quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Avião particular para gostos e bolsos variados

Saiba quais são os maiores, os mais caros, os mais espaçosos, os mais rápidos e os mais populares jatos executivos do mercado (clique sobre as imagens para ampliá-las)

O mais caro

O mais barato

A maior cabine

A menor cabine

A maior autonomia

O mais rápido

Os mais vendidos

Fonte: iG

“Embraer vai sair fortalecida da crise”, diz executivo

Para Luís Carlos Affonso, a empresa conseguiu manter o cronograma de lançamentos e, assim, deve conquistar 15% do mercado até 2015

No auge da crise econômica, os presidentes das três grandes montadoras americanas, Ford, Chrysler e General Motors, viajaram de Detroit, onde estão instaladas, para Washington, sede do governo federal, para pedir um empréstimo de US$ 15 bilhões que tiraria as três empresas da falência. Ao invés de embarcar em um avião de carreira, eles preferiram gastar dezenas de milhares de dólares para viajar confortavelmente em seus jatos particulares – o que gerou uma série de críticas da opinião publica. O episódio se transformou no símbolo da gastança excessiva das empresas americanas e ajudou a afundar ainda mais a aviação executiva na maior crise da sua história.

Passados dois anos, o mercado começa a dar os primeiros sinais de recuperação. Segundo a Associação de Fabricantes de Aviões Executivos (Gama, na sigla em inglês), o faturamento do setor chegou a US$ 9,4 bilhões no segundo trimestre de 2010, aumento de 0,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.

“Estamos saindo da crise antes do que imaginávamos”, disse ao iG Luís Carlos Affonso (foto acima), vice-presidente da divisão de aviação executiva da Embraer. Para aproveitar a recuperação, a fabricante brasileira vai apresentar o Legacy 650 na Labace, a feira de aviação executiva que começa nesta quinta-feira em São Paulo, e está preparando o lançamento de dois novos modelos da família Legacy. “A Embraer vai sair fortalecida da crise”.

Acompanhe os principais trechos da entrevista realizada na sede da Embraer em São José dos Campos, no interior de São Paulo:

iG: Alguns analistas dizem que a crise no mercado de aviação executiva foi a maior da história. Por que o setor foi tão afetado?

Luís Carlos Affonso: Nos anos anteriores à crise, a aviação executiva vinha se expandindo muito fortemente. Foi o período de maior expansão mundial da aviação executiva, inclusive em outros mercados, como em países emergentes. A crise fez com que, não apenas na aviação executiva, mas em todos os setores da economia, os clientes parassem de fazer novas aquisições. Houve um congelamento de negócios enquanto o mercado buscava entender a dimensão da crise.

iG: Os jatos executivos entraram no corte do que as empresas consideravam supérfluo?

Affonso: Não considero a aviação executiva supérflua. O avião executivo é, na verdade, uma ferramenta de produtividade. Hoje as empresas globais ou se expandindo regionalmente precisam dele para fazer negócio de maneira eficiente. Existe ainda essa áurea de luxo e de excesso, mas essa não é uma realidade. O Brasil é um exemplo. Os jatos da família Phenon fazem muito sucesso em função da grande expansão da economia do País e o crescimento regional das empresas. É impossível administrar um negócio com expansão geográfica de forma eficiente sem um avião executivo. Veja quantas cidades são servidas pela aviação regular no Brasil. Muito poucas, e com muitas conexões para chegar até elas. Com a aviação executiva é possível transformar uma viagem de três, quatro dias numa viagem de um dia. Isso não tem valor.

iG: Ao contrário de outras fabricantes, a Embraer cresceu durante a crise. O que explica isso?

Affonso: Tivemos que fazer ajustes, mas mantivemos as nossas estratégias de longo prazo. Os aviões que estavam em desenvolvimento não foram cancelados, como alguns dos nossos concorrentes fizeram. Isso nos ajudou a ganhar mercado com a chegada de novos produtos. Em unidades, passamos de 3,3% para 14,1% de market share. Em vendas em dólares, subimos de 4,1% para 6,4%. A boa notícia é que, segundo nossa previsão original, neste ano o mercado encolheria de novo em relação a 2009. Acabaram de divulgar as entregas de aviões no primeiro semestre e, aparentemente, o mercado vai ficar estável. Estamos saindo da crise antes do que imaginávamos.

iG: Que lições foram aprendidas com a crise na aviação executiva?

Affonso: Acho que os anos que antecederam a crise foram anos de exuberância exagerada. Não só no mercado imobiliário e outros setores da economia, mas na aviação executiva. Imaginou-se que o mercado poderia crescer numa taxa irreal. Começaram a surgir especuladores, clientes que compravam posições na linha de montagem para vender com ágio mais à frente. Isso gerou a dinâmica de uma bolha, o negócio cresceu acima do razoável. O que vivemos depois foi uma correção. Acho que a lição é de cautela por parte de todos os atores desse mercado. O otimismo exagerado pré-crise foi irreal e o pessimismo pós-crise também. Nos próximos dez anos, o mercado será maior do que foi nos últimos dez anos.

iG: O Phenom 100 ajudou a puxar as entregas da Embraer no primeiro semestre deste ano. O avião é a vedete da empresa?

