terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Plataforma de rastreamento online global de voos RadarBox se torna AirNav Radar

(Imagem: AirNav Radar)
A AirNav Systems, parceira do AEROIN e empresa com mais de 20 anos de experiência em rastreamento global de voos e serviços de dados, informa uma renovação de designação de sua plataforma de rastreamento online de voos AirNav RadarBox.

A partir de agora, a famosa plataforma tem um nome mais compacto, passando a se chamar AirNav Radar. Confira a seguir o comunicado da empresa com todos os detalhes sobre a mudança.

“Estamos animados para anunciar um novo capítulo em nossa jornada de marca! Após anos monitorando os céus e atendendo milhões de fãs de aviação e profissionais do setor, mudamos para alinhar nossa marca com nosso compromisso com simplicidade, acessibilidade e inovação. Bem-vindo ao AirNav Radar – sua fonte confiável para rastreamento de voos globais, agora com um nome tão simplificado quanto nossas soluções!

Nossos valores fundamentais, características e os altos padrões que você espera de nós permanecem os mesmos. Esta atualização é mais do que um novo nome – trata-se de aprimorar sua experiência, tornar nossa marca mais fácil de reconhecer e refinar como nos conectamos com entusiastas e profissionais da aviação.

O que há de novo?
  • Nome de Marca Simplificado: Diga adeus ao “RadarBox” e olá para “AirNav Radar”;
  • Novo Visual Elegante: Atualizamos nosso logotipo e visuais para refletir nossa abordagem inovadora.
Para esclarecer nosso portfólio de marcas:
  • AirNav Systems: Nome da empresa.
  • AirNav Radar: Soluções B2C (site e aplicativos).
  • AirNav FlightWatch: Operações de Rastreamento Profissional de Voos.
  • AirNav XRange: Receptores ADS-B e hardware.
Obrigado por fazer parte da nossa jornada! Estamos entusiasmados em continuar oferecendo a você o melhor rastreamento em tempo real e insights de aviação como AirNav Radar.”


segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

Conheça 10 caças de combate muito estranhos

A maioria dos caças é normal. Mas alguns são tão incomuns que são estranhos. Aqui estão 10 deles que achamos os mais estranhos!

O único critério aqui é a estranheza absoluta do design - quanto mais não convencional, melhor. Os caças são definidos como aviões a jato projetados para enfrentar outras aeronaves no ar. Embora, como regra, os aviões a jato tendam a ser menos convencionais do que os movidos a hélice, os caças a hélice mais estranhos são uma história para outro dia. Além disso, apenas aqueles que tinham protótipos voadores são contados aqui.

Menção honrosa: Saab 35 Draken

Saab 35 Draken (Imagem: Alan Wilson/Wikipedia)
A totalidade desta lista consiste em designs que nunca foram para a produção em massa e nunca foram adotados. Mas devemos incluir pelo menos um jato que foi realmente usado para manutenção, e este design sueco - com seu corpo combinado e asas delta - não tem concorrência.

10. Nord 1500 Griffon


Nord 1500 Griffon (Imagem: Roland Turner/Wikipedia)
Há algo estranho e um pouco assustador nos jatos de combate que têm uma grande entrada de ar logo abaixo da cabine. Provavelmente por causa da semelhança com o rosto humano, e nesse caso, esse protótipo de interceptador francês dos anos 50 parece querer engolir você inteiro.

9. Boeing X-32

Boeing X32B (Imagem: USAF/Wikipedia)
Continuando com o tema das estranhas entradas de ar, este caça a jato de quinta geração - que perdeu a competição para o que mais tarde se tornou o F-35 - parece estar sorrindo. Alguns dizem que essa aparência incomum na verdade contribuiu para sua perda, já que os militares tendem a preferir aeronaves de aparência enfadonha. Por mais interessante que possa ser, é improvável que esse mito seja baseado na realidade.

8. Yakovlev Yak-38U

Yakovlev Yak-38U (Imagem: Wikipedia)
Versão de dois lugares de um avião de caça soviético de decolagem e pouso vertical um tanto infame (VTOL), parece que Harrier foi espancado por um buraco negro. E mordido por uma abelha ao mesmo tempo. 

7. Republic XF-91 Thunderceptor

Republic XF-91 Thunderceptor (Imagem: USAF/Wikipedia)
Todo mundo conhece o Sukhoi Su-57 Berkut e o Grumman X-29, aeronaves que pareciam ter as asas colocadas de maneira errada. Mas o XF-91 foi um passo além: suas asas eram inversamente cônicas, como se estivessem presas pelo lado errado. Ou talvez a Republic Aviation apenas tentou reinventar uma borboleta.

6. Lockheed YF-12

Lockheed YF-12 (Imagem: USAF/Wikipedia)
Não é sobre como parece, mas sobre o que faz. YF-12 é essencialmente SR-71 Blackbird (avião espião mais rápido do mundo), mas um lutador. Projetado para perseguir bombardeiros soviéticos a velocidades superiores a Mach 3, era um pouco exagero, para dizer o mínimo.

5. Rockwell HiMAT

HiMAT (Imagem: Arquivo Nacional dos EUA/Wikipedia)
E eis que entramos na zona onde todas as aeronaves parecem algo de Star Wars. O primeiro deles é o HiMAT, uma tentativa de tornar um caça a jato o mais manobrável possível. Se não fosse pelo esquema de pintura altamente incomum, pareceria um F-16 do mundo de Mad Max.

4. Ryan X-13 Vertijet

Ryan X-13 Vertijet (Imagem: Wikipedia)
Ele faz o que diz: Vertijet é um jato projetado para decolar verticalmente, um dos muitos projetos semelhantes experimentados pelos Estados Unidos nos anos 50. Surpreendentemente, nenhum dos dois protótipos caiu.

