sábado, 21 de agosto de 2010

Portugal: Helicóptero de combate às chamas apedrejado enquanto se abastecia

O proprietário de uma charca no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo apedrejou esta sexta-feira um helicóptero de combate a incêndios quando este se abastecia com água para combater um fogo na zona de Escalhão.

Quando o helicóptero se preparava para se abastecer com água numa charca, o proprietário do local "começou a atirar pedras", contou à Lusa o piloto do helicóptero. A GNR foi informada do sucedido e identificou o homem.

Um comandante da força policial afirma que o indivíduo abordou os agentes garantindo que pretendia ver restituída a água que lhe foi retirada.

Na altura, o helicóptero estava em missão para combater um reacendimento na localidade de Escalhão, em rescaldo do incêndio que na quinta-feira deflagrou no Parque Natural do Douro Internacional.

Fonte: noticias.portugalmail.pt

Paquistão: míssil disparado por avião sem piloto dos EUA mata supostos rebeldes

Quatro supostos rebeldes morreram este sábado, atingidos por um míssil disparado por um avião sem piloto contra um acampamento utilizado pelos insurgentes em uma região tribal do noroeste do Paquistão, anunciaram autoridades de segurança paquistanesas.

O alvo do disparo situa-se no povoado de Kutabkhel, 3 km ao sul de Miranshá, principal cidade do Waziristão do Norte, distrito tribal considerado um reduto dos talibãs e dos insurgentes vinculados à rede Al-Qaeda.

O exército americano nunca confirma os ataques de aviões sem piloto. As forças americanas mobilizadas no Afeganistão e as da CIA (Agência de Inteligência americana) que operam no país são as únicas que utilizam aviões sem piloto na região.

Cerca de mil pessoas morreram em mais de 100 ataques de aviões sem piloto no Paquistão desde agosto de 2008, entre eles líderes talibãs. Estes ataques alimentam os sentimentos antiamericanos em meio à população paquistanesa.

Washington considera as zonas tribais fronteiriças com o Afeganistão como o quartel-general da Al-Qaeda e de seus aliados talibãs paquistaneses, e a base de retaguarda dos talibãs afegãos que atacam as forças internacionais - dois terços das quais são americanas - mobilizadas do outro lado da fronteira.

Fonte: AFP via Terra - Imagens: Reprodução

Juizados especiais em aeroportos completam um mês de trabalho

No Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, o índice de acordo é de 27%.

Já no Santos Dumont, no Rio, os casos resolvidos não chegam a 10%.


Criados para resolver rapidamente problemas entre passageiros e companhias aéreas , os juizados especiais nos principais aeroportos brasileiros completaram nesta sexta-feira (20) um mês com bastante trabalho.

O movimento não para. Pode ser um caso mais simples. “O cadeado quando recebemos da companhia estava totalmente aberto, quebrado”, conta o bancário Luciano Silva

Ou problemas maiores, como o do aposentado Sansão Lopes. O voo dele foi cancelado sem aviso. “Se o senhor quiser, disseram, amanhã às 7h lá do Santos Dummont. Faltou tudo o que chama boa vontade”, diz Lopes.

No Rio, foram 905 atendimentos nos juizados dos aeroportos desde o fim de julho, e mais de 800 em Brasília e 862 em São Paulo. Um em cada cinco termina em acordo entre companhia e passageiro. E no Rio não chega a 10%.

As principais reclamações são o atraso e cancelamento de voos. Depois, a falta de informação e de assistência para os passageiros.

Enquanto isso, a Anac fechou sete, dos dez postos criados para receber as reclamações de passageiros. Com exceção dos aeroportos de Brasília, Confins, em Belo Horizonte, e Guarulhos, em São Paulo, o atendimento será concentrado por telefone e internet.

Os técnicos dizem que os passageiros reclamam com razão. A infraestrutura aeroporturária do país está mesmo saturada; e como a aviação no Brasil nos últimos anos parece que está crescendo a jato, os problemas também aumentam na mesma proporção.

Em 2010, 160 milhões de passageiros serão transportados por avião no Brasil. Um crescimento de mais de 40% em relação a 2008. A previsão é do professor da Fundação Getúlio Vargas, Renaud Barbosa, responsável pelas pesquisas na área de infraestrutura.

“Se não houver investimentos urgentes em aeroportos, novos, reconstruções, reformas, vc vai ter um apagão logístico em 2 ou 3 anos. A medida em que a economia cresça, a medida em que a renda aumente, certamente essa demanda tenderá crescer”, salienta.

São Paulo

No Aeroporto de Cumbica o índice de acordo é de 27%. Já no Aeroporto de Congonhas, só 10% das reclamações terminam em acordo.

Sobre os juizados

O funcionamento desses juizados especiais é muito simples. O passageiro chega, apresenta o seu problema e imediatamente é convidado um representante da companhia aérea. Os dois se reúnem com um mediador da Justiça para tentar obter um acordo.

Quando isso não é possível, no próprio juizado, o passageiro pode dar entrada em uma ação contra a companhia aérea. Se o valor da ação é de até 20 salários mínimos, não há necessidade de um advogado. Se é de 20 a 40 é necessário.

Se o valor da ação passar de 40 salários mínimos, o passageiro precisa procurar a Justiça comum, pois a questão não é mais do juizado especial. Toda a ação aberta nos juizados dos aeroportos tramita no fórum mais próximo da residência do passageiro.

Fonte: G1 (com informações do Jornal da Globo)

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Foto do Dia

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O Boeing 307 Stratoliner, prefixo N19904, da Plane Boats, que pertencera e foi utilizado por Howard Hughes, é um dos 10 307s construídos. Foi o primeiro avião comercial a voar em alta altitude e o primeiro a usar quatro motores em serviço regular doméstico. A aeronave da foto realizou um total de 500 horas de voo durante mais de 25 anos até ser danificado por um furacão em 1964. Em 1974, as asas e a cauda foram retiradas e fuselagem foi convertida para um iate a motor. O "avião-barco" tem incorporados os controles de pilotagem da aeronave original. Coisas que só se vê em Miami. Foto tirada em 27 de setembro de 2003, em Miami, na Flórida, nos EUA.

