Avião que levava parte do time caiu logo após a decolagem do aeródromo de Luzimangues, deixando seis mortos, em 2021. O Cenipa é o órgão responsável pela apuração da tragédia.
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Avião pegou fogo logo após cair em Porto Nacional (Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação) |
Na terça-feira (24), o acidente aéreo que matou seis pessoas da delegação do Palmas Futebol e Regatas completa dois anos. A aeronave de matrícula PT-LYG caiu em Luzimangues, distrito de Porto Nacional (TO), em 2021, e a investigação sobre o que teria causado a tragédia segue em andamento.
Morreram o piloto Wagner Machado Júnior, que tinha mais de 30 anos de experiência em aviação, o presidente do clube, Lucas Meira, e quatro atletas do time: o goleiro Ranule, o lateral-esquerdo Lucas Praxedes, o zagueiro Noé e o atacante Marcus Molinari.
A delegação seguia para Goiânia, onde a equipe enfrentaria o Vila Nova pela Copa Verde. Os jogadores estavam no voo particular por terem contraído Covid-19 pouco tempo antes da partida. O período de isolamento deles terminava no dia do acidente aéreo.
Questionado sobre o andamento do acidente, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), explicou que a conclusão das investigações dependem da “complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes”.
Somente após o fim da investigação, o Cenipa deverá divulgar o relatório final com os motivos que levaram à queda da aeronave.
Segundo o histórico disponível sobre a tragédia, o avião decolou do Aeródromo Associação Tocantinense de Aviação (SWEJ). Logo depois da decolagem, a aeronave perdeu sustentação e caiu.
O objetivo da apuração é prevenir que novos acidentes com características semelhantes ocorram, segundo o órgão federal.
A g1 procurou a assessoria do Palmas Futebol e Regatas para comentar o assunto e não teve retorno.
Relembre a tragédia
No dia 24 de janeiro de 2021, o avião com piloto e seis passageiros caiu logo depois da decolagem. Testemunhas informaram na época que antes de cair, tentou levantar voo. Pelo menos duas explosões aconteceram no momento do impacto.
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Avião ficou completamente destruído após cair em Luzimangues (Foto: Divulgação) |
A investigação sobre o acidente está sendo realizada pelo Sexto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa VI), órgão regional do Cenipa, localizado em Brasília (DF). Não há previsão de quanto tempo a apuração do caso deve levar.
O avião que caiu é um bimotor Beechcraft Baron, de prefixo PT-LYG. O site da fabricante do avião, a Beechcraft, indica que este tipo de aeronave pode transportar no máximo seis pessoas.
A mesma aeronave sofreu um acidente em 2014, em um aeródromo de Brasília. Na época, o relatório da Aeronáutica concluiu que o piloto se esqueceu de acionar o trem de pouso no momento da aterrisagem.
De acordo com o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), o avião pertencia a uma construtora com sede no Pará chamada Meirelles Mascarenhas Ltda e não tinha autorização para realização de serviços de táxi aéreo.
A assessoria do Palmas na época do acidente que o avião tinha sido adquirido há pouco tempo pelo presidente, Lucas Meira, e que estava em fase de transferência. O Palmas chegou a esclarecer que o avião não estava a serviço de táxi aéreo. A Anac negou ter recebido o pedido para transferir o avião para o nome do presidente do time.
Via g1 Tocantins
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