3. Rockwell XFV-12

Rockwell XFV-12 (Imagem: Rockwell/Wikipedia)
Protótipo de jato supersônico VTOL dos anos 70, poderia muito bem ter sido a tentativa de Rockwell de entrar no gênero de ficção científica. Que pena, a aeronave era muito ruim para voar.

2. Northrop XP-79B

Northrop XP-79B (Imagem: USAAF/Wikipedia)
Desta vez não se trata apenas de aparência esquisita, e não apenas de desempenho estranho. São ambos. Bem conhecido entre os geeks da aviação, o XP-79 tem uma reputação que é bem merecida. Sim, foi projetado para atacar bombardeiros inimigos colidindo com eles. O que não amar?

1. Convair F2Y Sea Dart

Convair F2Y Sea Dart (Imagem: US Navy/Wikipedia)
Hidroaviões são legais. Interceptadores supersônicos também são legais. Por que não casar com essas ideias?

Embora por algum tempo parecesse que os caças aquáticos eram uma coisa do passado, houve tentativas de fazê-los no início da era do jato. O barco voador de caça a jato Saunders Roe SR.A/1 era um deles, parecia ridículo (bem, talvez não o suficiente para fazer esta lista), e todo mundo se esqueceu disso. 

Mas Convair tinha outros pensamentos. Eles pegaram seu interceptor F-102 Delta Dagger, mexeram um pouco nele e o colocaram em esquis aquáticos. Nos anos 50, a ideia de jatos supersônicos decolando de porta-aviões parecia um pouco futurística demais, então, esta foi uma tentativa de usar tecnologia comprovada. Caças supersônicos decolando e pousando na água. Por que não?

Cinco protótipos foram construídos e amplamente testados, pelo menos um deles com, tem, consequências bastante explosivas. Outros foram fundamentados e esquecidos sem merecimento.

Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com informações de AerotimeHub

Vídeo: História - Qual foi o maior transatlântico afundado na 2ª Guerra Mundial?


Você sabe essa resposta? Qual foi o maior transatlântico afundado na 2ª Guerra Mundial?

Na 1ª Guerra Mundial, o afundamento do transatlântico RMS Lusitania, torpedeado por um submarino alemão em 7 de maio de 1915, com a morte de 1.198 pessoas, incluindo 128 cidadãos norte-americanos, esquentou a opinião pública nos Estados Unidos, iniciando um movimento que resultou na declaração de guerra à Alemanha, cerca de dois anos depois.

Mas, na 2ª Guerra Mundial, houve algo assim? Houve algum transatlântico que foi afundado? E se foi – por quem e como?

Neste vídeo, vamos vasculhar os arquivos da guerra naval no maior conflito do século 20, e mostrar um episódio da luta nos mares pouquíssimo conhecido – mas que você vai descobrir com todos os detalhes, e também imagens raras e impressionantes dessa ação e dos envolvidos nela!

Assista agora e encontre a resposta! Com Claudio Lucchesi e Kowalsky, no Canal Revista Asas – o melhor da Aviação, e sua História e Cultura no YouTube!

Aconteceu em 9 de dezembro de 2019: Acidente com um C-130 da Força Aérea Chilena a caminho da Antártica

Em 9 de dezembro de 2019, a aeronave de transporte militar C-130 da Força Aérea chilena, caiu na Passagem Drake, durante a rota para a Base Presidente Eduardo Frei Montalva, uma base militar chilena na Ilha King George, na Antártica. Todos os 38 a bordo da aeronave morreram no acidente.

A aeronave Lockheed C-130H Hercules, prefixo 990, da Força Aérea do Chile (foto acima), foi construída em 1978 para a Força Aérea dos Estados Unidos com número de cauda 77-0324 e número de série 382-4776, mas foi entregue ao Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos como um avião-tanque KC-130R para operações de reabastecimento aéreo e designado BuNo 160628. Operou em Cherry Point, na Carolina do Norte e em Iwakuni, no Japão.

A aeronave foi armazenada na AMARG de 2009 até 2014. Após ser comprada pela Força Aérea Chilena por US$ 7 milhões, foi reformada em na Base Aérea Hill, em Utah (EUA), para os padrões do C-130H e entregue em 2015 sob o novo número de cauda 990.

A aeronave levava 38 pessoas a bordo, sendo 21 passageiros e 17 tripulantes. Quinze passageiros eram militares da Força Aérea do Chile, três eram soldados chilenos, dois eram civis empregados pela empresa de engenharia e construção Inproser e um era estudante da Universidade de Magallanes. A tripulação era composta inteiramente por pessoal da Força Aérea chilena.

A aeronave decolou de Punta Arenas, na Patagônia, no Chile, às 19h55 (UTC) (16h55 horário local) com destino à Ilha Rei George, na Antártica.

O voo tinha como objetivo fornecer suprimentos para uma base no Território Antártico Chileno e levar pessoal para inspecionar uma linha flutuante de abastecimento de combustível e outros equipamentos na base. A Força Aérea Chilena voava mensalmente de Punta Arenas para a Ilha King George. 

O contato de rádio com o avião foi perdido às 21h13 UTC. A partir daí, a busca pelo C-130 foi realizada por aeronaves da Força Aérea Chilena, Argentina, Brasileira, do Reino Unido, dos Estados Unidos e do Uruguai.

A grande profundidade das suas águas e o seu sistema de circulação atmosférica
produzem mudanças climáticas repentinas e muito difíceis de prever
Além disso, duas fragatas da Marinha do Chile vasculharam a área onde a aeronave foi observada pela última vez por radar. Todos foram auxiliados por uma equipe de analistas de imagens de satélite da Unidade 9900 das Forças de Defesa de Israel. O esforço de busca foi prejudicado por mar agitado e pouca visibilidade.

O local do acidente foi localizado em 12 de dezembro de 2019, após uma busca de três dias, e nenhum sobrevivente foi encontrado.

