quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Queda de pequeno avião deixa dois mortos na França

Acidente ocorreu a 10 km do local da decolagem, próximo a Roanne.

Motivos ainda são desconhecidos, segundo a polícia.

Policiais e bombeiros observam destroços de pequeno avião de turismo que caiu nesta quarta-feira (22) em Saint-Romain-la-Motte, próximo à cidade francesa de Roanne.

Os dois ocupantes, policiais de cerca de 40 anos, morreram. Eles haviam decolado do aeroporto de Roanne e caíram cerca de dez quilômetros depois, por motivos ainda desconhecidos.

Fonte: G1 - Fotos: AFP / AP

Por que o KC-390, da Embraer, desperta tanto interesse de outros países

Dentre as 54 intenções de compra do modelo, há pedidos no Brasil, Chile, Colômbia, Portugal e República Tcheca

Projeto do KC-390: o valor total do contrato entre o Comando da Aeronáutica e a Embraer para o desenvolvimento monta a 3,028 bilhões de reais

Nas últimas semanas, o mercado acompanhou uma série de comunicados da Embraer sobre países interessados em comprar o modelo KC-390 - que ainda nem foi concluído. Para especialistas em aviação e defesa ouvidos pelo site EXAME, há motivos para tanto interesse. O cargueiro da Embraer é a maior novidade em transporte militar desde os anos 50, quando foi lançado o americano Hércules C-130.

Assim como os automóveis de passeio são divididos por tipos, como sedã e hatch, os aviões também são classificados por modelo. No jargão do setor, KC é toda aeronave capaz de abastecer outras em pleno vôo (função representada pela letra K) e transportar tropas e equipamentos militares (representada pela letra C).

O KC-390 é o chamado avião de assalto, que deve ser capaz de pousar no campo de batalha, em pistas mal-preparadas, colocando tropas e carros de combate perto da zona de conflito. Além de ser um avião de transporte de carga, ele pode reabastecer aviões de combate durante o vôo. "É uma janela de oportunidades detectada pela Embraer, de desenvolver uma aeronave com essas características mais modernas. O KC-390 vem ocupar esse nicho de mercado", diz Richard Lucht, diretor nacional de pós graduação da ESPM e professor colaborador do ITA.

Já faz alguns anos que a espinha dorsal das principais forças aéreas do mundo para transporte de cargas de médio porte é o C-130 (Hércules C-130), segundo Lucht. "Desde a década de 50, as fabricantes de aeronaves tentam um substituto para o Hércules, e o KC 390 pode ocupar essa função", diz o especialista em aviação Paulo Bittencourt, da Multiplan Consultores Aeronáuticos.

Entre as características do KC-390 que o destacam em comparação ao Hércules C-130 está o motor a jato, que permite melhor desempenho em pousos e decolagens, segundo Lucht - uma qualidade importante em um avião que precisa aterrissar no meio de uma floresta ou em um campo de batalha, por exemplo. "O conjunto da solução é mais moderno", diz. Outra vantagem seria a maior capacidade de carga (23 toneladas, enquanto a do Hércules é de, aproximadamente, 20 toneladas).

Brasileiro versus herói grego

Dentre as 54 intenções de compra do KC-390, há pedidos no Brasil (28), Chile (6), Colômbia (12), Portugal (6) e República Tcheca (2). Não existe ainda um preço divulgado para a aeronave. Os comunicados recentes referem-se a acordos no âmbito governamental, ou seja, o governo do país tem intenção de adquirir o KC-390, se sua indústria participar do programa de desenvolvimento da aeronave.

"O KC-390 tem potencial para atender forças aéreas do mundo todo, inclusive países desenvolvidos, mas uma substituição completa nunca vai acontecer nesses países, até por um questão de soberania", diz Lucht. Já Bittencourt não acredita que o avião vá substituir o Hércules nos Estados Unidos. "Os congressistas americanos criam muitos problemas para a força aérea comprar aviões fora do país", afirma.

Para o especialista, é importante vender nos países em desenvolvimento, porque eles compram pouco em quantidade, mas dão visibilidade ao produto. "Acredito na venda para países de primeiro mundo também. A França está interessadíssima, e se ela comprar, a OTAN poderia comprar. A OTAN cria padrões, e os países compram dentro do padrão", diz Bittencourt, referindo-se à Organização do Tratado do Atlântico Norte, aliança militar mantida pelos Estados Unidos e pelos países europeus.

Luis Adônis Batista Pinheiro, ex-chefe do DAC - e ex-piloto e instrutor no Hércules C-130 - não acredita que países como os Estados Unidos, França e Inglaterra venham a usar o modelo brasileiro. Mas ele aposta em vendas para a América do Sul, Ásia e Oriente Médio. "O KC-390 vai ser melhor que o Hércules", diz.

Cenário positivo

O valor total do contrato entre o Comando da Aeronáutica e a Embraer para o desenvolvimento monta a 3,028 bilhões de reais. Já o cronograma de desembolsos estipulado no contrato é confidencial e não é comentado pela empresa.

O programa está agora em sua segunda fase, chamada de definições iniciais, em que uma das principais atividades é justamente a procura e seleção dos fornecedores. Por essa razão, os fornecedores não estão ainda definidos, segundo a Embraer. O primeiro protótipo deverá voar em meados de 2014, e as primeiras aeronaves de série deverão começar a ser entregues no final de 2015.

