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Southern California Logistics Airport (uma antiga base da Força Aérea), em Victorville, Califórnia.
(via Bobak Ha'Eri , Marks Flickr Page e Mike Fiala/Getty Images)
AMARC (Centro de Manutenção e Regeneração Aeroespacial), na Base Aérea Davis-Monthan, próximo a Tucson, Arizona
Mais de 4.000 aviões militares estão na base.
(via Google Maps, Wikimedia Commons / RevolverOcelot , aviador sênior Alan R. Wycheck , US Navy , planes.cz e Popular Science )
Pátio de uma fábrica de alumínio alemã, em Grevenbrioch, onde vários aviões alemães caíram em 1945
(por Fred Ramage / Keystone / Getty Images)
O maior cemitério de jatos comerciais de passageiros nos Estados Unidos, Mojave Air & Space Port, Califórnia, 2001
(via D. Coleman 1 - 2 , Flickr / David Vienna , Google Maps , Lost America.com/Troy Paiva e Mike Fiala / Stringer)
Aeroporto Internacional Murtala Muhammed, Lagos, Nigéria
Oficiais da aviação nigeriana começaram a tentar desmontar e remover os cascos de aviões abandonados de aeroportos em todo o país no final de janeiro. As autoridades dizem que há pelo menos 65 deles, com pelo menos 13 no aeroporto internacional de Lagos.
(via Jon Gambrell e Sunday Alamba / Associated Press)
Pinal Airpark, Marana, Arizona
(via John Creasey / Flickr e Google Maps)
Aeroporto Phoenix Goodyear, Goodyear, Arizona
(via Flickr / ZeTexYann , The Hungarian Girl e The Center for Land Use Interpretation)
Roswell International Air Center, Roswell, Novo México
(via Savvas Garozis / Flickr e Google Maps)
Armazém de aviação, El Mirage Dry Lake, EUA
(via Todd Lappin / Flickr e Lost America.com/Troy Paiva)
Aeródromo Central, Moscou, Rússia
(via EnglishRussia)
Um aeródromo abandonado na Ucrânia
(via russos)
Cemitério de aeronaves abandonadas na zona de Chernobyl, Ucrânia
Em 9 de novembro de 1999, o McDonnell Douglas DC-9-31F, prefixo XA-TKN, da TAESA Lineas Aéreas, partiu para realizar o voo 725, com origem no Aeroporto Internacional de Tijuana e término no Aeroporto Internacional do México, na Cidade do México, com escalas intermediárias em Guadalajara e Uruapan.
O DC-9 que realizava o voo entrou em serviço pela Trans Australia Airlines em fevereiro de 1970, portanto, tinha 29 anos de uso em 1999 e acumulava mais de 59.000 ciclos de decolagem/pouso e 58.000 horas de voo. Antes de ser entregue à TAESA, operou para a Australian Airlines, Sunworld International Airlines, Midway Airlines, NASA e Aeroméxico. O DC-9 é um avião que transporta cerca de 100 passageiros em voos, principalmente de curta distância.
A TAESA foi fundada em 1989 como um serviço executivo de fretamento aéreo e se expandiu para operações comerciais em 1991, usando tarifas reduzidas para desafiar as operadoras estabelecidas Mexicana e Aeromexico.
O comandante era Jesús José Graciá, de 36 anos. Ele tinha 5.368 horas de voo. O primeiro oficial era Héctor Valdez, de 22 anos, com 250 horas de voo na época.
As duas primeiras partes do voo transcorreram sem problemas. Na escala em Uruapan, 85 passageiros desembarcaram da aeronave.
Às 18h59 (hora local), o DC-9 decolou de Uruapan com destino à Cidade do México às 18h59, para realizar a perna final do voo. A bordo da aeronave estavam 13 passageiros e cinco tripulantes.
Após a decolagem, a aeronave ficou anormalmente alta, com o nariz elevado além do normal, entrou em um estol, caiu e chocou-se em um campo de abacate, a 3,3 milhas ao sul da pista de partida, em um rumo de 110 graus. Todas as 18 pessoas a bordo morreram.
No aeroporto da Cidade do México, parentes chorando foram levados a um hangar onde funcionários da companhia aérea os ajudaram e se ofereceram para levá-los a Uruapan.