Affonso: O Phenon 100 tem sido um grande sucesso. Já entregamos 150 unidades, 40 no Brasil. Temos uma carteira de pedidos grande pela frente, em torno de 550 unidades. Para uma meta de produzir 120 unidades ao ano, temos quatro anos de produção. Essa lista ajudou muito a Embraer na crise. Mesmo durante o período de vendas fraco e até alguns cancelamentos, tivemos alguns clientes que vieram buscar seus aviões aqui.

iG: Como a Embraer está preparada para o reaquecimento do mercado?

Affonso: Por não termos alterado nossas estratégias durante a crise, acredito que estamos bem posicionados. No primeiro semestre de 2008 lançamos o Legacy 450, o Legacy 500 e o Lineage 1000. Naquele momento, estávamos desenvolvendo o Phenom 100 e o 300 e pensando no Legacy 650. No começo de 2008, apenas um dos nossos sete aviões estava sendo entregue. Em 2011, quando o mercado estiver crescendo de novo, apenas dois dos nossos sete aviões estarão em desenvolvimento. Teremos um portfólio grande de produtos novos, modernos, eficientes e com boa relação custo benefício.

Detalhe da turbina do Phenom 300

Fonte: Gustavo Poloni (iG) - Fotos: Divulgação

Após dois anos de crise, aviação executiva inicia recuperação

Vendas no segundo trimestre de 2010 aumentaram 0,2% e chegaram a US$ 9,4 bilhões; mercado deve crescer 9% ao ano a partir de 2011

Uma das mais badaladas feiras de aviação do mundo tem um nome comprido e imponente: Latin American Business Aviation Conference and Exhibition.

Conhecida apenas como Labace, há sete anos ela ocupa o hangar da falida Vasp no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, para que fabricantes de aviões e helicópteros possam apresentar ao público as melhores e mais modernas aeronaves do mercado.

Além de servir como plataforma de lançamentos, a edição 2010 do evento, que começa nesta quinta, terá uma importância especial.

A Labace acontece no momento em que a aviação executiva dá sinais de recuperação. No segundo trimestre de 2010, as vendas chegaram a US$ 9,4 bilhões (o equivalente a pouco mais de R$ 16 bilhões, em valores de hoje), aumento de 0,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Se o crescimento não pode ser considerado expressivo, ele serviu para interromper dois anos consecutivos de queda – que culminaram com a maior crise da história do setor. “Parece que estamos saindo da crise antes do que imaginávamos”, afirmou ao iG Luís Carlos Affonso, vice-presidente da divisão de aviação executiva da Embraer.

Os sinais de recuperação do setor ainda são tímidos, mas consistentes. O crescimento nas vendas foi acompanhado pelo aumento na entrega de unidades. No segundo trimestre de 2010, as fabricantes faturaram 547 aeronaves. É um número 40% maior em relação aos três meses anteriores. Apesar da recuperação, o saldo no ano ainda é negativo: queda de quase 10% quando comparado a 2009. Entre as unidades entregues, a Embraer ganhou lugar de destaque. O jato executivo com maior saída no período foi o Phenom 100, lançado pela fabricante brasileira em 2009. Ao todo, foram entregues 35 unidades do modelo de US$ 4 milhões. A divulgação dos números no segundo semestre foi comemorada por executivos do setor. Ela mostra que o mercado deve ficar estável em 2010, e não vai cair como o previsto anteriormente. Para os próximos anos, a previsão é bem mais otimista. Estudo da consultoria Zenith Jet revela que, a partir de 2011, o número de entregas de aviões deve crescer, em média, 9% ao ano. Até 2019, serão 11 mil novas unidades, avaliadas em US$ 208 bilhões.

De olho no reaquecimento do mercado, a Embraer vai acrescentar mais um avião no seu portfólio. A empresa vai apresentar durante a Labace o mais novo integrante da família Legacy. A grande novidade do Legacy 650 está na autonomia: ele é capaz de voar 900 quilômetros a mais do que a versão anterior, o Legacy 600. Isso faz com que a aeronave seja capaz de fazer sem escalas alguns dos mais importantes trechos da aviação, como São Paulo-Miami e Londres-Nova York. O Legacy 650 chegará ao mercado nos próximos meses por US$ 29,5 milhões. Além do novo modelo, a Embraer vai mostrar também a família Phenom, o 100 e o 300. Os jatos foram responsáveis pelo bom desempenho da empresa no primeiro semestre deste ano. Dos 59 aviões executivos entregues pela Embraer, 56 eram Phenom. A previsão é de que a produção anual dos modelos chegue a 120 unidades. O sucesso contribuiu para que a Embraer reafirmasse a previsão de receita da divisão de aviões executivos, que até o final do ano deve faturar US$ 1,1 bilhão – equivalente a 20% do total da empresa.

