segunda-feira, 6 de setembro de 2010

China checa qualificação de pilotos após casos de currículos falsificados

Mais de 200 pilotos comerciais falsificaram dados e exageraram fatos sobre seus históricos de voo

O governo chinês está checando as qualificações de todos os seus pilotos de aviões comerciais depois que foram divulgadas informações de que mais de 200 deles teriam mentido sobre sua experiência nos currículos.

Pelo menos metade destes profissionais trabalhavam para a Shenzhen Airlines, companhia que controla a Henan Airlines, empresa envolvida em um acidente aéreo que matou 42 pessoas e feriu outras 54 na Província de Heilongjiang (nordeste do país) em 24 de agosto.

A qualificação do piloto é um dos pontos centrais da investigação sobre o acidente com o jato fabricado pela empresa brasileira Embraer, que ocorreu depois que o comandante errou a pista no momento do pouso.

Segundo uma apuração realizada no ano passado pela Administração de Aviação Civil da China (CAAC, sigla em inglês), os pilotos investigados não só falsificaram dados como também exageraram fatos sobre seus históricos de voo.

Alguns dos envolvidos eram ex-integrantes da Força Aérea que foram contratados por empresas aéreas comerciais. Depois de descobertos, os pilotos foram proibidos de voar e tiveram de passar por novos testes.

Mercado

A nova investigação do governo chinês vai apurar se outros profissionais também mentiram em seus currículos, como instrutores de voo, controladores de tráfego e equipes de manutenção.

A aviação civil chinesa é uma das que mais crescem no mundo, gerando uma grande demanda por profissionais experientes.

Um levantamento da CAAC mostra que, em 2006, o país tinha 11 mil pilotos comerciais.

Fonte: BBC via Agência Estado

British Airways e a Iberia selecionam 12 companhias para aquisição

A British Airways (BA) e a Iberia estão analisando oportunidades de investimento para desenvolver quando a fusão entre as duas empresas estiver concluída e já selecionaram 12 potenciais candidatas.

Segundo o presidente da BA, Willie Walsh, as duas companhias já elaboraram uma lista de 12 companhias aéreas, de um total inicial de 40, que poderão vir a ser alvo de propostas de aquisição.

Willie Walsh, que falava numa conferência em Mumbai, na Índia, recusou revelar os nomes das empresas, mas segundo a BBC, entre elas encontram-se transportadoras indianas e chinesas.

O processo de expansão só deverá avançar depois de a BA e a Iberia estiverem finalmente reunidas na nova International Airlines Group (IAG), mas já houve uma série de reuniões em que as duas empresas “identificaram aquelas [companhias] que poderão vir a ser atrativas”, adiantou Walsh.

Segundo o gestor, o objetivo é criar uma plataforma de companhias com a mesma filosofia: “Aquelas que consideram que a consolidação é parte da resposta para a indústria da aviação”.

Em 2008 a BA falhou uma tentativa de fusão com a australiana Qantas, mas em abril deste ano assinou com a espanhola Iberia o acordo de fusão que dá origem a uma das maiores transportadoras aéreas mundiais.

Fonte: Público (Portugal)

Várias companhias aéreas africanas proibidas de voar para Europa

Todas as companhias aéreas privadas e nacionais do Benin, da República Democrática do Congo (RDC), do Djibuti, da Guiné-Equatorial, da Libéria e da República do Congo estão proibidas de voar para o espaço europeu, de acordo com um lista negra publicada hoje (segunda-feira) pelo Comitê de Segurança Aérea da União Europeia (UE).

Fazem igualmente parte desta lista negra as companhias da Serra Leoa, de São Tomé e Príncipe, do Sudão, da Swazilândia e da Zâmbia, bem como a Meridian Airways (companhia aérea privada do Ghana), de acordo com a fonte.

Segundo um comunicado transmitido à imprensa pelos serviços da Comissão Europeia, no total, 278 transportadoras privadas e nacionais no mundo, majoritariamente sediadas na África, estão afetadas por esta medida.

A fonte assinala, no entanto, que as companhias aéreas privadas gabonesas, designadamente Gabon Airlines, Afrijet e SN2AG, estão autorizadas a efetuar voos para a Europa, "sob algumas condições".

Mas um só um avião da Airlift International, uma companhia privada ghanense, está autorizado a voar no céu europeu, lê-se no documento.

Fonte: Angola Press

Setor aéreo teme vinda de pilotos de segunda linha ao Brasil

Projeto de lei permite a contratação de estrangeiros nas companhias brasileiras como alternativa para evitar apagão de mão de obra

Piloto da Japan Airlines em uma aeronave Embraer E170, no aeroporto de Tóquio

A contratação de pilotos estrangeiros nas companhias aéreas brasileiras, em discussão no Congresso, pode atrair profissionais menos qualificados para o Brasil, segundo o temor de alguns segmentos da indústria. O projeto de lei que altera o Código Brasileiro de Aeronáutica, o mesmo que propõe o aumento do limite de capital estrangeiro nas companhias aéreas, abre a possibilidade de contratação de pilotos estrangeiros no Brasil, hoje restrita a instrutores de voo.

Segundo o diretor técnico do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviáriais (Snea), Ronaldo Jenkins, os incentivos à formação são a melhor iniciativa para evitar a escassez de profissionais no setor. De acordo com a proposta em discussão no Congresso, as companhias aéreas poderiam empregar profissionais estrangeiros em um período máximo de 60 meses e apenas em caso de escassez de mão de obra nacional.

Mesmo em caso de carência de mão de obra, a contratação de profissionais estrangeiros para suprir esta necessidade é questionável. “As companhias brasileiras só vão contratar estrangeiros em último caso, e olhe lá”, afirma Jenkins, do Snea, entidade que reúne companhias como TAM, Gol e Azul.

Segundo ele, a restrição se deve à complexidade em atestar a qualidade técnica dos profissionais. “É difícil comprovar como o piloto cumpriu os requisitos de horas de voo. Isso necessitará um estudo profundo”, disse.

O ex-diretor da Anac, Allemander Pereira, concorda. Para ele, é ingenuidade acreditar que virão para o Brasil pilotos experientes, que hoje atuam nos mercados americano e europeu. “Virão profissionais de mercados periféricos”, diz.