Uruapan, uma cidade de 250.000 habitantes que data do século 16, é conhecida por sua produção de abacate. Os turistas costumam ficar lá quando visitam o vulcão Paricutin, a 32 quilômetros a oeste. O vulcão é famoso por ter surgido de um milharal em 1943.
O acidente levou TAESA a encostar sua frota e suspender as operações um ano depois, em 2000.
Os investigadores determinaram que a tripulação não usou as listas de verificação apropriadas antes da partida. Durante a escalada, os pilotos ficaram confusos sobre o rumo instruído a seguir durante a decolagem. A desorientação espacial foi considerada um fator na queda do voo 725.
Por Jorge Tadeu (com ASN / Wikipedia / washingtonpost.com)
Em 9 de novembro de 1967, foi lançado pela primeira vez o foguete Saturno V, também chamado de "Foguete Lunar" ("Moon Rocket") na missão Apollo 4.
Saturn V (AS-501) na plataforma de lançamento ao pôr do sol, na noite anterior ao lançamento, em 8 de novembro de 1967 - Missão Apollo 4 (Foto: NASA)
O Saturno V foi o foguete usado nas missões Apollo e Skylab. Foi desenvolvido por Wernher von Braun no Marshall Space Flight Center em Huntsville, Alabama juntamente com Boeing, North American Aviation, Douglas Aircraft Company sob coordenação da IBM. Ele possuia três andares (estágios), propelido pelos cinco poderosos motores F-1 do primeiro andar, mais os motores J-2 dos andares seguintes.
A Apollo 4 - Saturno V (AS-501) decola às 12:00:01 UTC, 9 de novembro de 1967 (Foto: NASA)
A contagem regressiva de 104 horas começou em 30 de outubro e, após atrasos, o lançamento ocorreu em 9 de novembro de 1967. Lançado com sucesso do Cabo Kennedy, o voo teve duração de 8h37min e a nave foi recuperada sem problemas. A nave, deveria se chamar Apollo 2, mas como ela foi reprojetada após o acidente ocorrido com a Apollo 1, que vitimou os astronautas Gus Grissom, Edward White e Roger Chaffee em janeiro de 1967, e recebeu esse nome em homenagem a eles: Apollo 4, 3 vítimas da Apollo 1 mais um.
Os três andares do foguete, chamados S-IC (primeiro andar), S-II (segundo andar) e S-IVB (terceiro andar), usavam oxigénio líquido (lox) como oxidante. O primeiro andar usava RP-1 como combustível, enquanto os segundo e terceiro usavam hidrogénio líquido.
O foguete foi lançado 13 vezes no Centro Espacial John F. Kennedy, na Flórida, sem nenhuma perda de carga ou tripulação. Em 2018, continua a ser o mais alto, mais pesado e mais potente (em termos de impulso total) foguete já operado, detendo ainda o recorde de maior e mais pesada carga útil já lançada à órbita terrestre baixa. Seu último voo lançou em órbita o laboratório espacial Skylab.
Os recordes de maior massa e tamanho estabelecidos pelo Saturno V encontram-se ameaçados pelo projeto Big Falcon Rocket (BFR), da SpaceX, caso o mesmo venha a se tornar realidade conforme o descrito em seu projeto. O projeto do BFR, porém, não prevê um impulso total maior que os três estágios do Saturno V, que deve manter seu status de foguete mais potente já construído intacto por anos à frente.
Imagem composta de todos os lançamentos da Saturno V (Imagem: Wikipedia)
Dezoito foguetes Saturno V foram construídos. Eles foram as máquinas mais poderosas já construídas pelo homem.
Boeing XC-97 43-27470, o primeiro dos três protótipos do Modelo 367 (Foto: Arquivo do Museu Aéreo e Espacial de San Diego)
Em 9 de novembro de 1944, o piloto de teste sênior da Boeing, Albert Elliott Merrill, e o copiloto John Bernard Fornasero fazem o primeiro vôo do protótipo Boeing Modelo 367, XC-97 43-27470.
O avião era um protótipo para um transporte militar de longo alcance. Ele usou as asas, motores e cauda do bombardeiro pesado B-29 Superfortress.
Os três protótipos do XC-97 tinham 110 pés, 4 polegadas (33.630 metros) de comprimento com envergadura de 141 pés, 2,76 polegadas (43,0469 metros) e altura total de 33 pés, 2,8 polegadas (10,130 metros).
