Quem olha para o céu do Alasca, do norte do Canadá ou da Rússia pouco antes do amanhecer consegue ver um leve brilho esbranquiçado da aurora boreal. Depois de olhar por alguns minutos, as luzes começam a piscar como se alguém estivesse brincando com o interruptor de luz.
É uma aurora pulsante, formada por luzes que piscam a cada cinco a 40 segundos. Cientistas tentaram descobrir o que causa esse efeito por décadas.
Agora, Yukitoshi Nishimura, da Universidade da Califórnia, cientistas da Nasa, cinco aeronaves e um pequeno exército de câmeras apontado para o céu descobriram que a energia é provocada pelo campo magnético da Terra.
Nosso planeta é como um ímã gigante. Linhas magnéticas invisíveis se estendem de um pólo ao outro do planeta – são elas que fazem a agulha da bússola se mover e ajudam aves migratórias a encontrar seu caminho.
Esse campo magnético também protege a vida na Terra dos raios solares, um feixe de partículas cuspidas pelo Sol que bombardeiam nosso planeta sem parar.
Nishimura e o grupo Themis, da Nasa, descobriram que essas ondas aparecem em intervalos regulares nos mesmos lugares na forma de manchas de luz. Quanto mais fortes as ondas, mais brilhante a luz.
Os cálculos mostraram que essas ondas sibilantes interagem com elétrons do campo magnético da Terra, fazendo-os cair na atmosfera e criando um show com as luzes da aurora, da mesma forma que um tubo de raios catódicos criava imagens na tela de um velho aparelho de TV.
As descobertas da equipe poderão ajudar os cientistas a mapear o campo magnético da Terra com muitos detalhes e continuarão a rastrear a dança da aurora boreal e a música das ondas por trás dessas luzes.
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Fonte: R7 - Fotos: NASA (via AFP - Getty Images) / Lucas Jackson (Reuters) / Pekka Sakki (AFP - Getty Images) / Colorado Mountain College / Bob Martinson (AP) / John and Sallie Carlson / Balazs Mohai ( EPA) / Arian Schuessler ( Mason City Globe Gazette via AP) - Gráfico: Science/AAAS