Procurada pelo iG, a Anac informou que não se pronuncia sobre o tema, já que o projeto ainda não foi votado. A agência é responsável pela regulamentação dos pilotos e disse que, caso a mudança seja aprovada, vai desenvolver um método para fiscalizar os estrangeiros.

Formação cara, salário baixo

Os sindicatos que representam os pilotos de companhias aéreas e de empresas de helicópteros são contrários à mudança na legislação para permitir a contratação de estrangeiros. Eles afirmam que não foram ouvidos durante a elaboração da proposta. "Essa mudança vai atender o interesse de setores específicos e casa com essa tendência de entrada de capital estrangeiro no Brasil", diz Graziela Baggio, do Sindicato Nacional dos Aeronautas, entidade que representa pilotos e comissários.

“Contratar estrangeiros é perigoso e não resolverá o risco de escassez de mão de obra. O melhor é investir na formação de profissionais”, afirma Rodrigo Duarte, diretor da Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero (Abraphe), que representa um dos setores com maior carência de profissionais.

O custo de formação de um piloto, que pode superar R$ 100 mil, somado aos salários baixos praticados no Brasil, tornou a carreira de profissional da aviação menos interessante, afirma a presidente do sindicato dos aeronautas. Segundo ela, hoje há cerca de 500 pilotos brasileiros trabalhando em companhias aéreas estrangeiras. “Eles são altamente qualificados, mas não atuam no Brasil porque aqui os salários são baixos”, afirma.

Para os sindicatos do setor aéreo, a solução para evitar a escassez de profissionais não é a contratação de estrangeiros, mas iniciativas como a ampliação do programa da Anac de bolsas de estudos para pilotos, oferta do curso em universidades públicas e reajustes salariais.

Votação, só depois das eleições

A expectativa do relator do projeto, o deputado Rodrigo da Rocha Loures (PMDB-PR), é que ele seja votado pela Câmara dos Deputados depois das eleições. A proposta ainda deve ser apreciada pelo Senado e sancionada pelo presidente da República.

O deputado afirma que a alteração na legislação do setor visa a evitar que o descompasso entre o crescimento do mercado de aviação e a formação de pilotos inviabilize a expansão da oferta de transporte aéreo. “O foco da mudança é o passageiro. Não queremos que ninguém deixe de voar por falta de piloto”, disse Loures.

Há cerca de 4,5 mil pilotos e copilotos operando nas companhias brasileiras, de acordo com dados de 2008, os mais recentes disponíveis nas estatísticas da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Em 2009, quando o setor aéreo cresceu 17,6%, foram emitidas apenas 258 licenças para piloto de linha aérea pela Anac.

Fonte: Marina Gazzoni (iG) - Foto: Getty Images

Demanda de frete aéreo desacelera após salto pós-recessão

Segundo Iata, crescimento no frete aéreo deve desacelerar entre 6% e 7% até o fim deste ano e em 2011

A demanda por frete aéreo, um importante indicador da força do comércio mundial, deve desacelerar no restante de 2010 e em 2011, afirmou a International Air Transport Association (Iata) nesta segunda-feira.

De acordo com a Iata, os mercados de frete aéreo começam a esfriar depois de uma forte recuperação pós-recessão, com gestores de compras menos otimistas e planejando despachar menos produtos por via aérea.

"Todos os indicadores chave de demanda de frete aéreo estão apontando para um crescimento menor na demanda para o restante deste ano e para 2011", disse a associação sediada em Genebra. "A alta no frete aéreo na Ásia e América do Sul agora está perdendo força."

O frete marítimo é o maior concorrente do frete aéreo, um meio mais rápido e caro de transportar mercadorias.

A necessidade de despachos velozes no momento em que a economia global começou a se recuperar impulsionou o frete aéreo em 2009 e início de 2010, segundo a Iata.

"Esse processo parece estar chegando ao fim", disse a Iata sobre o aumento na demanda, prevendo que o crescimento no frete aéreo desacelere para entre 6% e 7% em termos anualizados no fim deste ano e em 2011.

Muitos produtos de alta tecnologia como laptops estão cada vez mais sendo transportados por frete marítimo, mas os semicondutores ainda são levados de avião até seu destino final, apontou a Iata.

Fonte: Reuters via iG

domingo, 5 de setembro de 2010

Foto do Dia

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Enquanto o Airbus A320-232, prefixo VH-VQK, da Jetstar Airways, decola da pista 16L do Aeroporto Internacional Kingsford Smith, em Sydney, na Austrália, um Boeing 747-400 da British Airways, está na etapa final para a aterrissagem na pista 34L, no mesmo aeroporto, no dia 22 de agosto de 2010.


Foto: Jan Heistermann
(Airliners.net)

Dois pilotos por voo? A Ryanair acha que é um desperdício

E banheiros também. Ocupam espaço demais.

Michael O'Leary, CEO da Ryanair: o Duque do desconforto

Atualmente, todos os aviões voam com dois pilotos. É uma norma de segurança: para o caso de um dos pilotos ter algum problema que o impeça de pilotar (por exemplo, um ataque cardíaco), há sempre outro que pode aterrissar o avião.

A Ryanair acha que é um desperdício: "por que é que todos os aviões têm que ter dois pilotos? Na verdade, só é preciso um. Vamos retirar o segundo. Deixemos que o raio do computador o pilote", sugere o presidente da companhia, Michael O'Leary, 49 anos.

Em declarações à Bloomberg, o polêmico presidente explica que, caso algum dos seus pilotos tenha efetivamente um problema, como um ataque cardíaco, haveria sempre alguém a bordo, entre a tripulação, capaz de aterrissar o avião. "Se o piloto tivesse alguma emergência, soaria o alarme, chamaria a aeromoça, e ela poderia assumir a situação".

Ele quer cobrar tudo

O'Leary ficou conhecido por fazer sugestões polêmicas numa tentativa de tornar as viagens de avião cada vez mais baratas, mesmo sendo a Ryanair uma low-cost. O presidente já quis cobrar preços indexados ao peso dos passageiros, retirar bancos dos aviões para que algumas pessoas pudessem viajar em pé e até cobrar o uso dos banheiros a bordo.

Uma ideia que ainda não abandonou, a julgar pelas suas declarações à agência: cada avião tem três banheiros e O'Leary quer acabar com dois nos voos de curta duração, o que permitiria liberar espaço para transportar mais pessoas por voo. Quanto ao único banheiro que restaria, seria pago, é claro. Um euro por utilização.