Ilustração de três vistas do Boeing XC-97 com as dimensões (Warbird Information Exchange)
O C-97A de produção voou pela primeira vez em 1949. Ele usava os motores mais potentes e a barbatana vertical mais alta do B-50 Superfortress. O transporte tinha uma tripulação de cinco pessoas e podia transportar 134 soldados ou 83 litros. O peso vazio do Stratofreighter era 76.143 libras (34.538 kg) e peso máximo de decolagem de 175.000 libras (79.379 kg). A capacidade máxima de carga era de 67.080 libras (30.427 kg).
O KC-97A tinha uma velocidade máxima de 334 nós (384 milhas por hora, ou 619 quilômetros por hora) a 26.000 pés (7.925 metros). Seu teto era de 34.500 pés (10.516 metros) e o alcance de combate do avião era de 1.661 milhas náuticas (1.911 milhas estatutárias / 3.076 quilômetros).
Boeing XC-97 43-27470 (Coleção David Horn, 1000 fotos de aeronaves)
A Boeing construiu 888 Stratofreighters C-97 e KC-97 Stratotankers entre 1947 e 1958. O tipo foi finalmente aposentado da Força Aérea dos EUA em 1978. Outros 56 transportes civis Stratocruiser Modelo 377 foram produzidos.
As caixas de peixe na esteira (Foto: Becca Braunholtz)
Passageiros da companhia aérea inglesa British Airways ficaram confusos e até irritados ao encontrar caixas e mais caixas de peixes aparecendo na esteira de restituição de bagagens do aeroporto em vez de suas malas, na última segunda-feira, 1º de novembro.
O inusitado faco aconteceu no aeroporto de Heathrow, em Londres, Inglaterra, de acordo com reportagem publicada pela rede de notícias BBC. Em geral, cargas transportadas nas aeronaves são dirigidas a terminais específicos para cargas, nunca dividindo a mesmas esteiras das bagagens dos passageiros.
Becca Braunholtz, que havia chegado com sua família de uma viagem para o Chipre, disse que as caixas azuis de peixes foram entregues na esteira do Terminal 5 do aeroporto. Ela comentou que havia pelo menos 100 caixas, todas com adesivos do aeroporto JFK, de Nova York, nos Estados Unidos.
Em um momento, sua filha tentou pegar uma das caixas, mas não conseguiu levantá-la, dado o peso do conteúdo.
(Foto: Becca Braunholtz)
“Foi a coisa mais estranha”, disse Becca, acrescentando que alguns passageiros estavam também irados com a situação.
Os passageiros disseram que esperavam que em um segundo momento suas bagagens apareceriam, porém, ondas e mais ondas de caixas de peixes congelados continuavam chegando à esteira, sem nenhum sinal de seus pertences.
Nem mesmo os funcionários da British Airways no local tinham explicação do motivo da confusão ocorrida com a carga que chegava a um terminal de passageiros. Segundo a viajante, eles ficaram “perplexos” ao serem alertados sobre o problema.
Por fim, os passageiros afetados receberam formulários de reclamação e foram aconselhados a se dirigirem para suas casas, para posterior verificação de onde estariam suas malas.
Em um comunicado, a companhia aérea se desculpou e disse que a maioria dos passageiros do voo recebeu suas malas normalmente: “Pedimos desculpas aos nossos clientes e os estamos devolvendo suas bagagens depois de perceber que algo suspeito estava acontecendo”.
Energia Family é composta por quatro novos conceitos de aeronaves comerciais com tecnologias de propulsão sustentável.
Energia Family: linha de aeronaves conceito com tecnologias de propulsão sustentável da Embraer
A Embraer anunciou nesta segunda-feira (8) o lançamento da “Energia Family”, uma linha de aeronaves conceito com tecnologias de propulsão sustentável.
A ação faz parte da mais recente iniciativa da fabricante, denominada Sustainability in Action, cujo objetivo é ajudar a indústria aeronáutica a atingir a meta de zero emissões líquidas de carbono até 2050.
A série Energia contempla quatro aeronaves comerciais conceituais de portes variados e cada uma delas possui uma tecnologia de motorização diferente, de baixa ou zero emissão de carbono. São aviões propostos com motores elétricos, célula de combustível de hidrogênio, turbina a gás de duplo combustível e híbrido-elétrico.
De acordo com a Embraer, cada aeronave está sendo analisada de acordo com sua viabilidade técnica e comercial. A fabricante, porém, ainda não cravou datas sobre o lançamento dos projetos.