Foto: Suresh A. Atapattu (Airliners.net)

O documentário sobre a cooperação da Lufthansa com o regime nazista

Abaixo, em sete partes e em alemão, o documentário 'Fliegen heißt Siegen' ("Voar significa vencer", numa tradução livre), levado ao ar pelo canal franco-alemão Arte e pela rede alemã ARD.







Fonte: Mhoppi (YouTube) via Blog Notícias sobre Aviação

Lufthansa se defende de acusações de esconder passado nazista

A Lufthansa, maior companhia aérea da Alemanha, se defende das acusações de ter tentado esconder suas atividades durante o regime nazista, reveladas recentemente por um documentário transmitido pela televisão.

Apesar de ser uma companhia civil, a Lufthansa cooperou com o regime nazista. Assim, durante a guerra, consertava aviões da Luftwaffe (a força aérea hitlerista) e, como a maioria das empresas alemãs, usava mão de obra forçada (cerca de 10.000 homens e mulheres oriundos de territórios ocupados).

Na cronologia oficial divulgada no site da empresa, no entanto, os voos que a empresa mantinha para países neutros recebe destaque, enquanto o uso de trabalho forçado é omitido.

As revelações foram feitas pelo documentário "Fliegen heisst Siegen" ("Voar significa vencer", numa tradução livre), levado ao ar pelo canal franco-alemão Arte e pela rede alemã ARD.

O filme usa como base uma investigação histórica encomendada pela própria Lufthansa em 1999, após várias denúncias apresentadas nos Estados Unidos por ex-trabalhadores forçados. O documentário narra as condições extremas de trabalho destas pessoas, principalmente quando vinham da Europa Oriental ou da União Soviética.

"Prometeram que publicariam um livro com meu trabalho de pesquisa, mas nunca o fizeram e jamais me deram qualquer explicação a respeito", disse Lutz Budrass, historiador da Universidade de Bochum (oeste), estimando que suas descobertas também devem ter "aterrorizado" a Lufthansa.

Sob a suástica: um Ju 52 da Lufthansa em 1935

No fim de julho, o estudo foi divulgado on-line na página interna da companhia aérea. Além disso, segundo a Lufthansa, também está disponível gratuitamente para qualquer pessoa que envie uma solicitação à empresa.

A Lufthansa não se considera responsável judicialmente pelo ocorrido durante o período nazista. A companhia original foi fechada pelos Aliados em 1950. A nova foi fundada em 1953 com o mesmo nome, logotipo e grande parte dos funcionários da anterior.

"A Lufthansa deveria parar de agir como se não tivesse nada a ver com o que aconteceu antes de sua refundação (...) e tentar ajudar a seus ex-trabalhadores forçados. Uma grande companhia deveria ser um pouco mais generosa", afirmou Budrass.

Christoph Weber, autor do documentário, conheceu ex-trabalhadores forçados da Lufthansa e seus familiares na Polônia e Ucrânia. Alguns cobraram indenizações da empresa, outros nunca o fizeram. "A Lufthansa nunca pediu perdão, e isso é uma humilhação para eles", relatou.

Assim como 6.500 empresas alemãs, a Lufthansa ajudou a financiar a Fundação Memória, Responsabilidade e Futuro (EVZ, na sigla em alemão), que pagou 4,4 bilhões de euros em indenizações a mais de 1,6 milhão de trabalhadores forçados durante o nazismo na Europa.

Outras empresas, como a Volkswagen, procuraram seus ex-trabalhadores forçados e construíram monumentos em sua memória, segundo Weber.

Fonte: Terra - Fotos: Christoph Weber (WDR) / Getty Images

Simulador de voo 'Flight simulator' muda de nome e ganhará nova versão

Empresa anunciou o 'Microsoft flight', que está em desenvolvimento para o PC.

Título foi anunciado 28 anos depois de 'Flight simulator 1.0' ter sido lançado.

A Microsoft anunciou que o seu famoso simulador de voo, “Flight simulator”, ganhará uma nova versão. Em desenvolvimento para os PCs, o título se chamará apenas “Microsoft flight” e, de acordo com a empresa, “trará uma nova perspectiva para um gênero com muitos anos de vida”.

“Microsoft flight” foi anunciado 28 anos depois de que o primeiro “Flight simulator 1.0” foi lançado para os computadores. O estúdio interno da empresa, o Microsoft Game Studios, ficou com a tarefa de criar uma versão superior à “Flight simulator x”, que chegou às lojas em 2006.

O simulador utilizará um motor gráfico mais moderno para tentar proporcionar uma experiência de voo mais realista para os usuários, que poderão utilizar diversos modelos de aeronaves comerciais reais. Entretanto, poucas informações sobre o título foram reveladas como, por exemplo, a compatibilidade com aviões criados pelos fãs e disponibilizados na internet que são utilizados em “Flight simulator x” e a data de lançamento.

Um 'teaser' do "Microsoft Flight":

Fonte: G1 - Imagem: Reprodução

Setor aéreo já enfrenta falta de piloto de helicópteros

As empresas de táxi aéreo já enfrentam dificuldade para preencher vagas de pilotos e copilotos de helicóptero.

Custo elevado de formação, dificuldades de certificação e crescimento da demanda devido ao pré-sal são alguns dos fatores que explicam o problema, diz a Abraphe (Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero).

O comandante Rodrigo Duarte, diretor da Abraphe, afirma que há um deficit de ao menos 30 comandantes para helicópteros de grande porte em rotas do petróleo.

Um dos entraves para o aumento da mão de obra no segmento é o nível de exigência definido pela OGP, a associação internacional de produtores de óleo e gás.

No caso da Líder Aviação, que tem participação de 42% nesse segmento, os copilotos precisam ter um mínimo de 500 horas de voo, e os comandantes, de 2.000 horas.

O setor investe na aquisição de aeronaves maiores e mais eficientes para o pré-sal. A Líder trouxe três helicópteros S-92, com capacidade para até 21 passageiros.

Henri Fazzioni, chefe da divisão de ensino da OMNI Táxi Aéreo, afirma que as empresas terão de fortalecer os centros de ensino.