O mercado de defesa já é a segunda maior fonte de receitas da Embraer, atrás apenas da aviação comercial. No primeiro semestre, a receita do segmento militar totalizou 655 milhões de reais - 15,5% do total. No relatório que acompanha as demonstrações financeiras, a empresa destacou "um cenário favorável de crescimento" para este setor, puxado não apenas pelo KC-390, mas também por programas como o AMX. Resta saber se o avião brasileiro conseguirá, mesmo, superar o mitológico Hércules.

Fonte: Beatriz Olivon (Exame.com) - Imagem: Divulgação/Embraer

União Europeia aperta regras para dados de passageiros

A Comissão Europeia adoptou um plano para limitar o acesso de países terceiros aos dados dos cidadãos que viajam de avião, pretendendo utilizar esse plano em negociações com os Estados Unidos, Austrália e Canada.

A Comissão Europeia aprovou, na passada terça-feira, uma proposta relativa ao registo de dados de passageiros – PNR –, que inclui todas as informações que as operadoras aéreas recolhem acerca dos seus clientes. As actuais leis de protecção de dados da União Europeia não permitem às companhias aéreas a transferência de dados PNR para países terceiros com os quais não existe nenhum acordo legal em vigor, de forma a assegurar a protecção e privacidade dos dados. O estabelecimento de acordos PNR formais entre a União Europeia e os EUA, Austrália e Canadá está neste momento pendente, uma vez que o Parlamento Europeu adiou a sua votação em Maio passado. Os dados PNR têm vindo a ser utilizados manualmente pelas autoridades fronteiriças e forças da lei de todo o mundo nos últimos 60 anos. Mas a evolução de tecnologia tem feito com que esses dados possam agora ser visualizados muitos mais rápida e facilmente.

As vantagens da sua utilização no combate ao crime são enormes, mas também existe um elevado risco de má utilização de informações pessoais. Para o evitar, a nova proposta determina que os dados PNR nunca poderão ser disponibilizados em bloco, mas apenas analisando caso a caso.

Além disso, Comissão Europeia considera que, para prevenir a criação de perfis sobre os passageiros, nunca deverão ser tomadas decisões baseadas no processamento automatizado dos dados, que possam eventualmente ter um efeito negativo sobre os passageiros. Neste sentido, o órgão executivo da UE mantém que antes de ser negado o embarque a um passageiro deve sempre haver antes a intervenção de um profissional humano.

Embora destinada à protecção dos direitos dos passageiros, a nova proposta não determina um limite de tempo para a retenção de dados. A Comissão diz que estes “não devem ser guardados por mais tempo do que o estritamente necessário”, mas muitos factores podem ser usados para justificar uma retenção indefinida no tempo dos dados PNR, nomeadamente razões de segurança e as condições de armazenamento da informação.

Fonte: João Nóbrega (computerworld.com.pt)

Voo 1907: STF nega trancar ação militar contra controladores

O Supremo Tribunal Federal (STF) negou, nesta quarta-feira, o pedido de trancamento da ação penal militar contra quatro controladores de tráfico aéreo. Os sargentos da Aeronáutica são acusados de responsabilidade no acidente entre o avião da Gol, que fazia o voo 1907, e o jato Legacy, que provocou a morte de 154 pessoas em setembro de 2006.

A solicitação ao STF foi feita pela Federação Brasileira das Associações de Controladores de Tráfego Aéreo (Febracta), que contestou a competência da Justiça Militar em julgar o crime. Processados pela 11ª Circunscrição Judiciária Militar por homicídio culposo, os militares alegaram que já respondem como acusados do mesmo crime na Justiça Federal.

O relator do caso, o ministro Joaquim Barbosa salientou que os controladores de voo não estão sendo processados na Justiça Federal e na Justiça Militar pela prática dos mesmos crimes. Segundo o ministro, apesar de tais ações penais terem se originado do mesmo fato, as imputações são distintas, por isso, "não há falar em conflito de competência ou bis in idem dupla punição pelo mesmo crime".

Quatro controladores de voo foram denunciados junto à Justiça Federal, com base no Código Penal, por atentado contra a segurança de transporte aéreo. Na ação em curso na Auditoria Judiciária Militar, três dos controladores de voo foram denunciados por crime previsto no artigo 324 do Código Penal Militar (inobservância de lei, regulamento ou instrução), delito previsto exclusivamente no diploma militar. Ainda na mesma auditoria da Justiça Militar, um dos sargentos responde por homicídio culposo, que tem igual definição na lei penal comum e na castrense.

Fonte: Terra

Avião voa com combustível sintético da Sasol na África do Sul

Um avião efetuou ontem um voo comercial entre Joanesburgo e a Cidade do Cabo, utilizando pela primeira vez um combustível sintético fornecido pela empresa sul-africana Sasol, segundo foi hoje noticiado.

O Boeing 737, realizando um voo charter para a South Africa's National Airways Corporation (NAC), que foi abastecido com gasolina contendo pelo menos 50% de combustível produzido a partir de carvão, voou entre o aeroporto de Lanseria, ao norte de Joanesburgo, e a Cidade do Cabo estabelecendo um novo marco na História da aviação civil e dos combustíveis considerados mais limpos, disse fonte da petroquímica Sasol.

