quarta-feira, 3 de junho de 2009

Entenda como o Cindacta 3 coordena operação de buscas

Cindacta 3 coordena operação de busca a destroços de Airbus.

30 militares se revezam no trabalho de planejamento e execução de tarefas.

Nos monitores, mapas mostram a área onde destroços foram localizados.


Militares do Cindacta 3 orientam operação de busca e resgate de destroços de avião

A coordenação de toda a operação de busca e resgate dos destroços e possíveis sobreviventes do voo 447 acontece no Cindacta 3 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo), em Recife. Trinta militares têm se revezado dia e noite, na sala do Salvaero, no trabalho de planejamento e execução de tarefas.

“O Salvaero é um órgão do Cindacta que, no contexto da organização, tem por responsabilidade todos esses trabalhos que nós estamos efetuando na busca da aeronave da Air France”, explica o coronel-aviador Luís Gonzaga Leão Ferreira, comandante do Cindacta 3.

Nos monitores do Salvaero, gráficos e mapas mostram a área onde os destroços foram localizados, 150 quilômetros a noroeste do arquipélago de São Pedro e São Paulo, onde a procura foi intensificada desde o aparecimento dos primeiros objetos.

Esta noite, o R-99 da FAB vai fazer novo sobrevoo, na tentativa de localizar mais destroços e possíveis sobreviventes.“Nós vamos continuar dando prosseguimento às buscas, uma vez que já temos alguns pontos de localização de objetos e destroços da aeronave. Estamos colocando esses posicionamentos em mapa e isso permitirá que a gente possa ter uma otimização dos trabalhos de busca”, diz o comandante.

Com o avião norte-americano que se junta à equipe brasileira na operação, durante a madrugada, chega a 11 o número de aeronaves envolvidas nos trabalhos de busca. Nesta quarta (03), um avião francês virá de Dakar, no Senegal, para reforçar o grupo.

De acordo com os militares, o mais difícil da operação é o tamanho da área de busca. Até o momento, as equipes já cobriram um perímetro de 10 mil quilômetros quadrados, que pode parecer muito, mas é pequeno em relação ao tamanho do Atlântico.

Mapas orientam buscas aos destroços de Airbus da Air France

“Por isso é importante o maior número possível de aeronaves envolvidas nesse trabalho, para que o nosso espectro de busca continue crescendo”, diz o tenente-coronel Henry Munhoz, assessor de imprensa da Aeronáutica.

À medida que forem recolhidos pela Marinha, os destroços serão levados inicialmente para Fernando de Noronha. “Estamos dependendo da Marinha em relação a esse trabalho, porque são eles que vão recolher os objetos. A princípio, eles vão ser trazidos para Fernando de Noronha. Dependendo da possibilidade, podem chegar ao Recife por aeronave”, informa o coronel Leão.

A caixa-preta, dispositivo que registra as conversas entre os tripulantes e dados técnicos do voo, não está no foco principal das buscas. “Estamos conduzindo o nosso trabalho para levantar a localização dos destroços e de um eventual sobrevivente. A caixa preta é primordial para o processo de investigação, mas não é nossa prioridade no momento”, afirma o comandante do Cindacta 3.

Depois que o ministro da Defesa, Nelson Jobim, anunciou que Pernambuco vai ficar responsável pelo recolhimento e pela identificação dos corpos das vítimas, a Secretaria de Defesa Social do estado informou que chega a Fernando de Noronha, nesta quarta-feira, uma equipe formada por médico legista, perito criminal e datiloscopista.

Fonte: G1 - Foto: Fabíola Blah (G1)

"País que acha petróleo, acha avião", diz Lula

Ontem, em entrevista na Guatemala, onde esteve em visita oficial, Lula disse que "um país que teve condições de achar petróleo a 6.000 metros de profundidade pode achar um avião a 2.000 metros".

Pela manhã, Lula tem mantido contatos permanentes com o presidente em exercício, José Alencar, e com o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito.

Lula disse que será feito o "possível" e o "impossível" para a localizar os passageiros da aeronave.

"O melhor que poderia acontecer é se tivesse gente viva, mas, se não tiver, que possamos ao menos encontrar as pessoas para entregar às famílias", declarou o petista.

O governo decretou luto oficial de três dias ontem à noite em homenagem aos 228 passageiros que estavam a bordo do voo 447 após o ministro Nelson Jobim (Defesa) assegurar que os destroços encontrados no Oceano Atlântico são do Airbus 330-200.

O governo está organizando um culto ecumênico que deverá ser celebrado na volta de Lula ao Brasil amanhã ou sexta-feira.

Fonte: jornal Folha de S. Paulo

Ato terrorista é improvável, mas não impossível

A hipótese de um atentado terrorista é considerada remota pelo governo francês, mas não foi inteiramente descartada. Enquanto as causas do desastre não ficarem claras, a possibilidade continuará sendo considerada, disse ontem o ministro da Defesa, Hervé Morin.

"Não podemos descartar um ato terrorista, já que o terrorismo é a maior ameaça às democracias ocidentais. Mas neste momento não temos qualquer elemento indicando que tal ato tenha causado o acidente", disse Morin à rádio Europe 1.

Em meio aos inúmeros cenários levantados pela mídia francesa, o de um ato terrorista tem sido descrito como improvável desde o início por dois motivos principais: não houve reivindicação de autoria e o Brasil não é tido usualmente como alvo desse tipo de ataque.

Alguns alertam que é cedo para deixar de lado a hipótese. Porta-voz da Associação Francesa de Vítimas do Terrorismo, Guillaume Denoix de Saint Marc foi uma das únicas visitas recebidas ontem pelos familiares de passageiros do voo, que foram isolados pela Air France em um hotel perto do aeroporto Charles de Gaulle.

De Saint Marc disse que foi ao hotel confortar os familiares, não levantar hipóteses. Mas lembrou que o atentado que matou seu pai e outras 169 pessoas há 20 anos, sobre o deserto do Saara, também parecia inicialmente um acidente.

As investigações acabaram provando que o DC10 da empresa UTA (Union des Transports Aériens), que partiu de Brazzaville (República do Congo) rumo a Paris em 19 de setembro de 1989, foi derrubado pela explosão de uma bomba. "Demorou cinco dias até ficar claro que era um ato terrorista", afirmou de Saint Marc.

Ele disse que conversou com vários dos parentes, inclusive uma jovem brasileira, da qual não quis revelar o nome. "Ela está muito mal", disse De Saint Marc. Como ocorre em situações de choque, explicou, ela está "confusa e perdeu a cronologia dos fatos".

O hotel em que estão os parentes foi fechado para abrigar cerca de 50 famílias de vítimas. Está totalmente isolado pela polícia, que só permite o acesso a profissionais de saúde e autoridades. O consulado brasileiro em Paris não soube informar quantos cidadãos do país estão no hotel.

Fonte: Marcelo Ninio (jornal Folha de S. Paulo)

Tempestade durou 12 minutos, diz meteorologista dos EUA


ALAN GRIPP
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

Quando emitiu um alerta automático indicando pane elétrica e despressurização da cabine, último sinal do Airbus-330 da Air France, o avião enfrentava uma tempestade tropical, mesmo panorama dos 12 minutos ou 125 quilômetros anteriores.

O cenário provável da tragédia foi reconstituído pelo meteorologista americano Tim Vasquez, da Weather Graphics, empresa que desenvolve softwares de análise do tempo. "A menos que os dados oficiais informados à imprensa estejam errados, não há dúvida de que o avião voava dentro da tempestade", disse ele à Folha.

Para chegar a essa conclusão, Vasquez combinou as últimas coordenadas do voo, imagens de satélites e outros fatores como ventos.

Ele diz que o mau tempo foi certamente um fator da tragédia, embora muito provavelmente não o único. Segundo ele, combinado com outros fatores, como por exemplo um incêndio a bordo, a tempestade e a turbulência causada por ela podem ter causado o acidente.

Sozinho, o mau tempo dificilmente derrubaria um avião do porte do A-330. "Tempestades como estas provavelmente já foram atravessadas centenas de vezes ao longo dos anos sem sérios incidentes".

Na região onde a aeronave sumiu, no meio do oceano Atlântico, são comuns as tempestades como a que enfrentou o avião da Air France. Para se ter uma ideia, na semana que antecedeu a tragédia, a Aeronáutica emitiu 52 alertas de mau tempo na área.