A Omni abriu uma escola de formação há um mês. "Preciso muito de pilotos. Estou procurando 12 para contratar, mas não tem no mercado", disse Fazzioni.

Empresas já recusam pedidos de serviço por falta de profissionais, observa Fernando dos Santos, superintendente do Sneta (Sindicato das Empresas de Táxi Aéreo). "O quadro irá se agravar, se observada a idade média dos pilotos. Boa parte tem idade superior a 50, 60 anos."

Ainda de acordo com o Sneta, existem 150 helicópteros voltados para as atividades petrolíferas. Nos próximos cinco anos, de 60 a 70 aeronaves serão incorporadas a essa frota.

Segundo Sérgio Zanchetti, da escola para pilotos Go Air, a falta de profissionais já se reflete nos salários. Ele afirma que, com um salário médio de R$ 15 mil, alguns comandantes já recebem um valor 15% a 20% maior.

Zanchetti lembra que o mercado de São Paulo, que concentra 40,8% da frota de helicópteros do país, também deverá sentir os efeitos da escassez de profissionais.

"Com a quantidade de helicópteros que as empresas estão encomendando, vão faltar mais pilotos dentro de três anos", disse.

A HeliSolutions, que trabalha com o sistema de propriedade compartilhada de helicópteros (os sócios dividem o uso do aparelho), afirma que o mercado não consegue suprir a demanda por profissionais qualificados.

De 2009 para cá, a demanda por piloto aumentou 25%. A empresa deve receber mais três helicópteros neste ano.

Fonte: Cirilo Junior e Janaina Lage (Folha.com) - Foto: panoramadiario.com

Em expansão, setor de aviação enfrenta novos desafios

Mercado de transporte aéreo cresce no Brasil acima da média mundial

O mercado de transporte aéreo de passageiros está crescendo muito no Brasil, mais do que no resto do mundo. Há movimentos entre as empresas, como a operação da LAN com a TAM, o Congresso está discutindo uma nova lei que permitirá mais participação estrangeira e o país se prepara para grandes eventos internacionais.

No programa Espaço Aberto, da Globonews, eu conversei com os especialistas Respício Espírito Santo, professor da UFRJ, e Lucia Helena Salgado, coordenadora de estudos de regulação e mercado do Ipea, sobre os problemas, oportunidades e expectativas de mudanças no setor de aviação nacional.

Assista a entrevista:

Fonte: Míriam Leitão (Espaço Aberto/Globo News) via O Globo

Aeroporto de Araxá (MG) recebe classificação positiva da ANAC

Portaria da Agência Nacional de Aviação Civil classifica Aeroporto Romeu Zema como 3ª categoria

A ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) acaba de divulgar de forma oficial a elevação do Aeroporto Romeu Zema de Araxá. A informação foi confirmada oficialmente nesta sexta feira, dia 20, pelo administrador do aeroporto, Fabiano Cota.

De acordo com ele foi publicado no Diário Oficial da União, em 13 de agosto, a Portaria 1.321 de 12 de agosto de 2010 com nova classificação dos aeroportos brasileiros, onde o Aeroporto de Araxá passou da 4º (quarta) para 3º (terceira) categoria.

De acordo com o especialista os Aeroportos são classificados pela ANAC de acordo com as facilidades existentes como segurança, infraestrutura de pistas, pátios, terminais de passageiros, qualidade no atendimento e auxílios à navegação aérea, fixando-se, gradativamente, os maiores valores para os aeroportos de 1ª categoria e os menores para os de 4ª. Atualmente, dos 745 aeroportos públicos do país, somente 196 aeroportos enquadram-se nesta classificação.

Um dos benefícios que o Aeroporto Romeu Zema ganhará com esta nova classificação será aumento nas receitas através do repasse das tarifas aeroportuárias.

Esta nova conquista do Aeroporto é o reconhecimento da ANAC pelo excelente serviço que a Governo Municipal, através da Secretaria de Desenvolvimento Urbano vem prestando a frente da Administração do Aeroporto Romeu Zema.

Fonte e fotos: jornalaraxa.com.br

Procuradora vê 'indícios de manipulação' em escalas da Gol

Escalas de trabalho causaram atrasos em voos no começo do mês.

Em audiência, representantes da Gol reafirmaram que empresa cumpre a lei.

A procuradora do Ministério Público do Trabalho de São Paulo Laura Martins Maia de Andrade afirmou nesta sexta-feira (20) que há “indícios de manipulação” e possíveis irregularidades nas escalas de trabalho da companhia aérea Gol.

As escalas de trabalho da Gol causaram, no começo do mês, atrasos em diversos voos nos principais aeroportos do país. A Gol alegou que um problema no novo sistema de escalas da companhia acabou forçando os tripulantes a trabalharem a mais.

Por conta disso, as folgas dos funcionários prejudicados geraram uma reação em cadeia, que culminou nos atrasos. A empresa disse que a situação foi normalizada, mas os trabalhadores voltaram a reclamar da situação nos dias seguintes.

A procuradora conversou com jornalistas após audiência de mediação entre a Gol e os sindicatos dos aeronautas (pilotos, co-pilotos e comissários de voos) e dos aeroviários (as equipes de terra). Foi a segunda audiência. Na primeira, a empresa rejeitou firmar compromisso de manter as escalas de trabalho de sua tripulação dentro das regras sob pena de multa. Nesta sexta, os sindicatos e a empresa entregaram documentos solicitados pela procuradora.

Os representantes da Gol não falaram com os jornalistas nesta sexta. A advogada da empresa Carla Andréa Coelho disse, durante a audiência, que a empresa cumpre todas as leis trabalhistas. Em nota, a Gol informou que só se manifestaria dia 31 de agosto. "Em audiência realizada hoje na Procuradoria Regional do Trabalho da 2ª Região, em São Paulo, a Gol apresentou a documentação requerida pelo órgão. A companhia terá até 31 de agosto para se manifestar sobre temas levantados pela procuradoria."

No começo do encontro, a empresa propôs que as negociações passassem a ser feitas diretamente entre empresa e sindicatos, sem a intermediação da Procuradoria do Trabalho. Os sindicatos, no entanto, rejeitaram a proposta.

