Foram usados 25 quilos de explosivos.
No local será feito reflorestamento.
Momento em que um dos explosivos é usado para inutilização da pista de pouso
Uma pista de pouso clandestina na Ilha Grande, Região Sul Fluminense, foi inutilizada nesta terça-feira (13) com cerca de 25 kg de explosivos. A pista ficava a 50 metros da Praia de Lopes Mendes.
A operação foi feita pela Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais, da Secretaria de Estado do Ambiente (Cicca), Batalhão de Polícia Florestal e de Meio Ambiente (BPFMA) e Fundação Instituto Estadual de Floresta (IEF).
Segundo o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, que comandou a operação, cerca de cem mil metros quadrados de vegetação de restinga foram devastados para a construção da pista, situada dentro dos limites do Parque Estadual da Ilha Grande. Com cerca de um quilômetro de extensão, a pista teria sido construída há 20 anos.
Com o auxilio de dinamites, foram abertos buracos na pista para inviabilizar pousos e decolagens de aviões. Segundo levantamento da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de estado de Segurança Pública, a pista era utilizada não só por veranistas, mas também como porta de entrada de armas e drogas na região.
Reflorestamento da restinga
Na quarta-feira, o IEF iniciará projeto de reflorestamento da área com espécies de restinga. A iniciativa será fiscalizada por guarda-parques que atuam na região, evitando que a pista seja reconstruída.
Segundo Minc, quem for pego tentando reconstruir a pista será autuado, tendo o material apreendido, e responderá por dano ambiental ao Parque Estadual da Ilha Grande.
O presidente do IEF, André Ilha, ressaltou que a restinga é o ecossistema mais ameaçado do estado, principalmente devido a construções imobiliária irregulares.
Projetos no local incluem taxa de ingresso
Minc anunciou outras iniciativas em prol do meio ambiente na região, como o início, no final de junho, de obras de saneamento com a construção, até o final do ano, de três estações de tratamento de esgoto, nas regiões do Abrão, Araçatiba e Provetá. Orçadas em R$ 6 milhões, as estações serão pagas pela Secretaria de Estado do Ambiente (80%) e pela Prefeitura de Angra dos Reis (20%).
A Secretaria do Ambiente criou em 2007 um grupo de trabalho com o objetivo de determinar qual é a população de suporte. Esse trabalho está sendo desenvolvido por profissionais da Uerj, do IEF e da Prefeitura de Angra dos Reis.
“A partir da conclusão desse trabalho, estabeleceremos uma pequena taxa de ingresso, que será revertida para serviços de construção do Parque Estadual da Ilha Grande”, disse Minc.
Fonte: G1 - Foto: Divulgação