O mercado de aviação executiva tem alternado momentos de euforia com grandes retrações. A primeira crise teve início em 2001, depois dos atentados terroristas de 11 de setembro, nos Estados Unidos. As vendas de jatos executivos seguiram a desconfiança que se instalou na aviação e caíram 44%. O mercado só voltou a melhorar em 2004 e chegou ao auge quatro anos depois, quando registrou o recorde histórico de 1.313 aeronaves entregues. De lá para cá, mais uma queda acentuada. Agora, a culpa é da crise econômica mundial, que teve início com a quebra do Lehman Brothers e foi aprofundada por uma crise de imagem. A aviação executiva virou símbolo da gastança das corporações depois que os presidentes das três maiores montadoras dos Estados Unidos, General Motors, Ford e Chrysler, embarcaram em seus jatos particulares para viajar de Detroit, onde estão instaladas, para Washington, capital federal, para pedir um empréstimo de US$ 15 bilhões que evitaria a falência das empresas. “Quando as empresas precisam cortar investimentos, elas cortam as despesas menos essenciais”, afirmou André Castellini, especialista em aviação da consultoria Bain & Company.

O Phenom 100 é capaz de transportar quatro passageiros e é o jato executivo mais vendido no Brasil

A crise teve impacto distinto nas fabricantes de jatos particulares. Algumas cancelaram o lançamento de novos aviões. É o caso da Cessna, que deixou de lado o projeto do Columbus, e da Hawker Beechcraft, que abortou o H450XP. Outras, como a Embraer, optaram por fazer ajustes no quadro de funcionários – eufemismo para as demissões. Mais de quatro mil pessoas foram mandadas embora pela empresa brasileira para reduzir os gastos durante o auge da dificuldade econômica. “Tivemos de fazer ajustes, mas pudemos manter as nossas grandes estratégias”, disse Affonso, da Embraer. No início de 2008 (antes, portanto, do início da crise), a Embraer tinha um avião disponível e outros seis em diferentes estágios de projeto. Quando o mercado voltar a crescer, em 2011, a empresa terá cinco modelos no mercado e dois em fase final de desenvolvimento. A estratégia de manter o cronograma de lançamento teve efeito positivo. Mesmo durante a crise, a empresa ganhou 11 pontos percentuais e passou a responder por 14,1% do mercado de aviação executiva. Até 2015, a empresa quer chegar a 15% de market share e um faturamento de US$ 2 bilhões.

Fundada em 1969, a Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. (Embraer) foi criada pelo governo com o objetivo de estimular o surgimento de uma indústria aeronáutica no País. O plano original previa a montagem de duas aeronaves Bandeirante por mês e a contratação de 500 pessoas. Em pouco tempo, a fabricante de aviões passou a fazer sucesso com a venda de modelos como o Bandeirante, o Xingu e o Brasília. Os negócios caminhavam bem até o final da década de 1980, quando a companhia foi atingida por uma grave crise financeira mundial, que afetou a economia brasileira - e quase levou a Embraer à bancarrota. Para salvar a empresa, o governo decidiu colocá-la no programa de privatização, que incluiu entre outras companhias a estatal de telefonia. Recuperada da crise, a Embraer lançou em 2001 seu primeiro jato executivo, o Legacy. Quatro anos depois, a fabricante criou a divisão de aviação executiva, que tem estrutura de vendas e de assistência técnica independente. Hoje, a Embraer pode ser considerada uma das quatro grandes fabricantes de aviões comerciais. Com o fim da crise atual no mercado de jatos particulares, a empresa quer se firmar também como uma das grandes fabricantes de aviões executivos.

Fonte: Gustavo Poloni (iG) - Foto: Divulgação

Primeiro-ministro da Rússia participa no combate a incêndios como copiloto de avião anfíbio

Os violentos incêndios que têm assolado a Rússia foram motivo mais que suficiente para o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, se juntar às corporações de bombeiros que lutam contra as chamas.

Putin coordenou, durante hora e meia, a recolha de água no rio Oka, a bordo de um avião anfíbio Beriev-200, na qualidade de copiloto.

Os tanques, com cerca de 24 toneladas de água ,foram despejados sobre as florestas em chamas nos arredores de Riazan, cidade localizada a sudeste de Moscou.

Fontes: tvi24 - Fotos: EPA / Agência Lusa

Pequeno avião cai e mata duas pessoas nos EUA

Um pequeno avião caiu após decolar do aeroporto municipal de Orange, no oeste do Estado de Massachusetts, matando duas pessoas. O monomotor Cessna 172 caiu em uma área arborizada na noite de terça-feira (10), após voar menos de 2 km.

A aeronave Cessna 172M Skyhawk, prefixo N21363, estava registrada em nome de Jack A. Johnson, de 61 anos, de Ellicott City, em Maryland, que morreu no acidente, assim como o outro ocupante, Joseph J. Jaso, de 52 anos.

