamos seguindo nosso plano para testar o voo autônomo, depois a decolagem autônoma, depois o pouso autônomo e, finalmente, nosso primeiro voo totalmente autônomo. Assim que tudo isso for provado, passaremos para os testes de longa duração com o objetivo de operar por mais de 90 dias", disse o CEO da Skydweller Aero, Robert Miller, em entrevista à New Scientist.
Via Canaltech / Futurism
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