O presidente da Ryanair sempre defendeu que os passageiros não são "flores de estufa" e que não precisam ser 'paparicados' com almofadas grátis, cobertores e chá. "Por tarifas mais baixas, suportam tudo", diz.

Passageiros substituem carregadores de malas

Outra das ideias da Ryanair é por os passageiros para carregar suas malas. Em julho de 2002, num voo para Dublin, o piloto anunciou aos passageiros que a equipe de handling contava com poucas pessoas e não conseguiria carregar toda a bagagem. A menos que as pessoas se voluntariassem a carregar suas malas, haveria um grande atraso no voo. Pouco tempo depois, vários passageiros desceram para levar as malas para dentro.

"Os aeroportos são locais estupidamente complicados, tudo porque temos esta norma inútil de retirar as malas dos passageiros no início da viagem para a devolver novamente no final. Livremo-nos dessa 'treta' toda. O passageiro leva a mala com ele, leva-a para a pista e carrega-a no avião", diz O'Leary.

Andar de avião não é como fazer sexo

O presidente da companhia discorda do princípio de que "o cliente tem sempre razão". Aliás, na sua opinião, "normalmente, o cliente não tem razão nenhuma".

O seu grande motivo de orgulho? "Finalmente desfizemos o mito de que viajar de avião era uma espécie de experiência sexual única. Não é. É apenas uma forma de chegar do ponto A ao ponto B".

Clique aqui e leia a estrevista completa com O'Leary ao Bloomberg BusinessWeek [em inglês].

Fonte: Agência Financeira (Portugal) editado por Blog Notícias sobre Aviação - Imagem: AFP/Getty Images, AP; Bloomberg; Corbis; Getty Images; Retna; Reuters; Zuma Press

Funcionária da Air Asia morre após ficar com a mão presa em ponte de embarque

Em um dos acidentes mais bizarros da história da aviação indiana, uma funcionária da Air Asia morreu - aparentemente - em choque, após a sua mão direita ficar presa em uma ponte de embarque (aerobridge - similar a da foto acima) no momento em que ele estava sendo recolhido no Aeroporto Internacional Hyderabad/Rajiv Gandhi, em Hyderabad, na Índia, às 09:50 (hora local)da manhã deste domingo (5).

O incidente ocorreu quando Amritha Roy, 24 anos (foto ao lado), uma 'Guest Services Officer' (responsável pelo relacionamento com clientes) da Air Asia, estava prestes a retornar ao terminal. Sua mão direita ficou presa na pontes de embarque nº 55 que estava sendo retirada da aeronave, que faria o voo entre Hyderabad e Kuala Lumpur.

Quando o operador começou a retrair a ponte de embarque, as paredes começaram a compressão e a mão direita da funcionária ficou presa. Ao ouvir os gritos da moça, o operador interrompeu o recolhimento da ponte de embarque, mas Amritha já havia caído na pista.

"Ela estava em estado de choque e foi imediatamente levada ao Centro Médico do aeroporto", informou um comunicado de imprensa do aeroporto. Os médicos tentaram reanimá-la, mas não conseguiram. Ela morreu às 10h40.

Médicos forenses que conduziram o exame post-mortem disseram que ela havia morrido devido à esmagamento do tórax e choque neurogênico.

Amrita, uma estudante universitária de Calcutá, entrou para Air Asia em 15 de junho deste ano. Após o treinamento inicial no Aeroporto Internacional Netaji Subhash Chandra Bose, em Calcutá, ela inicou seu trabalho como uma oficial de serviços ao cliente no Aeroporto Internacional Hyderabad/Rajiv Gandhi, em Hyderabad.

A polícia do aeroporto registrou o caso como morte por negligência, com base em uma denúncia feita pelo gestor do aeroporto.

Uma comissão foi imediatamente formada pelo chefe de operações do Aeroporto Internacional de Delhi e pelo chefe de segurança do Aeroporto Internacional de Hyderabad para investigar o acidente e apurar todos os fatos do caso.

Fontes: Times of India / Hindustan Times / Deccan Chronicle - Fotos: Arquivo / The Hindu

15 mil dólares para quem encontrar avião desaparecido no Alasca

Uma recompensa de 15.000 dólares está sendo oferecida a quem encontrar um avião que levava quatro pessoas quando desapareceu no sudoeste do Alasca no dia 21 de agosto.

As autoridades dizem que Marco Alletto, 47 anos, estava pilotando o avião de Havilland DHC-2 Beaver, prefixo N9313Z, pertencente a empresa Branch River (na foto acima em 10/12/2005).

Os passageiros, que trabalhavam para o Serviço Nacional de Parques, são Mason McLeod, 26, Neal Spradlin, 28, e Seth Spradlin, 20 (estes dois últimos são irmãos).

Steve McLeod, pai de Mason McLeod, disse, neste sábado, que os pais dos desaparecidos estão oferecendo a recompensa.

Os investigadores têm procurado o avião que desapareceu durante um voo curto sobre a área acidentada entre o Lago Swikshak e King Salmon.

Fontes: Associated Press / Anchorage Daily News - Foto: MAL (airport-data.com)

Dois aviões se chocam durante corrida aérea e duas pessoas morrem

Pai, que morreu junto com o filho na colisão aérea, era piloto aposentado da aviação comercial

Duas pessoas morreram após uma colisão entre dois aviões de pequeno porte, durante a corrida aérea 'Merlin Trophy' sobre a Ilha de Wight, localizada ao sul de Southampton, na costa sul da Inglaterra, neste sábado (4).

Cada avião levava dois tripulantes. Na colisão, um dos aviões conseguiu manter a rota e pousar no aeroporto de Bembridge, mas o outro caiu.

Os pedaços do avião ficaram espalhados sobre uma vasta área (foto acima).

Michael Willis, 73 anos, e seu filho James Willis, 42, morreram na queda da aeronave em que estavam, um Mooney M20B. Michael era o piloto e James o navegador.

Um porta-voz da Polícia de Hampshire disse: "As famílias destes dois homens foram informados e estão recebendo apoio de agentes de polícia de Hampshire".

Na outra aeronave, o Van's RV-4, prefixo G-MARX, que conseguiu pousar (fotos acima), estavam dois homens, um de 55 e outro de 32 anos. O porta-voz da polícia disse que eles foram levados para um hospital na ilha após sofrerem pequenos ferimentos.