O avião seguia para o Aeroporto Hancock County-Bar Harbor, no Estado de Maine.

As causas do acidente serão investigadas pelo órgão responsável no país, o National Transportation Safety Board (NTSB).

Fontes: Terra / ASN / wwlp.com - Fotos: wwlp.com

Pneus de avião da Trip estouram durante pouso com 39 a bordo em Salvador

Um avião da empresa Trip, que saiu de Ilhéus, no Sul da Bahia, com 35 passageiros a bordo, mais quatro tripulantes, teve dois pneus estourados durante o pouso no Aeroporto Luís Eduardo Magalhães, em Salvador, na manhã desta quarta-feira. A pista principal do aeródromo ficou interditada por mais de duas horas. Ninguém ficou ferido durante o incidente.

Em comunicado à imprensa, a companhia informou que a ocorrência com a aeronave ATR 72-212A, prefixo PP-PTN, que realizava o voo 5590, se deu às 9h55m, sem maiores conseqüências para as 39 pessoas a bordo. Segundo a nota, todos os passageiros foram assistidos pela empresa e seguirão para o destino em outra aeronave.

Segundo a Trip, a aeronave é original da fábrica e começou a operar voos para a empresa em 2008. A última manutenção foi feita na madrugada desta quarta-feira. As causas estão sendo apuradas.

Fonte: Anderson Hartmann (O Globo/Globo News) / G1 - Foto Reprodução/Globo News

Avião da Gol colide com pássaro durante pouso no PR

Um Boeing 737-700 da Gol que saiu de Londrina (PR) às 6 horas desta manhã (11) com destino a Porto Alegre (RS) colidiu com um pássaro de pequeno porte durante o pouso em Curitiba (PR), onde fazia escala. Após o episódio, a aeronave foi recolhida para passar por manutenção.

De acordo com a Gol, o desembarque dos 104 passageiros que estavam a bordo no voo 1833 ocorreu normalmente. Destes, 17 seguiram para Porto Alegre, às 7h50, em outro avião. Em nota, a companhia destacou que "os outros passageiros em conexão para outros destinos foram acomodados em voos da companhia".

Fontes: Estadão / Terra

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Aeromoça estrela guerra de travesseiros a 12 mil metros de altitude

O voo LH-687 da Lufthansa de Tel-Aviv a Frankfurt abrigou uma guerra de travesseiros a 40 mil pés

Tudo começou quando um grupo de turistas franceses pediu travesseiros extras. Ao receberem os objetos, eles os lançaram contra a aeromoça, que, em vez de recolher os travesseiros e restabelecer a ordem no avião, contra-atacou. A brincadeira virou uma "batalha" generalizada a bordo. Bombardeada, a aeromoça teve que se refugiar na cabine dos pilotos.

O vídeo da batalha de 42 segundos a 12 mil metros - filmado em celular e postado no YouTube em 28 de junho passado - virou sucesso na web:


"É um exemplo de pessoas se divertindo na classe econômica. E isso mostra que ainda oferecemos almofadas para os nossos passageiros na classe econômica", disse Christina Semmel, porta-voz da Lufthansa.

Um internauta comentou: "Se isso acontecesse em um voo americano todos iriam para a cadeia".

Fontes: Page Not Found (O Globo) / AOL Travel - Imagem: Reprodução

Para analistas, novo caos aéreo, como o provocado pela Gol, é questão de tempo

Despreparo das empresas e saturação dos aeroportos sinalizam um período difícil para os que pretendem viajar de avião nos próximos meses

São grandes as chances de cenas como as de sufoco protagonizadas pelos passageiros da Gol nos últimos dias voltarem a acontecer ainda este ano nos aeroportos do país. A associação do crescimento econômico do país ao aumento no número de promoções das passagens está produzindo uma explosão na demanda por voos nacionais e internacionais. Estudo elaborado pela consultoria Lafis constata que os aeroportos não estão preparados para tamanha procura e é elevado o risco de que ocorra um novo caos aéreo.

“Com as atuais perspectivas de crescimento econômico do país, acho difícil que a infraestrutura dos aeroportos consiga atender a demanda de forma adequada. A possibilidade de caos aéreo hoje é considerável”, afirma Jonas Okawara, analista da Lafis. Segundo ele, os aeroportos já estão operando no seu limite de capacidade e, se houver qualquer aumento repentino de passageiros, dificilmente o sistema aéreo conseguirá responder rapidamente à mudança. “Se houver uma chuva forte num período como o das férias, haverá uma tendência muito forte de que ocorra o pior”, reforça.

A Lafis estima que a procura por voos domésticos em 2010 crescerá 35,2% devido à elevação da renda, com o maior acesso das classes C e D aos serviços aéreos e à expansão dos destinos pelas companhias. No mercado de voos internacionais, a tendência de valorização do real ante o dólar e de aumento da renda média devem gerar um incremento de 18,4%.

