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A França colocou fim às buscas pelas caixas-pretas do voo AF447 da companhia aérea Air France, acidentado com 228 pessoas a bordo quando fazia o trajeto entre Rio de Janeiro e Paris em 1º de junho, informou hoje o Escritório de Investigações e Análises (BEA).
"As buscas não permitiram localizar os destroços do avião", informou o BEA, em comunicado, no qual indicou que, "ao longo das próximas semanas, reunirá uma equipe internacional de investigadores e especialistas para analisar os dados recolhidos".
Aviões de médio e grande porte - 08 a 15 de julho de 2009
Quarta-feira, 15 de julho de 2009
Tupolev TU-154M, pefixo EP-CPG, da Caspian Airlines, perto de Janat-Abad, no Irã, queda e explosão matando 168 pessoas. Imagens abaixo:
Lâminas do motor - Foto: Morteza Nikoubazl/Reuters
Local do acidente - Fotos: AP/TV Press
Gráfico das rotas - AIS Irã
Imagem do satélite meteorológico Meteosat VISSR (canal visual) em 15/07/09 - 06:00 Z - Imagem: Eumetsat
Mapa - Cortesia do Google Earth
Boeing 767-200 cargueiro, prefixo C-GKLY, da First Air, em Quebec, no Canadá, situação de TCAS RA
Airbus A319-100, prefixo C-GITP, da Air Canadá, ao longo do Oceano Atlântico, vazamento de combustível
de Havilland Dash 8-400, prefixo JA846A, da ANA All Nippon Airways, em Matsuyama, Japão, abortou a decolagem
Boeing 767-300, da JAL Japan Airlines, em Osaka, no Japão, problema com os flaps após a decolagem
Boeing 737-400, da Skynet Asia Airways, em Okinawa, no Japão, problemas no trem de pouso
McDonnell Douglas MD-83, da American Airlines, em Orlando, na Flórida, EUA, problema de pressurização. Após nova decolagem, retornou ao aeroporto devido ao mesmo problema
Boeing 737-800, da Spicejet, perto de Calcutá, na Índia, solicitou prioridade na aterrissagem devido à elevação anormal da temperatura do combustível
Terça-feira, 14 de julho de 2009
Airbus A319-100, prefixo EI-DFA, da Meridiana, em Florença, na Itália, colisão com bando de pássaros
Boeing 717-200, prefixo VH-NXN, da National Jet Systems/Qantas, em Ayers Rock, na Austrália, motores não responderam ao comando de aceleração na aproximação para aterrissagem por duas vezes. Veja imagens abaixo:
Observações meteorológicas em 300hPa (FL320) em 13/07/09 - 12:00 Z - Gráficos: Universidade do Wyoming
Observações meteorológicas em 300hPa (FL320) em 14/07/09 - 00:00 Z - Gráficos: Universidade do Wyoming
Aerospatiale ATR 42-500, da Pacific Sun, próximo a Suva, nas Ilhas Fiji, problemas nos flaps
de Havilland Dash 8-200, da Oriental Air Bridge, perto Nagasaki, no Japão, falha no gerador
Boeing 737-800, da Spicejet, em Goa, na Índia, colisão com pássaro
Boeing 737-200, prefixo C-GOPW, da Canadian North, próximo Edmonton, AB, no Canadá, falha do motor durante o voo
Boeing 737-300, da Southwest Airlines, próximo de Orlando, na Flórida, EUA, indicação de fogo na APU (Auxiliary Power Unit)
Segunda-feira, 13 de julho de 2009
Airbus A320-200, prefixo F-GFKJ, da Air France, em rota de Roma, na Itália, para Paris, na França, quando todas as informações sobre a velocidade do ar, assim como as de outros dados relacionados com indicações foram perdidos no cockpit, além de o piloto automático e o sistema autothrust cairam para offline. A tripulação continuou manualmente até os instrumentos voltarem ao normal cerca de um minuto depois
de Havilland Dash 8-200, da Maldivo, perto de Kaadedhdhoo, na República das Maldivas, para-brisas rachado
Airbus A320-200, prefixo N680AW, da US Airways, perto de Oakland, na Califórnia, EUA, falha no trem de pouso dianteiro na aproximação para aterrissagem
Boeing 737-300, prefixo N387SW, da Southwest Airlines, próximo de Charleston, na Carolina do Sul, EUA, devido buraco de cerca de 30 centímetros por 30 centímetros na cabine seguido de despressurização. Fotos abaixo:
O buraco visível à frente da cauda
Segmento da fuselagem voltado para o exterior - Foto: NTSB
Segmento da fuselagem voltado para o interior - Foto: NTSB
Boeing 767-300, prefixo N195DN, da Delta Airlines, sobre o Oceano Atlântico, problemas elétricos
Bombardier CRJ900, da Pinnacle Airlines/Delta Airlines, perto de Chattanooga, no Tennessee, EUA, cheiro de fumaça
Boeing 777-300, prefixo HL7532, da Korean Airlines, em Tóquio, no Japão, cauda da aeronave tocou a pista duas vezes sete segundos após a aterrissagem
de Havilland Dash 8-400, prefixo HA-LQB, da Malev Hungarian Airlines, em Budapeste, na Hungria, problemas no trem de pouso dianteiro após a decolagem. Foto abaixo:
O HA-LQB sendo inspecionado no taxiway
Domingo, 12 de julho de 2009
Embraer ERJ-190, prefixo C-FHIQ, da Air Canada, em Toronto, ON, no Canadá, defeito nas lâminas da asa direita
Boeing 737-800, prefixo JA309J, JAL Japan Airlines, em Ube, no Japão, abortou a decolagem
Canadair CRJ-100, prefixo OY-RJI, da Cimber Air/SAS Scandinavian Airlines, em Aalesund, na Noruega, problemas nos flaps
Boeing 747-400, prefixo VH-OJJ, da Qantas, ao longo do Oceano Pacífico, vazamento de água
Airbus A320-200, prefixo SX-DVX, da Aegean Airlines, em Munique, na Alemanha, abortou a decolagem devido a colisão com pássaros
Boeing 737-800, prefixo G-SAAW, da Flyglobespan, próximo de Glasgow, na Escócia, emergência médica