A Sasol patenteou em inícios da década de 1980 a produção de gasolina e gasóleo a partir de carvão.

Uma década depois, a Sasol produziu em paralelo os mesmos combustíveis líquidos com base em gás natural, muito dele importado de Moçambique através de um gasoduto construído para o efeito entre aquele país vizinho e a refinaria de Sasolburg, a sudeste de Joanesburgo.

Fonte: Dinheiro Digital (Portugal)

Adolescente colombiano viaja para o Chile sem passagem nem passaporte

Circuito interno de TV flagrou imagens.

Ele foi mandado de volta a Bogotá no dia seguinte.


Um colombiano de 15 anos conseguiu embarcar em um avião da companhia Avianca que ia de Bogotá ao Chile, sem passaporte nem passagem.

As imagens foram flagradas pelo circuito interno de TV. Ele conseguiu burlar cinco controles das autoridades e desembarcar a Santiago.

Ele foi mandado de volta à Colômbia no dia seguinte, depois que telefonou a seu pai.

Fonte: G1

Homem resolve cubo mágico durante salto de avião

Esperteza e ousadia se combinaram no feito do paraquedista alemão Ludwig Fichte. O homem saltou de um avião a 4,3 mil metros de altura em um bote de borracha e resolveu um cubo mágico durante a queda (veja o vídeo abaixo).

“Para que o bote de borracha?”, você pode estar se perguntando. Conforme o “Daily Mail“, Ludwig explica que pelo menos outros três malucos destemidos já resolveram cubos mágicos durante quedas livres - mas o alemão é o primeiro a fazê-lo em um bote. O homem conseguiu fechar o enigma em 31,5seg, com 2,5 mil metros de sobra.

E o alemão já planeja ir além nos desafios. Dentre as propostas está resolver dois cubos durante a queda. Eu sugiro tentar também sem usar o paraquedas.

Fontes: http://wp.clicrbs.com.br/mundoidao / Daily Mail - Fotos: WENN.com

Infraero e Gol negam procedimento de emergência no Aeroporto do Recife

Uma informação repassada pelo Twitter trouxe preocupação esta manhã aos moradores da Região Metropolitana do Recife (RMR). As pessoas retransmitiam a notícia de que um avião da Gol Linhas Aéreas estaria sobrevoando o Recife para gastar o combustível antes de realizar um pouso de emergência.

De acordo com a assessoria de comunicação da Infraero, a informação não procede. A assessora Solange Argenta garantiu que não existe nenhuma operação de emergência sendo realizada no Aeroporto Internacioal dos Guararapes/Gilberto Freyre. Ela acredita que alguém pode ter escutado uma frequência de rádio e entendido mal alguma operação de simulação realizada pela Aeronáutica.

A informação também foi negada pela assessoria de comunicação da Gol Linhas Aéreas. A empresa afirma ter consultado o controle aéreo e não ter verificado nenhuna ocorrência com qualquer de suas aeronaves.

Três viaturas do Corpo de Bombeiros foram vistas molhando a pista do aeroporto (foto ao lado). De acordo com a assessoria da corporação, o local possui um grupamento permanente e realiza um procedimento de rotina, feito diariamente no período de verão.

Fonte: Diário de Pernambuco - Fotos: Ed Wanderley/DP/D.A Press / Alexandre Gondim/ JC Imagem

Polícia de Jaboticabal detém avião e três suspeitos de Ribeirão Preto

Com eles foram, encontrados R$ 60 mil em dinheiro e o avião tem restrição porque pertence ao governo federal

A Polícia Civil de Jaboticabal apreendeu nesta terça-feira (21) um avião monomotor, modelo EMB 721 C (Sertanejo), que pertence ao governo federal, com quase R$ 60 mil em espécie, no aeroclube da cidade. Três homens foram presos em flagrante ao abastecer a aeronave para decolar. José Maurício Martins Junior, de 34 anos, Carlos Alberto Sgobi, 32, e Marco Túlio Raguazzi Guimarães, 42, se identificaram como empresários de Ribeirão Preto.

A polícia suspeita que a aeronave seria usada pelo trio para tráfico de drogas ou contrabando de mercadorias do Paraguai, distribuídas na região de Ribeirão.

O delegado José Carvalho de Araújo Junior, de Jaboticabal, disse que o grupo era investigado havia uma semana, depois de denúncia sobre pousos e decolagens clandestinas no aeroporto, que está interditado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

"O avião está com restrição na agência. Há um perdimento em favor da União desde 2007. Esse mesmo monomotor já foi apreendido por envolvimento em caso de contrabando", diz.

Já a assessoria de imprensa da Anac confirma que o avião pertence ao governo federal, devido a um débito com a Receita Federal. De acordo com a polícia, os rapazes apresentaram a versão de que iriam para o Paraná e o dinheiro seria para o pagamento de parte do avião, negociado a R$ 250 mil.

O delegado pretende descobrir como o monomotor foi parar nas mãos dos ribeirão-pretanos. Marco Túlio é piloto, mas o brevê dele está vencido.