Sedução

Os dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) já mostram a tendência de forte crescimento da demanda. No entanto, a expansão da oferta não acontece na mesma proporção, o que significa que as companhias aéreas também não estão preparadas para atender ao aumento da procura. Nos cinco primeiros meses do ano, a demanda por voos domésticos cresceu 29,9% e a oferta, 19,7%; a demanda por voos internacionais avançou 11,7%, enquanto a oferta recuou 0,4%.

Apesar desse descompasso, as companhias aéreas não se intimidam em inovar nas passagens para seduzir os consumidores. Já é possível encontrar bilhetes da TAM nas Casas Bahia; da Azul, nos supermercados; e pagar o tíquete da Webjet por meio de boleto bancário. Diante de tais facilidades, as condições macroeconômicas do país favorecem o aumento da demanda. A Lafis estima que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro crescerá 6,8% em 2010; o rendimento médio, 3,0%; e a massa salarial, 5,1%. Para 2011 e 2012, a consultoria prevê incremento na demanda por voos de 7,3% e 7,1%, respectivamente, números que só não serão maiores por causa da expectativa de aumento no preço do petróleo, encarecendo as passagens.

Cenário nebuloso

Segundo Okawara, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2 e a intenção do governo de captar investimentos em infraestrutura até a Copa do Mundo de 2014 e às Olimpíadas de 2016 podem significar perspectivas melhores no longo prazo. “O problema é que tais investimentos não vão acontecer agora. No curto prazo, o cenário no setor aéreo é muito nebuloso”, alerta o analista.

O presidente do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), José Márcio Mollo, concorda com essa visão. Ele diz que a maioria dos projetos da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) para a Copa ainda nem começaram a sair do papel. “Os aeroportos brasileiros estão saturados. Brasília é um dos mais problemáticos e já está operando com dois milhões de passageiros acima da sua capacidade. Como os processos de contratação da Infraero são lentos devido à exigência das licitações, as obras necessárias para desafogar o tráfego não avançam no ritmo desejado”, afirma. “O maior problema da aviação hoje não é somente a falta de infraestrutura aeroportuária, mas também a má gestão dos aeroportos”, critica.

De acordo com dados da Infraero, estão previstos investimentos de R$ 1,5 bilhão nos aeroportos neste ano. Entre 2011 e 2014, o desembolso programado é de R$ 9,7 bilhões. No entanto, a maior parte das obras listadas pela estatal e que estão voltadas para a Copa têm previsão de conclusão para 2013. Esse prazo é considerado muito longo para o presidente do Snea. “Antes disso, haverá colapso”, alerta Mollo.

Sobram problemas

Os problemas nos aeroportos brasileiros vão além do descaso das companhias aéreas com o passageiro e que ainda não foi minimizado com as novas regras impostas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) desde meados de junho. Overbooking e falta de informações precisas sobre o portão de embarque são alguns dos problemas mais comuns enfrentados pelos viajantes, sem falar dos atrasos nos voos. Por fim, existem as denúncias sobre o descumprimento das leis trabalhistas pela Gol, investigada pelo Ministério Público do Trabalho. Ontem, o MPT realizou uma audiência com a empresa em São Paulo, na qual ela negou as acusações. O Ministério Público informou que enviou um ofício à Anac pedindo mais detalhes sobre a Gol e a Webjet para investigação nesse sentido.

Em meio ao caos provocado pela confusão no sistema de escala da tripulação da Gol, o Ministério Público também encaminhou na semana passada um ofício para a Anac e para a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) no qual solicitou, entre outras coisas, a informação sobre as medidas emergencialmente adotadas para equacionar o problema dos atrasos.

Questão antiga

Mas os alertas sobre um colapso no transporte aéreo brasileiro não são de agora. Há mais de dez anos, o Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos, o maior do país, já dava sinais de saturação. Enquanto isso, a proposta de privatização da Infraero, responsável pela administração de 67 aeroportos no país, como forma de acelerar os investimentos nos aeroportos foi engavetada em meio ao movimento de privatizações dos governos FHC e também esquecida nos governos Lula.

De lá para cá, pouco mudou, especialmente na capacidade dos principais portões de entrada de turistas e de investidores estrangeiros no país. Enquanto isso, o movimento dos aeroportos só cresceu. De janeiro a junho deste ano, por exemplo, saltou 22,5% em comparação ao mesmo período de 2009.

No início deste ano, o Sindicado Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) divulgou um estudo apontando a criticidade do sistema e a necessidade dos investimentos urgentes em infraestrutura nos aeroportos, que ainda são carentes de projetos inovadores como os da China e da Índia.

E o estudo elaborado recentemente pela Lafis segue a mesma linha e aponta que nos aeroportos nacionais faltam áreas de armazenagem, instalações para produtos especiais e mão de obra.

Fonte: Mariana Mainenti e Rosana Hessel (Correio Braziliense)

Militares da Rússia, EUA e Canadá participam de simulação de sequestro de aviões


Um avião civil deixou a cidade do Alasca, emitiu um sinal de que teria sido sequestrado e foi interceptado por Caças F22.