Em vez disso, ela divulgou os prazos em que espera ter as novas tecnologias disponíveis, o que pode acontecer entre os anos 2035 e 2040. A empresa acredita que há uma demanda potencial para 4.000 aeronaves com esses novos recursos nos próximos 20 anos.
Não há solução fácil ou única para chegar à emissão zero. Novas tecnologias e sua infraestrutura de suporte serão disponibilizadas com o tempo. Estamos trabalhando agora para ajustar os primeiros conceitos de avião, aqueles que podem começar a reduzir as emissões o quanto antes”, Luis Carlos Affonso, vice-presidente sênior de Engenharia, Tecnologia e Estratégia Corporativa da Embraer.
Segundo ele, aeronaves pequenas são ideais para testar e comprovar novas tecnologias de propulsão para que elas possam, posteriormente, ser aplicadas em aeronaves maiores. “É por isso que nossa Energia Family é uma plataforma tão importante”, diz.
O anúncio da Embraer coincide com encontro climático COP26 em Glasgow, na Escócia, num momento em que as preocupações com o aquecimento global e a degradação do meio ambiente atingem níveis alarmantes.
Conheça a seguir os quatro conceitos de aviões sustentáveis da Embraer:
Energia Hybrid
Avião de pequeno porte para nove passageiros, o Energia Hybrid é proposto com motorização híbrida-elétrica.
Avião de pequeno porte para nove passageiros, o Energia Hybrid é proposto com motorização híbrida-elétrica. Como em carros híbridos, ideia é combinar força de motores elétricos com propulsores convencionais
Como nos carros híbridos, o projeto da Embraer sugere combinar a força de motores elétricos com propulsores convencionais, no caso turboélices movido a SAF (Combustível Sustentável de Aviação, misturas de cana de açúcar e combustível derivado da planta de camelina e combustível fóssil) para reduzir em até 90% as emissões de CO2. A fabricante diz que essa tecnologia deve estar disponível em meados de 2030.
Energia Electric
Outro modelo de pequeno porte com capacidade para nove ocupantes, o Energia Electric é um conceito de avião com motor elétrico e hélices contra-rotativas (que giram em sentidos opostos).
Modelo de pequeno porte com capacidade para nove ocupantes, o Energia Electric tem motor elétrico e hélices que giram em sentidos opostos
É, portanto, uma aeronave de zero emissão de CO2. Segundo a Embraer, a tecnologia de motores para aviões comerciais deve atingir o ponto de maturação em 2035.
Energia H2 Fuel Cell Gas Turbine
Avião de zero emissão de CO2, o Energia H2 Fuel Cell Gas Turbine com 19 assentos conta com um motor de propulsão elétrica de hidrogênio.
Energia H2 Fuel Cell Gas Turbine: tem 19 assentos e um motor de propulsão elétrica de hidrogênio. Será equipada com gerador de energia próprio (alimentado pela reação química entre hidrogênio e oxigênio)
Ou seja, a aeronave será equipada com um gerador de energia próprio (alimentado pela reação química entre hidrogênio e oxigênio), que por sua vez fornecerá a eletricidade para o motores a hélice na parte traseira da aeronave.
A Embraer prevê que essa tecnologia estará disponível até 2035.
Energia Gas Turbine
Maior modelo da série conceitual, com capacidade entre 35 e 50 passageiros, o Energia Gas Turbine promete reduzir em 100% as emissões de CO2 utilizando motores bicombustível, movidos a hidrogênio ou SAF.
Maior modelo da série conceitual, com capacidade entre 35 e 50 passageiros, o Energia Gas Turbine promete reduzir em 100% as emissões de CO2 utilizando motores bicombustível, movidos a hidrogênio ou SAF
A disponibilidade dessa tecnologia é aventada pela fabricante para 2040.
Autor da proposta diz que objetivo é fiscalizar prática já disseminada; debatedores pedem ampliação do serviço de táxi aéreo convencional.
Especialistas do setor aéreo criticaram nesta segunda-feira (8) o Projeto de Lei 2166/21, que cria e regulamenta o Transporte Aéreo Remunerado Individual de Passageiros (Tarp). Na prática, o texto autoriza pilotos habilitados que sejam proprietários de aviões pequenos – até seis ocupantes – a oferecer serviços de transporte de passageiros, conforme regras definidas na proposta. Por semelhanças com o modelo de transporte terrestre por aplicativos, a modalidade foi apelidada de “uber aéreo”.