Os aviões acidentados estavam entre as 19 aeronaves que participam das corridas 'Merlin Trophy', precursora da corrida principal que seria disputada hoje a anual 'Schneider Trophy', que foi cancelada.

Fontes: Diário Online / Daily Mail / ASN - Fotos: iwgazette.co.uk / Daily Mail

Carro explode em frente ao portão de desembarque do Terminal 2 do Tom Jobim

Um automóvel Vectra de cor prata, placa LOC 4614, explodiu, na tarde deste domingo, em frente ao portão de desembarque de passageiros do terminal 2 do Aeroporto Internacional Tom Jobim. Ninguém se feriu. O incêndio ocorreu perto da área destinada à parada de carros oficiais. Porém, no momento da explosão, só taxistas e operadores das empresas de taxi estavam próximos da pista.

Segundo funcionários da Infraero, não estava programada a chegada de nenhuma autoridade ao local nessa tarde. Os proprietários do veículo ainda não registraram a ocorrência na 37ª DP (Ilha do Governador). O carro explodiu por volta das 14h35m e bombeiros da Brigada do Aeroporto e do Grupamento Operacional para Tecnologias Avançadas, da Ilha do Governador, trabalharam duro para apagar as chamas. Segundo os bombeiros, um vazamento de gás devido a um defeito na válvula do cilindro de GNV pode ter causado o incidente.

Fonte: Marcelo Dutra (O Globo) - Foto: Fabio Rossi (O Globo)

Queda misteriosa de barra de ferro intriga moradores de rua no Rio

Objeto que teria caído do céu foi encontrado em Laranjeiras.

Aeronáutica diz que bairro é rota de aviões.


A queda misteriosa de uma barra de ferro intriga os moradores da pacata Rua Ribeiro de Almeida, em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio. Como o bairro é rota de aviões, alguns pedestres acreditam que a peça pode ter caído de alguma aeronave. No entanto, a Aeronáutica já adiantou que não há registros de queda de peças de aviões nos últimos dias.

A peça foi encontrada na rua, na última quinta-feira (4). Segundo testemunhas, eram seis da tarde quando o objeto caiu do céu, bateu numa árvore e parou num canteiro. O objeto pesa dez quilos e de acordo com os moradores, estava quente quando caiu. Ninguém se feriu com a queda do objeto.

"Vamos investigar para saber o que aconteceu e como foi. A rua é cheia de crianças, se a barra cai em cinco meninos, mata os cinco", contou um morador.

O canteiro de concreto ficou rachado. Um morador que trabalha na Petrobras levou a barra para análise e descobriu que o objeto é de ferro fundido, usado em máquinas pesadas.

"A gente está fazendo uma análise. Vamos ter a comprovação melhor quando fizermos a análise química, que deve sair na próxima semana", disse Pedro Altoe.

Fonte: RJTV

Escassez de engenheiros aeronáuticos estimula disputa feroz entre empresas

O engenheiro aeronáutico é um profissional raro no Brasil, como um metal nobre, e vem sendo cada vez mais disputado no mercado não somente pelas empresas do setor. Nas poucas faculdades formadoras dessa nata acadêmica, como o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e a Escola de Engenharia de São Carlos, da Universidade de São Paulo (USP), o assédio a esses cérebros feito pela iniciativa privada, especialmente bancos, já começa no terceiro ano. Ou seja, antes mesmo de o aluno fazer o estágio obrigatório que ocorre a partir do quarto e do quinto anos, ele já é abordado com ofertas de programas de estágio extremamente sedutores e com salários iniciais superiores aos R$ 5 mil praticados pela indústria aeronáutica, que já estão acima da média para o engenheiro iniciante.

O coordenador do curso de engenharia aeronáutica da USP São Carlos, Fernando Martini Catalano, revela que a procura pelas cabeças da universidade do interior paulista é tão grande que a instituição — que forma apenas 40 engenheiros aeronáuticos por ano — procurou alternativas para que os estudantes não abandonem a aeronáutica no meio do caminho, seduzidos pelo canto dos bancos ou de empresas de vários setores, como petróleo e até mesmo parque de diversões. “Buscamos exigir o estágio do quarto e do quinto anos nas áreas de formação, senão os alunos acabam indo muito cedo para bancos ou outras empresas”, diz ele, acrescentando que a universidade também estimula o desenvolvimento de projetos de iniciação científica, que acabam dando uma exposição maior para o Brasil no exterior.

Existe realmente um deficit no mercado desse profissional, pois é possível contar nos dedos o total de faculdades com essa cadeira. “Até gostaríamos de aumentar o número de vagas, mas não há professores suficientes para dar as aulas, uma vez que eles também são disputados”, afirma Catalano. “Temos uma cadeira vaga há mais de quatro anos.”

O professor de certificação aeronáutica e manutenção aeronáutica da USP São Carlos, James Rojas Watehouse, é taxativo: “Quem dá aula, o faz por vocação e não pelo salário”. Dono de uma empresa ligada ao setor aeronáutico, ele oferece estágio para alguns de seus alunos. Mas reconhece a dificuldade em concorrer com os salários do mercado financeiro.

Sonho de infância

A grande procura pelos estudantes de engenharia aeronáutica não é de hoje. “Muitos de nossos alunos estão hoje trabalhando em bancos”, informa o vice-reitor do ITA, Fernando Toshinori Sakane. “Há uma procura grande porque o que os bancos procuram é cérebro. E eu acho que o iteano tem os conhecimentos de matemática, raciocínio lógico que interessam aos bancos”, afirma. Ele lembra que algo entre 6 mil e 6,5 mil candidatos disputam anualmente as 130 vagas, das quais 80 são destinadas aos alunos civis, disponíveis a cada ano. O instituto tem planos de dobrar o número de vagas nos próximos cinco anos, mas ainda depende de o projeto ser incluído no Orçamento da União.

Um bom exemplo do assédio do mercado financeiro é Conrado Engel, presidente da filial brasileira do gigante HSBC, maior banco do mundo. Nascido em Concórdia, Santa Catarina, ele saiu cedo de casa para estudar em período integral no disputadíssimo ITA. Ao se formar, em 1980, Conrado se deu ao luxo de poder escolher onde queria trabalhar. Com proposta da Embraer, seu sonho de infância e hoje uma das maiores fabricantes mundiais de jatos comerciais regionais, ele apostou as fichas no Citibank. “Podia ter ido para a Embraer. Fiquei impressionado com o programa de recrutamento que o banco montou no ITA para ‘vender’ a carreira financeira aos novos engenheiros”, relata.