Pilotos

Nos dez últimos anos as alterações meteorológicas na faixa equatorial do Atlântico tornaram-se mais violentas, pondo em risco a navegação aérea, disse o diretor de segurança de voo do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Carlos Camacho.

Embora defenda a tese de que o tráfego aéreo na região tornou-se mais perigoso com a maior intensidade de tempestades e turbulências, Camacho não deu exemplos de aviões que correram risco no trajeto entre o Brasil e a Europa.

Camacho creditou o fato de desconhecer episódios de risco à pressão que as empresas aéreas exercem sobre os tripulantes, proibindo-os de relatar os incidentes ao sindicato.

"Isso é real. As condições meteorológicas estão mudando. As tempestades na zona intertropical são de fortes para severas. E tem ficado pior. Mas isso não quer dizer que foram responsáveis pelo que aconteceu. Os pilotos são sempre arredios com o sindicato. Vários eventos aconteceram, tenho convicção", afirmou Camacho.

Fonte: jornal Folha de S. Paulo - Imagem: EFE

Air France sabe mais do que divulgou, dizem especialistas

O avião que desapareceu no Atlântico tem um sistema que transmite por satélite à empresa aérea dados sobre os principais componentes da aeronave no decorrer do voo. Isso leva alguns especialistas a crer que a Air France tem mais informações do cenário da queda do A330 do que as que já divulgou -e que podem ajudar a entender as causas do acidente.

Esses dados, porém, não substituem a caixa-preta do avião. Por dois motivos, principalmente:

1) a conversa entre os pilotos na cabine da aeronave, que fica gravada na caixa-preta, não é transmitida; e

2) o conjunto de dados sobre o avião não é tão completo quanto o que a peça armazena.

Mas a companhia aérea tem condições de saber informações como consumo de combustível e de óleo, temperatura e potência dos dois motores e até a inclinação do avião, segundo afirma Respicio do Espírito Santo, especialista em aviação da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Foi esse sistema, que existe em alguns aviões mais modernos, que transmitiu a informação de pane elétrica e de despressurização na aeronave.

O especialista em segurança de voo Jorge Barros diz que esse envio de dados é feito em tempo real e que, por isso, "a Air France provavelmente já tem todas as informações".

Mas Adalberto Febeliano, professor da Anhembi-Morumbi, diretor da companhia aérea Azul, e Moacyr Duarte, pesquisador da Coppe-UFRJ, ressaltam que essas informações não substituem as da caixa-preta. "Elas podem ajudar, mas não é a mesma coisa", diz Febeliano, acrescentando que esse sistema tem ajudado as empresas principalmente com informações úteis para a operação -por exemplo, saber do nível de óleo do motor para uma troca logo depois do pouso.

A caixa-preta (a cor dela geralmente é laranja, mas as primeiras eram negras, daí a sua denominação) tem um tamanho semelhante ao de uma caixa de sapatos. É feita com capacidade para suportar um impacto de 2,25 toneladas e temperaturas de mais de 1.000ºC durante 30 minutos.

Ela é composta de um gravador de voz (CVR, Cockpit Voice Recorder), que grava a conversa da cabine dos últimos 30 minutos, e um gravador de dados do voo (FDR, Flight Data Recorder). Este segundo componente tem sensores que registram parâmetros do avião como direção, altitude, aceleração, controle do manche, dos pedais, movimento do eixo da nave e performance do motor.

Embora tenha um dispositivo que emite um sinal localizador debaixo d"água, alguns especialistas temem que ela não seja encontrada porque a área do desaparecimento do Airbus-A330 é de águas profundas, onde esse sinal pode se perder.

Parte dos técnicos avalia que, sem a caixa-preta, a investigação nunca chegará a uma conclusão sobre a causa do acidente. Porém as informações desse sistema por satélite podem ajudar a tentar saber mais sobre os momentos anteriores ao desaparecimento do avião.

Fonte: Ricardo Sangiovanni e Alencar Izidoro (jornal Folha de S. Paulo)

França assume as investigações sobre as causas do acidente

As investigações sobre as causas do acidente com o Airbus da Air France estão sob responsabilidade da França, país onde o avião tem registro legal. Ao Brasil cabe o resgate dos destroços e desaparecidos.

"As investigações, para efeitos de apuração das circunstâncias, são feitas pelo governo francês, pois os tratados internacionais, a legislação da Icao (Organização Internacional da Aviação Civil), em Montreal, estabelece que a investigação é feita pela autoridade aeronáutica do governo de registro da aeronave", disse o ministro Nelson Jobim (Defesa).

A França iniciou as investigações antes mesmo de receber o que poderá ser resgatado no mar. O Bureau d'Enquêtes et Analyses (BEA), ligado ao Ministério dos Transportes francês, analisa o histórico da aeronave acidentada.

A Airbus já cedeu ao BEA uma equipe engenheiros especializados na aeronave.
O governo francês alertou ontem que a investigação "pode levar muito tempo".
Especialistas brasileiros consultados pela Folha afirmam que talvez nunca se saiba a razão do acidente. O motivo é a dificuldade de localizar a caixa-preta e peças completas, além da ausência de testemunhas.

"A causa mesmo não será descoberta", diz Moacyr Duarte, da UFRJ, lembrando as dificuldades para achar as peças do helicóptero que caiu no mar e levou à morte do deputado Ulysses Guimarães, em 1992.

Adalberto Febeliano, da Anhembi-Morumbi, também acha difícil localizar no mar algo do tamanho de uma caixa de sapatos. A avaliação, porém, não é unânime. O especialista em aviação da UFRJ Respicio do Espírito Santo avalia que, por envolver países como França e EUA, a procura pela caixa-preta tem boas chances de ser bem sucedida, ainda que possa "levar tempo".

Fonte: jornal Folha de S. Paulo

Pilotos de Airbus não seguiram altitude de plano de voo

Mudanças são comuns, desde que avisadas; motivo ainda é desconhecido

Às 22h48, avião deixou radar com a altitude de 35 mil pés; neste ponto, ele deveria estar a 37 mil pés, segundo o plano de voo original

ALAN GRIPP
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

IGOR GIELOW
SECRETÁRIO DE REDAÇÃO

Os pilotos do AF 447 não seguiam a altitude prevista em seu plano de voo quando a aeronave foi registrada pela última vez pelo radar de Fernando de Noronha, às 22h48 (horário de Brasília) do domingo.

Elaborado antes da decolagem, o plano de voo previa que o Airbus deveria subir de 35 mil pés (10,7 km) para 37 mil pés (11,3 km) depois de passar pelo ponto virtual Intol (565 km ao norte de Natal). O avião, porém, se manteve a 35 mil pés à frente do ponto, segundo informou a FAB no dia do acidente.

O motivo para isso é desconhecido. A informação pode ser relevante para as investigações ou tratada apenas como um procedimento de rotina. Alterações são comuns, desde que comunicadas. Os pilotos muitas vezes têm de alterar sua rota devido a mau tempo, turbulências ou porque voos diferentes têm planos coincidentes.

"O plano é elaborado com o objetivo de que o voo seja o mais eficiente possível, mas nem todo mundo pode voar na mesma rota", diz o diretor da Azul e ex-presidente da Associação Brasileira de Aviação Geral, Adalberto Febeliano.

Só é possível comparar o plano de voo obtido pela Folha com a rota efetivamente percorrida pelo Airbus em um único ponto, onde a aeronave deixou a área de cobertura dos radares brasileiros. As altitudes em outros pontos virtuais não foram informadas pela FAB.

Também não há registro de que os controladores tenham autorizado o Airbus a se manter a 35 mil pés no ponto onde ele deveria estar a 37 mil pés.

A FAB informou que no último contato dos controladores com o piloto, este informou a localidade (ponto Intol) e o próximo ponto de contato por rádio (ponto Tasil) -a aeronave sumiu antes de chegar lá.

Após deixar a área de controle de Noronha, o que havia à frente do voo AF 447 era uma grande tempestade, composta por nuvens chamadas cumulus nimbus, em cujo interior há fluxos turbulentos, correntes ascendentes e descendentes, chuva e raios. Pilotos sempre tentam evitá-las.

A própria FAB havia alertado, em sua rede de meteorologia na internet, que a tempestade era forte e tinha seu topo variando entre 37 mil e 38 mil pés (11,6 km), ou seja, acima do nível em que o Airbus estava quando deixou a cobertura de radar brasileira (35 mil pés).