A procuradora Laura de Andrade destacou que a companhia aérea teria maquiado, em mais de uma situação, as horas voadas para que os tripulantes não ultrapassassem o limite estabelecido em lei. A empresa teria, conforme ela explicou, contado horas voadas como horas de deslocamento para assumir um voo.

“A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) pega (pune) as horas excedentes. Então, se eles voam como CAT1 é como se fossem passageiros, não como se fossem tripulação. Peguei um caso de uma pessoa que foi e voltou para Caxias do Sul seguidamente como CAT1. No total, se fosse considerar como horas de voo, ultrapassaria a jornada. Existem indícios de manipulação”, disse a procuradora.

CAT 1 ou PX é um termo técnico para quando o tripulante anda no voo como passageiro, a fim de assumir o trabalho em outra localidade. Essas horas são pagas como trabalhadas, mas não são contabilizadas como horas de voo. A regulamentação da categoria permite apenas 85 horas de voo por mês.

A reportagem do G1 teve acesso a uma escala de trabalho de um empregado referente ao mês de janeiro. Nos dias 14 e 15, a programação previa voos para o funcionário. Na escala executada, esse mesmo trabalhador voou como CAT 1 nos mesmos dias. Segundo a procuradora, essa é uma estratégia da empresa para que funcionários não estourem o limite de horas.

Audiência

A audiência no MPT terminou sem acordo, mas a procuradora fez propostas que ainda serão analisadas pelos dois lados. A empresa e os sindicatos terão até o dia 31 de agosto para apresentar contrapropostas e analisar a documentação referente ao processo. Somente a Gol, entregou várias pilhas de documentação (foto acima).

Na proposta feita pela procuradora aos sindicatos e à Gol estão: elaboração das escalas de voos como indicação do total de horas trabalhadas, estipulando horas noturnas e horas especiais; obrigação de intervalo de 12 horas entre as jornadas; não escalar o mesmo tripulante para madrugadas seguidas mesmo se ele estiver fora da base domiciliar; modificar o sistema de escala 'crew line' (novo sistema, que teria causado transtornos no começo do mês) para que o trabalhador possa não aceitar as alterações; terceirização total da limpeza das aeronaves (comissários reclamam que são obrigados a limpar, o que, para a procuradora, é desvio de função); aumento de funcionários em um ou dois tripulantes quando a companhia efetuar vendas dentro dos voos.

“É muito documento. Vou analisar. Já sei muito do que tem aí, mas vou analisar os contrapontos e acredito em um acordo sem a necessidade de ajuizar uma ação”, disse Laura Andrade.

A procuradora também afirmou que a Gol precisa “humanizar as escalas”. “Tem irregularidades. [A escala] extrapola as horas de voo e, principalmente, a grande questão é que eles estão muito cansados. O 'crew line' é uma máquina e não considera a possiblidade descanso. A escala não é humanizada. Existe algo maior que a regulamentação, que é a Constituição Federal, que protege a saúde do trabalhador”, afirmou. Segundo ela, a regulamentação da categoria deveria ser revista no ponto em que não proíbe o trabalho por madrugadas seguidas quando o funcionário está fora de sua base domiciliar.

Fonte e foto: Mariana Oliveira (G1)

Tragédia em Madri: Familiares há dois anos sem respostas

Dois anos após a tragédia no aeroporto de Barajas, em Madrid, que causou a morte a 154 pessoas, os familiares das vítimas e os 18 sobreviventes continuam à espera de respostas. A investigação à queda do McDonald Douglas MD-82, da Spanair, ainda não está terminada, não tendo por isso sido apuradas responsabilidades.

"Depois do desfile das autoridades, uma semana após os enterros já não havia ninguém, ficámos sozinhos", disse a presidente da Associação dos Afectados, Pilar Vera. Os familiares das vítimas e os sobreviventes encontram-se "numa situação de desprotecção total" e, depois de superar a "tristeza e a dor", enfrentam agora a "frustração" de ver que "está tudo por fa-zer a nível judicial, administrativo, civil, pessoal e social", afirmou na conferência de imprensa.

Diversos erros terão causado o acidente com o voo JK-5022, na descolagem para as Canárias. O aparelho não estava configurado para essa operação: os flaps e os slats, localizados nas asas e necessários para a sustentação do avião, não estavam na posição certa. Um alarme deveria ter disparado na cabine do piloto, mas não funcionou. Uma primeira tentativa de descolagem tinha sido abortada devido ao sobreaquecimento da sonda de temperatura, tendo o mecânico em terra acabado por desligar o fusível de que também dependia o alarme.

Além disso, o El Pais revelava ontem que o computador central da Spanair, onde são anotados todos os problemas com os aviões da companhia, tinha um vírus e por isso estava desligado. Caso tivesse sido inserida a tempo a falha detectada na primeira tentativa de descolagem, teria sido accionado o alarme, já que era a terceira em 24 horas. No dia 19 de Agosto de 2008, o mesmo avião tinha tido dois problemas mecânicos.

A investigação está a ser conduzida por um procurador, mas os familiares queixam-se de que não está a trabalhar exclusivamente para o caso. O processo tem já mais de 12 mil documentos, devendo no final do ano, segundo as últimas expectativas, ser reveladas as primeiras conclusões. Dois técnicos da manutenção são os únicos acusados, mas o representante da associação destes trabalhadores diz que não deveriam estar porque eles fizeram o seu trabalho.

No segundo aniversário da tragédia foi divulgado um novo projecto de memorial. Será construído junto ao roseiral do parque Juan Carlos I, de Madrid, representando a cauda do avião da Spanair e terá a inscrição: "Em algum lugar... sempre nos nossos corações." No ano passado, tinha sido inaugurado outro memorial, nas Canárias (destino do avião e terra da maioria das vítimas). Este, que representa a lateral do avião, tem um orifício no topo, por onde passa a luz do sol. No dia e à hora do acidente (14.28), a claridade incide na inscrição "Que não fique o vazio, enquanto a luz eterna como as ondas ilumine o instante efémero da partida."