A notícia foi devastadora, mas trouxe algum fechamento para familiares que se reuniram em uma base militar em Punta Arenas, capital da província da escassamente populosa região sul de Magalhães, para ficarem mais próximos dos esforços de resgate.

Os destroços da aeronave foram encontrados flutuando no mar a 31 quilômetros (19 milhas) da última posição conhecida do C-130 desaparecido. Restos e objetos pessoais foram recuperados pelo navio de pesquisas polares da Marinha do Brasil, Almirante Maximiano.

A fuselagem e os principais componentes da aeronave foram identificados junto com restos humanos. O chefe da Força Aérea do Chile, Arturo Merino, confirmou que todos a bordo foram mortos.

Uma investigação sobre o acidente foi conduzida pela Força Aérea Chilena. Em dezembro de 2019, a causa da falha era desconhecida, em parte devido a uma quantidade insuficiente de componentes recuperados. A aeronave provavelmente sofreu um colapso total, seja durante o voo ou após bater no mar.

Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com Wikipédia, ASN, R7 e baaa-acro

Aconteceu em 9 de dezembro de 1982: Voo Aeronor 304 Quarenta e seis vítimas fatais em tragédia no Chile


O final do ano de 1982 seria como qualquer outro, exceto pelos efeitos da crise econômica que eclodiu nesse ano. As lamentações dos torcedores chilenos ainda se ouviam pela derrota na final da Copa Libertadores, em que o Peñarol do Uruguai arrebatou, no último minuto, o título continental do Cobreloa no Estádio Nacional.

No início de dezembro, o país se preparava para o Quinto Teleton, que seria o último a acontecer, segundo os cálculos de Dom Francisco. E na IV Região de Coquimbo, em cada cidade e vila, foram preparadas atividades para arrecadar fundos para trabalhos solidários. Porém, um dia antes do início das '27 horas de amor', uma notícia trágica chocou La Serena e todo o país. Esta é a história do acidente do voo 304 da Aeronor, em La Serena, em 9 de dezembro de 1982.

A Transportes Aéreos Norte-Sur foi fundada em setembro de 1977, começando a operar em março de 1978, no mercado aeronáutico dominado pela LAN Chile e LADECO. Sua frota era composta por 3 aviões modelo Fairchild F-27 e desempenhava funções de distribuição dos jornais da capital nas cidades do Norte do país, já que seu principal acionista era o Consórcio Chileno de Jornalismo (COPESA), naqueles anos dirigido por Germán Picó Cañas. Seu filho, Germán Picó Domínguez, foi CEO da Aeronor em 1981.

Também ofereceu serviços de transporte de passageiros às cidades de Arica, Iquique, Calama, Antofagasta, El Salvador, Copiapó, Vallenar e La Serena, a partir de Santiago. Em 1981, dobrou sua frota Fairchild, comprando modelos usados ​​de outras companhias aéreas nacionais. Em 20 de abril de 1979, porém, a empresa sofreu o primeiro acidente, quando um de seus aviões decolou do antigo aeroporto de Cavancha, em Iquique, caindo no setor Playa Brava. Passageiros e tripulantes saíram ilesos. O mesmo destino não ocorreu em 1982…

Um Fairchild F-27 semelhante à aeronave do acidente
Eram 9h40 da manhã de uma quinta-feira, 9 de dezembro de 1982. Nesse horário, o Fairchild F-27A, prefixo CC-CJE, da Aeronor Chile, que operava o voo 304, decolou do aeroporto Los Cerrillos, em Santiago, com destino final a Antofagasta, com escalas em La Serena e Copiapó. 

Levando 42 passageiros e quatro tripulantes a bordo, às 10h25, o avião já estava à vista da cidade de La Serena, onde deveria fazer uma das escalas orçamentadas da viagem, junto com a cidade de Copiapó.

Nesse mesmo momento, no Aeródromo La Florida, terminou com sucesso um exercício de emergência que encerrou um curso ministrado aos bombeiros do Serenense e Coquimbo, bem como ao pessoal técnico e enfermeiros do terminal aéreo regional. O exercício incluiu uma chamada fictícia de uma aeronave com um dos motores em chamas e problemas no trem de pouso, pedindo permissão à torre de controle para pousar na lateral da pista.

O Comandante da FACH em La Serena, Arturo Silva, classificou a operação como positiva, com base na resposta dos participantes. Nas declarações prestadas ao Canal 8 UCV de La Serena, o objetivo foi avaliar “os tempos de resposta perante uma situação real, que espero que nunca aconteça, mas temos que estar preparados para isso”.

Cinco minutos depois, o que foi praticado no treino teve que ser realizado de verdade. Antes de pousar na cidade dos mamões, o voo 304 sofreu um mau funcionamento no motor esquerdo, diante do qual o piloto do avião, Óscar Erlandsen, decidiu fazer um pouso forçado e  caiu, colidindo contra um muro de pedra localizado na área denominada "Parcela Seis" caiu no lote 6 (Lote Seis) em Alfalfares, localizada a cerca de 800 metros a nordeste do terminal do aeroporto, na cidade chilena de La Serena. O avião deslizou por 200 metros até bater em uma cerca que dividia os terrenos e explodir.


A equipe do Canal 8, formada pela jornalista Silvia González e pelo cinegrafista Guillermo Muñoz, foi uma das primeiras pessoas a chegar ao local do impacto, e as entidades de segurança o fizeram 10 minutos depois. O panorama que a lente de Muñoz registrou foi devastador: os restos do avião estavam praticamente pulverizados, restando apenas a cauda do avião em pé.