Sábado, 11 de julho de 2009
Embraer ERJ-175, prefixo N120HQ, da Republic Airlines/US Airways, perto de Indianápolis, em Indiana, EUA, passageiros feridos após forte turbulência
Boeing 737-800, prefixo EI-DLO, da Ryanair, próximo de Londres, Inglaterra, emergência médica
Airbus A319-100, da Air Índia, próximo a Bombaim, na Índia, falha do motor durante o voo
Boeing 737-800, da American Airlines, em Los Angeles, na Califórnia, EUA, não fez o check-in com torre e teve que abortar a aterrissagem
Boeing 767-300, prefixo N672UA, da United Airlines, perto de San Francisco, na Califórnia, EUA, problema no gerador
Airbus A330-200, prefixo CS-TOJ, da TAP Air Portugal, no Porto, em Portugal, retornou ao aeroporto para não colidir com bando de pássaros
Embraer ERJ-145, da American Eagle, perto de Dallas, no Texas, EUA, pane hidráulica
Sexta-feira, 10 de julho de 2009
Airbus A320-200, prefixo N606JB, da JetBlue, perto de Fort Myers, na Flórida, EUA, passageiros feridos devido a forte turbulência
McDonnell Douglas MD-11, prefixo PH-KCF, próximo a Cork, na Irlanda, emergência médica
Boeing 737-700, da Southwest Airlines, próximo de Minneapolis, em Minnesota, EUA, emergência médica
Boeing 747-400, prefixo G-CIVB, da British Airways, em Phoenix, no Arizona, EUA, fumaça invadiu a cabine durante o push back. Foto abaixo:
O G-CIVB sendo evacuado
Veja o vídeo:
Boeing 737-700, prefixo TF-JXG, da Primera Air, próximo a Roma, na Itália, escoltado por caças italianos após a tripulação solicitar uma aterrissagem de emergência devido a um problema técnico. Veja mapa abaixo (cortesia do Google Earth):
Fokker 100, prefixo P2-ANE, da Air Niugini, em Cairns, QL, na Austrália, vazamento de combustível. Foto abaixo:
O P2-ANE apresentando vazamento de combustível em ambas as asas durante a decolagem - Foto: Stephen Bottom
Airbus A330-200, prefixo OY-VKF, da Thomas Cook Airlines, perto de Norfolk, em Virgínia, EUA, falha do motor durante o voo
Embraer ERJ-190, prefixo N265JB, da JetBlue, em Ft. Lauderdale, na Flórida, EUA, falha no recolhimento do trem de pouso
Airbus A330-300, prefixo N811NW, da Northwest Airlines, perto Shannon, na Irlanda, emergência médica. Foto abaixo:
O N811NW no portão 30 em Shannon
Quinta-feira, 09 de julho de 2009
Airbus A340-300, prefixo RP-C3430, da Philippine Airlines, ao longo do Oceano Pacífico, falha do motor durante o voo
Boeing 737-300, prefixo D-ABEE, da Lufthansa, em Dusseldorf, na Alemanha, problemas técnicos
Airbus A340-300, prefixo TC-JIK, da Turkish Airlines, em Istambul, na Turquia, falha técnica
Airbus A330-200, prefixo VH-EBJ, da Qantas, em Perth, WA, Austrália, problemas durante tempestade elétrica
Boeing 777-200, prefixo N78013, da Continental Airliners, ao longo do Atlântico, vazamento de água
Fokker 100, prefixo OE-LVM, da Austrian Arrows, perto de Budapeste, na Hungria, emergência médica
Airbus A330-200, prefixo N858NW, da Northwest Airlines, perto de San Francisco, na Califórnia, EUA, falha no motor
Quarta-feira, 08 de julho de 2009
Airbus A330-200, prefixo D-ALPI, da Air Berlin, perto de St. John's, NL, no Canadá, emergência médica
de Havilland Dash 8-400, prefixo JA848A, da ANA - All Nippon Airways, em Matsuyama, no Japão, abortou a decolagem
Boeing 767-400, prefixo N842MH, da Delta Airlines, em Atlanta, na Georgia, EUA, trem de pouso não recolheu após decolagem
Embraer EMB-120 Brasilia, prefixo HA-FAI, da Budapest Air Service/Malev Hungarian Airlines, perto Budapeste, na Hubgria, problemas nos flaps
Embraer EMB-120 Brasilia, prefixo N563SW, da Skywest Airlines/United Airlines, em Modesto, na Califórnia, EUA, explosão de pneus do trem de pouso
Airbus A319-100, prefixo F-GRXH, da Air France, em Ndjamena, no Chade, ingestão de pássaro pelo motor
O Equador quer renegociar o contrato assinado com um consórcio internacional para a construção de um novo aeroporto na capital, devido a supostas falhas no acordo, disse nesta quarta-feira o novo prefeito de Quito.
O consórcio Quiport S.A., integrado por empresas do Canadá, dos Estados Unidos e do Brasil, obteve em 2001 a concessão para a construção de um terminal em uma área de cerca de 1.500 hectares nas cercanias de Quito em um investimento de cerca de 590 milhões de dólares.
Mas o prefeito da capital equatoriana, Augusto Barrera, encontrou supostas falhas no contrato e pediu uma renegociação para alterar alguns temas relacionados à segurança e o financiamento da obra.
"Peço uma renegociação que tenha um começo e um fim... Peço três âmbitos globais de renegociação", disse Barrera, em entrevista a um canal local.
"Podemos ter um acordo mais favorável para a cidade ou mais barato, sem alterar a dimensão do projeto", acrescentou Barrera, um aliado do presidente esquerdista Rafael Correa.
A proposta de renegociação foi proposta ao consórcio estrangeiro, que recorreu a empréstimos junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento e ao Export-Import Bank, dos Estados Unidos, entre outros, para financiar o projeto.
Um representante da Quiport admitiu à Reuters que o grupo recebeu a proposta, "mas todas estas decisões têm que passar necessariamente pelos diretórios das diferentes empresas que formam a Quiport", acrescentou.
"Estamos em processo de consultas", afirmou.