Na Polícia Federal

A polícia suspeita que os três decolariam com destino a Campo Mourão (PR). Segundo a investigação, eles aterrissam em cidades próximas à fronteira com o Paraguai e, depois de carregar o monomotor, retornam para a região.

O caso foi apresentado na tarde desta terça-feira à Polícia Federal de Ribeirão. O delegado Daniel Vizicato disse que os três foram ouvidos e liberados, já que, a princípio, não se confirmou qualquer crime. "Consta no site da Anac uma restrição em relação ao monomotor. Queremos descobrir por qual motivo e se está válido."

Fonte: Wesley Alcântara (jornalacidade.com.br) - Fotos: F.L.Piton/A Cidade

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Pouso de emergência tumultua tráfego em estrada nos EUA

Incidente ocorreu em rodovia próximo a Atlanta e não deixou feridos.

Carros tiveram de desviar do pequeno avião.

Um pequeno avião interrompeu nesta segunda-feira (20) o tráfego na hora do rush em uma das estradas de entrada na cidade de Atlanta, no estado americano da Geórgia, ao fazer uma aterrissagem de emergência que não deixou feridos.

O avião Piper PA-32R-301 Saratoga, prefixo N9263R, de propriedade da empresa Saratoga Rental Options, perdeu estabilidade após manobras de decolagem ou aterrissagem, e desceu na estrada Interestadual 85, segundo a porta-voz da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA), Kathleen Bergen.

Fontes: G1 (com agências internacionais) / Atlanta Journal - Fotos: Channel 2 / Vino Wong / Kristi Swartz (Atlanta Journal)

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Foto do Dia

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O Tupolev Tu-154M, prefixo RA-85709, da Atlant-Soyuz Airlines, decola em setembro de 2010, do Aeroporto Gelendzhik (GDZ/URKG), na Rússia. Ao fundo, um Beriev Be-200.


Foto: Pavel Adzhigildaev - RuSpotters Team
(Airliners.net)

Pesquisadora explica sabores de refeições oferecidas em voos

Pesquisa revela fatores que influenciam percepção de sabor das refeições oferecidas em voos. Entenda por que o suco de tomate, por exemplo, tão pouco popular em restaurantes, faz grande sucesso acima das nuvens.

A refeição oferecida em aviões não costuma sempre agradar a todos. Isso se deve, em primeiro lugar, ao sabor e à forma de preparo dos pratos. Receitas saborosas com seus temperos conhecidos têm um sabor diferente a 10 mil metros de altura – no geral, a comida é mais sem graça.

Os chefs das companhias aéreas sabem, por experiência própria, que precisam adicionar mais sal e temperos às refeições. Pratos asiáticos, que são preparados com bastante óleo de soja e especiarias, têm boa recepção junto aos passageiros, por exemplo.

O que, em solo, tem um sabor muito apimentado pode não ter o mesmo gosto no ar. Os motivos que levam a esse fenômeno e os mecanismos pelos quais isso acontece são objeto de pesquisa de Andrea Burdack, engenheira química do Instituto Fraunhofer em Holzkirchen, perto de Munique.

O Aroma

A pesquisadora especializada em aroma suspeita que as condições de pressão a bordo de um avião atue como uma espécie de “ladrão” de sabor.

“Ocorre a diminuição de oxigênio no sangue, a chamada hipóxia. Por isso os receptores são menos eficientes. No caso dos receptores olfativos, soma-se o fato de que o aroma, para chegar até esses receptores, primeiramente passa pela mucosa nasal, ou seja, o aroma precisa ser resgatado e em baixa pressão isso acontece de uma maneira deficitária”, explica Andrea Budack.

Teste em simulador

No Instituto Fraunhofer, em Holzkirchen, os testes acontecem numa cabine de Airbus A380 adaptada especialmente para esse fim: ela foi instalada em uma câmara de baixa pressão. Ali é possível simular as condições de um voo de até 12 mil metros de altitude. E para deixar a situação ainda mais autêntica, até o ruído do voo é reproduzido.

Naquele ambiente, a pesquisadora dilui diversos aromas em balas de goma, que serão provadas pelos “passageiros” sob condições normais de pressão, e também sob baixa pressão.

A suposição é que cada pessoa tem um limiar de sensibilidade no gosto pessoal, o que corresponde à literatura especializada. Nas condições de pressão dentro de um avião, esse limiar aumenta. A pesquisa na câmara especial mostrou que, de fato, sob condições de baixa pressão, a concentração de aroma precisa ser dez vezes maior para que seja detectado.

Na segunda rodada de refeição, Andrea Burdack serve o famoso frango. O diferencial desse prato é que ele é servido com dois molhos: o típico, que acompanha a refeição “em solo”, e um modificado para o teste. Os passageiros, então, avaliam o sabor de ambos os molhos, e quais as diferenças marcantes notadas.

Menos apetite

Segundo a pesquisadora, principalmente os sabores azedo e amargo são percebidos pelos participantes dos testes. Por outro lado, a percepção do salgado e do doce é 30% menor.

Na seleção de vinhos, a perda da percepção de sabores também é de importância: vinhos mais pesados receberam boas notas e vinhos mais leves logo foram classificados de muito azedos.