Se a manutenção do nível de voo tem alguma relação com a tempestade, essa é uma pergunta que ficará sem resposta até que se tenha acesso às informações das caixas-pretas.

Fonte: jornal Folha de S. Paulo

Submarino que encontrou Titanic será usado em busca de caixa-preta

O minissubmarino francês Nautile, usado em operações de busca das carcaças do Titanic, deverá participar do resgate das caixas-pretas do avião da Air France que caiu no Atlântico na segunda-feira.

O Nautile, que também ajudou nas buscas pelo petroleiro Prestige, que causou um desastre ecológico na Europa em 2002, está sendo levado para o local onde os destroços do avião foram vistos, a cerca de 700 quilômetros de Fernando de Noronha, pelo navio francês Pourquoi Pas.

O minissubmarino, normalmente operado por dois pilotos e um observador, é equipado com braços motores e pinças e pertence ao Instituto Francês de Pesquisas para a Exploração do Mar (Ifremer, na sigla em francês). Ele deve integrar as operações de busca a pedido do governo francês.

O Nautile foi o primeiro submarino a alcançar a carcaça do Titanic, que estava no fundo do mar desde 1912, depois que o navio foi detectado por sonares franceses no Atlântico Norte.

Desde o início de suas operações, em 1984, o Nautile já realizou mais de 1.500 trabalhos de busca. O submarino pode mergulhar a profundidades de até 6.000 metros.

O ministro francês dos Transportes, Jean-Louis Borloo, solicitou que o navio Pourquoi pas, em missão nos Açores, se dirija imediatamente ao local das buscas para ficar à disposição do núcleo de coordenação do Estado Maior das Forças Armadas da França.

O Pourquoi Pas deve chegar à área em oito dias, disse à BBC Brasil o porta-voz do Estado Maior das Forças Armadas da França, comandante Christophe Prazuck.

A missão do Pourquoi Pas é tentar localizar e recuperar as caixas-pretas do avião da Air France.

Com esse navio equipado de um robô e do minissubmarino Nautile, o governo francês quer reforçar os meios mobilizados na realização das buscas.

Caixas-pretas

O objetivo prioritário é recuperar as caixas-pretas do avião, que emitem sinais durante 30 dias. Para isso, a primeira tarefa será localizar de maneira mais precisa a possível área onde o aparelho caiu, afirma Olivier Lefort, diretor de operações navais do Ifremer.

Segundo Lefort, a área em que foram encontrados destroços do avião vai servir de ponto de partida para calcular o possível o ponto de impacto da nave.

Quando a área em que estão as caixas pretas for localizada, o que pode ocorrer inclusive com a utilização de um sonar, os dois equipamentos a bordo do Pourquoi Pas, o submarino Nautile e o robô Victor, devem ser acionados para recuperá-las.

Na avaliação do diretor do Ifremer, o Nautile, equipado com um sonar lateral, é melhor adaptado às operações de localização, já que o submarino é ocupado por dois pilotos e um observador.

"O olho humano tem maior precisão do que as câmeras de vídeo e de foto do robô", afirma Lefort.

Mas tanto o Nautile quanto o robô não podem serrar a fuselagem do avião, se for necessário.

Fonte: BBC Brasil via UOL Notícias - Foto: wikimedia.org - Imagem: BBC

Saiba mais: Arquipélago de São Pedro e São Paulo

Os destroços do Airbus A330 da Air France foram encontrados numa faixa de 5 km dentro da área em torno do arquipélago de São Pedro e São Paulo.

Imagem: Veja - clique na imagem para ampliá-la

O Arquipélago de São Pedro e São Paulo, é um conjunto de pequenas ilhas rochosas que se situa na parte central do Oceano Atlântico Equatorial, distando 627 quilômetros do Arquipélago de Fernando de Noronha e 986 quilômetros de Natal, no estado do Rio Grande do Norte. Foi declarado como parte do território brasileiro, segundo o IBGE pertencente ao estado do Rio Grande do Norte.



Em 1998, foi inaugurada a Estação Científica na Ilha Belmonte, dando o início do Programa Arquipélago de São Pedro e São Paulo (PROARQUIPÉLAGO) sob administração da Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (SECIRM).

Foto: Akihisa Motoki - clique na foto para ampliá-la

A presença permanente de cientistas na Estação Científica justifica a habitabilidade no Arquipélago, que é fundamental para obter o reconhecimento internacional como território brasileiro. Era chamado popularmente de "Penedo de São Pedro e São Paulo" ou "Rochedo de São Pedro e São Paulo", porém hoje em dia é chamado oficialmente de "Arquipélago de São Pedro e São Paulo". A rocha exposta é peridotito serpentinizado de um megamullion tectonizado, sendo a única exposição mundial do manto abissal acima do nível do mar.

Localização

Mapa de localização e posicionamento geotectônico do Arquipélago de São Pedro e São Paulo, Oceano Atlântico Equatorial - Imagem: Akihisa Motoki - clique na imagem para ampliá-la

O Arquipélago de São Pedro e São Paulo está localizado na região equatorial do Oceano Atlântico, N00º55.1’, W29º20.7’, aproximadamente a 1010 quilômetros ao ENE da cidade de Natal, no estado do Rio Grande do Norte (RN). A área total emersa é de aproximadamente 13 mil m² à altitude máxima de 18 metros. É constituído por cinco ilhas maiores e numerosos rochedos, sendo um dos lugares mais inóspitos do país:

- Ilha Belmonte (Sudoeste, Southwest): 5.380 m²
- Ilha Challenger (São Paulo, Sudeste, Southeast): 3.000 m²
- Ilha Nordeste (São Pedro, Northeast): 1.440 m²
- Ilhota Cabral (Noroeste, Northwest): 1.170 m²
- Ilhota Sul (South): 943 m²

Nenhum dos rochedos dispõe de água potável. Apenas a maior ilha possui vegetação, rasteira e rala. Os penedos servem de abrigo a diversas espécies de aves marinhas (Anous minutus, Anous stolidus e Sula leucogaster, por exemplo), que os cobrem com seus excrementos, formando o guano, um tipo de adubo orgânico natural. Outras espécies que podem ser relacionadas são os caranguejos (como o Grapsus grapsus) e diversos tipos de insetos e aranhas.

Ilhas do Arquipélago de São Pedro e São Paulo - Imagem: Akihisa Motoki - clique na imagem para ampliá-la

Mais:

Wikipédia - Arquipélago de São Pedro e São Paulo

Ilhas de Trindade e São Pedro e São Paulo ajudam a entender a formação do Brasil

São Pedro e São Paulo - Local mais inóspito do Brasil

Fotos: clique aqui.

Golpistas usam falsa notícia sobre voo 447 para roubar senhas bancárias

ATENÇÃO

E-mail circula com link que pode levar usuário a baixar códigos maliciosos.

Mensagem falsa associa a marca do G1 a uma notícia inexistente.

E-mail com notícia falsa e marca do G1 é usado para espalhar vírus - clique sobre a imagem para ampliá-la

Um e-mail com uma notícia falsa sobre o acidente do voo 447 da Air France está circulando pela internet com o objetivo de fazer o internauta clicar em um link e inadvertidamente infectar seu computador com programas maliciosos que roubam senhas bancárias.

A mensagem tenta reproduzir a marca do G1 e traz uma notícia falsa sobre o desaparecimento do avião. O texto promete imagens de objetos e vítimas encontradas no mar. Como é comum em mensagens fraudulentas na internet, apresenta erros gramaticais e de ortografia.

A notícia falsa incentiva o internauta a clicar no link para ver as imagens, mas o endereço guarda, na verdade, códigos maliciosos que podem infectar o computador e abrir portas para piratas virtuais roubarem dados.

Em 2008, golpes parecidos usaram notícias falsas sobre o Big Brother Brasil, o apresentador Silvio Santos e o caso da morte da menina Isabela Nardoni para infectar computadores de usuários desavisados.

Códigos maliciosos

Os programas maliciosos, que não são capazes de se espalhar sozinhos, facilitam o acesso de piratas de computador ao PC do usuário, permitindo o roubo de informações como dados sobre sua conta bancária.

