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Pyka Pelican Spray: Avião remotamente controlado usado para pulverização agrícola (Imagem: Divulgação/Pyka) |
A força financeira do agronegócio no Brasil tem garantido bons negócios para o setor de aviação. Diversos modelos de aeronaves têm sido dedicados com prioridade para esse segmento econômico
Nos últimos anos, no país, alguns modelos se destacaram neste direcionamento. Embora alguns sejam exclusivos para o agro (entenda a seguir), outros, mais versáteis, acabaram se destacando neste setor.
Conheça a seguir alguns desses modelos.
Pyka Pelican Spray
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Pyka Pelican Spray: Avião remotamente controlado usado para pulverização agrícola (Imagem: Divulgação/Pyka) |
O Pelican Spray, desenvolvido pela startup norte-americana Pyka (pronuncia-se 'Páica'), é um avião não tripulado utilizado em operações agrícolas aéreas, como pulverização de agrotóxicos, adubos e defensivos orgânicos.
Ele é operado remotamente, e precisa de apenas uma pessoa para ser operado, tanto para o voo quanto para a preparação (troca de baterias e abastecimento com produtos a serem pulverizados). A aeronave é trazida ao Brasil pela empresa de venda de aeronaves Synerjet, que ainda não definiu um preço para o modelo.
No modelo que será vendido aqui pela companhia, serão disponibilizadas seis baterias, que podem oferecer até 35 minutos de voo (mais 10 minutos de reserva) e são recarregadas em uma hora e meia. Com isso, o modelo pode operar 24 por dia, diferentemente dos aviões agrícolas, que não voam à noite para pulverizar as plantações.
Ficha-técnica
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Equipamentos usados no Pyka Pelican Spray: Avião remotamente controlado usado para pulverização agrícola (Imagem: Divulgação/Pyka) |
Modelo: Pyka Pelican Spray
Carga útil: Até 300 litros de defensivo agrícola
Duração da bateria: 35 minutos (mais 10 minutos de reserva)
Velocidade de operação: Entre 111 km/h a 148 km/h
Tamanho da pista: 250 metros de comprimento por 8 metros de largura
Motores: Quatro motores elétricos
Envergadura (distância de ponta a ponta da asa): 11,5 metros
Comprimento: 6 metros
Peso máximo de decolagem: 599 kg
Epic E1000GX
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Epic E1000GX: Aeronave tem preparo para pousar em pistas sem preparo (Imagem: Facebook/Epic Aircraft) |
Outra aeronave que tem destaque no meio rural é o Epic E1000GX, trazido ao Brasil pela Avantto, empresa de compartilhamento de aeronaves e gerenciamento de frotas particulares. Recentemente, a empresa recebeu o quarto exemplar do modelo para atender à região Centro-Oeste do país.
O avião é um turboélice, que apresenta capacidade otimizada para operar em pistas não preparadas, como as de terra e grama localizadas em fazendas. "O Epic é uma aeronave que entrega performance de jato (voa a 10,4 km de altitude e atinge uma velocidade de 616 km/h) com custo operacional e flexibilidade de aeronave pistão (pousa em pistas curtas e não pavimentadas a um valor hora bem abaixo das aeronaves a jato)", diz Rogério Andrade, diretor-executivo da Avantto.
A aeronave ficará na base operacional da empresa em Goiânia, justamente para responder à crescente demanda do agronegócio. A aeronave foi certificada pela Anac (Agência Nacional de Aviação) em dezembro de 2023, e as entregas começaram no ano seguinte.
Ficha técnica
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Epic E1000GX durante pouso no Campo de Marte, em São Paulo: Aeronave tem preparo para pousar em pistas sem preparo (Imagem: Alexandre Saconi) |
Modelo: Epic 1000
Nome comercial: E1000GX
Velocidade máxima: 616 km/h
Peso máximo de decolagem: 3.629 kg
Capacidade: Até oito pessoas a bordo (um piloto e sete passageiros ou dois pilotos e seis passageiros)
Autonomia: 2.890 km de distância
Altitude máxima de voo: 10,4 km de altitude
Tamanho da pista: 687 metros para decolagem e 731 metros para aterrissagem
Envergadura: 13,1 metros
Altura: 3,8 metros
Comprimento: 10,9 metros
Pilatus PC-24
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Aeronave Pilatus PC-24, oferecida pela Amaro Aviation em modelo de propriedade compartilhada. O avião pode pousar em pistas de terra (Imagem: Divulgação/Amaro Aviation) |
Outra aeronave que passou a ser trazida ao Brasil recentemente é a nova versão do Pilatus PC-24. Ela também ganhou destaque entre integrantes do agronegócio, já que é um jato que tem capacidade de pousar em pistas sem preparo, como as de terra.
Um sistema de defletores no trem de pouso e sob a asa evitam que pedriscos ou outras sujeiras que possam estar na pista entrem nos motores do avião, o que causaria sérios danos. O modelo mais recente começou a operar Brasil em 2024, e o PC-24 já tem 15 unidades voando com matrícula nacional.
Também trazido pela Synerjet, esse avião de fabricação suíça é finalizado nos Estados Unidos antes de ser entregue no mercado brasileiro. Como possui uma porta de carga maior que outros modelos similares, além de um sistema de trilhos que permitem prender carga a bordo, esse avião pode ser usado em uma configuração mista, levando passageiros ou um carregamento simultaneamente.
Ficha técnica
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Interior do Pilatus PC-24, oferecida pela Amaro Aviation em modelo de propriedade compartilhada. O avião pode pousar em pistas de terra (Imagem: Divulgação/Amaro Aviation) |
Modelo: Pilatus PC-24
Velocidade: 815 km/h
Tamanho da pista: 940 metros para decolagem e 734 metros para aterrissagem
Peso máximo de decolagem: 8.500 kg
Envergadura: 17 metros
Comprimento: 16,8 metros
Altura: 5,3 metros
Autonomia: 3.778 km de distância
Capacidade: Até 11 passageiros, além do piloto
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