A fumaça era visível desde La Serena e Coquimbo, enquanto bombeiros, enfermeiros e equipes de resgate do aeroporto, membros da FACH, Carabineros e do Exército se juntaram ao trabalho. A investigação foi realizada pelo procurador militar Luis Valencia, que decretou a retirada dos restos mortais de passageiros e tripulantes, após coordenação com a Aviação. Não houve sobreviventes. Caminhões do Exército levaram os corpos aos necrotérios dos hospitais de La Serena, Coquimbo e ao Cemitério Geral da capital regional.

Às 15h, a lista de passageiros do avião acidentado foi entregue em Santiago. Entre a folha de pagamento estavam Silvia Pinto, destacada jornalista nacional que teve que viajar a Copiapó na qualidade de assessora de imprensa do Banco de Crédito e Inversiones (BCI); e o arquiteto Mario Moreno, marido de Silvia Ceballos, símbolo do Primeiro Teletón em 1978 e que trabalhou como locutor de continuidade no Teleonce, hoje Chilevisión.


As irmãs Margarita e María Contreras Tapia vieram visitar La Serena, vindas de Viña del Mar e Las Cabras, na região Libertador Bernardo O'Higgins. Um grupo de comerciantes chegou de Copiapó para identificar os restos mortais do colega Andrés Romero; Ao mesmo tempo, foram identificados os restos mortais de Viviana Solar e de seu filho de 2 anos, Pedro Simunovic Solar, que se dirigiam para Antofagasta.

Uma das histórias mais chocantes foi a de Lenka Gajardo. Ela era funcionária do hospital Pedro de Valdivia Office, casada com Héctor Bruna Paredes e havia viajado para Santiago devido à doença de um de seus filhos, Héctor, de 3 meses. Ela estava acompanhada da mãe, Ermelinda Cubillos e Cinthia, filha de Lenka, gêmea de Héctor. Os voluntários do Corpo de Bombeiros de Coquimbo foram às lágrimas ao ver os restos carbonizados daquela mãe e de seus filhos.


Também estavam no Aeronor: Patricia Muñoz, Hugo Martínez Muñoz, Alfredo Riquelme, Raúl Forne, Ginter von Osten, Bruno Kirstein, Margarita Hanbum, Ricardo de la Sotta, Gertrudes Vizcarra, Juan Carlos Orellana, Mauricio Lamig, Sergio Carvacho, José Aguirre, Emilio Canessa, José Celedón, Leslie Geiger, Edgardo Beckmann, Octavio Rocha, Federico Rodríguez, Noan Gavish, Marta Gallardo, Marino Mandacovic, Pablo Aguirre, María Sepúlveda, Gloria Sánchez, María Loreto Courbis, Francisco Javier Courbis, María Soledad Jara, María Inés Lamas e Berta Briones.

A tripulação era composta pelo piloto Óscar Erlandsen, pelo copiloto Mario Fragiola e pelos comissários Marta Martínez e Elisa Palacios.


Assim que ocorre o acidente, começam as especulações sobre suas causas. Os comandantes da FACH, Arturo Silva e Pablo Canales, foram os instrutores do resumo para esclarecer a origem da tragédia.

As primeiras versões impressas, transmitidas pelas rádios de Santiago, queriam relacionar o exercício com a tragédia aérea. O jornal vespertino La Segunda disse que as condições climáticas eram perfeitas, mas a fumaça após o exercício dificultou a visão do comandante Erlandsen.

A mesma publicação deu início à “teoria do otário”, que foi ampliada no dia seguinte pela La Tercera, cujos proprietários eram os mesmos da Aeronor: o avião fez um voo sem contratempos, até passar pelo setor Alfalfares, “foi péssimo”. a uma corrente descendente gerada pelo fogo aceso da furadeira que queima o oxigênio do ar, caindo diretamente no solo por não haver suporte para o voo. Segundo La Tercera, não foi registrada nenhuma comunicação do Aeronor com a torre de controle.


Refira-se que estes recortes de imprensa foram incorporados no resumo da Direção-Geral da Aeronáutica Civil, e que foram publicados numa reportagem do site especializado em notícias de aviação, ModoCharlie.

Por sua vez, o jornal El Día de La Serena ecoou as declarações do Superintendente dos Bombeiros de La Serena, Alberto Casanga Wilson (também comentarista esportivo do Canal 8), que negou as informações prestadas pela capital. O exercício terminou às 9h55, horário em que o fogo do exercício foi extinto.

Às 10h10, o superintendente e demais autoridades dirigem-se à chefia do aeroporto para realizar a avaliação pertinente. Durante a reunião, é recebida uma comunicação da torre de controle informando uma emergência real, no caso do Aeronor.


No dia 14 de dezembro, El Día publica que após a realização do exercício, dois aviões da empresa local Aeroguayacán pousaram, às 10h04 e às 10h10. Testemunhas disseram ao jornal regional que o trem de pouso do Fairchild subia e descia, enquanto a máquina tentava manter a elevação. Por fim, a causa do acidente foi o incêndio no motor esquerdo do navio.

As hordas de curiosos que saquearam o que restava do voo 304 diminuíram após o chamado de atenção do El Día. A Aeronor deixou de operar em 1986, devido ao mau estado de sua frota. As imagens gravadas por Guillermo Muñoz foram transmitidas pela Ocho Visión a nível regional e pela Teletrece, a nível nacional.


Esta tragédia aérea marcou a comunidade serenense, coquimbana e todo o país, sendo a maior que alguma vez ocorreu em território nacional, até 2 de setembro de 2011, fazendo parte da memória de uma geração.

Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com Wikipédia, elarchivoene.wordpress.com, El Archivo-N e ASN

Aconteceu em 9 de dezembro de 1956: Voo Trans-Canada 810 - Gelo e turbulência nas montanhas


Em 9 de dezembro de 1956, o voo 810 da Trans-Canada Air Lines programado para ir de Vancouver para Calgary (continuando para Regina, Winnipeg e Toronto), no Canadá, caiu no Mount Slesse, perto de Chilliwack, em British Columbia, após enfrentar forte formação de gelo e turbulência nas montanhas. Todas as 62 pessoas a bordo morreram.