E também o mistério do suco de tomate parece ter sido resolvido: o seu sucesso nos voos se deve ao seu aroma amargo. Se em solo o suco parece cheirar a mofo, acima das nuvens ele é percebido como afrutado e refrescante. Além disso, ingredientes com tais sabores freiam o inevitável apetite que se tem dentro de um avião.

Fonte: Alex Reitinber - Revisão: Carlos Albuquerque (Deutsche Welle)

Sata esclarece morte a bordo de avião

O passageiro, de 68 anos de idade, sofreu um mal-estar súbito com perda de consciência.

Tendo em conta o sucedido no voo S4 220, entre Boston e Ponta Delgada, no passado sábado, a transportadora aérea açoriana Sata, fez informar que perto do início da descida para Ponta Delgada, um passageiro, de 68 anos, foi acometido de mal-estar súbito com perda de consciência.

Segundo o esclarecimento enviado pela empresa, “a tripulação e duas enfermeiras, que viajavam neste voo como passageiras, desenvolveram, de acordo com os procedimentos previstos para estas situações, todos os esforços para reanimar este passageiro, utilizando a caixa de socorro médico que faz parte do equipamento de bordo”.

No comunicado, pode ler-se ainda que “de acordo com os procedimentos previstos para estas situações, o comandante solicitou a comparência de uma ambulância e equipa médica no aeroporto”. No entanto, “lamentavelmente, foi constatado o óbito deste passageiro à chegada a Ponta Delgada, tendo o falecimento sido atestado pela médica e delegada de Saúde que se deslocou ao avião”.

O falecido foi então transportado para o Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, acompanhado pela esposa, que com ele viajava, e por um representante da Sata.

Ainda no mesmo documento, o conselho de administração da Sata endereça as suas mais sentidas condolências à família enlutada.

Fonte: JornalDiario

66% dos novos viajantes são da classe C; 7 milhões devem viajar pela 1ª vez

Seis a cada dez brasileiros que planejam viajar de avião pela primeira vez nos próximos 12 meses são da classe C (com renda de três a dez salários mínimos).

É o que mostra levantamento feito pelo instituto Data Popular com 5.000 consumidores de todo o país durante o primeiro semestre.

O crescimento da participação da nova classe média no setor aéreo deve pressionar ainda mais a infraestrutura aeroportuária, que já enfrenta os desafios impostos pela Copa do Mundo de 2014.

"O impacto é muito maior que o de uma Copa", afirma Renato Meirelles, sócio do Data Popular, especializado em baixa renda.

O Ministério do Turismo estima que 600 mil estrangeiros e 3 milhões de brasileiros circularão pelo país durante a competição.

Nos próximos 12 meses, 10,7 milhões de pessoas devem fazer sua primeira viagem de avião. Do total, 7 milhões são da classe C e 1,7 milhão da classe D.

A projeção indica uma expansão mais rápida do que a dos últimos sete anos, em que o percentual de passageiros da classe C cresceu 29%. Apesar disso, o Brasil ainda tem uma proporção de passageiros entre os habitantes equivalente a 20% da média dos mercados maduros, como EUA e Espanha.

Para Juliano Norman, superintendente de Regulação Econômica da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o mercado tem potencial para triplicar em 15 anos, desde que o país supere os gargalos de infraestrutura.

Estudo feito pela consultoria McKinsey mostra que os 20 principais aeroportos já apresentavam no ano passado algum tipo de gargalo em pista, pátio ou terminal.

"Há gargalos no chão e no céu, ineficiências em aeroportos e no controle de tráfego aéreo", resume Gianfranco Beting, diretor de comunicação e marketing da Azul.

Novos serviços

Apesar da restrição de infraestrutura, as empresas se dedicam a conquistar o novo cliente com mais canais de venda, parcelamento e material didático, após a guerra de tarifas do ano passado.

Para Paulo Castello Branco, vice-presidente da TAM, preço e modo de pagamento são decisivos. A TAM passou a vender bilhetes nas Casas Bahia de São Paulo, parcelados a partir de R$ 20.

"Venda presencial é importante. Há um esforço para que as pessoas se sintam à vontade para viajar." Os destinos preferidos são o Nordeste e a América do Sul.

A Azul negocia com o Magazine Luiza a venda de passagens. A Gol planeja abrir mais lojas do programa de parcelamento Voe Fácil.

"Ainda há um descompasso entre o ritmo de crescimento da classe C e as iniciativas das empresas", diz o consultor do Data Popular.

Uma das ideias que as companhias poderiam explorar, segundo ele, é criar vendas de bilhetes aéreos integradas com passagens de empresas rodoviárias.

O passageiro que mora em Feira de Santana (BA), por exemplo, compraria o voo a Salvador já integrado com o ônibus para sua cidade. "O consumidor de baixa renda quer uma solução completa. Como tem menos dinheiro no bolso, é mais exigente."

Fonte: Janaina Lage e Claudia Rolli (Folha.com)

Base da Polícia Federal no Paraná com avião não tripulado em São Miguel do Iguaçu (PR)

Fica no Aeroporto de São Miguel do Iguaçu, no Paraná, as futuras instalações da Base da Polícia Federal, onde o Veículo Aéreo Não Tripulado (Vant) terá sua central de operações.