O objetivo do município de Quito é oficializar os procedimentos de segurança no aeroporto e contar com a autorização do regulador aeronáutico local e internacional para que possa operar com normalidade.
Segundo Barrera, "o procedimento não está claro".
Além disso, busca definir o modelo de concessão para identificar claramente os representantes das partes, devido a existência de "um acordo" de envolvidos no plano.
"Ter claro quem é a autoridade pública e ter muito claras as obrigações do concessionário", acrescentou, ao sinalizar que também buscará uma revisão do financiamento da obra.
A construção do novo aeroporto de Quito é um projeto-chave para a cidade, pois o atual terminal encontra-se no coração da cidade, o que já provocou uma série de acidentes.
O projeto recebeu vários outros questionamentos, mas Barrera assegurou que continuará a ser executado.
Fonte: Reuters via Estadão.com.br - Imagens: airport-technology.com
Interessados devem ter entre 20 e 30 anos e experiência na área.
O Centro Educacional de Aviação do Brasil – CEAB - recruta dez profissionais para o setor comercial, com foco em atendimento ao cliente. Para se candidatar às vagas, os interessados podem ser de ambos os sexos, ter entre 20 e 30 anos e experiência na área.
Os currículos devem ser enviados até o dia 26 de agosto para o e-mail ceab@ceabbrasil.com.br.
Outras informações são obtidas pelo telefone (11) 3081-4949, com Fernanda.
O norte-americano Kirby Chambliss marcou o melhor tempo da classificação da quarta etapa do Campeonato Mundial de Corrida de Avião, disputada em Budapeste, Hungria. Com uma vantagem de 0s72 sobre o austríaco Hannes Arch, Chambliss ficou com o ponto de bonificação após vencer o qualifying pela segunda prova consecutiva. O australiano Matt Hall ficou com a terceira posição.
"Foi um bom tempo hoje", disse Chambliss, oitavo na classificação geral, com 14 pontos. "Antes, meu motor era ruim, agora tenho um tão bom quanto os dos outros pilotos. Estou pilotando do mesmo jeito que antes, só mudou o motor. Mas ainda acho que dá pra melhorar", completou o norte-americano.
Na ponta da tabela, três pilotos brigam pelo título. Com 33 pontos, o austríaco Hannes Arch é o líder, apenas um ponto a frente do britânico Paul Bonhomme, que fez o sexto tempo nesta quarta-feira. Quinto melhor do dia, o francês Nicolas Ivanoff é o terceiro na tabela, com 24 pontos.
Faltando apenas três corridas para o fim do campeonato, o resultado em Budapeste pode definir a briga pelo título. Nesta quinta-feira, dezenas de milhares de pessoas são aguardadas às margens do rio Danúbio para assistir à prova, marcada para às 8h (horário de Brasília).
Vídeo feito por um passageiro na primeira classe de um voo recente entre Los Angeles para Nova York onde aparece numa poltrona próxima o ator Brad Pitt.
Aparentemente, as imagens foram feitas através do celular passageiro. Pitt aparece lendo, indo ao banheiro e até traçando uma comidinha de avião. Clique no vídeo abaixo para ver:
Durante a inauguração da nova elevatória do Programa de Melhoria Ambiental da Lagoa Rodrigo de Freitas, na manhã desta quarta-feira, o governador Sérgio Cabral (foto) reafirmou que o Aeroporto Santos Dumont deve ser usado exclusivamente para a Ponte Aérea Rio-São Paulo, linha mais rentável do Brasil e da América Latina, e para voos regionais de cidades de pequeno porte e dentro do Estado do Rio de Janeiro.
"Não é nem por uma questão ambiental. É por uma questão econômica ou financeira para o Aeroporto do Galeão. Se um passageiro mora no Espírito Santo ou Belo Horizonte, onde não há voo direto para Nova Iorque, tem que optar por viajar por São Paulo ou pelo Rio. Tudo que o passageiro quer é chegar de Nova Iorque, desembargar no Rio de Janeiro e rapidamente fazer uma conexão num voo para sua cidade. No momento em que esses voos escasseiam por conta do aumento da frequência no Santos Dumont, haverá menos conexões. O mercado emissor Rio não é suficiente para a demanda necessária para a oferta de poltronas no avião internacional", explicou Cabral.
A Tap passa a disponibilizar aos seus passageiros tapexecutive e aos portadores de cartão Victoria Gold, Tap Corporate ou Star Gold um novo e exclusivo serviço, o Premium Boarding, no Aeroporto de Lisboa.
Com esta nova facilidade, a companhia oferece aos passeiros uma linha de serviços próprios e especialmente criados para estes clientes, entre eles os balcões de check-in exclusivos, loja para atendimento personalizado no aeroporto de Lisboa (Premium Customer Center) e acesso ao Green Way (canal prioritário para controle de segurança com ingresso mais rápido na área de embarque).
Além destes benefícios, a Tap proporciona também o acesso a área dedicada na porta de embarque; a possibilidade de embarque à hora desejada e, para voos de longo-curso, transporte em ônibus exclusivos até ao avião (quando o embarque não é feito por finger).
A 30ª Vara Cível de Belo Horizonte condenou a companhia aérea Delta Air Lines a pagar indenização, no valor de R$ 6.000 por danos morais e US$ 770 por danos materiais, a um passageiro que teve parte da bagagem extraviada durante viagem aos Estados Unidos. Segundo a decisão do magistrado, o valor deverá ser convertido para a moeda brasileira na data em que a empresa for intimada a pagar o valor, conforme determina o CPC (Código de Processo Civil), sob correção monetária e juros de 1% ao mês.
De acordo com o processo, o engenheiro mecânico Anor Borges Filho não só perdeu a mala durante a troca de avião em uma conexão nos Estados Unidos, como também verificou a falta de alguns pertences após receber a bagagem de volta—eram produtos que havia comprado durante a viagem, o que pôde comprovar com notas fiscais. Antes de ajuizar a ação, ele procurou a companhia aérea, realizando todos os procedimentos requeridos, mas não conseguiu ressarcimento ou readquirir as compras.