Esse tipo de ameaça é chamada de phishing scam. Nesse sistema, piratas de computador enviam e-mails sugerindo que os internautas baixem programas, cliquem em links ou visitem sites maliciosos. Quando seguem a sugestão, as vítimas em potencial infectam seus computadores com programas geralmente desenvolvidos para o roubo de informações financeiras.

De acordo com o especialista em segurança Altieres Rohr, colunista do G1 , o programa utilizado pelos golpistas que criaram o e-mail com a falsa notícia é um cavalo-de-tróia (trojan) utilizado para roubar senhas bancárias. O programa rouba também dados do PC, como o número de série do disco rígido e endereço (MAC) da placa de rede.

Fonte: G1 - Imagem: reprodução

As condições meteorológicas sobre o Oceano Atlântico durante a passagem do voo AF 447

Clique sobre a imagem para ampliá-la

Imagem de satélite mostras as condições meteorológicas sobre o Oceano Atlântico durante o trajeto do voo AF 447.

Fonte: EFE

Mapa mostra local apontado como lugar da queda do avião da Air France

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou nesta terça-feira que o Airbus da Air France, desaparecido desde a noite de domingo (31) no oceano Atlântico, caiu a aproximadamente 400 milhas (740 km aproximadamente) do arquipélago de Fernando de Noronha e a 700 milhas de Recife (1.296 km). Veja abaixo o local apontado como lugar da queda:

Clique nos mapas para ampliá-los

Fontes: Folha Online / G1

Apesar de profundidade, caixa-preta deve estar intacta



James Waterhouse, professor de engenharia aeronáutica da USP, fala sobre a procura pelo Airbus 330-200 que desapareceu no Oceano Atlântico. Segundo o professor, a profundidade do local da provável queda pode dificultar na busca pela caixa-preta do avião. No entanto, caso sejam encontrados, os dados da caixa preta estarão intactos.

Fonte: UOL Notícias

O mau tempo poderá atrapalhar as buscas



E o mau tempo pode atrapalhar as buscas na região onde caiu o avião da Air France. As condições meteorológicas estão bem parecidas às encontradas pelo piloto do Airbus, na noite de domingo.

Fonte: UOL Notícias

terça-feira, 2 de junho de 2009

Veja como funciona um Airbus

Avião da Air France possuía alta tecnologia



O Airbus A330 é um dos aviões mais avançados do mundo. Sua energia vem de dentro das turbinas e há sistemas extras de funcionamento em caso de problemas durante o voo.

Fonte: Jornal Nacional (TV Globo)

Veja nomes de passageiros do voo AF 447, segundo familiares e empresas

Airbus A330 desapareceu no caminho entre Rio e Paris.Lista oficial com nomes dos passageiros ainda não foi divulgada.

Pessoas de diversas origens estão entre os passageiros do voo AF 447, da Air France, que saiu do Rio de Janeiro na noite de domingo (31) rumo a Paris e desapareceu sobre o Oceano Atlântico.

A lista oficial com os nomes dos passageiros ainda não foi divulgada, mas familiares e empresas já apresentaram 50 nomes de quem embarcou. O voo levava 216 passageiros e 12 tripulantes, segundo a companhia aérea.

Alexander Bjoroy

O estudante inglês Alexander Bjoroy, 11 anos, voltava para casa depois de passar as férias no Brasil, segundo a rede de notícias CNN.

Ana Carolina Rodrigues

Ana Carolina Rodrigues é pesquisadora da organização não governamental Viva Rio e estava trabalhando junto com Pablo Dreyfus, outro passageiro, no projeto de proteção a jovens que vivem em territórios vulneráveis.

Anne

A norte-americana Anne, 54 anos, viajava com o marido Michael Harris, 60 anos, segundo a rede de notícias CNN.

Antônio Augusto Gueiros

Antônio Augusto Gueiros, de 46 anos, é diretor de informática da Michelin, fabricante de pneus.

Berg Andersen

O advogado norueguês Berg Andersen, 37 anos, funcionário da empresa de petróleo StatoilHydro, viajou para uma reunião marcada na sede da empresa, na Noruega. Ele estava acompanhada do advogado brasileiro Gustavo Peretti, 30 anos, e da geofísica brasileira Marcela Pellizon, de 29 anos.

Bianca Cotta

A médica Bianca Cotta e o procurador federal Carlos Eduardo Lopes de Mello se casaram no último sábado (30) em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, e seguiam para a lua de mel na França.

Carlos Eduardo Lopes de Mello

O procurador federal Carlos Eduardo Lopes de Mello e esposa dele, a médica Bianca Cotta, se casaram no último sábado (30) em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, e seguiam para a lua de mel na França.

Christin Pieraerts

Christin Pieraerts, funcionária francesa da Michelin. Ela voltava para a França.

Christine Badre Schnabl

A sueca Christine Badre Schnabl, de 34 anos, vivia havia dez anos no Rio de Janeiro e voltava com a família para passar férias na Suécia. Estavam no voo AF 447 Christine e o filho de 5 anos, Philipe. Ela e o marido costumavam viajar em aviões separados, a fim de evitar que, em caso de acidente, os filhos perdessem o pai e a mãe ao mesmo tempo.

Claus-Peter Hellhammer

Funcionário da ThyssenKrupp Steel, Claus-Peter Hellhammer, 28 anos, está entre os passageiros do voo 447 da Air France, segundo a empresa.

Deise Possamai

A catarinense de Nova Veneza Deise Possamai, de 34 anos, é funcionária pública da prefeitura de Criciúma (SC) e viajava para fazer cursos na França.

Eithne Walls

Médica e dançarina irlandesa, Eithne Walls está entre os passageiros que embarcaram no voo 447 da Air France, segundo a rede de notícias CNN.

Erich Heine

A Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) confirmou em comunicado que o presidente de seu Conselho de Administração, Erich Heine, está entre os passageiros do voo. Ele ocupa o cargo desde maio de 2008 e viajava a trabalho para Paris.

Ferdinand Porcaro

O médico mineiro Ferdinand Porcaro, de 79 anos, é da cidade de Muriaé e viajava com a mulher, que é carioca. O casal mora no Rio de Janeiro e seguiria para a Noruega para visitar uma filha.

Francisco Eudes Mesquita Valle

Francisco Eudes Mesquisa Valle é diretor da transportadora de combustíveis TLW e embarcou no voo AF 447 com a mulher, Maria de Fátima, o filho e a nora.

Giovanni Batista Lenzi

O italiano Giovanni Batista Lenzi, deputado da Província Autônoma de Trento e Região Alto Adige, também veio ao Brasil para entregar uma doação às vítimas das enchentes que atingiram Santa Catarina.

Gustavo Peretti

O advogado brasileiro Gustavo Peretti, 30 anos, funcionário da empresa de petróleo StatoilHydro, viajou para uma reunião marcada na sede da empresa, na Noruega. Ele estava acompanhado da geofísica brasileira Marcela Pellizon, de 29 anos, e do advogado norueguês Berg Andersen, 37 anos.

Harald Maximillian Winner

O alemão Harald Maximillian Winner, 44 anos, iria à Alemanha para providenciar os documentos necessários para se casar no Brasil, segundo sua noiva, Helen Pedroso.

Hilton Jadir Silveira de Souza

A família de Hilton Jadir Silveira de Souza, de 50 anos, confirmou que ele estava no voo. Engenheiro da Petrobras e natural de Montes Claros (MG), ele ia para a Alemanha a serviço da empresa. A Petrobras disse que só vai se pronunciar depois da divulgação da lista de passageiros.

Isis

A francesa Isis é uma das passageiras do voo 447 da Air France. Ela viajava com o dentista brasileiro José Ronnel Amorim. O casal tinha vindo ao Brasil para visitar a família em Niterói.

Izabela Maria Furtado Kestler

A professora Izabela Maria Furtado Kestler, que leciona Literatura Alemã na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), seguia para Leipzing, na Alemanha, onde acontece um congresso na Assembleia da Sociedade Goethe-Weimar.

João Marques da Silva Filho

João Marques da Silva Filho, de 67 anos, que pertence ao quadro de gerentes do Estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco, viajava para acompanhar testes de equipamentos.

José Roberto Gomes

Segundo a assessoria da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC- Rio), o professor do departamento de administração José Roberto Gomes, de 50 anos, embarcou no domingo para participar de um congresso em Paris. O professor trabalhava há nove anos na universidade e estava sozinho na viagem.