A cooperação aérea não seria possível há décadas atrás, durante a Guerra Fria.

Avião militar russo participa dos exercícios de defesa

Fonte: Globo News - Foto: AFP

Aeronáutica regulamenta o que fazer com notificações de óvnis no Brasil

Pelo texto, comando deve apenas registrar e encaminhar 'ocorrências'.

Destino final das notificações sobre óvnis é o Arquivo Nacional.

Uma portaria publicada nesta terça-feira (10) no Diário Oficial da União regulamenta como a Aeronáutica deve proceder com notificações de "objetos voadores não identificados" (óvnis) no espaço aéreo brasileiro. De acordo com o documento, o Comando da Aeronáutica (Comaer) deve restringir sua atuação neste campo ao registro de ocorrências e ao encaminhamento desses registros para o Arquivo Nacional.

O texto, portaria 551/GC3, de 9 de agosto de 2010, aponta ainda o Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra) como responsável por receber e catalogar as notificações referentes a óvnis. Os registros ("relatados por usuários dos serviços de controle de tráfego aéreo") devem seguir para o Centro de Documentação e Histórico da Aeronáutica (Cendoc), conforme determina a portaria.

O Cendoc, por sua vez, é indicado como responsável por arquivar cópias dos registros encaminhados e enviar os originais ao Arquivo Nacional.

Não existem registros oficiais sobre a aparição de naves de outros planetas no Brasil, mas durante a ditadura militar os serviços de inteligência do Estado investigaram a suposta presença de OVNIs no céu da cidade de Colares, no Pará.

Conhecida como "Operação Prato", a investigação aconteceu entre 1977 e 1978, mas a ocorrência de estranhos fenômenos na cidade nunca foi comprovada.

Fontes: G1 / EFE

Gol fecha trimestre com prejuízo, mas eleva estimativa de crescimento

A companhia aérea Gol encerrou o segundo trimestre com prejuízo líquido, mas elevou suas expectativas de crescimento da demanda no mercado doméstico este ano diante de uma estimativa mais otimista de crescimento da economia brasileira.

A companhia elevou a previsão de expansão do mercado brasileiro de passageiros de 12,5 a 18 por cento para 14 a 21 por cento. A estimativa de alta do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2010 foi revisada pela empresa de 5 a 6 por cento para 6 a 7 por cento.

Segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil, o tráfego aéreo de passageiros no primeiro semestre cresceu 27,6 por cento na comparação anual.

Apesar disso, a Gol manteve suas projeções de frota, passageiros e yields (um índice relativo a preços de tarifas) inalteradas.

A companhia prevê encerrar 2010 com frota de 111 aeronaves, com 31,5 a 36,5 milhões de passageiros transportados e yields entre 19,50 e 21 centavos de real.

No segundo trimestre, considerado pelo setor como o mais fraco do ano, a Gol registrou prejuízo líquido de 51,9 milhões de reais de reais ante lucro de 353,7 milhões de reais no mesmo período de 2009, quando foi beneficiada por uma melhora no resultado financeiro graças à variação cambial. No primeiro trimestre, a Gol havia registrado lucro líquido de 23,9 milhões de reais.

Segundo a Gol, os custos com combustíveis e lubrificantes tiveram aumento de 33 por cento em relação ao segundo trimestre de 2009, para 571,7 milhões nos três meses encerrados em junho. Isso ocorreu diante do aumento de "custo do combustível de aviação em 30,5 por cento, parcialmente compensado pela queda de 13,5 por cento no dólar médio no mesmo período".

No trimestre, a empresa elevou em 8,9 por cento o número de decolagens sobre o mesmo período de 2009 e em 15,8 por cento a utilização da frota, cuja taxa passou de 11,3 horas por avião para 13,1 horas.

A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e alugueis de aeronaves (Ebitdar, na sigla em inglês) somou 274,2 milhões de reais ante 258,8 milhões de reais no segundo trimestre de 2009. A margem caiu de 18,6 para 17,2 por cento no período.

No início de julho, a Gol divulgou que o tráfego na malha aérea da companhia no segundo trimestre subiu 16,6 por cento ante igual período do ano passado. A oferta de assentos, enquanto isso, cresceu em ritmo um pouco menor, de 14,7 por cento, na mesma base de comparação.

A taxa de ocupação nos aviões da Gol entre abril e junho ficou em 61,1 por cento, acima dos 60,1 por cento um ano antes.

Na semana passada, a Gol enfrentou atrasos e cancelamentos de voos e a Anac definiu aplicação de multa de 2 milhões de reais para a companhia aérea.

A empresa atribuiu os problemas a falhas no software de gestão de carga horária de seus tripulantes. O software não teria respeitado a carga máxima de trabalho prevista na regulação do setor aéreo brasileiro para pilotos de avião.

A Gol informou que as operações foram normalizadas na última quarta-feira, 4 de agosto, e que os resultados do terceiro trimestre não seriam "materialmente afetados".