A defesa da Delta Air Lines informou à Justiça que adotou as medidas possíveis em relação ao problema, além de solicitar aplicação da Convenção de Montreal, que trata das regras do transporte aéreo internacional. Para o juiz Wanderley Salgado de Paiva, o código é válido no Brasil, entretanto não pode se sobrepor às leis nacionais.
Wanderley Salgado afirmou ainda que a relação entre as partes se caracteriza pela relação de consumo, regulada pelo CDC (Código de Defesa do Consumidor). Com isso, o magistrado entendeu que “o serviço aéreo prestado pela ré foi defeituoso, visto ter sido fornecido de maneira inadequada e ineficiente”. Portanto, a empresa deve assumir a falha na prestação do serviço e ser responsabilizada pelo transtorno causado ao passageiro.
Por ser decisão de primeira instância, as partes ainda poderão recorrer.
Viajar de avião no final dos anos 60, início dos anos 70 era bem mais glamouroso, comparado aos dias de hoje. Mas se o serviço de bordo deixa saudades, a regulação rigorosa sobre tarifas, frequências, destinos e horários limitava o crescimento da aviação comercial. Voar era para poucos, precisamente 2,3% dos 90 milhões de habitantes que o país tinha no início dos anos 70. Hoje, tecnologia, gestão de custos, aviões modernos e concorrência mudaram o perfil do setor, que transportou 56,2 milhões de pessoas em 2008, segundo dados preliminares da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Em 1970, eram pouco mais de três milhões de pessoas transportadas.
O superintendente de Estudos, Pesquisas e Capacitação para Aviação Civil da Anac, Paulo Sérgio Braga Tafner, lembra que a aviação brasileira do fim dos anos 60 servia apenas à parcela mais rica da população.
- Viajar de avião era privilégio da elite do país. O serviço de bordo era luxuoso, com talheres de prata, toalhas de linho, pratos especiais. Uma viagem da ponte aérea Rio-São Paulo custava, na época, somente um trecho, o equivalente a US$ 380, US$ 400 - relembra Tafner.
Embraer começou estatal há 40 anos. Hoje é exportadora
Hoje, o mesmo trecho é encontrado ao preço médio de R$ 350 (US$ 180) mas pode custar menos, com as tarifas promocionais. A aviação civil da época era tutelada, diz Tafner, com o governo impedindo que as empresas competissem entre si. E cabia ao Estado cuidar da saúde financeira das empresas.
- Em todo o mundo havia uma concorrência tutelada. Nos anos 70, países como os EUA iniciaram uma abertura. No Brasil, isso só começa na década de 90 e mais intensamente a partir dos anos 2000 - explica.
Com a concorrência e o fim da tutela do Estado, o glamour acaba e entra a gestão de custos.
- Somente na última década, as tarifas caíram 30% a 40%, em média. O glamour de voar acabou e mais pessoas puderam viajar de avião. Os aviões ficaram mais modernos, seguros - diz Tafner.
Para Alexandre Barros, especialista em aviação e diretor do portal Aviação Brasil, os ganhos para os passageiros hoje estão na oportunidade de escolha, já que há mais empresas em operação.
- Os novos aviões, mesmo os menores, são mais confortáveis que nos anos 70 e 80. Agora, os passageiros têm mais opções, com tarifas mais baratas - diz.
Para o professor e especialista em aviação Respício do Espírito Santo há ainda muito para crescer no país quando se fala em demanda de passageiros.
- Hoje, 70% das viagens são para negócios e 30%, para o lazer. O ideal é 50% para cada lado. Mas depende do impulso da economia e do acesso da classe média à aviação - diz.
A indústria aeronáutica no Brasil também tem seu início há 40 anos. Hoje, a Embraer comemora quatro décadas com a produção de mais de cinco mil aviões que operam em 78 países. Criada em 19 de agosto de 1969, pelo então presidente Costa e Silva, com a assinatura do decreto 770, foi destinada a fabricar aviões Bandeirante, modelo que ainda hoje é visto no país. Tinha 500 empregados.
Seu primeiro presidente foi o engenheiro aeronáutico Ozires Silva, que permaneceu na empresa até 1986, retornou em 1991 e participou do processo de privatização, em dezembro de 1994. O consórcio formado pelos fundos de pensão Previ e Sistel e o banco Bozano, Simonsen arrematou 60% da Embraer na época. Hoje, as ações são pulverizadas. Previ e Bozano ainda detêm participações de 14,2% e 7,7%, respectivamente.
Cerca de 17 mil pessoas trabalham na Embraer em todo mundo, 85% no Brasil. A empresa é uma das maiores exportadoras brasileiras.
Se quiser manter sua operação em Harbin, no norte da China, a Embraer terá que fabricar novos modelos de aviões na unidade chinesa, avalia o governo brasileiro. A empresa enfrenta problemas no país asiático, como cancelamento de pedidos e restrições para obter licenças de importação, e já estuda até fechar as portas da fábrica. “Com esse modelo de avião, a fábrica não tem futuro. É um modelo que não tem mercado. Está ultrapassado”, disse o embaixador do Brasil na China, Clodoaldo Hugueney. “A Embraer sabe disso. Mas essa é uma decisão da empresa”, completou. Procurada, a Embraer não se pronunciou.
A Embraer produz em Harbin os aviões do modelo ERJ 145, em parceria com sua sócia, a China Aviation Industry Corporation (Avic). As duas empresas investiram US$ 25 milhões no negócio. A empresa brasileira possui 51% da joint venture. Pelos contratos em vigor, a Embraer tem serviço para manter a unidade funcionando até a metade de 2011. A avaliação da empresa é que, se não surgirem novos pedidos, não faz sentido seguir montando aviões na China.
Para o embaixador, o ERJ 145, com 50 lugares, é um avião pequeno, enquanto outras companhias já fabricam aeronaves maiores na China. Segundo fontes do setor privado, os chineses estão pressionando a companhia brasileira para produzir em Harbin aviões da família Embraer 170/190, que possuem entre 70 e 122 lugares. Mas a hipótese é descartada pela empresa, que prefere fabricar essas aeronaves no Brasil e exportar para a China. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Nos anos 70, comandante Cará fez 1ª entrega internacional da empresa.