José Ronnel Amorim

O dentista José Ronnel Amorim fez 35 anos no domingo (31), dia que embarcou no voo 447, segundo sua mãe. Ele viajava com a mulher, a francesa Isis.

Júlia Chaves de Miranda

A advogada Júlia Chaves de Miranda, de 27 anos, mora em Berlim e, segundo uma amiga, passava férias em Belo Horizonte, onde mora sua família. Ela viajava com o noivo alemão.

Juliana de Aquino

A cantora Juliana de Aquino, de 29 anos, mora há seis anos na Alemanha e veio a Brasília para visitar a família. Muito abalado, o pai disse ter certeza de que a filha estava a bordo do avião, pois conversou com ela por telefone pouco antes da decolagem.

Leonardo Veloso Dardengo

O oceanógrafo Leonardo Veloso Dardengo é aluno de doutorado de engenharia civil da Coppe da UFRJ. Segundo a assessoria, o estudante seguia para Toulouse, na França, onde fazia parte de seu doutorado.

Letícia Chem

Letícia Chem, 36 anos, viajava com os pais Roberto e Vera Chem para a Grécia.

Lucas Gagliano

Lucas Gagliano era comissário de bordo do voo AF 447 da Air France e ficou no país durante 15 dias para o enterro do pai, segundo Jorge Luís, que se identificou como tio dele. Ele morava na França.

Luciana Seba

A psicóloga Luciana Seba viajou acompanhada do marido, o empresário Paulo Valle Brito e dos sogros, Maria de Fátima e Francisco Eudes Mesquita Valle, diretor da transportadora de combustíveis TLW. Ela nasceu em Niterói e morava atualmente no Rio.

Luigi Zortea

Prefeito de Canal San Bovo, em Trento, na Itália, Luigi Zortea também visitou o município de Gaspar (SC) para entregar doação a um centro de apoio psicossocial às vítimas das enchentes.

Luiz Roberto Anastácio

Executivo da Michelin, fabricante de pneus, Luiz Roberto Anastácio, de 50 anos, é presidente da empresa para a América Latina.

Marcela Pellizon

A geofísica brasileira Marcela Pellizon, de 29 anos, funcionária da empresa de petróleo StatoilHydro, viajou para uma reunião marcada na sede da empresa, na Noruega. Ela estava acompanhada do advogado brasileiro Gustavo Peretti, 30 anos, e do advogado norueguês Berg Andersen, 37 anos.

Marcelle Valpaços Fonseca Lima

A procuradora Marcelle Valpaços Fonseca Lima está entre os passageiros do voo 447 da Air France. A informação foi confirmada pela Associação dos Procuradores do Rio de Janeiro.

Marcelo Parente Gomes de Oliveira

Chefe de gabinete do prefeito do Rio Eduardo Paes, Marcelo Parente Gomes de Oliveira, 38 anos, embarcou no voo AF 447 da Air France. A prefeitura informou que ele é advogado e professor de direito da PUC. Parente começou a trabalhar como assessor de Paes em 1993, na subprefeitura da Barra da Tijuca e Jacarepaguá. Casado há sete anos, ele não tem filhos e fazia uma viagem particular com a mulher.

Marcia Moscon de Faria

Marcia Moscon de Faria trabalha na Vara da Infância, Juventude e Idoso na Praça Onze, no Centro do Rio, segundo o Tribunal de Justiça. Ela viajava com duas amigas.

Maria de Fátima

Maria de Fátima viajou com o marido, Francisco Eudes Mesquita Valle, diretor da transportadora de combustíveis TLW, o filho e a nora.

Michael Harris

O norte-americano Michael Harris, 60 anos, viajava com sua mulher, Anne, 54 anos. Harris trabalha no Rio de Janeiro. Ele é geólogo na Devon Energy, segundo a rede de notícias CNN.

Octavio Augusto Ceva Antunes

Octavio Augusto Ceva Antunes é professor do Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e viajou para assistir a uma palestra. Entre 2004 e 2008, ele foi consultor da Organização Mundial de Saúde (OMS) na produção de fármacos anti-HIV.

Pablo Dreyfus

Pesquisador da organização não governamental Viva Rio, Pablo Dreyfus atua em estudos sobre a produção de armas no Brasil e atualmente trabalhava no projeto de proteção a jovens que vivem em territórios vulneráveis.

Patrícia Maria Nazareth Ceva Antunes

A servidora Patrícia Maria Nazareth Ceva Antunes, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é uma das passageiras do voo 447 da Air France. Ela viajou junto com o marido Octavio Augusto Ceva Antunes e o filho. Patrícia é especialista em Regulação e Vigilância Sanitária.

Paulo Valle Brito

O empresário Paulo Valle Brito viajava com a mulher, a psicóloga Luciana Seba, e seus pais. Ele teria casado recentemente. O motivo da viagem não foi confirmado.

Philipe

Philipe, de 5 anos, é filho da sueca Christine Badre Schnabl, de 34 anos, que vivia havia dez anos no Rio de Janeiro e voltava com a família para passar férias na Suécia. Christine e o marido costumavam viajar em aviões separados, a fim de evitar que, em caso de acidente, os filhos perdessem o pai e a mãe ao mesmo tempo.

Príncipe Pedro Luis de Orleans e Bragança

A Casa Imperial do Brasil confirmou que o príncipe Pedro Luis de Orleans e Bragança, de 26 anos, embarcou no voo 447 da Air France. Filho do príncipe Dom Antonio, ele é descendente de Dom Pedro II, e era o quarto na linha sucessória do trono. De acordo com informações de Carlos Eduardo Artagão, chanceler do Diretório Monárquico do Brasil, o príncipe é formado em administração de empresas e mora em Luxemburgo, e estava no país para visitar os pais.

Rino Zandonai

Diretor da Associazione Trentini Nel Mondo, o italiano Rino Zandonai veio ao Brasil para entregar uma doação a um centro de apoio psicossocial às vítimas das enchentes que atingiram Santa Catarina em novembro de 2008.

Roberto Corrêa Chem

O cirurgião plástico gaúcho Roberto Corrêa Chem, de 65 anos, é diretor do banco de peles e chefe do serviço de cirurgia plástica da Santa Casa de Porto Alegre. Ele viajava com a mulher e a filha para a Grécia.

Sílvio Barbato

O maestro Sílvio Barbato, ex-regente da Orquestra Sinfônica Brasileira e do Theatro Municipal do Rio, está entre os passageiros. Ele mora no Rio de Janeiro, viajou para se apresentar na Ucrânia e na Itália.

Simone Jacomo dos Santos Elias

A psicóloga Simone Jacomo dos Santos Elias, de 40 anos, trabalha no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Ela viajava com duas amigas.

Sonia Maria Amorim

Sonia Maria Amorim trabalha na Vara da Infância, Juventude e Idoso na Praça Onze, no Centro do Rio, segundo o Tribunal de Justiça. Viajava com duas amigas.

Vera Chem

Mulher do cirurgião Roberto Chem, Vera Chem, 63 anos, é psicóloga. Ela voava com o marido e a filha para a Grécia. O casal tem outros dois filhos, de 38 e 30 anos.

Resumo das últimas notícias sobre o acidente - 5

ACOMPANHE AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS

TERÇA-FEIRA (2)

- 23h28: Missa. Uma missa realizada nesta terça-feira (2) na igreja São Francisco de Assis, em Brasília, reuniu familiares do maestro Sílvio Barbato, que estava no voo AF 447, da Air France.

- 21h05: Fernando de Noronha. As buscas ao avião Airbus que caiu no Oceano Atlântico alteraram a rotina em Fernando de Noronha. Entre segunda-feira (1º) e esta terça-feira (2), além dos turistas, cerca de 30 jornalistas, vindos de outros estados do país e do exterior, desembarcaram na ilha.

- 20h30: Luto. O presidente em exercício, José de Alencar, decretou na noite desta terça-feira (2) luto oficial de três dias pela possível morte dos passageiros do voo AF 447 da Air France, que desapeceu no último domingo quando fazia o trajeto Rio-Paris.

- 19h58: Continuidade. As buscas concentradas no Oceano Atlântico pelos destroços e possíveis vítimas da queda do Airbus 330-220 vão prosseguir durante toda a noite. A informação foi divulgada pelo Centro de Comunicação Social da Aeronáutica.

