quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

FAB disponibiliza aviões a familiares de acidente da Gol para reunião em Brasília

Vôos saem de São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Manaus.

Companhia não soube dizer se terá aeronaves para transportar familiares.


A Aeronáutica colocou quatro aviões à disposição dos parentes das vítimas do acidente com o Boeing da Gol para que eles venham a Brasília ver as conclusões finais das investigações. A reunião que apresenta os dados acontece nesta quarta-feira (10).

Três vôos estão confirmados: um saindo de Manaus, um de Recife e outro de São Paulo. A Aeronáutica também disponibilizou uma aeronave saindo do Rio de Janeiro, mas não houve procura até o começo da noite desta terça. Segundo a FAB, os próprios parentes pediram os vôos.

De acordo com a Aeronáutica, não é a primeira vez que o órgão disponibiliza aeronaves. Em outras reuniões, os parentes também viajaram com aviões da Força Aérea. Procurada pelo G1, a Gol não soube informar se colocou vôos à disposição dos parentes.

Pilotos

Os pilotos do Legacy que se chocou com o avião da Gol, Jan Paul Paladino e Joseph Lepore, foram absolvidos nesta segunda-feira (8) da acusação de negligência na adoção de procedimentos de emergência quanto à falha de comunicação com o Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (Cindacta). Eles são réus no processo do acidente que matou 154 pessoas em setembro de 2006.

Os dois pilotos continuarão a responder por "atentado contra a segurança de transporte aéreo", com agravante pelas mortes, conforme denúncia do Ministério Público aceita pela Justiça.

Relatório

O relatório, que será divulgado oficialmente na quarta, aponta que houve falha dos pilotos americanos do Legacy. Depois de analisar os dados das caixas-pretas e de ouvir os pilotos norte-americanos no Brasil e nos Estados Unidos, a Aeronáutica concluiu que o transponder - equipamento que poderia ter acionado o sistema anti-colisão e assim evitado a tragédia - estava em perfeitas condições. Foi checado por um do pilotos que, sem perceber, desligou o equipamento.

Ouvidos em fevereiro por oficiais da Aeronáutica nos Estados Unidos, os pilotos do Legacy negaram que tivessem desligado o transponder.

O documento aponta que os problemas começaram ainda na decolagem do Legacy, em São José dos Campos. Segundo o relatório, o operador que monitorava o jato não foi preciso nas instruções de vôo e informou aos pilotos do Legacy, Joe Lepore e Jan Paladino, que eles deveriam voar a 37 mil pés até Manaus.

O relatório informa ainda que o plano de vôo foi elaborado por uma empresa terceirizada, que havia pressa para a decolagem, já que os passageiros não queriam sobrevoar a Amazônia à noite, que um dos pilotos tinha apenas cinco horas de vôo nesse avião e que um deles ficou 16 minutos fora da cabine, momentos antes da colisão.

Fonte: G1

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