Fonte: Alberto Alerigi Jr. (Reuters) via O Globo

Portugal: Queda de avião de publicidade deixa um ferido

Um pequeno avião de publicidade aérea caiu, ao início da tarde de hoje (10), durante a aterrissagem no aeródromo de Penina, no concelho de Portimão, em Portugal.

O piloto sofreu ferimentos leves, mas teve de ser hospitalizado.

Às 13h20 (hora local), o piloto da empresa Skyzone, de 25 anos, contatou a torre do Aeródromo Municipal de Portimão e reportou falhas no motor da aeronave Socata Morane-Saulnier MS-893A Rallye Commodore 180, prefixo F-BONA. No minuto seguinte, o controlador reparou que a aeronave não chegou à pista, mas sim, bateu na rede de proteção do aeródromo e caiu fora do perímetro do Aeródromo.

"Uma aeronave, ao tentar pousar na pista, bateu na vedação do aeródromo e caiu", disse uma fonte das relações públicas da Câmara de Portimão ao tvi24.pt.

A mesma fonte salientou que "o piloto saiu do aparelho caminhando e foi assistido no local". Uma outra fonte do Centro de Operações de Socorro (CDOS) de Faro disse ao tvi24.pt que, apesar de apresentar ferimentos leves, o homem - cuja idade não foi revelada - foi hospitalizado.

Segundo a autarquia, a queda da avioneta provocou "derramamento de combustível", uma situação que já foi resolvida. "O aeródromo já está funcionando normalmente", foi explicado.

A fonte do CDOS disse que o alerta para este incidente foi dado às 13:23 (hora local) e que no local estiveram 15 bombeiros e 5 viaturas da corporação de Portimão, além do INEM e da GNR, que está a investigar as causas desta queda.

Jovem piloto já teve alta

O piloto que esta tarde sofreu um acidente no Aeródromo de Portimão já está em casa, mas apanhou o maior susto da sua vida.

O avião ficou irrecuperável e vai para a sucata. Por ironia do destino, o modelo era um Rally... Socata.

Fontes: tvi24 / Observatório do Algarve (Portugal) - Foto: Correio da Manhã

Presidente da Gol pede desculpas por cancelamentos e atrasos

O presidente da Gol, Constantino de Oliveira Jr., pediu desculpas aos clientes e à sociedade, nesta terça-feira, pelos cancelamentos e atrasos nos voos da companhia aérea, no final de julho. "Nós pedimos desculpas (...) em momento algum deixamos de ter a segurança de voo como nosso valor principal", afirmou em teleconferência durante a apresentação dos resultados do terceiro trimestre.

De acordo com a empresa, os problemas que originaram os atrasos e cancelamentos foram totalmente resolvidos, e não deve haver uma repetição da crise nos próximos meses. A crise ocorrida entre o final de julho e começo de agosto fez a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) definir multa com valor estimado em R$ 2 milhões sobre a Gol. O presidente da companhia não comentou a decisão da agência reguladora, afirmando que a empresa ainda não recebeu notificação sobre a punição.

A empresa atribuiu os problemas a falhas em seu software de gestão de carga horária de seus tripulantes. O software não teria respeitado a carga máxima de trabalho prevista na regulação do setor aéreo brasileiro para pilotos de avião.

Para a empresa, os atrasos não terão impacto relevante nos resultados financeiros da companhia. A Gol divulgou prejuízo líquido de R$ 51,9 milhões para o segundo trimestre ante lucro de R$ 353,7 milhões no mesmo período de 2009.

Fonte: Terra (com informações da Reuters)

Comissário que fugiu de avião vira celebridade no Facebook

Steven Slater, comissário de bordo que saiu de um avião que havia acabado de pousar no aeroporto de Nova York pela porta de emergência, já tem pelo menos 25 mil pessoas solidárias a sua causa: todos são seus fãs em uma página criada no Facebook.

O funcionário da companhia aérea JetBlue deixou a aeronave depois de discutir com um passageiro que supostamente não quis ficar sentado após o pouso do avião até a chegada ao portão. O passageiro teria xingado Slater, que xingou de volta o homem pelo sistema de som da aeronave.

Depois da confusão, o comissário abriu a porta de emergência do avião e saiu, antes de todo mundo, pelo escorregador inflável. Diversos fãs de Slater dizem que ele realizou um sonho que muitos têm de sair pela porta de emergência (vai entender quem sonha em abrir uma porta de emergência de um avião).

O comissário foi preso por ameaça à segurança em sua casa em Nova York. Segundo a página do Facebook, sua fiança é de US$ 2,5 mil (equivalente a cerca de R$ 4,4 mil). Também lá, os fãs postam vídeos e fotos com escorregadores, sejam eles usados em treinamentos para procedimentos de emergência em aviões ou inocentes filhotes descendo em um brinquedo infantil.

O endereço para ficar fã de Slater no Facebook é http://migre.me/13Jni.