O Canadair DC-4M2 North Star, prefixo CF-TFD, da Trans-Canada Air Lines (foto acima), saiu do Aeroporto Internacional de Vancouver às 18h10, para realizar o voo 810, designado para voar na pista aérea Green 1 leste para Calgary, em Alberta, embora os pilotos tenham pedido e recebido autorização para uma rota pelas vias aéreas Red 44 e Red 75. 

A bordo estavam 59 passageiros e três tripulantes,  entre eles um trio de mulheres que voltavam de férias no Havaí; um adolescente contrabandeado para fora da China comunista; um empresário na etapa final de uma jornada que começou com US$ 80 mil em um cinto de dinheiro; e cinco jogadores de futebol do oeste do Canadá.

Nessa época havia máquinas de venda automática no YVR onde as pessoas podiam comprar seguros de vida no último minuto. Com o tempo ruim, os 59 passageiros compraram coletivamente US$ 2.000.000 - uma grande soma em 1956.

A aeronave passou pelo Lago Cultus e entrou em um sistema climático chamado 'trowal'. Os pilotos subiram a 19.200 pés (5.900 m) às 18h55, quando experimentaram uma indicação de alerta de incêndio no motor nº 2 (motor de bombordo interno), que foi então desligado por precaução (falsos avisos de incêndio em aeronaves North Star tinham sido observados em várias ocasiões anteriores).

Esta fotografia composta, publicada na Free Press em 1956, mostra o fundo das Montanhas Rochosas em um local não muito longe da posição da aeronave quando foi ouvida pela última vez com um avião TCA North Star, como se estivesse em voo com seu problemático motor nº 2 indicados pela seta
O Piloto Allan Clarke, 35, ex-comandante de bombardeiro, contatou o Controle de Tráfego Aéreo de Vancouver para notificá-los do evento ("parece que houve um incêndio"), solicitou uma rota de voo de retorno na Airway Green 1 de volta ao Aeroporto de Vancouver (a rota de voo com o terreno mais favorável para uma aeronave perdendo altitude), mas inexplicavelmente virou à direita em vez de à esquerda e acabou indo para oeste-sudoeste 12 milhas (19 km) ao sul de Green 1 e direto para as montanhas da fronteira.

Ao comando do Canadair North Star estava o capitão Jack Clarke, um veterano da Força Aérea Real que sobreviveu a 47 missões de combate durante a Segunda Guerra Mundial. Ele estava substituindo um colega de trabalho doente.

Às 19h10, o voo 810 avisou pelo rádio que eles estavam passando por Hope e recebeu autorização para descer a 2.400 m. Esta foi a última comunicação recebida do avião. O avião também estava sendo rastreado por uma instalação de radar americana em Birch Bay, em Washington, durante a maior parte de seu voo.

Logo em seguida, às 19h11 a estação perdeu a pista do voo  810, que havia se chocado contra o Monte Slesse, a 8.530 pés (2.600 m). Todas as 62 pessoas a bordo morreram no acidente.


Entre as vítimas estavam cinco jogadores profissionais de futebol canadense voltando para casa depois do jogo anual All-Star East-West em Vancouver. Seus restos mortais ainda estão lá.

Devido ao afastamento e à dificuldade do terreno, o local do acidente só foi localizado em maio seguinte, quando foi descoberto pelos montanhistas Elfrida Pigou, Geoffrey Walker e David Cathcart.

A província ainda estava se recuperando de uma disputa trabalhista debilitante alguns anos antes, quando o repórter Paddy Sherman recebeu uma denúncia de um colega montanhista. Elfrida Pigou resolveu o mistério do voo 810.

Sherman voou de helicóptero até o Monte Slesse, um pico de 2.375 metros nos arredores de Chilliwack. Era conhecido pelos habitantes locais como The Fang. A aeronave bateu na face íngreme de granito.

“Alguns dos cabos de controle da Estrela do Norte estavam enrolados em um afloramento perto do pico”, escrevem os autores. “Um pedaço do nariz da aeronave ficou preso nos fios, impedido de cair no precipício onde o resto do avião havia parado. O emaranhado continha parte do corpo de um homem ainda vestido com o que parecia ser um uniforme do TCA. Toda a bagunça pairava sobre a face íngreme do pico - surreal e horrível, foi uma visão que deixou os escaladores fascinados."

Um campo de escombros estava repleto de vidas interrompidas: um vestido de menina, pedaços de jornal, um maiô. Sherman e seu grupo também descobriram pedaços de restos mortais humanos, que foram enterrados no local. Durante cinco meses, a paisagem acidentada manteve o segredo do destino do voo. Manteria para sempre os restos mortais de suas vítimas.

A causa da queda foi apontada no relatório oficial como sendo a combinação de vários fatores, sendo os principais o congelamento das asas e fuselagem e a perda do motor nº 2, mas muitas questões permanecem, incluindo por que a aeronave se afastou Verde 1 em vez de em direção a ele (relatando ao ATC que estava no Verde 1), e por que não foi detectado nem pelo piloto nem pelo primeiro oficial, apesar de bússolas espirituais e vários auxiliares de rádio para navegação a bordo que deveriam ter cometido o erro bastante óbvio.

Quando a aeronave voou direto para o terceiro pico do Monte Slesse bem acima da velocidade de cruzeiro - e caiu em um território remoto e perigosamente inóspito - muito pouca informação pôde ser obtida dos destroços em si quanto à causa do que foi então a pior calamidade de aeronaves da história canadense. 