Segundo o texto, de autoria do deputado Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG), para operar no Tarp, a aeronave deve estar registrada em nome de pessoa física e ter potencia máxima de 310 cavalos. Poderá operar o avião, além do proprietário, um piloto auxiliar, por até metade do total de horas voadas pela aeronave no ano. Ambos os comandantes, conforme o projeto, deverão possuir certificação de piloto comercial e ter, pelo menos, 300 horas de voo.
O autor argumenta que a regulamentação do Tarp, além de aumentar a oferta de serviços de táxi aéreo no País, principalmente em regiões remotas, poderia trazer mais segurança para passageiros que já têm buscado serviços de transporte aéreo não credenciados. O relator da matéria é o deputado Delegado Pablo (PSL-AM).
Durante o debate de hoje, promovido pela Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados, o presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), Ondino Cavalheiro Neto, discordou de Marcelo Freitas. “Esse projeto de lei tem o objetivo de legalizar o transporte aéreo clandestino de passageiros sob o pretexto de estar resguardando a segurança desse tipo de voo ao definir o tamanho e a potência da aeronave e a experiência do piloto”, disse.
Consultor aeronáutico, o representante do Sindicato Nacional das Empresas de Táxi Aéreo (Sneta), Raul Marinho, apontou falhas técnicas no texto que podem comprometer a segurança dos voos, como a indefinição sobre a jornada de trabalho dos pilotos e a abertura para que várias pessoas possam operar a aeronave como auxiliares. O sindicato entende que modernizar os atuais serviços de táxi aéreo, reduzindo custos de operação e incentivando a renovação das frotas, é a solução mais adequada para garantir segurança e mais voos em regiões como a Amazônia.
Ao comentar o projeto de lei em tramitação na Câmara, o secretário nacional de Aviação Civil do Ministério da Infraestrutura, Ronei Glanzamann, destacou que a regulamentação atual (RBAC 91) proíbe aviões privados, registrados com o prefixo TPP, de explorarem o transporte remunerado de passageiros.
"Nas operações privadas, considerando que o proprietário é o próprio piloto e passageiro do avião, nós não temos muita preocupação, a não ser com terceiros, já que o piloto opera por conta e risco dele. Porém, quando se permite o transporte remunerado de passageiros, há, sim, preocupação”, apontou.
Glanzamann informou que o governo federal, por meio do programa Voo Simples, já tem buscado reduzir barreiras burocráticas para atrair novos operadores para o mercado de táxi aéreo. "Em breve, deverá ser enviada uma medida provisória que trata do Voo Simples, alterando o Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA) e a lei de criação da Anac [Agência Nacional da Aviação Civil], além de decretos, no sentido de promover a desburocratização do setor”, anunciou.
Gerente de operações da Anac, Bruno Del Bel afirmou que a agência trabalha em uma nova abordagem regulatória, menos punitiva e mais voltada ao desempenho. Recentemente, a autarquia especial autorizou o funcionamento de aplicativos que permitem a comercialização de poltronas vazias em voos operados por empresas de taxi aéreo credenciadas, que utilizam aeronaves com o prefixo TPX.
A audiência pública atendeu a requerimento do deputado Hugo Leal (PSD-RJ).
Família entrou com processo após companhia alegar que eram permitidos apenas cães e gatos na cabine de passageiros.
Coelho fêmea foi autorizado a viajar na cabine e não no porão do avião (Foto: Reprodução)
A disputa entre uma companhia aérea e uma família pelo transporte de um coelho dentro da cabine de passageiros foi parar na Justiça do Amapá, que deu ganho de causa à dona do animal. O processo julgado na 2ª Vara do Juizado Especial Cível de Macapá iniciou após a recusa da empresa em aceitar o animal, limitando o transporte junto aos viajantes apenas a cães e gatos.
A decisão da juíza Thina Luíza Dalmeida Gomes dos Santos Sousa estendeu o direito de animais de estimação viajarem na cabine se estende a outras espécies, desde que cumpram os padrões da companhia de tamanho, caixa de transporte e acomodação.