'Hoje, avião pousa e freia sozinho', diz o piloto sobre evolução tecnológica.
Comandante Cará testa aeronaves da Embraer há três décadas e meia
Aos 19 anos, em meados dos anos 70, o jovem Guilherme de Miranda Cará recebeu uma missão: fazer a primeira entrega de aeronave vendida pela Embraer no exterior. Tratava-se de um avião de pequeno porte, para uso agrícola. Saindo de São José dos Campos (SP), o piloto que tinha cerca de um ano de empresa levou cinco dias para chegar a Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia.
Para guiar-se no caminho, valeu-se do único equipamento para este fim disponível no avião: uma bússola. "A cada 15 minutos, achava que estava perdido", lembra Cará, que há quase 35 anos testa as aeronaves que saem da linha de produção da Embraer. Para guiar-se e saber onde estava, o jovem piloto voava baixo e identificava o nome das cidades escrito nos telhados das estações de trem. E voltava a confiar na bússola para chegar ao destino.
Hoje "vovô" da equipe de 30 pilotos de teste da fabricante de aeronaves – além de ser um dos poucos cinquentões da equipe, é o mais velho na empresa, onde iniciou atividades em 1975, aos 18 anos –, Cará viu a evolução tecnológica dos produtos da Embraer em primeira mão. Não só testou as aeronaves depois de prontas como também sugeriu mudanças para garantir a segurança de pilotos e passageiros.
Histórias para contar
Em três décadas e meia de trabalho, viveu boas aventuras e colecionou histórias para contar. Viajou o mundo fazendo tours para fazer demonstrações e garantir pedidos de aviões da Embraer, cruzou 26 vezes o Oceano Atlântico em voos de demonstração para aviões militares e participou dos “voos inaugurais” de mais de 20 modelos lançados pela empresa, contabilizando um total de 15 mil horas no ar.
Aos que pensam que fazer voos de teste é algo fácil, o comandante Cará lembra que, para que um avião seja realmente testado e possa ser entregue aos clientes, a máquina precisa ser posta à prova dentro das piores condições possíveis. Ou seja: manobras que não serão necessariamente feitas após a venda precisam ser realizadas para garantir que a máquina seja capaz de responder em caso de emergência.
Dentre as aeronaves que voou, o piloto diz que as que garantem maior emoção para o piloto são as militares. Ele tem boas lembranças da aeronave militar Tucano. "Foi um programa com o qual eu me identifiquei bastante", lembra, dizendo que testar avião militar requere um treinamento específico, em condições de conforto reduzido. Mas, segundo Cará, essas aeronaves permitem que se o piloto faça manobras arrojadas, para testar a potência da máquina.
Comandante Cará, ao lado do avião Phenon 300, que testou nesta terça-feira
Evolução tecnológica
Para o comandante, a evolução tecnológica faz a vida dos pilotos atualmente ser muito mais fácil do que há 30 anos. "Hoje, o avião pousa sozinho e freia sozinho", diz ele, referindo-se à “família” de jatos comerciais 170. Como tudo é quase automático, basta que o comandante de cada aeronave seja um "excelente administrador" do que a tecnologia oferece.
Cará ainda dá expediente diário na Embraer e diz que os pilotos de teste participam ativamente do desenvolvimento das aeronaves, ao lado dos engenheiros. Além de participar de reuniões de produção, o comandante continua a testar os aviões da empresa. Na tarde desta terça-feira (18), véspera do aniversário de 40 anos da Embraer, fez o voo inaugural de uma aeronave executiva Phenom 300 a ser entregue em breve. "Continuo com a mão na massa.”
Fonte: Fernando Scheller (G1) - Fotos: Roosevelt Cassio (G1)
O titular da Secretaria Municipal de Defesa Civil de Boca do Acre (a 1028 km de Manaus), Pedro Joia, disse que “a cidade toda viu” um clarão na noite de ontem (18), por volta das 20h e que muitas pessoas viram um avião cair na floresta. Apesar disso, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e o Serviço de Salvamento Aéreo (Salvaero) informaram que até o momento não foram acionados oficialmente sobre o fato.
Na manhã de hoje (19), o secretário afirmou ter feito um sobrevoo, com duração de 30 minutos, no local do possível acidente. No helicóptero do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), mas não conseguiram localizar a aeronave.
- No momento, não estamos realizando mais buscas porque nos falta estrutura. Por isso, liguei para a Força Aérea Brasileira (FAB) em Manaus às 12h, solicitando o envio de uma equipe para investigarmos os fatos, salientou Joia.
O secretário cederá entrevista a uma rádio em Boca do Acre para informar à população dos trabalhos realizados até agora.
- O povo está apreensivo e encabulado, pois não temos nada confirmado ainda, finalizou.
Os técnicos da Nasa (agência espacial americana) fixaram para a próxima terça-feira (25) o lançamento do ônibus espacial "Discovery", que partirá em uma missão de 13 dias para a Estação Espacial Internacional (ISS).
A Nasa informou nesta quarta-feira que os sete astronautas do "Discovery" chegarão hoje ao Centro Espacial Kennedy, no sul da Flórida, para iniciar os preparativos do lançamento, que acontecerá às 2h36 de Brasília da terça, se não há contratempos.
Os astronautas levarão no "Discovery" o módulo "Leonardo" com mantimentos para a Estação Espacial Internacional, que orbita a cerca de 385 quilômetros da Terra com seis astronautas a bordo.
Entre os sete tripulantes do "Discovery", está Nicole Stott (foto), que ficará na ISS por vários meses em substituição a Tim Kopra, que retornará à Terra.
Entre outros equipamentos e mantimentos para a ISS, o "Discovery" levará uma máquina para exercícios.
A tripulação do "Discovery" inclui os astronautas José Hernández, John Olivas e o sueco Christer Fuglesang, este último da Agência Espacial Europeia (ESA).
Esta quarta (19) foi marcada por quatro operações policiais.
No Morro dos Macacos, tiros feriram mulher e criança.