O governador Orlando Pessuti visitou no sábado (18) as futuras instalações da Base operacional e foi recebido pelo agente da Polícia Federal Reinaldo Fernandes, que apresentou as instalações do aeroporto que servirá de base para a mais nova arma de vigilância brasileira, o Veículo Aéreo Não Tripulado (Vant).

O governador avaliou como positiva a instalação da base, principalmente por se tratar de uma região de fronteira. “É um instrumento que vem em beneficio da segurança, uma estrutura moderníssima e estamos felizes de mais uma vez sermos parceiros da Polícia Federal, nesse esforço de defesa das famílias paranaenses”, disse o governador.

O equipamento fortalece o trabalho da Força Alfa, da Polícia Militar, responsável pelo combate ao Narcotráfico e contrabando de armas. O Vant tem autonomia de 37 horas de vôo o suficiente para cobrir mais de 1.000 km, através de fotografias e imagens a uma altura de 30 mil pés.

O agente federal afirmou que o sistema já movimenta a cidade e garante mais segurança a população. “É uma ferramenta de inteligência que, no auge de seu funcionamento, vai trazer muito êxito nas operações policiais”, disse Fernandes.

Fernandes afirmou ainda que o efetivo a ser destacado para o local será fixado na cidade. Sobre investimentos, ele explicou que várias obras serão realizadas com o objetivo de melhorar a ação da PF e garantir mais segurança, sigilo e traquilidade nas operações.

Fonte: ABNNEWS Agência

Aeroportos portugueses perderam um milhão de passageiros em 2009

Os aeroportos portugueses perderam, em 2009, um milhão de portugueses, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), o equivalente a uma diminuição de 3,8 por cento em comparação com o ano anterior.

Segundo o relatório do INE, em 2009, menos 930 mil pessoas saíram de Portugal de avião, o que significou uma diminuição de 3,8 por cento face ao ano anterior.

Mesmo assim, a descida não foi tão acentuada como na Europa que perdeu um total de 46 milhões de passageiros entre 2008 e 2009, registando uma variação negativa de 5,7 por cento.

No total, os aeroportos europeus movimentaram 758 milhões de pessoas no ano passado, menos 46 milhões do que em 2008. Em Portugal transportaram-se 23,8 milhões, um milhão a menos que no ano anterior.

Portugal ocupa, actualmente, a décima posição no ranking europeu de passageiros transportados, liderado pelo Reino, país a partir do qual embarcaram 21,7 milhões de pessoas no primeiro trimestre de 2010.

Fonte: PNN Portuguese News Network via Jornal Digital

Boeing produzirá 38 aeronaves 737 Next-Generation por mês

A Boeing anunciou nesta segunda que a taxa de produção da aeronave 737 Next-Generation irá aumentar para 38 aviões por mês no segundo trimestre de 2013. Esta decisão surge poucos meses depois de a empresa anunciar um aumento na produção do seu avião comercial mais bem vendido de 31,5 para 35 aeronaves por mês no início de 2012.

- O aumento da produção é uma resposta à demanda dos clientes por este avião", disse Jim Albaugh, presidente e CEO da Boeing Commercial Airplanes, acrescentando que "as companhias aéreas querem este avião inovador o quanto antes para renovar suas frotas e atender aos seus clientes. Tomamos esta decisão após uma avaliação cuidadosa da Boeing e de nossos fornecedores parceiros.

Dentre os principais fatores para a decisão do aumento na taxa de produção, destaca-se o backlog da empresa - que conta com mais de 2.000 unidades encomendas do 737 Next-Generation - opções atuais que os clientes estão prestes a exercer e as campanhas de vendas em andamento. O aumento da taxa de produção não deve gerar impacto material nos resultados financeiros de 2010.

Os clientes do 737 Next-Generation têm se beneficiado da inovação contínua deste avião desde a sua introdução no mercado, em 1997. As cinco primeiras companhias aéreas que compraram o novo Boeing 737 Sky Interior receberão suas unidades até o final deste ano. Até o início de 2012, os clientes também ganharão a redução de 2% no consumo de combustível, com a combinação de melhorias na estrutura e no motor.

O Boeing Current Market Outlook de 2010 (www.boeing.com/cmo) - o estudo que apresenta a previsão de longo prazo da Boeing sobre o volume do tráfego aéreo e da procura por aviões comerciais - estima um mercado de mais de 21.000 aviões de corredor único para os próximos 20 anos, antecipando um aumento de 69% no número de aviões entregues e um mercado estimado 47% maior, representando um montante de US$ 3,6 trilhões.

Fonte: Monitor Mercantil - Foto: Boeing

Corpo de Bombeiros vai comprar aviões para combater incêndios no DF

Para o período de seca do ano que vem, o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal vai contar com dois novos reforços no combate aos incêndios que se multiplicam com a estiagem. Dois aviões-tanque serão adquiridos pela corporação, que, para conter o fogo que consome parte do Parque Nacional de Brasília, conhecido como Água Mineral, precisou alugar aeronaves de Tocantins (foto abaixo).