O segundo aniversário fica ainda marcado pela polémica em torno de uma série de televisão inspirada na investigação ao acidente, filmada pela Telecinco. A estação defende a "seriedade do projecto", intitulado Voo 8714 e que tem estreia prevista no Outono. Há, contudo, familiares das vítimas que recorreram aos tribunais para tentar proibir a transmissão.

Fonte: Diário de Notícias (Portugal)

Avião criado para lançar nave de turismo espacial sofre dano durante teste

O WhiteKnightTwo começou a voar em 2008, e fazia seu 37º voo de teste

Um avião projetado para lançar a nave suborbital de passageiros (ilustração acima) da empresa Virgin Galactic sofreu danos em um acidente numa pista da Califórnia, informa o fabricante Scaled Composites.

Em nota publicada em seu website, a empresa se referiu ao incidente como "menor" e destacou que a nave espacial em si, SpaceShipTwo, não estava conectada ao avião, conhecido como WhiteKnightTwo, no momento do acidente.

A revista especializada Aviation Week & Space Technology informou que o trem de pouso esquerdo do avião se soltou na pista (foto acima). Não se sabe se o aparelho estava decolando ou pousando quando houve o problema. A Scaled diz que ninguém ficou ferido. Autoridades federais iniciaram uma investigação.

O WhiteKnightTwo começou a voar em 2008, e fazia seu 37º voo de teste na quinta-feira. O avião foi propjetado para carregar a SpaceShipTwo até uma altitude de cerca de 45.000 pés (13,5 quilômetros).

A nave espacial, com espaço para dois pilotos e seis passageiros, seria então liberada, para que possa disparar seus foguetes e sair da atmosfera, experimentando alguns minutos de ausência de peso em espaço Suborbital antes de descer uma pista de pouso.

A Virgin Galactic, que está vendendo passagens para um passeio na nave por US$ 200.000 cada, já conta com 340 clientes até agora.

Fonte: Reuters via Estadão - Imagens: Reprodução

Saiba mais: o 3º Batalhão de Aviação do Exército (3º BAvEx)

Criado em 17 Agosto de 1993, o 3º Batalhão de Aviação do Exército (3º BAvEx) é uma das Organizações Militares mais operacionais do Exército Brasileiro. Em julho de 2000, o 3º BAvEx passou a integrar a Força de Ação Rápida Estratégica do Exército Brasileiro, cuja finalidade é atuar imediatamente em qualquer ponto do Território Nacional.

O “Batalhão Pantera”, como é conhecido por seus integrantes e pelos militares do Exército, está localizado na cidade de Taubaté-SP, próximo ao Parque do Itaim e utiliza, para o cumprimento de suas atividades militares, helicópteros dos modelos Pantera (HM-1) e Fennec (HA-1), todos de origem francesa (veja no próximo mês as fichas técnicas e curiosidades das aeronaves empregadas pelo Batalhão Pantera).

A Unidade Aérea é empregada em missões de cunho especificamente militar e participa, anualmente, dos exercícios militares das Grandes Unidades e Grandes Comandos do Exército. Atua, também, em diversas atividades de caráter comunitário e de ações em conjunto com órgãos públicos, tais como: Na Operação Proarco, de combate às queimadas na região do “arco amazônico”, junto ao IBAMA, na Operação Mandacaru, que teve por objetivo o combate ao plantio de maconha no Nordeste, ambas realizadas em 1999, na Operação Gota, no ano de 2005, em apoio à FUNASA no estado do Acre e, recentemente no ano de 2006, na Operação ABAFA do Ministério da Defesa, em repressão ao roubo de armamentos no Rio de Janeiro.

O 3º BAvEx é formado, atualmente, por 263 militares das diversas regiões do Brasil sendo que, desse total, 162 são cidadãos taubateanos, perfazendo 61,8 por cento do efetivo da Unidade.

No corrente ano, o Batalhão Pantera já alcançou a marca de 688 horas de vôo e tem a previsão de voar, ainda em 2008, mais 2084 horas em missões aéreas em proveito do Exército Brasileiro

Qual a finalidade do 3º BAvEx?

O Batalhão Pantera tem como missão principal, definida para atender as necessidades operacionais do Exército Brasileiro, proporcionar eficiente apoio aérea (aeromobilidade) ao cumprir missões de Defesa da Pátria, Garantia dos Poderes Constitucionais, Garantia da Lei e da Ordem e em ações em conjunto com outros órgãos públicos federais ou estaduais.

A Pantera

Ao ser criado em 17 de agosto de 1993 o 3º BAvEx foi, originalmente, incumbido da missão de voar e operar as aeronaves do modelo AS 365 K Panther, ou simplesmente “Pantera”. Aeronave excelente em aeromobilidade e operacionalização, o Pantera, como ficou conhecido pelos militares do Exército, recebeu o indicativo de “Helicóptero de Manobra - 01, então, HM-1 Pantera! Após alguns anos, a Unidade Aérea passou a utilizar, também, as aeronaves AS 550 C3 “Fennec”, com o indicativo “Helicóptero de Ataque - 01” ou HA-1 Fennec.

Face ao exposto, o símbolo do 3º BAvEx é representado por uma circunferência de 09 cm de diâmetro com uma pantera negra ao centro em posição de ataque. Na parte externa superior, lê-se a inscrição “3º BATALHÃO DE AVIAÇÃO DO EXÉRCITO” na cor cinza e na parte externa inferior observa-se a inscrição “PANTERA”. A pantera negra simboliza a audácia do felino e a furtividade fornecida por seu manto escuro, evidenciando a capacidade técnico-operacional da Unidade Aérea. A inscrição “PANTERA”, na cor cinza, representa as aeronaves HM-1 Pantera que, na criação do 3º BAvEx, foram designadas ao emprego da Unidade. A cor verde, predominante no símbolo, ilustra o macacão de vôo, a segunda pele do aeronavegante, e ainda, a cor tradicional dos Batalhões operacionais do Exército Brasileiro e, por fim, o fundo cinza, ao centro, simboliza a manutenção diretamente ligada à operacionalidade da Organização Militar.

A estrutura

O Batalhão Pantera é composto por quatro subunidades (repartições de um batalhão) denominadas esquadrilhas. As esquadrilhas executam atividades específicas de acordo com suas peculiaridades de emprego.