Nesta quarta-feira (19), marcada por várias operações policiais, um helicóptero blindado da Polícia Civil foi alvo de balas traçantes (que deixam rastro luminoso a olho nu), enquanto sobrevoava as favelas da Cora e da Mineira, no Centro do Rio. Os tiros, no entanto, não atingiram o helicóptero.
Cerca de cem policiais da Core e da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod) participaram da ação, que teria como objetivo encontrar os homens que teriam feito um arrastão no Túnel Santa Bárbara, no dia 11 de agosto. Quatro pessoas foram presas.
Dois dos presos foram feridos e estão sob custódia no Hospital Souza Aguiar, no Centro. Segundo a polícia, um dos presos é suspeito de chefiar parte do tráfico de drogas nas comunidades.
Na ação, também foram apreendidas duas araras. O delegado adjunto da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), Pedro Medina, informou que as araras devem ser encaminhadas ao Zoológico do Rio.
Com medo do tiroteio, alunos da Escola municipal Estados Unidos preferiram não comparecer às aulas. Segundo a Secretaria municipal de Educação, a escola atende cerca de 1.300 alunos e foi fechada por medida de segurança.
Mulher e crianças feridas
No Morro dos Macacos, em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio, durante outra operação, duas pessoas ficaram feridas. Segundo o Hospital do Andaraí, para onde as vítimas foram levadas, elas estavam no meio de um tiroteio no Morro dos Macacos.
Segundo o hospital, um dos feridos é uma criança de 12 anos. O menino foi atingido de raspão na cabeça. Ele passou por avaliação e está estável, fora de perigo. A outra vítima é uma mulher, de 33 anos. Ela levou um tiro no abdômen.
Juramento e Pavão-Pavãozinho
Já no Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, na Zona Sul, onde a polícia encontrou uma oficina de conserto de armas, três suspeitos de tráfico de armas foram presos. As informações são da delegada Márcia Becker, responsável pela Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos (Drae).
No Morro do Juramento, em Vicente Carvalho, no subúrbio do Rio, os agentes não conseguiram cumprir os mandados de prisão dos acusados por tráfico. Os policiais também não localizaram os esconderijos de armas e drogas.
PM recebeu ligações de moradores sobre possível queda de avião.
FAB informou que não tem registro de sinistro de aeronave no local.
Moradores entram na mata para tentar descobrir as causas de clarão em Boca do Acre (AM) - Foto: Divulgação/Prefeitura Municipal de Boca do Acre
Um clarão foi visto por moradores da cidade de Boca do Acre (AM), por volta das 20h30 (horário local) desta terça-feira (18), e desencadeou um trabalho de buscas a possíveis destroços de uma aeronave. A Polícia Militar recebeu várias ligações informando sobre o rastro deixado por uma aeronave no céu da cidade amazonense, seguida de uma explosão e um clarão que durou cerca de uma hora.
A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que o Salvaero de Manaus não registrou sinistro, perda e nem atraso de voos na região. De qualquer forma, a corporação está de sobreaviso e, em caso de confirmação de alguma ocorrência aérea no local, enviará o esquadrão de buscas de Campo Grande para o Amazonas. No momento, não há aviões da FAB na região.
Moradores entraram na mata para tentar descobrir possíveis destroços de aeronave - Foto: Divulgação/Prefeitura Municipal de Boca do Acre
Boca do Acre fica perto da fronteira da Bolívia com o Brasil e tem pouco mais de 30 mil habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O comando da Polícia Militar na cidade seguiu ao local, na manhã desta quarta-feira (19), em um barco, pelas águas dos rios Acre e Purus, na tentativa de descobrir o que teria provocado o clarão. O acesso ao local é bastante restrito por conta da vegetação fechada. De barco, são cerca de três a quatro horas de viagem.
Segundo a PM, moradores indicam que viram luzes e barulho de mortor semelhantes aos de uma aeronave.
Veja onde fica Boca do Acre - Foto: Editoria de arte/G1
Uma equipe da Defesa Civil da Prefeitura Municipal de Boca do Acre sobrevoa a região na tentativa de esclarecer o ocorrido. A Polícia Federal (PF) não recebeu informações sobre o caso.
A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) não tem registros de voo regular que estivesse naquela região no momento do clarão.
Segundo Cássia Mercedes, chefe de gabinete da Prefeitura de Boca do Acre, o aeroporto da cidade só funciona durante o dia por não ter equipamentos para receber pousos e decolagens noturnas. "Ainda assim, só recebemos aeronaves de pequeno porte. Se for confirmado que se trata de um acidente aéreo, deve ser uma aeronave pequena e clandestina."
Cássia informou ainda que estava ao volante de seu carro, quando o clarão teria surgido no céu da cidade. "Parecia um grande incêndio. O clarão durou cerca de uma hora e mobilizou a cidade inteira. As ruas ficaram cheias de pessoas que queriam saber o que tinha acontecido e o que era aquilo que tinha passado no céu."
O Airbus envolvido no incidente fotografado em 5/8/09 em Manchester
O Airbus A320-200, prefixo G-EZTE, da companhia britânica Easyjet, que fazia o trajeto entre Londres e Faro, em Portugal (voo U2-8917), e tinha 171 pessoas a bordo (165 passageiros e 6 tripulantes), aterrissou em La Rochelle, ao oeste da França, "por causa do cheiro de queimado" dentro da aeronave, confirmaram à Agência Efe fontes oficiais.
Nenhum dos 165 passageiros e dos seis tripulantes, em sua maioria de nacionalidade britânica, ficou ferido, informou Patrick Dallennes, secretário-geral da Prefeitura de Charente-Maritime.
A Easyjet explicou à imprensa local que não se trata de nenhum caso de pouso de emergência, e sim de uma aterrissagem de precaução, ligada a um problema elétrico no aparelho.
"Um Airbus A-320 da companhia Easyjet se desviou por volta de 10h35 (locais) para o aeroporto de La Rochelle, depois que alguns passageiros percebessem um cheiro de queimado, por isso o comandante decidiu realizar a aterrissagem", informou Dallennes.
O secretário-geral acrescentou que o avião aterrissou "sem problemas" no aeroporto de La Rochelle e que os ocupantes foram removidos da aeronave "com calma", graças à presença dos serviços de urgência.