Os destroços e os restos mortais dos passageiros e da tripulação foram deixados na montanha no local do acidente (embora partes do corpo encontradas durante a investigação do legista tenham sido enterradas em duas valas comuns na encosta da montanha), e apesar de anos de erosão e avalanche, restos da aeronave pode ser visto até hoje.

Destroços do acidente encontrados ainda hoje na montanha Slesse
Os restos mortais dos passageiros estão enterrados na montanha onde fica o campo de destroços. Um monte de pedras homenageia aqueles que perderam suas vidas.

Cinco jogadores de futebol estavam em Vancouver para um jogo de estrelas: Calvin Jones foi guarda dos Winnipeg Blue Bombers. Em agosto de 1957, os Saskatchewan Roughriders retiraram os números uniformes do final Gordon Sturtridge (73), do centro Mel Becket (40) e dos guardas Ray Syrnyk (56) e Mario DeMarco (55).

Uma hélice do voo 810 da Trans-Canada Airlines
A área foi designada patrimônio oficial pelo governo de BC em 1995 e foi estabelecida uma trilha para as pessoas caminharem para visitá-la. Demora cerca de seis horas nos dois sentidos.


Um memorial aos passageiros e tripulantes do voo 810 está localizado na Slesse Road, Chilliwack, em British Columbia.

Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) Com Wikipédia, ASN, baaa-acro, The Free Press e The Globe and Mail

Aconteceu em 9 de dezembro de 1936: Avião da KLM cai sobre casas após decolar em Londres


Em 9 de dezembro de 1936, o avião Douglas DC-2-115E, prefixo PH-AKL, da KLM - Royal Dutch Airlines (foto abaixo), batizada como "Lijster", operava um voo internacional de passageiros do Porto Aéreo de Croydon (como era conhecido na época), em Londres, para Amsterdã, na Holanda.


Naquele dia, o Porto Aéreo de Croydon estava envolto em neblina com visibilidade flutuando em cerca de 50 m (55 jardas); e todas as aeronaves operavam sob as chamadas condições "QBI" (um código Q que denota que todas as operações devem ser realizadas sob regras de voo por instrumentos).

As tripulações das aeronaves seguiam uma linha branca traçada aproximadamente leste-oeste pintada na superfície gramada da área de pouso de Croydon durante suas corridas de decolagem (um procedimento normal em vários aeroportos do Reino Unido na época, que estava em uso em Croydon desde 1931). 

Várias partidas por este método já haviam sido feitas naquele dia no momento em que o KLM DC-2 decolou, incluindo um DC-2 da Swissair, cerca de 25 minutos antes. 

Levando a bordo 13 passageiros e quatro tripulantes, o DC-2 da KLM iniciou sua decolagem ao longo da linha branca, mas após cerca de 200 jardas (183 m), o comandante Hautzman  desviou o avião da linha para a esquerda e, ao decolar, rumou para o sul em direção ao terreno ascendente, em vez de na direção oeste normal.

Depois de sobrevoar o limite sul do aeroporto, a aeronave atingiu a chaminé de uma casa em Hillcrest Road, Purley, em Londres, e depois colidiu com uma casa vazia no lado oposto da rua.

A aeronave, a casa e uma casa adjacente (também vazia na época) foram destruídas no acidente e no incêndio que se seguiu.


Treze passageiros e dois tripulantes morreram no momento do acidente. O único passageiro sobrevivente encontrado no local do acidente, morreu mais tarde no Hospital Purley. A comissária de bordo, Srta. Bongertmann, e o operador de rádio sobreviveram.

Dois dos passageiros que morreram foram Arvid Lindman, ex- primeiro-ministro da Suécia, e Juan de la Cierva, o inventor espanhol do autogiro.


Um relato notável de um médico que correu para ajudar o acidente a sobreviver sobrevive em um relatório de um inquérito sobre o acidente feito por um legista no Belfast News Letter de 16 de dezembro de 1936. Diz: "Dr. Lankester de Hillcrest Road, Purley, disse que ele chegou ao local do acidente dois minutos após o acidente. Naquela época, o número 25 da Hillcrest Road estava em chamas furiosamente, assim como o corpo do avião.

"O avião parecia estar quase verticalmente contra a casa. Os telefones próximos estavam com defeito, mas em menos de um minuto uma mensagem foi transmitida aos bombeiros e ambulâncias. O médico atendeu o Sr. Walter Schubach - um sobrevivente alemão - cambaleando pela estrada e foi ajudá-lo. 


Ele também foi chamado para ver uma garota que havia saído do avião. Depois de acompanhar algumas das vítimas ao Hospital Purley, ele voltou para Hillcrest Road e atendeu a sobrevivente restante - Srta. Bongertmann, a aeromoça que sobreviveu e voltou à Holanda de avião.

“Com exceção do homem que ele viu primeiro e da menina, nenhum dos ocupantes do avião mostrou o menor sinal de consciência.” O médico disse que os moradores lhe perguntaram se algo poderia ser feito para impedir que os aviões decolassem de Croydon com tão baixa visibilidade, mas o legista disse que isso seria assunto para um inquérito completo, que ocorreria mais tarde.


O cirurgião da divisão da polícia, Dr. Gardner, que inspecionou os corpos das vítimas, disse que os passageiros estavam todos gravemente queimados nos braços e nas pernas, mas seus corpos, que estavam até certo ponto protegidos por roupas, estavam menos queimados. 

Ele disse: "Eu entendo que cerca de 500 galões de gasolina foram acesos, gás monóxido de carbono suficiente teria sido liberado pela gasolina para causar inconsciência em um curto espaço de tempo ao ar livre. Em uma atmosfera como a da cabine do avião, a inconsciência aconteceria em questão de segundos."


O legista disse que foi um consolo o fato de as vidas valiosas terem saído “sem um longo período de sofrimento”. Então, com bastante tristeza, o jornal relatou: “Uma cena patética ocorreu no final do inquérito, quando parentes e representantes das vítimas fizeram fila em frente ao esquife e receberam pertences pessoais encontrados nos destroços”.