- 19h15: Homenagem. Senadores e deputados aprovaram um voto de pesar e solidariedade, que será encaminhado à empresa Air France e aos governos do Brasil e da França, para que chegue aos familiares das vítimas.

- 19h05: Sem esperança. O pai do passageiro Marcelo Parente afirmou, ao deixar a reunião com o ministro Nelson Jobim, que não acredita mais em sobreviventes. “Minha preocupação é encontrar o corpo do meu filho”, disse Aldair Gomes de Oliveira.

- 18h21: Fotos. O Centro de Comunicação Social da Aeronáutica informou que até agora não foram feitas imagens dos possíveis destroços do Airbus 330-200. Imagens do local só serão feitas na quarta-feira (3) e, possivelmente, divulgadas no mesmo dia.

- 18h18: Procuradora. A Associação dos Procuradores do Rio informou que a procuradora Marcelle Valpaços Fonseca Lima está entre os passageiros. A associação informou que "lastima profundamente o ocorrido e acompanha o trabalho de busca por sobreviventes."

- 17h56: Legacy. O jornalista norte-americano Joe Sharkey, que estava no jato Legacy que colidiu com o voo da Gol em 2006, publicou um texto em seu blog questionando a responsabilidade do controle aéreo brasileiro pelo desaparecimento do Airbus.

- 17h42: Sobreviventes. Nelson Jobim afirmou não ter conversado com familiares sobre a possibilidade de sobreviventes. "A operação está se fazendo em cima de resultados, não de hipóteses. Se trabalhássemos com hipóteses, poderíamos suspender as buscas", disse.

- 17h37: Coleta. Os objetos encontrados serão recolhidos e embarcados no navio Grajaú, da Marinha, que levará o material para Fernando De Noronha. O Brasil ficará responsável pela busca de corpos e destroços, enquanto as investigações ficarão com a França.

- 17h30: Queda. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, confirmou em entrevista coletiva que o avião caiu no Atlântico. "O avião caiu naquele quadro", disse, referindo-se a uma área perto de onde foram localizados destroços nesta madrugada.

- 17h11: Navios mercantes. O diretor do Centro de Comunicação Social da Marinha disse que os navios na região onde foram localizados objetos que poderiam ser do avião ainda não encontraram os destroços avistados por aviões da Força Aérea Brasileira.

- 17h09: Helicóptero. Os supostos destroços do Airbus da Air France encontrados no Oceano Atlântico podem ser levados de helicóptero para Fernando de Noronha. Pequenas embarcações podem então ser usadas para levar o material para análise militar.

- 16h48: Papa. Bento XVI expressou sua solidariedade aos parentes dos passageiros e da tripulação. Em comunicado, ele invocou a "misericórdia divina" pelas vítimas e expressou sua "proximidade espiritual" com todos aqueles que foram "duramente" afetados.

- 16h46: Navios e aviões. Infográfico do G1 mostra informações detalhadas sobre locais de busca, além dos navios e aviões envolvidos nesta operação. Confira aqui.

- 16h40: ‘Possível e impossível’. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, após conversar com o ministro da Defesa, Nelson Jobim: "um país que acha petróleo a 6 mil metros de profundidade pode achar um avião a 2 mil".

- 16h36: Ministro. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, chegou na tarde desta terça ao hotel Windsor, na Barra da Tijuca, onde estão os parentes dos passageiros. Ele foi acompanhado de vários seguranças e entrou pela porta lateral do hotel.

- 15h30: Petróleo. Três funcionários da empresa de petróleo StatoilHydro estão entre os passageiros. Os brasileiros Gustavo Peretti, 30 anos, e Marcela Pellizon, de 29 anos, e o norueguês Berg Andersen, 37 anos, tinham uma reunião na sede da empresa, na Noruega.

- 15h20: No local. A Marinha afirmou que três navios mercantes chegaram no fim da manhã ao local onde foram visualizados objetos metálicos e não-metálicos. As embarcações particulares seguiam pelo Oceano Atlântico e foram deslocadas para auxiliar nas buscas.

- 15h14: Movimentação. A manhã desta terça-feira foi de muita agitação e emoção na porta do hotel Windsor, na Barra da Tijuca, para onde foram levados parentes dos passageiros. Os parentes devem se encontrar com o ministro da Defesa, Nelson Jobim.

- 14h50: Medo. A funcionária da Anvisa Patricia Maria Nazareth Ceva, que embarcou com marido e o filho de 3 anos no voo 447, tinha medo de voar. Segundo um colega, na véspera da viagem ela estava nervosa e pediu a todos que rezassem para que tudo desse certo.

- 14h17: Interceptação. Um radioamador interceptou o diálogo entre as equipes que participam do resgate. Elas diziam ter encontrado objetos metálicos e não-metálicos na área de buscas. Ainda não há confirmação se essas peças são da aeronave.

- 14h11: Controladores. A Associação de Controladores de Tráfego Aéreo do Rio de Janeiro informou que o desaparecimento do Airbus não foi provocado por possíveis falhas dos controladores de voo do Recife.

- 14h08: Alta tecnologia. Uma aeronave modelo R-99 localizou vestígios que podem ser do voo 447. Para isso, foi utilizada alta tecnologia: o avião tem vários sensores, como um radar que marcou as coordenadas geográficas, delimitando a área de busca.

- 14h03: Oceanógrafo. Leonardo Veloso Dardengo é um dos passageiros do avião. O oceanógrafo é aluno de doutorado de engenharia civil da Coppe da UFRJ.

- 13h58: Rotina. Os controladores de voo que trabalhavam na hora do desaparecimento do Airbus não foram afastados das suas funções e continuam trabalhando normalmente. A informação foi divulgada pelo comando da Aeronáutica.

- 13h50: Normalidade. Após um dia tenso à espera de notícias do vôo da Air France 447, e tumultuado por causa da visita do presidente francês Nicolas Sarkozy, o aeroporto internacional Charles de Gaulle retornou ao normal nesta terça-feira (2).

- 13h45: Cinco navios. A Marinha direcionou, no início da tarde desta terça-feira (2), cinco navios com equipamentos para resgate de sobreviventes ao local onde pilotos da aeronáutica avistaram objetos que podem ser do Airbus 330-200.

- 13h08: Perguntas e respostas. Reportagem do G1 traz as principais questões envolvendo o acidente e também respostas, sendo muitas delas ainda provisórias. Confira aqui.

- 13h03: Recém-casados. O procurador federal Carlos Eduardo Lopes de Mello e esposa dele, a médica Bianca Cotta, estão entre os passageiros. Os dois se casaram no último sábado (30), em Niterói, e seguiam para a lua de mel na França.

- 13h00: Lista. A diretora da Air France no Brasil, Isabella Birein, informou que a lista dos passageiros será divulgada, provavelmente, nesta quarta (3). A empresa ainda não terminou de checar se todas as famílias foram avisadas.

- 12h55: Profundidade. A região onde foram encontrados objetos que podem ser do voo tem, em média, quatro quilômetros de profundidade, segundo o oceanógrafo Moysés Tessler. “Não há atividade humana praticamente nenhuma por ali”, disse.

- 12h51: Aniversário. O dentista José Ronnel Amorim estava no voo. Sua mãe, Diana Raquel, disse que ele fez 35 anos no domingo (31) e estava acompanhado da mulher, a francesa Isis. “Que tristeza. Meu filho morreu no dia do seu aniversário”, disse.

- 12h48: Casais. Quatro pessoas da mesma família estavam no voo: a psicóloga Luciana Seba viajou com o marido, o empresário Paulo Valle Brito, e os sogros, Maria de Fátima e Francisco Eudes Mesquita Valle, diretor da transportadora de combustíveis TLW.

- 12h42: Natal. Aeronave pertencente à Marinha francesa chegou à base militar em Natal (RN), para ajudar nas buscas pelo Airbus da Air France.

- 12h25: Divulgação. A Aeronáutica informou que devem ser divulgadas, no fim da tarde, imagens dos objetos metálicos e não-metálicos encontrados no Oceano Atlântico. Ainda não há certeza de que os objetos sejam do Airbus da Air France.

- 11h49: TJ-RJ. A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro confirmou que três funcionárias embarcaram no voo 447 da Air France que está desparecido: Marcia Moscon de Faria, Sonia Maria Amorim e Simone Jacomo dos Santos Elias.