Conforme mostra o organograma abaixo, o 3º BAvEx é formado pelas Esquadrilha de Helicópteros de Emprego Geral (EHEG), que emprega as aeronaves HM-1 Pantera, Esquadrilha de Helicópteros de Reconhecimento e Ataque (EHRA), que emprega as aeronaves HA-1 Fennec, Esquadrilha de Manutenção e Suprimento (EMS), responsável pela constante manutenção das aeronaves da Unidade e pela Esquadrilha de Comando e Apoio (ECAp), responsável por garantir a segurança e vida administrativa do Batalhão.


Os helicópteros do 3º BAvEx

Montados no Brasil pela Helibrás, em Itajubá-MG, o HM-1 Pantera e o HA-1 Fennec são as aeronaves empregadas pelo 3º BAvEx para o cumprimento de suas missões aéreas, sendo que, os dois modelos de helicópteros são originários da França. O Pantera é uma aeronave considerada multi-missão, o seja, capaz de realizar missões de transporte de tropas e materiais, resgates aeromédicos, observação e como plataforma de guerra eletrônica. O Fennec, por sua vez, é uma aeronave considerada de reconhecimento e ataque, capaz de realizar missões aéreas de combate como: Ataque a alvos terrestres, podendo ser fixo ou móvel, quando armada com foguetes e metralhadoras axiais, reconhecimento de áreas como cidades, vilarejos e pontos específicos, tais como fábricas, refinarias etc, observação e vigilância aérea.

Esses dois modelos de helicópteros são altamente eficazes visto que, além das Unidades Aéreas do Exército Brasileiro, muitos outros órgãos governamentais, empresas civis e particulares também utilizam estas aeronaves para cumprir suas diversas atividades.

Os quadros abaixo mostram as fichas técnicas do HM-1 Pantera e do HA-1 Fennec:


Redator da Matéria: Cap Hamilton C. H. Cavalcante – Adj RP do 3º BAvEx via Agoravale

Taubaté: 3º BAvex comemora aniversário e realiza última formatura na cidade

Com grande participação em inúmeras missões aéreas, o 3° Batalhão de Avião do Exercito (BAvex), comemorou na manhã desta sexta-feira (19), o 17° aniversário de criação, na sede da instituição, em Taubaté. O evento, além de marcar a comemoração da data foi também a última formatura do batalhão na cidade.

Contando com a presença de autoridades civis e militares, a cerimônia teve início após o culto religioso, por volta das 10h30, com desfile dos pelotões, apresentação da banda militar e homenagem aos soldados que se destacaram no serviço prestado.

De acordo com o comandante do 3º Batalhão de Aviação do Exército, a data é muito importante para parabenizar os militares e lembrar as atividades que já foram desenvolvidas ao longo da história do batalhão. “Desempenhamos um papel relevante em diversas missões. É com grande satisfação e alegria que parabenizo os militares desse batalhão, que dedicam vida e alma em cada trabalho desenvolvido pelo 3º BAvex”, diz o comandante Tenente-Coronel Lourenço William da Silva Ribeiro Pinho.

Para William, se pudesse ressaltar três atividades que marcaram a corporação durante os 17 anos de existência, seria a ajuda humanitária desenvolvida na enchente de Blumenal, em Santa Catarina, no sul do país, e na enchente do nordeste; ajuda na 2ª Conferência Mundial sobre o meio ambiente sediada no Rio de Janeiro, em 1992, dentre outras.

A comemoração do 17° aniversário também marcou a última realização da formatura em parabenização a criação da Unidade, em Taubaté. Em janeiro de 2011, a previsão é que a sede do batalhão passe a ser em Campo Grande, Mato Grosso do Sul.

Desde abril de 2008, a transferência da sede já começou a ser realizada, passando a atuar junto ao Comando Militar do Oeste. “Essa transferência é importante, trabalharemos junto a segurança das fronteiras no Brasil. Sendo assim, a formatura de hoje é a última que realizamos em Taubaté. Nas próximas comemorações já estaremos na nova sede”, comenta o comandante William.

O general-de-brigada, Roberto Sebastião Peternelli Junior, comandante do CavEx, aproveitou a ocasião para agradecer o trabalho desenvolvido pelo 3º BAvex. “Hoje é uma data feliz, mas o sentimento é o mesmo de quando um filho deixa a residência dos pais. É a mistura de tristeza, alegria e satisfação. Sabemos que o filho irá desenvolver a missão com sucesso na nova casa. Só tenho a agradecer pela estrutura e pelo bom trabalho desenvolvido por esse batalhão”, ressalta o general Peternelli.

De acordo com a assessoria do CavEx, o 3° BAvex conta com 14 helicópteros e realiza por ano cerca de dual mil e quinhentas horas de vôo. O efetivo dessa Unidade conta com cerca de 270 homens somando a unidade de Taubaté e a de Campo Grande.

Fonte: Elai Costa (Agoravale)

Sindicato dos Aeronautas: 95% das denúncias são contra a Gol

Está prestes a acontecer a primeira greve de aeronautas no Brasil desde 1988. O diretor de segurança de voo do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Carlos Camacho, continua recebendo denúncias de tripulantes sobre descumprimento da regulamentação trabalhista pela companhia aérea Gol. São contra ela 95% das queixas, calcula.

Atraso em voos da Gol aumentam filas no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo

Em entrevista a Terra Magazine, ele aponta os impasses e as circunstâncias da segunda audiência de mediação entre tripulantes e a direção da Gol, marcada para esta sexta-feira, 20.

Camacho critica a atuação da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), acusa uma fraude diante da fiscalização e não se fia nas desculpas das companhias aéreas. A agência e a Gol justificaram que atrasos e cancelamentos de viagens decorreram de falhas no programa de computador do novo sistema de escalas, que causou a falta de tripulantes.

Leia a entrevista.

Terra Magazine - Haverá uma reunião nesta sexta-feira sobre o impasse entre a Gol e seus tripulantes?