A estudante da USP São Carlos Carolina Lima do Nascimento, 23 anos, que está no quarto ano do curso de engenharia aeronáutica, começa agora a escolher onde fará estágio. Ela diz que prefere seguir a carreira acadêmica e fazer mestrado. “Realmente, há um grande número de amigos meus que estão interessados em estágios oferecidos pelo setor financeiro”, diz. Muitos comentam que o que mais atrai os estudantes é o salário inicial para o recém-formado. “Eu pretendo ficar na área aeronáutica porque é o que eu gosto. Contudo, se não houver emprego, vou para a área financeira ou para outra oportunidade que aparecer”, afirma.

O economista-chefe do Banco alemão WestLB, Roberto Padovani, comenta que é grande o número de engenheiros no mercado financeiro. “Nas últimas décadas, o país não cresceu e muitos engenheiros não tinham onde trabalhar. Isso reflete bem o retrato da economia atual, pois o país voltou a crescer e essa mão de obra começa a ficar escassa. Todos os tipos de profissões atravessam um momento positivo, de ganho salarial. O nível de desemprego nunca esteve tão baixo”, afirma.

Craques na sofisticação

Para o economista Felipe França, do Banco ABC Brasil, o engenheiro tem uma boa formação de matemática e os bancos buscam esse tipo de profissional para desenvolver produtos mais sofisticados, como os derivativos. “Além disso, eles avaliam carteiras de investimentos com bastante rapidez”, diz. Estudante de mestrado em economia e finanças do Instituto Insper, Felipe conta que mais da metade dos alunos de sua sala são engenheiros.

Fonte: Rosana Hessel (Correio Braziliense)

Em busca da mala perdida

Repórter teve bagagem extraviada três vezes no mesmo ano

A primeira mala extraviada a gente nunca esquece. É a companhia aérea que esquece por você. No meu caso, foram três vezes a mesma bagagem, coincidentemente, ou não, em viagens a trabalho a Los Angeles, todas neste ano. Acho que da última vez aprendi e não vou despachá-las mais em voos para o Aeroporto Internacional de Los Angeles (LAX). Mas as empresas aéreas deveriam ser menos "malas" com a fiscalização da bagagem de seus clientes e cuidar melhor delas.

A primeira vez dói...

Depois de ter trabalhado durante todo um domingo, peguei um voo da American Airlines com destino a LA. Imagine chegar ao aeroporto de Los Angeles após mais de 16 horas de viagem, com conexão em Miami, e descobrir que a sua mala não chegou com você. Perdi mais de uma hora no balcão de reclamações da empresa e também perdi o almoço com os demais jornalistas com os quais fui cobrir o lançamento de uma série de televisão.

Coisa de cinema: chegar ao hotel, tomar um banho e... vestir a mesma roupa para sair correndo para a première do seriado. Como foi a primeira vez, o desespero era grande, pois eu ainda tinha uma semana de nevasca para enfrentar em Nova York depois. Felizmente, a mala foi entregue à noite no hotel, e não morri de frio.

Com que roupa eu vou?

Da segunda vez, já fui esperando o pior. Mas, quando peguei minha mala no LAX, respirei aliviado. Porém, esqueci que havia o voo de volta, com conexão em Atlanta e destino final em Brasília. Chegando à capital brasileira, surpresa desagradável: nem sinal da minha bagagem. Demorei uma hora para preencher um formulário amarelo descrevendo a minha mala, e a Delta demorou três dias para me devolvê-la no hotel.

Gastei mais de R$ 100 em roupas, para não ter que ir nu a um congresso da Unesco. Liguei para o seguro de viagem que eu havia contratado, mas eles explicaram que só cobriam gastos no exterior. E ficou por isso mesmo...

Que a justiça seja feita

Na terceira vez, imaginava, resignado, que minha mala poderia ser extraviada. Um voo da Taca com conexão em Lima, no Peru, e outro da American Airlines para LA, operado pela LAN - não tinha como dar certo. Quando cheguei ao LAX, e disseram que minha mala não chegara, quase puxei aquele cartaz: "eu já sabia". O que eu não sabia é que só a veria de novo naquele mesmo aeroporto, no voo de volta. Até lá, foram cinco dias de muita enrolação e pouca informação.

Escolado, levei duas mudas de roupa na mochila, comprei outras duas, além de artigos de higiene pessoal. Mas os responsáveis só ressarciriam gastos até US$ 70. O resto estou tentando reaver na Justiça para tentar compensar, em parte, o tempo perdido, o desgaste e o constrangimento por que passei ao sair de um hotel cinco estrelas com dois sacos plásticos de roupas sujas nos braços.

Fonte: Lauro Neto (Boa Viagem/O Globo)

Só em SP, aéreas falidas respondem a 7,7 mil processos trabalhistas

Balanço de ações contra Transbrasil, Vasp e Varig foi feito a pedido do G1.

'Já perdi a esperança', diz ex-aeronauta que ainda espera por direitos.


Aviões da Vasp se deterioram no Aeroporto de Congonhas em meio à disputa judicial

Ex-funcionários das companhias aéreas falidas Transbrasil, Vasp e Varig já esperam há mais de dez anos para reaver seus direitos na Justiça. Ao todo, somente no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª região, que compreende a região metropolitana de São Paulo e litoral, são 7,7 mil processos trabalhistas contra as três empresas.

A pedido do G1, o TRT-2 fez um levantamento sobre a quantidade de ações em andamento contra cada companhia: são 4,3 mil ações contra Vasp, 1,8 mil contra a Varig e 1,6 mil contra a Transbrasil. Cada ação pode ter mais de um beneficiário. O TRT-2 representa 25% do movimento da Justiça trabalhista no país, segundo o tribunal.

A decretação de falência mais recente foi a da Varig, no último dia 20 de agosto. A empresa passava por dificuldades desde antes de vender parte de seu negócio para a Gol em 2007, em meio a um processo de recuperação judicial. Trabalhadores e acionistas ainda tentam reverter a falência, pois alegam que o administrador judicial não poderia fazer o pedido.

