Mesmo desativada, a aeronave foi alvo de discussões e polêmicas em relação a memória da Segunda Guerra Mundial.
Às 8h15 do dia 6 de agosto de 1945, um clarão silencioso subiu aos céus da cidade de Hiroshima, no Japão. Pelo menos 100 mil pessoas morreram no primeiro ataque a bomba atômica da história, uma tragédia que provocou formas inéditas e terríveis de sofrimento e marcou o fim da Segunda Guerra.
A bomba de urânio 235, intitulada Little Boy, custou 2 bilhões de dólares em pesquisa e nunca havia sido testada. Ela foi lançada do bombardeiro americano B-29 número de série 44-86292, avião escolhido dois meses antes pelo coronel Paul Tibbets, que o pilotou no dia do ataque. O oficial batizou a aeronave de Enola Gay, nome de sua mãe, uma dona-de-casa da Flórida.
O avião decolou às 2h45 da base aérea de Tinian, uma ilha a 2 400 quilômetros do Japão, e às 14h58 já estava de volta. No dia 9 de agosto, o Enola Gay serviu de avião de apoio no ataque a Nagasaki e, no ano seguinte, Tibbets o levou a Kwajalein, um atol nas Ilhas Marshall que servia de base de testes de bombas atômicas nos anos 40 e 50.
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