- 11h43: Pelo ar. A Aeronáutica enviou mais aviões e aumentou o efetivo de militares no trabalho das buscas pelo Air Bus da Air France desaparecido no caminho entre Rio de Janeiro e Paris. Até esta segunda-feira (1º), 100 militares se dividiam em frentes de ações em Natal, Recife e Fernando de Noronha.

- 11h37: Lua-de-mel. Uma espanhola que estava entre os passageiros do voo AF 447 estava voltando de viagem de lua-de-mel em voo separado do marido. Por uma mudança de última hora, a catalã Anna Negra, de 28 anos, acabou se despedindo do marido no aeroporto Tom Jobim porque ambos pegaram voos diferentes.

- 11h29: Psicóloga. A família de mais uma passageira procurou a sala de atendimento montada no Hotel Windsor, na Barra da Tijuca. Mãe e irmão da psicóloga Simone Jacomo dos Santos Elias, de 40 anos, que trabalhava no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, chegaram muito emocionados e confirmaram que ela embarcou no vôo 447 da Air France.

- 11h23: Tripulante. O comissário de bordo do voo AF 447 da Air France, o brasileiro Lucas Gagliano, ficou no país durante 15 dias para o enterro do pai. A informação foi passada nesta terça-feira (2) por Jorge Luís, que se identificou como tio dele.

- 10h55: Identificação. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informa que, até a noite de segunda-feira (1º), a Polícia Federal ainda trabalhava na identificação da nacionalidade de oito passageiros do voo AF 447, que desapareceu no Oceano Atlântico.

- 10h36: Reforços. Uma equipe de profissionais de saúde e voluntários chegou ao Rio de Janeiro na manhã desta terça-feira (2), para prestar assistência às famílias e amigos dos passageiros e tripulantes do voo AF 447.Segundo a Air France, um time de cerca de 20 voluntários, dois médicos e uma enfermeira saiu de Paris.

- 10h05: Família. O desaparecimento do voo 447 da Air France separou uma família sueca que sempre teve o cuidado de tomar a mesma precaução: viajar em aviões separados, a fim de evitar que, em caso de acidente, os filhos perdessem o pai e a mãe ao mesmo tempo.

- 9h40: Objetos. A Aeronáutica informou nesta terça-feira (2) que encontrou objetos metálicos e não metálicos no Oceano Atlântico. Ainda não há confirmação de que sejam do Airbus da Air France desaparecido. Teriam sido vistos uma poltrona, uma boia laranja, um tambor, objetos brancos, além de mancha de óleo e querosene.

- 9h32: Tripulação. A Air France divulgou um comunicado na manhã desta terça-feira (2) com informações sobre a tripulação do voo AF 447. Segundo a empresa, que não divulgou os nomes dos funcionários, o comandante é de nacionalidade francesa, tem 58 anos e 21 anos de companhia e 11 mil horas de voo.

- 9h19: Notre-Dame. A Air France anunciou nesta terça-feira (2) que vai realizar uma cerimônia ecumênica na Catedral de Notre-Dame, em Paris, para os parentes e amigos dos passageiros do voo 447, desaparecido sobre o Oceano Atlântico quando ia do Rio de Janeiro a Paris.

- 9h03: Tensão no ar. O clima era de alívio entre os passageiros que desembarcaram no primeiro voo Paris-Rio um dia após o desaparecimento do voo 447 da Air France, na madrugada desta terça-feira (2). Eles enfrentaram forte turbulência sobre o Oceano Atlântico.

- 8h59: Mistério. Os principais veículos da imprensa internacional destacam nesta terça-feira (2) os mistérios e as especulações sobre as possíveis causas do desaparecimento na véspera do avião da Air France que fazia o voo 447 entre o Rio de Janeiro e Paris.

- 8h55: Premiados. Entre os passgeiros do voo da Air France que desapareceu estão 19 franceses que haviam ganhado uma viagem-prêmio ao Brasil, informou a agência de notícias France Presse. Segundo a reportagem, 10 representantes comerciais de uma empresa de Limoges (centro da França) e nove parentes viajavam de volta a Paris.

- 8h34: Simulador. Um simulador de voo mostrou o cenário que se formava sobre o Atlântico, no momento em que o avião da Air France desapareceu. Havia chuva e nuvens carregadas. Na atmosfera instável, a velocidade e a direção do vento mudam constantemente.

- 7h50: Segundo dia. As buscas ao avião Airbus da Air France desaparecido sobre o Oceano Atlântico entraram no segundo dia nesta terça-feira (2). O avião sumiu dos radares depois de sofrer uma pane em uma área de turbulência. Havia 228 pessoas a bordo. As circunstâncias do desaparecimento ainda são um mistério.

- 7h46: Correntes marinhas. As buscas para encontrar o avião da Air france continuam e são reavaliadas de acordo com as correntes marítimas, afirmou em entrevista ao Bom Dia Brasil o vice-chefe do Centro de Comunicação da Aeronáutica brasileira, Jorge Amaral.

- 5h45: Obama. Os EUA anunciaram a ajuda necessária para determinar o que aconteceu com o Airbus A330 da Air France, que desapareceu quando voava do Rio de Janeiro a Paris, com 228 pessoas a bordo, afirmou o presidente Barack Obama ao canal francês i-TV.

- 1h40: Brasileiro na tripulação. O site da Air France confirmou, na noite desta segunda-feira (1º), que a tripulação do voo AF 447, que desapareceu neste domingo (31) na rota Rio-Paris, é composta por 11 franceses e um brasileiro. Mais cedo, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) já havia informado que havia um brasileiro entre os funcionários da companhia aérea.

- 1h11: Navio francês. A Aeronáutica informou na madrugada desta terça-feira (2) que um navio francês fez uma busca na área apontada pelo piloto da TAM, que teria visto “pontos laranjas” no mar, e não encontrou nada.


Entenda as principais questões sobre o desaparecimento do avião da Air France

Maior dúvida envolve sequência de eventos que teriam causado desastre.

Técnicos consideram improvável que raio, sozinho, tenha derrubado avião.


O mistério que envolve o voo da Air France que desapareceu após decolar do Rio de Janeiro no último domingo (31) continua, enquanto autoridades prosseguem com as buscas em alto mar. O avião sumiu dos radares depois de sofrer uma pane após atravessar uma área de turbulência. Havia 228 pessoas a bordo. Objetos localizados no Atlântico podem ser destroços da aeronave, mas ainda não é possível confirmar esse dado, diz a Aeronáutica.

Confira a seguir as principais perguntas e respostas - muitas ainda provisórias e especulativas - sobre o caso.

A tripulação do avião soube da tempestade no Atlântico?

Muito provavelmente sim. O risco de turbulência forte na região a partir da qual veio o último contato da aeronave da Air France é bem conhecido e quase constante ao longo de todo o ano. Além disso, as aeronaves contam com informações atualizadas sobre as condições climáticas no seu caminho. Nos últimos meses, aviões que fazem a rota Brasil-Europa já haviam experimentado um aumento da turbulência na região, segundo relatos de pilotos.

A região tem acidentes frequentes?

Apesar da presença de turbulências, não há um índice elevado de acidentes aéreos ali. Além disso, apenas 12% dos acidentes aéreos fatais acontecem em pleno voo, longe da decolagem e da aterrissagem, de acordo com dados da Boeing.

O avião seguiu o plano de voo?

Todas as informações disponíveis indicam que sim.

A tripulação tinha liberdade para modificar o trajeto da aeronave de maneira a escapar da tempestade?

Sim. De acordo com o comandante Ronaldo Jenkins, diretor técnico do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias, as rotas aéreas internacionais são definidas por meio de acordos entre os países cujo espaço aéreo é atravessado pelas aeronaves. Do lado do Brasil, essas negociações são conduzidas pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo, órgão da Aeronáutica. No entanto, numa emergência, a flexibilidade é grande.

"O piloto, em situação de emergência, pode se afastar tanto do eixo horizontal quanto do vertical da sua rota (ou seja, virando o avião, subindo ou descendo). Após isso, ele deve comunicar imediatamente o controle aéreo. Se não for uma emergência, ele primeiro comunica o controle, que então verifica os níveis vagos na estrutura da aerovia na qual o avião está (a "estrada" imaginária que as aeronaves seguem) e dá a permissão", diz Jenkins.

Quais são as chances de um raio, sozinho, ter causado a queda do avião?