A falência da Vasp foi decretada em 2008. A Transbrasil foi a primeira das três a falir, em 2002.

De acordo com o desembargador-presidente do TRT de São Paulo, Décio Sebastião Daidone, a demora para que os trabalhadores recebam se deve à complexidade dos processos de falência que estão em andamento. "Em falência precisa ter paciência. Em qualquer situação, a pessoa paga quando quer e quando tem dinheiro para fazer. Uma vez que a empresa faliu significa que não teve condições de saldar seus credores por diversas razões. (...) Os primeiros que devem ser atendidos são créditos dos trabalhadores, que são de natureza alimentar."

Paciência é algo que o ex-comissário de voo da Varig Edgard Augusti, de 49 anos, diz não ter mais. Ele trabalhou na empresa por 20 anos e saiu no ano 2000, oito anos antes da decretação da falência. "Não recebi nem o último salário, férias, 13º", contou ele ao G1. Ele entrou com ação na Justiça em 2003 e até hoje não recebeu nada. Segundo seu advogado, ele teria a receber R$ 420 mil da empresa.

O ex-comissário Edgard Augusti diz que já desistiu de receber seu dinheiro: 'No começo eu me senti lesado, senti pena de mim mesmo. Hoje, sinceramente, não penso mais nisso.'

"No começo eu me senti lesado, senti pena de mim mesmo. Hoje, sinceramente, não penso mais nisso. A gente fica esperando e o dinheiro não vem. Tem gente que para a vida esperando. Eu prefiro correr atrás do que perdi. Já perdi a esperança. Tenho amigos que morreram e não receberam. Desencanei geral. Se for para receber, que venha para minha velhice", disse Edgar.

O ex-comissário diz que, na época, seu casamento acabou porque ele ficou dois anos desempregado. "Ela continuou trabalhando e eu, cuidando da casa. Ela não aguentou". Ele acabou mudando de ramo e virou vendedor de joalheria. "Meu salário de vendedor é bem melhor. Me dei bem. Adquiri outra profissão. Comecei ganhando o mínimo, depois deslanchei."

O mesmo não aconteceu com a ex-comissária Iraildes dos Reis Costa, 58 anos, que também trabalhou na Vasp. "Foi horrível, não consegui me recuperar até hoje. (...) É difícil encontrar emprego depois dos 40, então aproveitei pra cuidar da minha mãe que estava doente, mas me endividei completamente", diz Iraildes que, de acordo com seu advogado, deveria receber em torno de R$ 240 mil.

Laudecy Devegili, de 54 anos, trabalhou por nove anos como supervisora de reembolso na Transbrasil e entrou com ação em 2001. Desde então espera para receber uma quantia estimada em R$ 80 mil. "A gente sabia o que estava acontecendo, ficamos muito tempo sem receber salário, não forneciam mais vale-transporte e até mesmo o plano de saúde foi cancelado sem o nosso conhecimento. Ninguém estava mais disposto a trabalhar de graça, e sem que tivéssemos sequer uma satisfação por parte da empresa."

Vera Lucia Limberger, 53 anos, trabalhou na Varig por 23. Se aposentou, mas continuou trabalhando. Saiu da empresa em 2006 e entrou com processo judicial em seguida. O advogado estima que ela tenha direito a R$ 187 mil. "Eu continuava voando, amava minha profissão e acho que ainda podia voar mais alguns anos e tinha condições pra isso", lembra a ex-comissária.

A ex-comissária Rúbia Moreira Adamecz, 56 anos, trabalhou 19 anos na Vasp e também já havia se aposentado quando foi demitida. Após sair da empresa em 2000, Rúbia entrou com uma ação na Justiça e espera até hoje receber a quantia que diz ser em torno de R$ 500 mil.

"A Vasp era uma família mesmo, a gente vestia o uniforme com uma raça e um orgulho que você não faz idéia", diz Rúbia. Depois de sair da Vasp, ela procurou cursos para mudar de área. Hoje, a ex-comissária trabalha com artesanato e critica os aeronautas que não procuram outro caminho profissional. "O que eu vejo de colegas desesperados... Sei de pessoas que estão numa situação lamentável e o que as companhias querem é carinha nova, jovem, é complicado."

De modo geral, de acordo com especialistas consultados pelo G1, a maioria dos funcionários pede os direitos básicos, como aviso prévio, férias, 13º salário e fundo de garantia. No entanto, os aeronautas não são regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Há uma lei própria, a lei do aeronauta, que prevê direitos ampliados, como horas de voo, tempo de aeronave no solo e adicional de periculosidade.

O desembargador Décio Sebastião Daidone informou que a maioria dos trabalhadores que entrou com ações após a decretação das falências das companhias aéreas ainda não recebeu seus direitos.

Carlos Duque Estrada, advogado trabalhista especialista na área de aviação, conta que há muitos ex-funcionários de companhias aéreas falidas que têm dificuldades para se manter. "A maioria na geração de hoje, quando vai ser comissária, já tem curso superior. Na época, o pessoal não fazia isso. Passa de determinada idade, o mercado rejeita. Quando foram demitidos, perderam muita coisa e muitos passam dificuldades por não ter conseguido outro emprego. Isso gerou um problema social gravíssimo."

Duque Estrada diz que as primeiras ações contra as três companhias aéreas foram protocoladas ainda no começo da década de 90, mas que a maioria dos processos entrou na Justiça perto do ano 2000.

Avião da Vasp no Aeroporto de Congonhas

Vasp

Também especializado em ações trabalhistas na área do direito aeronáutico, Ricardo Jubilut avalia que a situação dos trabalhadores da Vasp é a que está mais próxima de um "final feliz". "Houve uma ação do Ministério Público do Trabalho e nessa ação foram penhorados bem pessoais do Canhedo (Wagner Canhedo, um dos principais acionistas da Vasp). Houve ganho de causa e trabalhadores ficaram com uma fazenda como pagamento. Existe luz no fim do túnel para os ex-empregados da Vasp", diz ele.

Para concentrar todas as ações contra a Vasp, o TRT de São Paulo criou uma vara específica para os processos contra a empresa, apelidada de Vara Vasp. De acordo com o tribunal, há ações trabalhista contra a Vasp também no Rio de Janeiro, Goiás, Pernambuco e Maceió. Nesses estados, os empregados também optaram por prosseguir contra o grupo econômico Canhedo de Azevedo, já que a lei diz que o empregador pode ser responsabilizado.