A viagem está marcada para a terça-feira (9) e a família entrou com o pedido de liminar, que foi concedida. A requerente justificou que antes da decisão tentou pagar a taxa aérea, sendo informada que o coelho, uma fêmea, não poderia ir na cabine, apenas no porão de cargas, mesmo com o animal atendendo os requisitos e ter laudo de bom estado de saúde.
"A coelha possui menos de 5 quilos já na caixa transportadora, que não late, não mia nem emite ruídos sonoros que possam perturbar o sossego dos demais passageiros, e que não deixaria seu pet ir no porão da aeronave que não é um lugar adequado para um bichinho tão pequeno e inofensivo, até porque coelhos são considerados animais frágeis", justificou a defesa na petição inicial.
A liminar concedida determina que a empresa aérea forneça um bilhete para que a dona do animal transporte o coelho de Macapá até Curitiba, destino da viagem, sob pena de multa de R$ 5 mil.
“A probabilidade do direito está demonstrada conforme a documentação colacionada aos autos, a qual converge com a narrativa apresentada na exordial, visto que a autora juntou atestado veterinário e fotos comprovando ser sua coelha Gracinha seu animal de estimação”, escreveu a magistrada na decisão.
Aeronave encontrava-se a 2.400 metros de altitude no momento em que a asa foi atingida e precisou retornar ao aeroporto após o ocorrido.
Um passageiro que embarcou em um voo da Estônia à Espanha no sábado (06), pela companhia aérea Air Baltic, gravou o momento exato em que um raio atinge a asa esquerda do avião. De acordo com o site Aviation Herald, o episódio não deixou feridos.
A aeronave em questão trata-se de um Bombardier C-Series CS-300 - também chamado de A220-300, prefixo YL-CSE, após ser adquirido pela Airbus - e o avião havia decolado da pista 26 do aeroporto de Lennart Meri, em Tallinn, na Estônia. Assista ao momento do impacto:
Dados da plataforma RadaxBox mostram que o impacto ocorreu quando os passagiros encontravam-se a 2.400 metros de distância do solo. Ou seja, o raio atingiu a asa após 4 minutos da decolagem. Imediatamente após o ocorrido, os pilotos retornaram ao aeroporto e realizaram a troca do avião. Isso porque, quando uma aeronave é atingida por uma descarga elétrica, ocorre uma dissipação da energia acumulada.
Por consequência, partes da estrutura metálica do avião podem superaquecer ou danificar devido a alta intensidade na energia elétrica descarregada. A aeronave em questão permanecerá em solo até que o fabricante realiza uma inspeção e uma manutenção preventiva na estrutura do avião.
Pelo menos 40 acidentes aéreos tiveram vítimas fatais após choque com obstáculos, no pouso ou na decolagem.
Bombeiro retira violão de Marília Mendonça do avião (Foto: Pedro Vilela / Getty Images)
Só uma investigação completa e bem-sucedida poderá estabelecer qual foi a principal causa da queda da aeronave que matou a cantora Marília Mendonça na sexta (5/11). Entretanto, a colisão do turboélice Beechcraft King Air com uma linha de transmissão da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) é uma das hipóteses investigadas e acendeu um alerta aos riscos de tais ocorrências nas proximidades de aeroportos do país.
Caso seja identificado que a batida na linha da Cemig foi a causa da queda, o caso será considerado uma “colisão com obstáculo durante a decolagem e pouso”, pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). Nos últimos 10 anos, houve 184 ocorrências desse tipo, de acordo com levantamento feito pelo Metrópoles com base nos dados do Cenipa – em 40 desses casos, foram registradas vítimas fatais.
Das colisão com obstáculos, a maioria dos episódios ocorreu no estado de São Paulo (31 registros), que, na prática, é onde aconteceram a maior parte dos acidentes aéreos na última década (1.439 dos 6.383 do país).
Ainda assim, a colisão em uma linha de transmissão nem sempre provocou mortes em acidentes de aviação. Em Aliança do Tocantins, em 21 de novembro de 2012, um avião do mesmo fabricante que a aeronave utilizada por Marília Mendonça (Beech Aircraft) bateu em um fio de energia elétrica quando se aproximava da pista em uma fazenda da região, mas conseguiu realizar o pouso sem fatalidades. O piloto e cinco passageiros, felizmente, saíram vivos.
“O piloto observou um fio, iniciando imediatamente uma arremetida e circulando para a outra cabeceira”, diz o resumo da ocorrência do Cenipa.