O capitão Helon Florindo, do 2° Esquadrão de Aviação Operacional, explica que a compra ainda está sendo finalizada, pois depende de parecer da Procuradoria do DF. "Fizemos uma seleção entre todas as empresas do mundo que fabricam esse tipo de avião e fomos atrás do que tivesse o melhor desempenho para o DF", explica. Segundo ele, uma empresa canadense vai produzir as aeronaves para a capital federal, do mesmo tipo das alugadas para combater o incêndio do parque. "Só que são mais modernas", avalia.

A corporação vai desembolsar pouco mais de R$ 7 milhões para a compra dos aviões, modelo Air Tractor. Cada um tem capacidade para transportar 3.100 litros d'água. "Acredito que, em 10 dias, vamos conseguir finalizar a compra", diz Florindo. Uma das aeronaves deve chegar no fim deste ano e a outra em 2011. "Comprar avião não é como carro, que é pronta entrega".

Um caminhão do Corpo de Bombeiros tem capacidade para 3 mil litros, quase a mesma do avião. O assessor de aviação da Secretaria de Segurança Pública, coronel Paulo Fernandes, acredita que as aquisições vão agilizar o combate ao fogo no DF. "Esse tipo de avião permite o lançamento de água de forma gradativa, ou seja, o piloto pode dosar o quanto ele quer que caia", explica.

Fonte: Correio Braziliense - Foto: Kleber Lima (CB/DAPress)

Aplicativo do Google Earth mostra voos comerciais sobre os EUA


O Google Earth passa a oferecer ao usuários uma nova função. Em parceria com Flightwise.com, site especializado em aviação, a ferramenta adiciona uma camada de visualização ao aplicativo, permitindo enxergar voos comerciais no espaço aéreo dos Estados Unidos praticamente em tempo real.

A camada que exibe os aviões é atualizada de cinco em cinco minutos. Assim, mostra a localização dos voos sobre o mapa americano. Com o cursor sobre o ícone do avião, é possível obter o número do vôo. Com um clique, a ferramenta exibe mais informações, como a companhia aérea, hora e local da partida e do pouso e até o possível tempo de atraso. O aplicativo oferece ainda o download da trajetória da aeronave.

Por medidas de segurança da Federal Aviation Administration, ou FAA, órgão responsável pela aviação comercial nos EUA, a camada de visualização está sendo classificada como ‘praticamente em tempo real’ já que não é possível enxergar a posição da aeronave no mapa em tempo efetivamente real. Em relação ao tempo correto, a variação no horário do voo é de 15 a 20 minutos.

Fonte: Filipe Albuquerque (PC Magazine) - Imagem: Reprodução

Sem estrutura, Confins corre risco de colapso

Ampliação já aprovada pela Infraero fica aquém das projeções de analistas do setor, que apontam gargalo nacional

O crescimento exponencial da demanda por transporte aéreo e o descompasso da União na expansão da infraestrutura aeroportuária trazem o risco de o Aeroporto Internacional Tancredo Neves (AITN), em Confins, se parecer com uma “rodoviária indiana” em 2014, ano da Copa do Mundo do Brasil. O alerta é de consultores contratados pelo Governo mineiro para assessorar a elaboração do Plano Diretor do aeroporto. Eles consideram que a construção do Terminal 2 de passageiros, com capacidade para 5 milhões de pessoas, já deveria ter sido iniciada, com vistas a atender o movimento previsto daqui a quatro anos. A analogia com “rodoviária indiana” se refere à superpopulação daquele país - que passa de 1 bilhão - e à sua precária estrutura de transportes.

Contudo, a implantação do segundo terminal não consta dos planos da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). A estatal trabalha apenas com a perspectiva de ampliação do espaço já existente. O gargalo não se resume a Confins, mas aos principais aeroportos brasileiros. Além disso, não tem solução de curto prazo à vista.

Desde a crise aérea deflagrada após o choque de um avião da Gol com uma aeronave executiva, em 2006, os investimentos do Governo federal no setor têm decrescido. O coordenador da área de Infraestrutura do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), Carlos Álvares Campos Neto, calcula que os aportes da União foram de R$ 4,1 bilhões em 2006, recuando para R$ 3,6 bilhões no ano seguinte, R$ 1,7 bilhão em 2008 e R$ 1,9 bilhão em 2009.

E não há sinal de reversão da rota. O plano de investimento da Infraero até 2014 prevê aporte de R$ 6,14 bilhões em todo o país – média de R$ 1,5 bilhão ao ano. Cerca de R$ 5,3 bilhões irão para as cidades-sedes da Copa. Nesse ritmo, o apagão aéreo pode acontecer antes mesmo da chegada da demanda adicional de 2,7 milhões de passageiros domésticos e internacionais, provocada pelo Mundial de Futebol. “O problema que estamos enfrentando no setor aéreo brasileiro está acontecendo hoje”, adverte Campos Neto.

Conforme o Ipea, já estão operando acima da capacidade os aeroportos de Guarulhos, Congonhas, Brasília, Salvador, Confins, Porto Alegre, Vitória, Florianópolis, Goiânia e Curitiba. No AITN, o excesso de capacidade já chegaria a 12%.