A maior parte dos passageiros tem nacionalidade britânica, mas também viajavam seis portugueses, um espanhol, um americano, um australiano, um neozelandês e um islandês, explicou.
"A origem do cheiro ainda não foi descoberto", seguiu Dallennes. A companhia, porém, "enviou de Londres outro avião (Airbus A320-200, prefixo G-EZTD), que decolou sem problemas com os passageiros por volta de 15h30 (locais)".
Fonte: EFE via G1 / Aviation Herald - Foto: Speed-pics
Há exatamente 40 anos, nascia a empresa que colocaria o Brasil no mapa da aviação mundial. Criada no dia 19 de agosto de 1969 pelo Decreto-Lei nº 770, a fabricante de aviões Embraer teve como seu primeiro diretor-superintendente (cargo equivalente à presidência) o engenheiro aeronáutico Ozires Silva, líder do grupo que projetou a criação da companhia então estatal. Em entrevista ao Último Segundo, Silva diz que a primeira diretoria não imaginava que a empresa atingiria o atual patamar, como terceira maior fabricante de jatos comerciais do mundo e líder global nos aviões de até 120 passageiros.
Formado pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), Silva dirigiu a Embraer desde a fundação até 1986. Mais tarde, voltou para a cadeira da presidência no período da privatização da empresa, entre 1991 e 1995. “[Após a privatização], a companhia esticou sua musculatura e entrou com força no mercado externo”, avalia.
Ozires Silva (à esq.) e o atual presidente da Embraer, Frederico Curado (dir.) - Foto: Divulgação
Na avaliação de Silva, a crise financeira global atingiu a Embraer ao enxugar a demanda no mercado externo. “Mais de 40% das vendas da Embraer vão para os EUA”, destaca. Para o ex-presidente, a demissão de 4,2 mil funcionários foi uma forma de “reduzir custos”. “A companhia não estava respirando o clima brasileiro e sim o americano, o seu principal mercado.”
Silva também presidiu a Petrobras e a Varig e foi Ministro de Estado da Infra-Estrutura. Atualmente é reitor da Unimonte. Confira a entrevista:
O senhor acompanhou a trajetória da Embraer desde a sua fundação. Em 1969, era possível imaginar que ela se tornaria uma das maiores do mundo no setor?
Não imaginávamos. A Embraer foi criada como uma companhia estatal, porque não conseguimos capitalização privada. Era desejo do governo que ela não fosse estatal, mas ninguém topou financiar uma empresa de fabricação de aviões com projeto nacional.
Durante o período de estatal a empresa conseguiu ir bem, produziu vários aviões, conquistou 40 mercados no mundo. Começou com o Bandeirante [primeiro avião fabricado pela Embraer], passou para o Brasília, e depois tivemos bastante sucesso com o Tucano. Até que chegou o final da década de 80, houve a crise internacional do transporte aéreo, o congelamento das poupanças feito pelo governo Collor, o BNDES interrompeu o financiamento de aviões. A Embraer ficou sem condições de financiar aviões porque avião não se vende à vista. O resultado foi que o governo acabou concordando em privatizar a companhia.
Privatizada, ela ficou mais fácil de dirigir, com menos restrições do que uma estatal e mais competitiva. De qualquer forma a Embraer teve uma trajetória de sucesso, mas não imaginávamos que atingisse esse porte. O clima para investir no Brasil não é favorável, as condições legais são sempre muito complicadas.
“O governo não queria que a Embraer nascesse estatal, mas ninguém topou financiar”
Aviões Bandeirante voam no Rio de Janeiro - Foto:Divulgação
De que modo a privatização influiu na trajetória da Embraer?
As empresas estatais, tais como conhecemos, foram estabelecidas pelo governo da revolução [governo militar]. À medida que o tempo passa, nossa legislação tende a “acarunchar” [ficar velha] e o resultado para a Embraer foi uma crise no final da década de 80, quando o programa de privatização começou. O processo surgiu exatamente porque o governo se enrolou tanto na legislação que as empresas estatais perderam o poder de competição. A Embraer não foi exceção à regra, assim como a Vale do Rio Doce, a Usiminas e outras estatais que não conseguiram sobreviver sob administração governamental.
Ozires Silva (no centro) durante o leilão de privatização da empresa - Foto: Divulgação
Evidentemente, a Embraer teve sucesso como empresa estatal, mas o sucesso foi se arrefecendo, por força de práticas administrativas que restringiam a operação da companhia e a deixavam sem flexibilidade para atuar em um mercado dinâmico como é o internacional. A Embraer tinha tudo para crescer: tecnologia, produtos, equipes competentes, mas era amarrada pela legislação. Com o advento da privatização, a mudança foi da água pro vinho. A companhia esticou sua musculatura e entrou com força no mercado externo.
Hoje, 96% da receita da Embraer vem de exportações. A companhia foi voltada para o mercado externo desde a sua concepção?
Nas décadas de 30, 40, 50 e até mesmo nos anos 60, a inflação era um negócio sério e o Brasil não era um país competitivo. Todas as empresas que surgiam se dedicavam prioritariamente ao mercado interno. Não tínhamos a menor condição de competir lá fora com a desenvoltura com que atuavam sobretudo as empresas francesas e americanas.
O caso da Embraer, no entanto, foi diferente, porque montamos o programa mercadológico de uma companhia internacional, conscientes de que a demanda brasileira não seria suficiente para justificar uma produção de aviões no Brasil. Precisávamos da demanda externa também. Foi por essa razão que nós não fizemos nenhum avião sob licença, produzimos aeronaves com tecnologia nacional.
“A demanda interna não justificava a produção de aviões no Brasil. A demanda externa era necessária”
Nas crises de 1990 e de 2009 a empresa recorreu às demissões para se reestruturar – 4 mil pessoas no primeiro caso e mais 4,2 mil no mais recente. Há semelhanças entre esse dois momentos?