O mecânico de aviação Lito Sousa, especialista em segurança aérea e apresentador do canal Aviões e Músicas, destaca que são raros acidentes de colisão com obstáculos.
“Colisão com obstáculos ocorre mais em condições de visibilidade ruim. Normalmente os obstáculos perto dos aeródromos e aeroportos são bem identificados em cartas de voo”, afirmou Sousa, em entrevista ao Metrópoles.
Ainda que acidentes aéreos sejam resultado de múltiplas causas, falha no motor é a principal motivação de quedas, de acordo com o Cenipa. Foram registradas 715 ocorrências de falhas em motores nos últimos 10 anos.
Marília Mendonça morre em acidente aéreo no interior de MG (Crédito: Montagem | Reprodução Super Canal)
Após o acidente aéreo ocorrido na última sexta-feira (5), que vitimou a cantora Marília Mendonça e outros quatro ocupantes da aeronave, muitas pessoas começaram a se perguntar o motivo de todas as pessoas a bordo terem morrido, já que o avião parecia pouco danificado.
De acordo com o gerente de Segurança Operacional do Aeroclube de Vitória e Especialista em Segurança Operacional pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), Marcus Nascif, a explicação pode estar na física e na trajetória da queda da aeronave.
O que pode ter ocorrido com o avião que levava Marília Mendonça é uma perda de sustentação, e ele ter caído na vertical, e não para a frente, como costuma ocorrer. Isso é apenas uma especulação, mas serve para entender um pouco mais sobre a força que o corpo humano recebe neste tipo de queda.
“Por enquanto não há nada conclusivo. Nem mesmo o impacto com os fios pode ter sido decorrente de uma pane antes disso. Não sabemos ainda o motivo do avião estar tão baixo no procedimento para pouso.”
Sobre a região do acidente, o especialista conta que a área do pouso fica em um vale cercado de montanhas e que é preciso seguir o procedimento à risca mesmo voando em tempo bom.
"A região de Caratinga é muito montanhosa e o procedimento é voar a pelo menos 3 mil pés, mesmo fazendo o voo no visual, em tempo bom, é recomendado essa altura. Porque a área de pouso fica em um vale cercado de montanhas", disse Marcos Nascif.
De acordo com Marcus Nascif, a desaceleração é uma das principais responsáveis pelas mortes em um caso de uma diminuição brusca da velocidade de um corpo em movimento.
O corpo da pessoa fica parado, fixo no objeto em movimento (nesse caso, o avião), mas os órgãos internos mantêm a velocidade. Pelo fato de os órgãos não estarem totalmente presos, eles acabam se chocando com muita força contra ossos, músculos e pele.
“A desaceleração é tão brusca que os órgãos sofrem danos ao impactar com os ossos, músculos, basicamente foi isso. Principalmente se alguém ali não estava com cinto de segurança.“
Além desses danos, Marcus conta que é comum que ocorram múltiplas fraturas, como a da caixa craniana. Sendo que quanto maior a velocidade, maiores são os danos. E completa: “Os bombeiros vão testemunhar a posição que encontraram os corpos. E isso vai trazer indícios valiosos sobre a força e ângulo do impacto, o que vai ajudar nas investigações”.
A Polícia Militar divulgou trechos com a chegada dos agentes à cachoeira em que o avião de Marília Mendonça caiu no interior de Minas Gerais. Nas imagens é possível ver o esforço para arrombar a porta do avião e as fases de descoberta, em um momento em que ainda não sabiam quem estava no avião e se alguém tinha sobrevivido.
"Não estou vendo ninguém, só um punhado de bagunça", diz um policial em um dos momentos. "Não dá para ver muito, estou vendo só um braço e uma tatuagem do lado", completou outro agente.
As imagens foram feitas pelo Cabo Rodrigues e o Soldado Gouveia e divulgadas no "Domingo espetacular", da TV Record. Em um dos trechos, um dos policiais tenta se equilibrar em uma parte menos escorregadia da cachoeira. E é quando ele se senta que é pedido um pé de cabra para tentar abrir a porta amassada da aeronave.
"Eu só fui ter essa certeza (de que todos tinham morrido) só depois que o médico entrou na aeronave e disse de forma técnica que não havia sinais vitais dos passageiros", lamentou o Tenente Fábio, comandante do 1º batalhão. "Foi possível ver a aeronave perdendo altura, rodopiar e foi possível ver quando caiu".