Fonte: Zumo Notícias via Terra

Avião cai no Alasca com diretor da EADS e ex-senador a bordo


O diretor da unidade americana da fabricantes de aeronaves EADS, Sean O'Keefe, e o ex-senador republicano Ted Stevens estavam em um avião que caiu no Alasca e não está claro ainda se eles sobreviveram, disse uma fonte no Congresso dos EUA nesta terça-feira.

A aeronave envolvida no acidente era de Havilland Canada DHC-3T Texas Turbine Otter, prefixo N455A, GCI Communication Corp.

Metade das pessoas a bordo morreu no acidente e aparentemente há um médico no local, embora as equipes de resgate estejam com problemas para chegar lá por causa do mau tempo, disse a fonte, que pediu para não ser identificada.

Stevens (foto), de 86 anos, tinha ido ao Alasca para uma pescaria com ex-membros de sua equipe e suas famílias, disse a fonte, acrescentando que o avião se espatifou ou caiu no lago.

Ele não conseguiu ser reeleito em 2008 depois de ter sido condenado por corrupção, mas o caso foi depois arquivado por causa de erros no processo, incluindo a retirada de provas que o eximiam de culpa.


Fontes: O Globo / ASN - Foto (avião): aviationsafetynetwork.files.wordpress.com

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Foto do Dia

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O avião de transporte Lockheed C-5A Galaxy, prefixo 70-00457, da Força Aérea dos EUA, no Dayton Air Show 2010.


Foto: mrkyle229

Veja fotos do acidente com o helicóptero na Bielorrússia


Fotos: potashnikov.com / dpa

Piloto morre em queda de helicóptero em evento na Bielorrússia

Um helicóptero norte-americano, operado por um piloto da Alemanha, caiu no Aeroporto Borovaya, em Minsk, durante o evento "2010 CIS Open Cup" de helicópteros esportivos, perto da capital da Bielorrússia, neste domingo (8).

Veja o vídeo que mostra o momento do acidente:

O helicóptero Hughes 369HS (Modelo 500C), prefixo D-HDWM, realizava um voo de exibição, quando, ao fazer um looping, caiu contra o solo.

O piloto Gunter Zimmer, de 74 anos (foto acima), morreu no acidente.

De acordo com o Major-General Stepuk Anatoly, o helicóptero operado por Gunter Zimmer caiu próximo da pista de pouso às 15:39 (hora local).

"Ele era um piloto altamente qualificado. Todo ano ele participava de competições em Moscou, Vitebsk, Krasnodar e outras cidades", acrescentou Stepuk.

Quatro países - Bielorrússia, Rússia, Alemanha e Grã-Bretanha - participaram do "2010 CIS 2010 Open Cup" realizado no aeródromo Borovaya, perto de Minsk, entre 6 e 8 de agosto. A Bielorússia acolheu a competição pela terceira vez.

Fontes: belta.by / englishrussia.com / ASN / bild.de

Aéreas nacionais perdem espaço para estrangeiras

O crescimento vigoroso do setor aéreo no País tem estimulado o apetite das companhias estrangeiras pelo mercado brasileiro, aponta um levantamento feito pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Das 58 novas rotas internacionais autorizadas este ano, apenas 11 foram alocadas para as companhias nacionais TAM e Gol. Enquanto as empresas brasileiras expandiram em 43% suas operações para o exterior desde 2003, as estrangeiras cresceram 76,9%.

"As empresas nacionais têm perdido participação principalmente nas ligações de longo curso, como para os Estados Unidos e a Europa", diz Elton Fernandes, professor da Coppe/UFRJ e presidente da Sociedade Brasileira de Pesquisa em Transporte Aéreo (SBTA). ?No início da década, existia um equilíbrio. As companhias brasileiras detinham cerca de 50% do mercado internacional, com liderança da Varig, antes do seu colapso?, explica o pesquisador.

O avanço das estrangeiras é reflexo de uma política de abertura do mercado adotada pela Anac nos últimos anos, que inclui a instituição da liberdade tarifária e os acordos bilaterais, que permitem a operação de voos internacionais. O Brasil possui acordos com 78 países, dos quais 40 foram negociados a partir de 2008. O foco é a livre determinação, pelos países signatários, do número de voos e a escolha de rotas e cidades de destino.

Segundo a presidente da Anac, Solange Vieira, essa é uma forma de expandir a aviação internacional. "Hoje os aeroportos de São Paulo e do Rio de Janeiro estão relativamente saturados. A tendência, para que este mercado cresça, é a distribuição de voos para outros aeroportos. Há alguns anos, praticamente só havia voos internacionais partindo dessas duas capitais", diz. Exemplo disso é a American Airlines, que até 2008 voava apenas para Rio e São Paulo. Desde então, passou a ter voos para Belo Horizonte, Salvador e Recife. Hoje, a portuguesa TAP tem voos partindo de oito capitais brasileiras: Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Natal, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

Fonte: jornal O Estado de S. Paulo