O G1 procurou Wagner Canhedo. Por meio de sua assessoria de imprensa, ele afirmou que "ainda não é o momento de falar sobre esse assunto". A fazenda de Canhedo é estimada em R$ 615 milhões. Pertence à Agropecuária Vale do Araguaia, de Goiás, ligada ao Grupo Canhedo, que também é dono da empresa de ônibus Viplan, em Brasília.

De acordo com o desembargador do TRT de São Paulo, Décio Sebastião Daidone, foi realizado um leilão da fazenda, mas ninguém deu lance. Segundo ele, há interesse de grupos econômicos, mas como o Grupo Canhedo havia protocolado recursos, os interessados podem ter ficado "com medo". "As perspectivas são boas. Estamos aguardando a finalização do processo (julgamento dos recursos) para realizar um novo leilão."

"A partir do momento que conseguirmos leiloar o imóvel, todo o dinheiro será dividido proporcionalmente entre os trabalhadores com ações (na Vara Vasp).

Evidentemente será um trabalho grande. Mas está mais próximo do que se imagina, não podem desanimar."

O administrador judicial da Vasp está atualmente apurando o valor dos bens e das dívidas da Vasp. No Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, é possível ver aviões que se deterioram no hangar que foi da Vasp e hoje pertence à Infraero. O G1 apurou que já ocorreram tentativas de vender as aeronaves, mas não houve interesse de compradores. Outros leilões devem ser realizados, mas não há previsão de data.

Transbrasil

Para o advogado Carlos Duque Estrada, 99% dos trabalhadores da Transbrasil ainda não receberam nada.

A esperança dos ex-trabalhadores da empresa, na avaliação do advogado, é atacar o espólio (patrimônio que será dividido entre familiares) do acionista majoritário, Omar Fontana, o falecido fundador da Transbrasil. "Estamos atacando o espólio. Nossa esperança é via espólio. Esses trabalhadores têm o direito de receber e ações trabalhistas têm preferência sobre tudo."

Outra esperança no caso da Transbrasil, aponta o trabalhista Jubilut, é uma decisão da Justiça paulista em relação à fornecedora multinacional General Eletric (GE), que fazia leasing de aeronaves e fornecia equipamentos.

A decisão diz que a nota promissória apresentada pela GE para pedir a falência já havia sido paga. Por conta disso, a GE foi condenada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo a indenizar a Transbrasil em US$ 42 milhões, o dobro do valor da promissória. "Neste caso pode-se partir para cima disso para tentar receber alguma coisa”, avalia Jubilut.

Além da multa, GE também foi condenada a indenizar a Transbrasil a pagar os valores referentes aos prejuízos que a empresa teve com a falência. A GE já recorreu da decisão com recurso ao próprio tribunal.

De acordo com Cristiano Zanin Martins, um dos advogados da Transbrasil, mesmo que se confirme a decisão, a falência não será revertida. "Pelo tempo transcorrido, não há como reverter a situação. Mas a falência se deve a um ato ilegal. (...) Se hoje se tem dívida trabalhista é por conta de uma ação indevida."

A assessoria de imprensa da GE informou que apenas uma pequena parte da nota promissória havia sido paga pela Transbrasil. Antes de pedir a falência, a empresa informa ter tentado negociar, mas não houve sucesso. Informou ainda que esse é apenas um dos processos envolvendo a Transbrasil e a GE. Mais de 10 ações na Justiça dão vitória à GE, disse a assessoria.

O advogado Antônio Tavares Paes Júnior, que representa a GE, diz que várias decisões já reconheceram que as promissórias não foram pagas. "O valor devido pela Transbrasil e jamais pago, era de US$21 milhões com relação às notas promissórias. A decisão da ação declaratória, que ainda não é final, fixou o pagamento em o dobro do valor devido pela Transbrasil, US$ 42 milhões. Quanto a outra indenização eventual, estas terão valor de zero, pois na época em que a Transbrasil teve sua falência decretada, já estava falida de fato há muito tempo, ou seja, não há o que indenizar. Indenizar uma empresa falida por ter tido sua falência decretada?"

O TRT de São Paulo informou que as ações contra a Transbrasil e a Varig, diferentemente da Vasp, estão divididas entre as 90 varas trabalhistas.

Varig

As ações trabalhistas contra a Varig aguardam a confirmação do decreto da falência. Trabalhadores e acionistas questionam a falência sob a alegação de que o administrador judicial não podia pedir a falência. Procurado pelo G1, o administrador não quis conversar com a reportagem.

Muitos juízes divergem sobre se a Gol deve herdar as dívidas trabalhistas da Varig, já que comprou o lado mais lucrativo da companhia. "Alguns juízes acham que a Gol deveria herdar as dívidas, outros acham que não. Isso vai caminhar no sentido de haver jurisprudência vinculante. Processos têm muitas possibilidades, depende de cada procedimento", aponta o desembargador Décio Daidone.

O Supremo Tribunal Federal (STF) já entendeu que não há sucessão de dívidas na compra de empresas em recuperação judicial, mas a decisão não é vinculante.

"Das três empresas falidas, a Varig é a situação mais difícil do ponto de vista do trabalhador por conta da decisão do Supremo", opina o advogado Duque Estrada.

O trabalhista Jubilut, porém, diz que ainda acredita que a Gol possa ser responsabilizada. "Pode-se questionar a Variglog, que hoje é da Gol, mas não precisa ser necessariamente sucessão de dívida. Mas se confirmada a falência é o pior cenário."

O advogado Otávio Bezerra Neves, que defende a Associação dos Pilotos da Varig, afirma que "o problema da decretação de falência” é que isso altera toda a distribuição de créditos que possam vir a ser arrecadados. Ele explicou que, se a Varig continuar em recuperação, o credor com preferência para receber créditos é o Aerus, fundo de previdência dos trabalhadores.

A Varig tem uma ação na Justiça, que está no Supremo Tribunal Federal, que cobra da União cerca de R$ 4 bilhões (valor estimado pelo Tribunal de Justiça do Rio) por perdas com o congelamento de tarifas nos anos 80 e 90.

