
Para mim, esse evento ia passar meio batido se não fosse pelo meu colega e chapa Cláudio Pucci, que escreveu na concorrência um excelente texto falando sobre a fantasiosa conquista do espaço feita pelo cinema.
Depois de ler o texto, eu só achei que para ficar completo faltou na relação um obscuro filme do final dos anos 1970 onde, desta vez, o homem viaja para Marte, mas não pisa exatamente no planeta vermelho.
Capricórnio 1 (Capricorn One - 1978), escrito e dirigido por Peter Hyams (Outland, 2010, Fim dos Dias), conta a história da primeira missão tripulada para Marte onde — nos segundos finais — os três astronautas (entre eles, O. J. Simpson, ainda na época em que era bom moço) são arrancados do foguete (que decola vazio) e são secretamente enviados para uma base no meio do deserto.


Mas ainda bem, ele era amigo de um jornalista abelhudo que começa a investigar o seu desaparecimento e acaba descobrindo toda a trama. E o resto todo mundo pode adivinhar: soco, tiro, pancadaria, perseguição de carro, helicóptero, jatinho executivo e até biplano. No fim, os mocinhos vencem os bandidos e tudo acaba bem.

Eu já vi alguns documentários e textos sobre esse assunto e a minha opinião é que os whistle-blowers concentram demais seus argumentos em fatos pontuais como uma foto, uma cena, informações científicas etc. Mas o conjunto da obra não consegue criar um cenário completo que consiga explicar como toda a missão foi fraudada.
E se levarmos em consideração aquele ditado que diz que “segredo entre três só matando dois” e que passados mais de 40 anos nenhum astronauta abriu o bico dizendo que tudo foi encenação, acho que devemos dar um crédito para esses caras que colocaram o deles na reta numa aventura tão arrojada como foi o projeto Apollo.
O engraçado é que os defensores do Moon Hoax até usam o fato que todos os astronautas da Apollo voltarem vivos para a Terra (incluindo a micada Apollo 13) como algo a ser visto com desconfiança, principalmente depois das recentes tragédias com o ônibus espacial.
Acho que no final das contas, eles só foram mais sortudos.
Trivia:
A câmera fotográfica usada na missão Ap0llo era uma Hasselblad sueca especialmente adaptada, uma escolha que a americana Kodak americana nunca engoliu, já que foi uma grande jogada de publicidade. Outro caso célebre foi o Omega SpeedMaster, que também deixou pra trás outra empresa americana — a Bulova — que na época já tinha um moderno relógio de pulso com o avançado sistema Accutron (um mecanismo eletrônico com diapasão). Depois eles tiveram alguma compensação, já que o relógio do painel de controle da cápsula espacial usou um mecanismo Accutron.
Fonte: Mário Nagano (Zumo) - Fotos: Divulgação
Nenhum comentário:
Postar um comentário