Carlos Camacho - Amanhã vai ter uma audiência de mediação no Ministério Público do Trabalho, na Procuradoria Regional. Vão estar presentes a procuradora, que é a mediadora, o Sindicato Nacional dos Aeronautas e representante da empresa Gol. Esta é a segunda reunião, a primeira foi no dia 9, na Procuradoria, onde se iniciaram as tratativas em termos de mediação. A empresa declara algo absolutamente absurdo, que é a não garantia de que ela pode cumprir a lei, isso causou um torpor muito grande perante seus trabalhadores. Cumprir a lei é obrigação de todos, principalmente daqueles que detêm concessões públicas, que é o caso das empresas de transporte aéreo.

Cumprir a lei exatamente em quê?

Principalmente no que diz respeito à regulamentação dos trabalhadores de terra e de voo, particularmente de voo, que a empresa vem descumprindo. Neste documento que ela envia para a mídia, a ANAC reconhece que a empresa vinha descumprindo a lei. Em nota de 3 de agosto de 2010, às 15h52, lá num dos últimos parágrafos: "A ANAC também enviou inspetores para acompanhar o trabalho de planejamento da escala na empresa, de acordo com a Lei do Aeronauta". Então, a empresa realmente verificou que havia dados incorretos, informa que sistemicamente teve problema com seu programa de elaboração de escala planejamento...

Na verdade, há um problema de escala que não é necessariamente do software, não?

O que a gente tem assistido aqui, através das denúncias que eu recebo, é que as empresas, quando apertadas pela ANAC, declaram que tiveram problemas em software. A empresa Gol/Varig fez isso. A empresa Passaredo, a mesma coisa. Quando visitada pela ANAC, ela apresentou problema no seu software, veio lá com uma escala feita a lápis e a colocou à disposição dos inspetores da ANAC, que se deram por satisfeitos. Interessante que, por esta escala feita a lápis, tinha tido muito mais do que as oito folgas mandatórias mínimas por mês, quando, na verdade, muitos tripulantes não tiveram mais do que quatro ou cinco folgas no total.

Então, pior ainda: houve uma fraude, não?

É fraude. E intenção dolosa de enganar a agência, né?

Existe alguma denúncia em relação a isso? Espera-se qual punição?

Tem uma denúncia. A ANAC é muito interessante nisso porque diz claramente que não encontra problemas com as empresas. Numa nota publicada em 13 de agosto de 2010, está aqui: "Relatório aponta insatisfação em companhias aéreas em 2005. Ministério do Trabalho multa TAM por excesso de jornada". Esta mesma nota: "A assessoria de imprensa da Agência Nacional de Aviação Civil, órgão que responde pela fiscalização do setor, inclusive o cumprimento das normas específicas para os trabalahdores do setor, informou que a Gol e a TAM não foram multadas, nos últimos dois anos, por problemas relacionados à carga excessiva de trabalho, apenas por cancelamentos e atrasos de voos". O que é uma absoluta incontinência. Se a ANAC não multou, é estranho porque o sindicato denunciou. Se a ANAC multou, está omitindo um fato que deveria dizer claramente à sociedade.

As outras companhias aéreas estão em situação semelhante à Gol em relação às denúncias de condições de trabalho e irregularidade nas escalas de trabalho dos aeronautas?

A TAM era campeã no início do estabelecimento deste nosso protocolo de recebimento de denúncias. E foi assim por alguns meses. Porém, deve ter se adaptado, contratou mais gente. Tomou menos voos da parte da ANAC, portanto se sente mais confortável para fazer os voos com os tripulantes que tem. Não que a TAM não tenha denúncias. Tem, mas em muito menor número do que os da empresa Gol, que possui 9,5 a cada 10 denúncias.

As empresas menores também vêm sendo denunciadas?

Tem informação, sim. Da Passaredo, da Trip, de descumprimento de regulamentação do trabalhador. E o trabalhador da aviação é um elemento muito especial porque trabalha sob pressão forte o tempo todo, principalmente mental. Tem também a necessidade de que seja literalmente cumprida porque pode representar o fator humano presente num acidente aeronáutico.

A partir do noticiário sobre os últimos transtornos da aviação brasileira, leitores se identificaram como aeronautas e alertam sobre condições inadequadas de manutenção de equipamentos e estado de conservação de aeronaves de algumas empresas. O senhor, que é diretor de segurança de voo do sindicato, tem relatos sobre isso?

Meu trabalho está me tomando tanto tempo, que não tenho tempo para observar o que está acontecendo com os colegas do lado de fora das cabines de comando. Mas, se eles tiverem problemas, certamente estão reportando para os sindicatos de aeroviários. Não tenho nada neste momento (acerca disto).

Qual é a expectativa para a reunião desta sexta-feira?

O grupo declarou, em assembleia do dia 13 de agosto, aqui, em São Paulo, por unanimidade dos votos e duas abstenções, que mantenha a assembleia em caráter permanente, e o estado de greve foi declarado. Funciona da seguinte maneira: estou armado, posso atirar; não preciso necessariamente mostrar a arma. A intenção é fazer algo se houver, da parte da empresa, intransigência forte em negociar preceitos e questões de interesses do grupo de tripulantes da Gol.

A decisão de dar este tiro ocorre nesta sexta?

É um indicativo, uma reunião de mediação. Digamos que a empresa venha com a mesma colocação que teve na última, dia 9, que não tem condição de cumprir a lei; pode sair de lá com o problema agravado. Uma greve não acontece no dia seguinte porque nós trabalhamos num setor específico, muito sensível da natureza social das coisas, temos a obrigação de, após declarada a greve, comunicar à empresa e à sociedade com 72 horas de antecedência.

Será possível resolver logo ou isso deve se estender?

Não tenho nenhuma expectativa porque a empresa, na primeira reunião, colocou na mesa pessoas com nível gerencial, de pouco poder de decisão ou nenhum. Se a gente chegar lá e assistir ao mesmo quadro, vou propor para minha diretoria - porque não estarei, mas posso enviar um SMS aos celulares - que devemos encerrar as negociações, pois, se não comparece ninguém com poder de decisão, significa que a empresa está realmente intransigindo e não quer negociar. Aí vamos para uma assembleia novamente, já que ela está declarada permanente, é só chamar a data e ouvir a categoria no dia seguinte útil, segunda-feira (23).