Na época, este foi o pior acidente aéreo no Reino Unido em termos de número de vítimas fatais. Esta foi a segunda queda de uma aeronave usando a linha branca para decolar em Croydon sob neblina. 


Em 31 de maio de 1934, uma aeronave da Air France que transportava jornais para Paris caiu após atingir o mastro de um farol de radionavegação de aeronave que havia sido erguido no final da rota de decolagem da linha branca, matando os dois tripulantes.

Foi determinado pela Divisão de Investigação de Acidentes do Reino Unido que o piloto no acidente de Purley não conseguiu manter o controle direcional da aeronave e também demonstrou "mau julgamento" ao não desacelerar os motores e abandonar a decolagem após a partida. pista. Porém, a investigação oficial do acidente foi encerrada em 16 de dezembro sem chegar a um veredito decisivo sobre as causas do acidente.

Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com Wikipédia, My London, ASN e baaa-acro

O "Santo Graal" da aviação militar - A curiosa saga do esquecido B-17 em Papua Nova Guiné

Conheça o avião que ficou abandonado por anos na selva da Papua Nova Guiné.

Fotografia do avião sendo retirado da selva - Divulgação
O colecionador de aviões antigos David Tallichet decidiu conhecer um lugar chamado de Pântano Agaimbo, na Papua Nova Guiné, região conhecida pelo calor, dificuldade de acesso, e mosquitos da malária. 

A motivação por trás dessa expedição excêntrica era recuperar um avião da Segunda Guerra Mundial que foi deixado para trás em meio a um conflito, e esquecido. Embora tivesse passado por bombardeios (e muitos anos exposto ao sol), ainda estava majoritariamente intacto. Tratava-se do B-17, uma aeronave cheia de mistérios, apelidada ao longo dos anos tanto de “Fantasma do Pântano”, como de “Santo Graal da aviação militar”. 

Esse trabalho de remoção do antigo avião do pântano não era fácil, e demorou cerca de vinte anos. David contou com ajuda de um especialista em aeronaves,  Alfred Hagen. Em 2010, eles foram capazes de levar o equipamento de guerra histórico de volta para os Estados Unidos. 

A história do Santo Graal da aviação 

Durante a Segunda Guerra Mundial, o capitão Fred Eaton, da Força Aérea dos Estados Unidos, pilotava um avião bombardeiro pesado de quatro motores, um modelo chamado de B-17E Flying Fortress (Ou “B-17E Fortaleza Voadora”, em tradução livre). Até que, no meio da batalha, a aeronave ficou sem combustível. 


O acontecimento inusitado, muito mais mundano que o tipo de imprevisto que é esperado em uma guerra - que costuma consistir em ter a aeronave derrubada pelo inimigo - fez com que o capitão precisasse fazer um pouso de emergência. A parte boa é que nem Fred, nem os tripulantes que estavam no B-17 se feriram durante esse pouso inesperado. 

A parte ruim é que eles estavam no meio do nada, em uma região remota da Papua Nova Guiné, em meio a um pântano quente e infestado de insetos, sem qualquer chance de conseguir mais combustível para o avião bombardeiro. A parte boa é que estavam vivos, o que dificilmente teria acontecido num cenário em que fossem derrubados pelo inimigo. 

Foi então que, dada a situação excepcional, eles decidiram deixá-lo para trás. Para o B-17, aquele era o fim da jornada, embora ele ainda estivesse em relativo estado, mesmo após o ataque dos inimigos.

Capitão Frederick “Fred” C. Eaton, Jr. Registro de voo do Swamp Ghost
Para os oficiais americanos, por outro lado, estava só começando: eles precisaram andar pelo Pântano Agaimbo por seis semanas antes de conseguir encontrar tropas americanas, com poucos suprimentos e definitivamente sem repelente. 

Após a reunião com o exército norte-americano, o capitão Fred Eaton e sua equipe foram celebrados como heróis, e após uma semana já estavam novamente lutando contra o inimigo, dessa vez usando uma aeronave diferente. 


Quando isso tudo aconteceu

Segundo o War History, o contexto de tudo era a Guerra do Pacífico (1941-1945), um conflito que contou com soldados norte-americanos de um lado (ao lado dos aliados), e principalmente o Império Japonês de outro.

A presença dos batalhões norte-americanos, especificamente, era um reflexo direto ao ataque militar surpresa realizado pela Marinha Japonesa contra o porto americano Pearl Harbor. Curiosamente, a própria Guerra do Pacífico chegou ao fim quando os Estados Unidos bombardearam as duas cidades japonesas de Hiroshima e de Nagasaki com bombas atômicas.

Por coincidência, também, a história do B-17 acaba se conectando com esse contexto histórico maior, pelo fato de o avião ter sido, na verdade, designado para fazer parte do chamado Esquadrão Kangaroo, que se dirigiu até Pearl Harbor depois do ataque japonês, por conta do exército americano pressupor que o bombardeio significava a chegada de tropas asiáticas no local - o que acabou não acontecendo. 

Últimas atualizações 

Desde 2010, quando o avião recebeu aprovação para ser transferido para os Estados Unidos, o B-17 pode ser encontrado no Museu da Aviação do Pacífico, no porto de Pearl Harbor, no Havaí, onde atrai curiosos todos os anos. 



Fontes e fotos: aventurasnahistoria.uol.com.br / warhistoryonline.com / kiwireport.com

Qual é realmente a vantagem embarcar primeiro no avião? Veja como conseguir isso!

Ser o primeiro a bordo de um avião pode ser uma boa ideia. Entenda o porquê.