Os trabalhadores têm esperança de receber esse dinheiro por meio do Aerus. Caso a falência seja confirmada, será iniciado um processo de levantamento de ativos e passivos. Os trabalhadores terão preferência, mas somente receberão até 150 salários mínimos (quase R$ 80 mil). O problema é que muitos trabalhadores têm muito mais do que isso para receber.

Confira fotos de aviões da Vasp no Aeroporto de Congonhas

Fonte: Mariana Oliveira/G1 - Fotos: Daigo Oliva/G1

India testa míssil supersônico

A Índia testou com sucesso neste domingo um míssil de cruzeiro supersônico BrahMos, projetado em conjunto com a Rússia, anunciou o ministério da Defesa indiano.

O míssil foi lançado de uma plataforma móvel instalada 200 quilômetros ao nordeste de Bhubaneswar, a capital do estado de Orissa, afirmou S.P. Dash, diretor de testes de longo alcance.

O BrahMos, um míssil de oito metros de comprimento e três toneladas de peso, foi concebido para transportar uma carga convencional de 300 quilos. O alcance é de 290 km.

O projétil pode ser disparado a partir da terra, avião, navio ou submarino.

Índia e Rússia esperam produzir o BrahMos em larga escala para exportação.

Veja o vídeo:

Fonte: AFP - Fotos: PTI / DRDO

Avião cai em show aéreo e mata 1 pessoa na Alemanha

Um piloto do avião de pequeno porte de Havilland DH.82 Tiger Moth, prefixo D-EBKT, perdeu o controle da aeronave enquanto decolava para um show aéreo no sul da Alemanha e caiu sobre um grupo de espectadores hoje (5), deixando uma pessoa morta e 20 feridos, disse a polícia.

O acidente ocorreu no campo de Lilinghof, cerca de 30 quilômetros ao norte de Nuremberg, disse um porta-voz. Não há detalhes disponíveis sobre a severidade dos ferimentos.

O porta-voz, que não forneceu seu nome, disse que ainda não se sabe a razão pela qual o piloto do biplano perdeu controle. As informações são da Associated Press.

Fontes: AP via Agência Estado / ASN - Fotos: dpa / Guenter Meier (AFP)

Pássaro atinge avião da TAM que seguia para o Rio e obriga piloto a retornar para João Pessoa

Um Airbus A320-200 da TAM que seguia em direção ao Rio de Janeiro teve de retornar ao Aeroporto Internacional Presidente Castro Pinto, em João Pessoa, após 20 minutos de voo, na madrugada deste domingo (4).

Em nota, a companhia disse que a aeronave foi atiginda por um pássaro durante a decolagem, ocorrida por volta das 4h30m. Segundo a Infraero, o comandante do voo JJ 3393 informou à torre que o avião apresentava "problemas técnicos".

A aeronave passou por manutenção no aeroporto paraibano. De acordo com a TAM, os 164 passageiros que estavam no avião foram transferidos para um outro voo e seguiram para o Rio por volta das 7h11m. O avião chegou ao destino final, no Galeão, às 10h11m.

Na sexta-feira, um Airbus 320 da TAM abortou a decolagem no aeroporto de Londrina, e assustou passageiros. O avião estava na pista, chegou a pegar velocidade, mas freou bruscamente, segundo relatos de alguns dos 75 passageiros. Em nota, a TAM disse que o voo JJ3330 (Londrina/Curitiba/Guarulhos) "precisou interromper a decolagem devido à necessidade de manutenção não programada".

Fontes: O Globo / CBN

Avião que caiu em Dubai tinha fumaça no cockpit

Pilotos de um avião de carga da UPS tiveram problemas com o rádio e fumaça no cockpit, enquanto lutavam para manter altitude antes da queda no deserto na região de Dubai na semana passada, disseram investigadores hoje. A causa do acidente da sexta-feira continua sendo investigada. A Autoridade de Aviação Civil dos Emirados Árabes Unidos (GCAA, na sigla em inglês) disse em um relatório que a tripulação do avião estava tentando retornar para o aeroporto principal de Dubai quando a aeronave caiu. Os dois tripulantes morreram.

Com apenas 20 minutos de voo, os controladores de tráfego aéreo em Dubai receberam a mensagem do Barein, no Golfo Pérsico, dizendo que o avião estava retornando, citando fumaça no cockpit. A aeronave estava "incapaz de manter altitude".

O diretor geral da GCAA, Saif al-Suwaidi, disse para a Associated Press que "o piloto não poderia mudar a frequência do rádio. Então, a solução era depender de mensagens do Barein para Dubai". Na hora de pousar, o avião "estava muito alto e muito rápido" e não pode manter o ângulo correto de aterrissagem. O avião passou direto pelo aeroporto, fez uma manobra em direção ao deserto, perdeu altitude e desapareceu do radar, caindo 50 minutos depois da decolagem. O avião ia em direção à Alemanha. Al-Suwaidi descartou uma ação terrorista.

O Comitê de Segurança do Transporte dos Estados Unidos chega hoje à noite para ajudar na investigação.

A UPS identificou a tripulação: capitão Doug Lampe, do Kentucky, e o primeiro oficial Matthew Bell, da Flórida. As informações são da Associated Press.

Fonte: AP via Agência Estado - Foto: Reprodução

sábado, 4 de setembro de 2010

Helicóptero com escolta do presidente colombiano sofre acidente

Aeronave fez pouso forçado em escolar militar de Bogotá.

Os 14 ocupantes sobreviveram ao impacto do Black Hawk com o solo.

O helicóptero UH-60 Black Hawk, prefixo EJC2179, que transportava homens da escolta do presidente colombiano Juan Manuel Santos em deslocamento a Mosquera, no centro da Colômbia, teve uma falha mecânica e fez um pouso de emergência numa escola militar em Bogotá neste sábado (4).

Havia 14 militares que trabalham na segurança do mandatário na aeronave. Apenas um ficou ferido com maior gravidade, ao quebrar a clavícula. Os outros tiveram ferimentos leves ou saíram ilesos. Santos fez um pronunciamento em que atribuiu ao piloto ter evitado uma tragédia maior por meio de manobra de emergência bem executada. Segundo o jornal local 'El Tiempo', o helicóptero militar apresentou uma súbita perda de potência no rotor que garante sua sustentação no ar.

Fontes: G1 (com agências) / El Tiempo - Fotos: Reuters / AP