Novos consumidores aceleram risco de colapso

O risco de colapso do sistema aeroportuário é acelerado pela chegada de novos consumidores ao mercado. As passagens aéreas têm caído de preço, e as condições de pagamento são facilitadas pelo crédito abundante, o que torna as viagens aéreas acessíveis também às classes C e D. Conforme Campos Neto, o setor precisa de planejamento que antecipe o cenário em 30 a 40 anos. O item anda em falta na agenda governamental. O especialista assinala que as políticas públicas têm sido inconsistentes e que o marco regulatório atual não é compatível com o cenário competitivo do mercado.

A advertência do apagão aéreo foi feita durante debates do Ciclo Amcham de Desenvolvimento Setorial, promovido pela Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte (Amcham). Os presidentes da Azul Linhas Aéreas, Pedro Janot, e da Trip, José Mário Caprioli, participaram do encontro e não escondem a apreensão. “A infraestrutura está pressionada para amanhã”, aponta Janot, que considera que falta ao Brasil um órgão com poder de decisão que centralize as políticas da aviação civil.

De acordo com ele, há falta de harmonia entre as decisões da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), da Infraero, do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) e do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes (Cenipa). “O novo governo vai ter que enfrentar de frente e resolver”, afirma o executivo, cuja companhia já investiu US$ 1 bilhão no país. Conforme Janot, os tempos de “voo de galinha” da economia – curtos períodos de crescimento – ficaram para trás, o que exige um novo modelo de planejamento.

Caprioli, que se diz um otimista, destaca que, para cada 1% de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a aviação civil brasileira tem incremento de 3%. Em 2010, com alta de 7%, a aviação pode crescer 21%. Só em agosto, a Anac registrou acréscimo de 34% no setor. Em 2011, a projeção é elevação do PIB em 5%, o que resultará em 15% na aviação. “A Copa do Mundo é uma marola”, afirma.

Expansão do terminal ignora 1 milhão de passageiros

O plano de investimento da Infraero para o Aeroporto de Confins (AITN) totaliza cerca de R$ 400 milhões até 2014, o que inclui a ampliação de pátios e pista e a reforma e modernização do terminal de passageiros, que terá a capacidade ampliada de 5 milhões de pessoas para 8 milhões, aponta o superintendente regional da estatal, Mário Jorge Fernandes de Oliveira. O início das obras para aumentar o Terminal 1 está previsto para janeiro do ano que vem, com conclusão em outubro de 2013. O cronograma sinaliza um descasamento com a demanda, pois o fluxo de passageiros em Confins chegará a 7 milhões neste ano, indo a 9 milhões em 2014, acima da capacidade projetada pela expansão.

No momento, não há decisão da Infraero para construção do Terminal 2, para mais 5 milhões de passageiros. O projeto executivo desse novo espaço é tocado pelo Governo de Minas Gerais, que firmou convênio com a Infraero para acelerar os planos. “O Terminal 2 tem que começar agora”, diz o subsecretário de Assuntos Internacionais do Estado, Luiz Antônio Athayde, que evita previsões quanto à conclusão dos trabalhos.

De acordo com Oliveira, o número de passageiros nos aeroportos da Infraero – a empresa administra 67 unidades – cresce a uma taxa de 10% ao ano desde 2004. O ritmo supera a média mundial. Entre 2003 e 2008, anos de bonança da economia global, o acréscimo foi de 59% contra 35% na média internacional. No auge da crise, entre janeiro e novembro de 2009, o setor recuou 3,2% ante igual intervalo de 2008, na média global, enquanto saltou 11,6% no Brasil. “O crescimento da Copa do Mundo não é o que nos assusta”, reconhece Oliveira. “Temos que enfrentar é o crescimento de 10% ao ano”, completa.

O Ipea aponta cinco possíveis soluções para os gargalos do setor aeroportuário. As hipóteses são a abertura do capital da Infraero, que ganharia musculatura para investir via mercado de ações; concessão de aeroportos à iniciativa privada por lotes mistos de operações rentáveis e não rentáveis; concessão apenas de aeroportos rentáveis; construção de novos terminais nos aeroportos saturados por meio de concessões ou parcerias público-privadas; e construção de novos aeroportos pela iniciativa privada.

As possibilidades apresentadas estão em análise pelo Governo, mas não há decisão política sobre o assunto. O diretor do Departamento de Política de Aviação Civil da Secretaria de Aviação Civil do Ministério da Defesa, Fernando Antônio Ribeiro Soares, detalha que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) contratou a consultoria McKinsey para analisar o modelo de abertura de capital da estatal, mas o estudo não está concluído.

Por ora, a única decisão do Governo federal é a privatização do Aeroporto Internacional de Natal, conhecido como São Gonçalo do Amarante. O local já foi incluído no Programa Nacional de Desestatização (PND), e a modelagem da concessão está sob consulta pública. A expectativa é que a licitação aconteça no ano que vem. Quanto à falta de harmonia entre os órgãos gestores do setor aeronáutico, a solução será demorada. Conforme Soares, a transição do controle da aviação das mãos dos militares para funcionários civis é um processo recente e ainda em curso. Tende a se consolidar em 10 anos. Ele lembra que o Ministério da Defesa foi criado em 1999; a Anac surgiu em 2005; e a Secretaria de Aviação Civil, em 2007.

Fonte: Rafael Sânzio (hojeemdia.com.br)