A semelhança existe. Nos dois casos a queda da demanda de aviões causou a crise. No caso da crise de 90, nós tivemos o crescimento da prática do terrorismo internacional nos aviões. Os aeroportos não estavam preparados para o nível de segurança que temos hoje. Houve uma quantidade enorme de ações terroristas, o que atemorizou os passageiros e, pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial, o tráfico aéreo internacional e doméstico foi derrubado. Com a demanda sumindo, o número de aviões comprados caiu e as fabricantes se viram em dificuldades.
Acima, jatos comerciais 195 e 190; abaixo o Phenon 300 e os Super Tucanos militares - Fonte: Divulgação
Na década de 90, só a Boeing demitiu 70 mil pessoas. Foi uma crise muito séria. Aqui no Brasil não foi diferente, porque as vendas da Embraer caíram, e ainda tivemos agravantes: o governo Collor decretou o congelamento da poupança. Fez também uma reestruturação no sistema de financiamento à exportação que demorou três anos para ser concluído, e a Embraer ficou sem financiamento para vender lá fora. A Embraer passou o começo dos anos 90 numa dificuldade enorme.
Em 2008, a crise financeira mundial começou nos EUA. Mais de 40% das vendas da Embraer vão para os EUA. A companhia não estava respirando o clima brasileiro e sim o americano, o seu principal mercado. Essa influência vez com que ela tivesse que se ajustar, cortar custos. Entre o corte de custos, a companhia lamenta muito, mas precisou fazer corte de pessoal.
“Mais de 40% das vendas da Embraer vão para os EUA, um dos países mais atingidos pela crise”
A aviação regional no Brasil ainda está em um patamar muito reduzido. Existe campo para desenvolvimento desse mercado por aqui?
O Brasil tem a mesma idade dos EUA, a mesma dimensão, e voa muito menos. No ano passado, nos EUA, o transporte aéreo transportou quase 900 milhões de passageiros. Nós transportamos 50 milhões de pessoas. Os EUA têm 280 mil aviões registrados. Aqui, temos 11 mil. Os números são muito díspares. Eu diria que o Brasil tem uma aviação muito menor do que a que ele precisa.
Por quê?
Atribuo esse fato às restrições governamentais. Nós não temos nenhuma lei que permita aeroportos públicos de administração privada. O setor privado não pode construir aeroportos. São Paulo precisa de um terceiro aeroporto e a iniciativa privada não pode construí-lo se quiser. Precisamos de uma desregulamentação do setor e admitir que a administração possa ser privada.
A Infraero não tem monopólio, administra 67 aeroportos. Mas os outros, em geral, são operados por prefeituras, e os privados são extremamente restritos. Nos EUA e na Europa é comum ter aeroportos privados. Não vejo por que o governo quer ficar em cima disso. Estamos diante de uma oportunidade incrível de crescimento. O avião é absolutamente necessário e traz de volta coisas muito importantes como tempo, segurança e conforto.
Raio X: Embraer 40 anos Nome: Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. Data de fundação: 19 de agosto de 1969 Número de empregados: 17.237 empregados (julho de 2009) Produção em 2008: 204 jatos Lucro líquido em 2008: US$ 388,7 milhões Receita líquida em 2008: US$ 6,335 bilhões Passageiros transportados: 445 milhões (aviação comercial) Posição no mercado: Líder brasileira e 3ª maior fabricante de jatos comerciais do mundo
Avião pilotado pelo avô do garoto chegou a 160 quilômetros por hora.
Recorde anterior era de filho do baterista da banda Pink Floyd.
Um garoto de oito anos se tornou nesta terça-feira (18) o mais jovem a voar sobre as asas de um avião - prática conhecida como wing-walking.
Tiger Brewer foi amarrado às asas do avião biplano de seu avô, que chegou à velocidade de 160 quilômetros por hora, a 304 metros de altitude, de acordo com reportagem do jornal britânico "Daily Mail". O recorde anterior, de Guy - filho de Nick Mason, baterista do Pink Floyd - foi registrado em 2001, quando ele tinha 11 anos.
Voo durou cinco minutos
Depois de um voo de cinco minutos, nos arredores de Cirencester, ele contou que sentiu medo, mas que a aventura foi ótima. "A vista é maravilhosa. Tudo parece pequeno e eu podia ver todo mundo lá embaixo, mas sem saber quem era quem. Eu quero fazer de novo", disse.
O voo foi organizado pelo avô, Vic Norman, que tem um time de wing-walking, o Team Guinot, e pilotou o avião. Os pais, Colin e Zoe, assistiram ao feito orgulhosos. "Estou muito orgulhoso de Tiger, não acredito que ele fez isso. Foi impressionante vê-lo em cima do avião", falou o pai.
O avô achou fantástico compartilhar com o neto a experiência: "É algo que ele vai levar para o resto da vida. Tenho certeza de que vou levá-lo de novo. Ele compartilha minha paixão por voar e será uma experiência especial para nós dois".
O voo foi organizado pelo avô, Vic Norman, que tem um time de wing-walking
Uma bomba da Segunda Guerra Mundial encontrada no norte da Inglaterra foi detonada em uma explosão controlada nesta terça-feira.
O artefato de 227 kg foi achado no domingo, perto da cidade de Ebberston, por um grupo de pessoas que escavavam os destroços de um avião que caiu no local por volta de 1940.
Uma equipe da Força Aérea britânica detonou a bomba por volta de 15h, horário local (11h, hora de Brasília).
Mais de mil pessoas que moram na região de Ebberston e na cidade vizinha, Allerston, tiveram de ser evacuadas, e estradas na região foram interditadas.
Preparativos
Os engenheiros passaram dois dias se preparando para a explosão, cercando a bomba com dezenas de sacos de areia com peso de uma tonelada cada um para minimizar o impacto.
Um cordão de segurança com mais de um quilômetro de comprimento também foi usado para isolar o local antes da detonação.
Folhetos sobre a evacuação foram distribuídos aos residentes na segunda-feira à noite e ônibus levaram os moradores para um centro comunitário a cerca de 3 km de distância.
Animais que pastavam na região também foram removidos.
Acredita-se que o avião seja um bombardeiro Whitley que retornava para a Grã-Bretanha após ser atingido por fogo inimigo quando sobrevoava a Alemanha.
O piloto e dois tripulantes teriam saltado de paraquedas.