Muito baixas, de acordo com a maioria dos especialistas de aviação e segurança de voo. Os aviões possuem uma "capa" externa especialmente projetada para conduzir eletricidade de forma eficiente, fazendo com que, na prática, um raio "entre" por uma ponta do avião e "saia" pela outra sem causar danos.

Além disso, os aviões são atingidos por descargas elétricas de forma rotineira. Em entrevista à revista "Scientific American", o engenheiro Edward J. Rupke, da empresa Lightning Technologies (EUA), afirmou que cada avião comercial americano é atingido, em média, uma vez por ano por relâmpagos. No país, o último acidente atribuído diretamente a descargas elétricas foi em 1967. Na época, o raio causou a explosão do tanque de combustível de uma aeronave.

Por que a tripulação não pediu ajuda? Se pediu, o que a impediu de conseguir socorro?

Se a falha no sistema elétrico do avião foi mesmo catastrófica, a julgar pela mensagem automática transmitida para a Air France às 23h14 do dia 31, o mais provável é que os meios usuais de comunicação com o controle aéreo não estivessem mais disponíveis para a tripulação.

O que ocorreu primeiro, a pane elétrica ou a despressurização?

É impossível determinar isso com os dados disponíveis agora. Sem os sistemas elétricos, o avião passaria por uma súbita despressurização; por outro lado, a perda de pressão na cabine poderia, em tese, ocorrer sem que os demais sistemas da aeronave fossem danificados.

Como uma aeronave com tantos sistemas de segurança pode desaparecer?

Para o comandante Jenkins e outros especialistas em segurança de voo, dificilmente uma única causa - raios, a força da turbulência ou outro problema ao longo da rota - será responsável pelo desaparecimento de uma aeronave. Uma sucessão de eventos e problemas provavelmente concorreu para o que houve com o voo da Air France. Uma das hipóteses é que a forte turbulência tenha interagido com alguma falha estrutural no avião, levando à perda de sua capacidade de voar.

Existe algum prazo limite para as buscas?

Esse prazo ainda não foi definido. No entanto, de acordo com a Aeronáutica, 40 dias é o período considerado viável para a procura de sobreviventes, levando em conta a capacidade de sobrevivência de seres humanos no mar.

Fonte: G1

Air France anuncia culto ecumênico em Paris em homenagem a desaparecidos

Serviço religioso será realizado na Catedral de Notre-Dame na quarta (3).

Em comunicado, companhia trata passageiros do voo 447 como 'vítimas'.


A Air France anunciou nesta terça-feira (2) que vai realizar uma cerimônia ecumênica na Catedral de Notre-Dame, em Paris, para os parentes e amigos dos passageiros do voo 447, desaparecido sobre o Oceano Atlântico quando ia do Rio de Janeiro a Paris.

O comunicado, publicado no site da companhia aérea, trata os passageiros do voo desaparecido como "vítimas".

A cerimônia está marcada para as 16h locais (11h de Brasília) da quarta-feira (3).

Segundo a empresa, os parentes vão ser convidados individualmente, e a imprensa não poderá assistir à cerimônia.

FAB envia mais aviões para Noronha e aumenta efetivo para buscas

Mais de 100 militares estão divididos em três frentes de atuação.

Partes metálicas, poltronas e boias foram vistos no Oceano Atlântico.


Aeronaves R99 (esquerda) e P95 são usadas pela Força Aérea nas buscas pelo Airbus - Foto: Carla Lyra (G1)

A Aeronáutica enviou, nesta terça-feira (2) mais aviões e aumentou o efetivo de militares no trabalho das buscas pelo Air Bus da Air France desaparecido no caminho entre Rio de Janeiro e Paris, na noite de domingo (31), com 228 pessoas a bordo, sendo 59 brasileiros. Até esta segunda-feira (1º), 100 militares se dividiam em frentes de ações em Natal, Recife e Fernando de Noronha.

As aeronaves que se encontram nas buscas do voo AF 447 localizaram vestígios e pequenos destroços de uma aeronave no oceano, mas ainda não confirma quem sejam do Airbus desaparecido. Uma aeronave pertencente à Marinha francesa chegou a base militar em Natal (RN).

Central de rádio do Destacamento de Controle de Espaço Aéreo acompanha buscas realizadas em Fernando de Noronha - Foto: Carla Lyra (G1)

Nesta terça-feira, uma aeronave militar decolou de Fernando de Noronha para realização de varreduras com utilização do radar de abertura sintética. O avião identificou materiais metálicos e não metálicos flutuando no oceano, a aproximadamente 650 quilômetros a Nordeste de Fernando de Noronha.

Outras aeronaves da FAB avistaram materiais em dois pontos distantes cerca de 60 quilômetros. Dentre eles, uma poltrona de avião, pequenos pedaços brancos, uma boia laranja, um tambor, além de vestígios de óleo e querosene.

Aeronave pertencente à Marinha francesa chega a base militar em Natal (RN), para ajudar nas buscas pelo Airbus da Air France desaparecido no oceano Atlântico enquanto seguia do Rio de Janeiro para Paris, na noite de domingo (31) com 228 pessoas a bordo - 59 delas brasileiras. (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)

Segundo a Aeronáutica, pelo menos 10 aeronaves estão disponíveis nas ações de busca e resgate. Outras aeronaves chegaram a Fernando de Noronha para levar peças de manutenção, combustível e mantimentos. O efetivo atual da corporação na ilha ainda não foi divulgado.

Reforço da Marinha

A Marinha direcionou, no início da tarde desta terça-feira, cinco navios com equipamentos para resgate de sobreviventes para o local onde pilotos da aeronáutica avistaram objetos que podem ser do Airbus 330-200.

Chances escassas

As autoridades francesas reconheceram que são escassas as possibilidades de encontrar sobreviventes, mais de 30 horas depois do acidente, ocorrido em uma zona marítima de grande profundidade, pouco mais de quatro horas depois da decolagem do Aeroporto do Galeão, no Rio.

O ministro francês de Transportes, Jean-Louis Borloo, disse que a "prioridade absoluta" das autoridades francesas é "encontrar as caixas pretas". Ele disse que a zona onde deve ter ocorrido o desaparecimento está "quase completamente delimitada".

Fonte: G1

FAB diz que não fez imagens de destroços do avião da Air France

Mais cedo, Aeronáutica tinha dito que imagens talvez fossem feitas do local.

Militares devem fazer fotos dos destroços do Airbus nesta quarta.


O Centro de Comunicação Social da Aeronáutica informou ao G1 no fim da tarde desta terça-feira (2) que até agora não foram feitas imagens dos destroços do Airbus 330-200 da Air France, que desapareceu na noite de domingo (31) quando fazia um voo entre o Rio de Janeiro e Paris.

No final da manhã, o subchefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica, coronel Jorge Amaral, havia dito que imagens dos objetos metálicos e não-metálicos encontrados no Oceano Atlântico deveriam ser divulgadas à imprensa ainda nesta terça.

No entanto, a Aeronáutica informou que as imagens do local só serão feitas na quarta-feira (3) e, possivelmente, divulgadas no mesmo dia. “A prioridade é a busca, não a imagem. As fotos não fazem parte dos trabalhos de busca”, destacou o Centro de Comunicação Social.

Em entrevista coletiva no Rio de Janeiro, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, confirmou que o Airbus caiu sobre o Oceano Atlântico. Ele também afirmou que um avião Hércules da Força Aérea Brasileira (FAB) identificou diversos materiais em uma faixa de cinco quilômetros. O local fica dentro da área abrangida pelo arquipélago de São Pedro e São Paulo.

No começo da manhã, a Aeronáutica havia informado que aviões da FAB avistaram uma poltrona, uma boia laranja, um tambor, objetos brancos, além de mancha de óleo e querosene que podem ser do avião da Air France, que decolou do Aeroporto do Galeão, no Rio, com 228 pessoas à bordo.

Sem certeza

O subchefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica, coronel Jorge Amaral, disse pela manhã que ainda não há certeza de que os objetos sejam do avião sumido, com 228 pessoas a bordo, sendo 59 delas brasileiras. "São destroços. Porém, precisamos pegá-los e identificá-los", disse a jornalistas.

De acordo com a Aeronáutica, os objetos foram visualizados por aviões da Força Aérea Brasileira em dois pontos distintos, distantes 60 km entre si, a cerca de 650 km a nordeste da Ilha de Fernando de Noronha.

Fonte: G1