O coronel da Aeronáutica, Rufino Ferreira, que comandou as investigações sobre o acidente com o Boeing da Gol afirmou que os pilotos americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino eram experientes, mas não tinham conhecimento sobre a aeronave que pilotavam pela primeira vez. O jato Legacy, pilotado pelos dois, colidiu com o avião da Gol em setembro de 2006, matando 154 pessoas.
"Chamamos de baixa consciência situacional dos pilotos. (...) Eram pilotos experientes, contudo, nesse tipo de missão, de pegar o avião no fabricante, eles tinham pouca experiência", explicou o coronel Rufino Ferreira. Apesar de não ter o objetivo de apontar culpados pela tragédia, o relatório final da Aeronáutica sobre o acidente com o vôo 1907 da Gol mostra falhas dos pilotos americanos que conduziam o jato Legacy, mas também dos centros de controle do tráfego aéreo localizados em Brasília e em Manaus.
Além disso, o relatório final afirmou que os pilotos não planejaram o vôo de maneira correta, além de terem demorado muito tempo para perceber que o transponder da aeronave estava desligado. "Os pilotos passaram quase uma hora voando em um nível não padrão e não solicitaram confirmação com o centro de controle. (...) É responsabilidade do tripulante se interar do planejamento (do vôo)", explicou Rufino.
"Não houve monitoramento adequado do vôo, havia uma preocupação deles em fazer cálculos que eles já deveriam ter feito antes do vôo. Houve falta de procedimentos padronizados, desligamento inadvertido de transponder, possivelmente devido à pouca experiência dos pilotos e do treinamento insuficiente para realização da missão", completou.
Sobre o controle de tráfego aéreo brasileiro, o relatório apontou falhas no centro de Brasília (Cindacta 1), no centro de Manaus (Cindacta 4) e ainda no centro de controle de São Jose dos Campos. De acordo com o documento, o problema começou no repasse da informação do planejamento de vôo do Legacy. A partir daí, as informações foram repassadas para outros Cindactas de forma incorreta, segundo a Aeronáutica.
"Isso possibilitou que a aeronave se mantivesse em nível incorreto, passando ao controle de Manaus a falsa premissa e por isso eles (controladores de vôo) não desviaram (o vôo)", explicou o coronel Rufino. Além disso, o Cindacta 1 deixou de avisar que havia perdido o sinal do jato Legacy (já que o transponder havia sido desligado) e o Cindacta 4, por sua vez, comunicou aos outros centros que havia tráfego visual, quando na verdade, o radar não detectava o jato que estava com o transponder desligado.
Para o responsável pelas investigações, houve falhas dos pilotos que o controle brasileiro não conseguiu corrigir. "O planejamento do vôo foi inadequado. (...) Os pilotos (americanos) julgaram que poderiam realizar o vôo com o pouco entrosamento e pouco conhecimento sobre os sistemas da aeronave que possuíam - em particular sobre o sistema de combustível - e demoraram a reconhecer a dificuldade de comunicação com o controle. (...) Os órgãos de controle aéreo não conseguiram corrigir", concluiu o coronel. O relatório não apontou nenhum tipo de falha dos pilotos do Boeing da Gol e nem da empresa.
Fonte: Terra
"Chamamos de baixa consciência situacional dos pilotos. (...) Eram pilotos experientes, contudo, nesse tipo de missão, de pegar o avião no fabricante, eles tinham pouca experiência", explicou o coronel Rufino Ferreira. Apesar de não ter o objetivo de apontar culpados pela tragédia, o relatório final da Aeronáutica sobre o acidente com o vôo 1907 da Gol mostra falhas dos pilotos americanos que conduziam o jato Legacy, mas também dos centros de controle do tráfego aéreo localizados em Brasília e em Manaus.
Além disso, o relatório final afirmou que os pilotos não planejaram o vôo de maneira correta, além de terem demorado muito tempo para perceber que o transponder da aeronave estava desligado. "Os pilotos passaram quase uma hora voando em um nível não padrão e não solicitaram confirmação com o centro de controle. (...) É responsabilidade do tripulante se interar do planejamento (do vôo)", explicou Rufino.
"Não houve monitoramento adequado do vôo, havia uma preocupação deles em fazer cálculos que eles já deveriam ter feito antes do vôo. Houve falta de procedimentos padronizados, desligamento inadvertido de transponder, possivelmente devido à pouca experiência dos pilotos e do treinamento insuficiente para realização da missão", completou.
Sobre o controle de tráfego aéreo brasileiro, o relatório apontou falhas no centro de Brasília (Cindacta 1), no centro de Manaus (Cindacta 4) e ainda no centro de controle de São Jose dos Campos. De acordo com o documento, o problema começou no repasse da informação do planejamento de vôo do Legacy. A partir daí, as informações foram repassadas para outros Cindactas de forma incorreta, segundo a Aeronáutica.
"Isso possibilitou que a aeronave se mantivesse em nível incorreto, passando ao controle de Manaus a falsa premissa e por isso eles (controladores de vôo) não desviaram (o vôo)", explicou o coronel Rufino. Além disso, o Cindacta 1 deixou de avisar que havia perdido o sinal do jato Legacy (já que o transponder havia sido desligado) e o Cindacta 4, por sua vez, comunicou aos outros centros que havia tráfego visual, quando na verdade, o radar não detectava o jato que estava com o transponder desligado.
Para o responsável pelas investigações, houve falhas dos pilotos que o controle brasileiro não conseguiu corrigir. "O planejamento do vôo foi inadequado. (...) Os pilotos (americanos) julgaram que poderiam realizar o vôo com o pouco entrosamento e pouco conhecimento sobre os sistemas da aeronave que possuíam - em particular sobre o sistema de combustível - e demoraram a reconhecer a dificuldade de comunicação com o controle. (...) Os órgãos de controle aéreo não conseguiram corrigir", concluiu o coronel. O relatório não apontou nenhum tipo de falha dos pilotos do Boeing da Gol e nem da empresa.
Fonte: Terra
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