Todo mundo sabe que a melhor coisa de uma viagem é chegar rapidamente no destino, não é mesmo? Porém, para que isso aconteça, você precisa ser o mais ágil possível na hora de recolher os seus pertences e sair do avião. Para isso, você também deve ser o primeiro a embarcar em uma aeronave.

De fato, o embarque e desembarque em alguns aeroportos do Brasil pode ser uma tarefa difícil. Concentrações de pessoas, filas desorganizadas, atrasos e, ocasionalmente, confusão entre clientes e empresas são possíveis. Por isso, é uma boa ideia estar entre as primeiras pessoas a embarcar e sair de um avião.

Mas qual é a vantagem?


Especialmente para quem costuma viajar com frequência e sempre espera ansiosamente a hora de sair do avião para ir para casa, ser uma das primeiras pessoas a embarcar e desembarcar pode otimizar esse momento.

Além disso, caso você possua uma bagagem de mão que precise ser guardada nos compartimentos superiores da aeronave, embarcar primeiro é fundamental. Isso porque o espaço é limitado e, caso você demore a embarcar, pode ser que os espaços próximos ao seu assento já estejam ocupados ou, ainda, que não haja mais nenhum espaço disponível e você tenha que despachar sua mala de mão.

3 dicas para otimizar o seu desembarque no avião

Confira a seguir três dicas que vão te ajudar a ter um rápido embarque e desembarque.

1 - Sente-se nos primeiros assentos da aeronave

Nos grandes aeroportos de qualquer lugar, as companhias aéreas providenciam para que os passageiros embarquem nas aeronaves em grupos específicos por fileiras. Com isso, é possível reservar os assentos, e quem faz isso primeiro entra na primeira fila.

2 - Use os benefícios da companhia aérea

Os cartões de vantagens das companhias aéreas são úteis para mais do que apenas acumular pontos. O nível de pontuação determinará quantas vantagens o cliente poderá usufruir. Uma delas é poder voar internacionalmente em primeira classe e estar em filas preferenciais.

Outro benefício é o acesso a salas de espera VIP nos aeroportos, que incluem refeições gratuitas e um ambiente confortável para os passageiros aguardarem seus voos. Por fim, entre as vantagens, há prioridade de desembarque das bagagens, sendo uma das primeiras a aparecer na esteira na hora de devolver.

3 - Faça o seu check-in pela internet

Não espere até chegar ao aeroporto para fazer o check-in e escolher o seu lugar. Atualmente, todas as grandes companhias aéreas brasileiras oferecem esse serviço online, seja pelo computador ou pelo celular. Se não precisar despachar bagagem, você pode simplesmente seguir direto para o portão de embarque.

Via Agência Texty / Rotas de Viagem - Imagem: Reprodução

Maior avião totalmente elétrico da história decolará em 2025

A Heart Aerospace planeja para 2025 o voo do X1, maior avião totalmente elétrico da história, com tecnologia de emissão zero,

(Imagem: Heart Aerospace / Divulgação)
A startup sueca Heart Aerospace está nos preparativos finais para o voo experimental do X1, um avião demonstrador elétrico, planejado para o início de 2025. A aeronave possui dimensões equivalentes ao futuro modelo comercial da empresa, o ES-30, com capacidade para 30 passageiros.

“O voo experimental inicial do Heart X1 foi projetado para validar as capacidades da inovadora tecnologia de propulsão elétrica da Heart”, afirma a empresa. Fundada em 2019, a Heart Aerospace, sediada em Gotemburgo, já arrecadou US$ 145 milhões para impulsionar seus planos de transformar a aviação regional.

Detalhes do projeto dos aviões elétricos X1 e do ES-30
  • Apresentado em setembro deste ano, o avião elétrico X1 possui envergadura de 32 metros, semelhante ao ES-30.
  • O voo experimental ocorrerá no Aeroporto Internacional de Plattsburgh, em Nova York, escolhido pela baixa densidade de tráfego aéreo e suporte para o desenvolvimento de tecnologias de transporte.
  • No entanto, a Heart ainda não confirmou se o alcance do X1 será equivalente aos 200 km de emissão zero previstos para o ES-30.
  • Projetado para operar em pistas de até 1.100 metros de comprimento, o ES-30 combina motores elétricos de alta potência e turboélices.
  • O modelo comercial contará com um sistema híbrido, ampliando o alcance total para cerca de 400 km.
  • Com capacidade limitada de passageiros e alcance relativamente curto, a Heart planeja conectar aeroportos menores em comunidades menos atendidas, ao invés de competir diretamente com grandes companhias aéreas.
Heart Experimental 1, ou Heart X1 (Imagem: Heart Aerospace / Divulgação)
Concorrência na aviação sustentável

Outras iniciativas também estão trabalhando em aeronaves comerciais de emissão zero. A ZeroAvia, por exemplo, desenvolve uma aeronave híbrida movida a hidrogênio e eletricidade, voltada para regiões insulares.

A startup Elysian, por sua vez, planeja lançar um avião movido a bateria inspirado nos anos 1960, capaz de transportar 90 passageiros, até 2033. Segundo a empresa, desafios críticos como tempos de recarga e integração entre hélices e asas não serão “obstáculos insuperáveis”.

Próximos passos da Heart Aerospace

Antes do primeiro voo do X1, a Heart realiza testes rigorosos nos sistemas críticos da aeronave para garantir segurança e sucesso na operação. Após essa etapa, o modelo X2 será desenvolvido, incorporando os aprendizados do demonstrador inicial. Em 2026, o X2 testará o sistema híbrido independente da empresa. A estreia comercial da Heart está prevista para 2028.

Aeronave experimental é do mesmo tamanho que o comercial ES-30
(Imagem: Heart Aerospace/Divulgação)
Para os entusiastas de aviação, o ES-30 já pode ser explorado virtualmente no Microsoft Flight Simulator 2024, permitindo uma prévia da tecnologia inovadora da empresa.