Como houve unanimidade pelo estado de greve, se forem encerradas as negociações nesta sexta-feira, são grandes as chances de ser decretada a paralisação segunda-feira?

Não duvido.

Seriam mantidos apenas 30% dos voos da Gol?

30%.

O que essa greve representaria para a aviação aérea brasileira?

Pelo que as empresas estão voando hoje, acho que é muito ruim porque as pessoas já compraram suas passagens, os voos já estão programados, as escalas de tripulantes já foram planejadas e produzidas. O grande problema, parte significativa das queixas do passado - que culminaram com os dias 30, 31, 1º, 2, 3 e até quase 5 de agosto -, era o desaparecimento das escalas das telas dos computadores, não se tinha como acompanhar suas horas de voo. Parece que está se repetindo, as denúncias continuam chegando ao sindicato.

Com que frequência histórica ocorrem greves de aeronautas no Brasil?

A última foi em 1988. Teve uma em 87, outra em 85. Era um período de negociação de salários. A de 87 mais interessou aos patrões do que aos trabalhadores por conta da correção de tarifas. Havia uma série de planos (econômicos) do governo na época.

Fonte: Eliano Jorge (Terra Magazine) - Foto: Vagner Campos/Futura Press

Latam terá somente ações ordinárias, explica TAM

A companhia aérea brasileira desmentiu a criação de ações de classe A e B e a conversão de ações da TAM Empreendimentos e Participações em papéis da LATAM

A TAM Linhas Aéreas (TAMM4) desmentiu em comunicado ao mercado nesta sexta-feira (20) a criação de ações de classe A e B para a companhia aérea brasileira no processo de fusão com a chilena Lan. Segundo a empresa, a Lan possui apenas ações ordinárias, e estas serão mantidas após a fusão das duas na Latam. "Desta forma, a Latam possuirá exclusivamente ações ordinárias com direito a voto".

O comunicado esclarece também que a HoldCo, empresa a ser formada com a conferência das ações de emissão da TAM detidas pela TAM Empreendimentos e Participações, não serão convertidas em ações da Latam, empresa resultante da integração com a chilena. A TAM Empreendimentos e Participações continua com controle da família Amaro.

"Apenas as ações, sejam ordinárias ou preferenciais, de emissão da TAM poderão ser trocadas por ações ordinárias de emissão da Latam (e, consequentemente, por recibos de ações negociados no Brasil ou em Nova York), observada uma mesma e única relação de troca (0,90 ação da Latam por cada ação da TAM)", esclareceu a empresa.

O noticiário em torno da fusão havia divulgado a criação de duas classes de papéis recentemente, motivando a companhia a dar os esclarecimentos.

Fonte: Mirela Portugal (Exame.com)

Aeroportos de todo o Nordeste serão sinalizados contra exploração sexual infantil

Aeroportos de todo o Nordeste serão sinalizados, a pedido do Ministério Público do Trabalho na Paraíba, com cartazes e bunners que terão mensagens contra o turismo sexual e a exploração sexual de crianças e adolescentes. Os monitores internos dos aeroportos também exibirão Vts em diversos idiomas alertando que a prática é crime.

A garantia foi dada pelo superintendente regional da Infraero no Nordeste, Fernando Nicácio da Cunha Filho, ao procurador do Trabalho Eduardo Varandas Araruna, que está à frente de uma ampla campanha contra a exploração sexual infantil na Paraíba. “Decidimos estender a campanha a outros aeroportos, e não apenas aos da Paraíba, já que trata-se de um problema que atinge outros Estados”, justificou o procurador.

A parceria ainda prevê a possibilidade de extensão para todos os aeroportos do país e o chamamento das companhias aéreas para vincularem vídeos educativos no interior das aeronaves.

Fernando Nicácio aprovou a proposta do MPT. “Todos sairão ganhando com essa campanha, principalmente nossas crianças e adolescentes. Trata-se de uma iniciativa muito oportuna e a Infraero vai encampá-la”, prometeu.

A reunião em que a parceria foi firmada foi realizada no gabinete do procurador Eduardo Varandas. Também esteve presente o gerente de comunicação da Regional Nordeste da Infraero, Jorge Tadeu de Andrade.

“O turista que chegar as nossas terras deve estar ciente de que o Brasil é açougue de carne de criança”, alertou o Procurador Eduardo Varandas, idealizador da campanha.

Fonte: clickpb.com.br

EUA: museus buscam recursos para abrigar ônibus espaciais

A “aposentadoria” de três ônibus espaciais dos Estados Unidos desencadeou uma disputa entre 21 museus, como mostra uma reportagem do Wall Street Journal.

As entidades estão correndo atrás não apenas de dinheiro, mas também de apoio de astronautas, políticos e da população, para mostrar à Nasa que têm condições de hospedar as espaçonaves.

Os museus contemplados terão um gasto de US$ 29 milhões por naves, para arcar custo com reparos e transporte, entre outros. Além disso, precisarão de um espaço fechado para abrigar os veículos, uma vez que a Nasa não permitirá que sejam guardados ao ar livre.

O historiador da aviação Jay Miller disse ao Wall Street Journal que, apesar da boa intenção dos museus, pouquíssimas entidades têm condições de abrigar as naves.

A Nasa ainda não definiu oficialmente a data para aposentar os ônibus espaciais, mas o jornal afirma que, segundo pessoas ligadas ao assunto, isso pode ocorrer ainda nesse outono (primavera no Brasil).

O vídeo abaixo tem mais imagens, além de comentários, em inglês, do jornalista do WSJ Dan Michaels.



Veja fotos das aeronaves no site do Wall Street Journal

Fonte: Sílvio Guedes Crespo (Radar Econômico/Estadão) - Foto: Divulgação/Smithsonian Institution

Marinha dos EUA deve expulsar ex-astronauta condenada por agressão

Lisa Nowak voou em um ônibus espacial, mas depois foi presa por agredir outra astronauta

A Marinha dos Estados Unidos deve expulsar a ex-astronauta Lisa Nowak (fotos acima), que perdeu seu posto na Nasa depois de atacar uma rival no amor, de acordo com um comitê militar que avaliou o caso.

O comitê de três almirantes fez a recomendação na quinta-feira, 19, depois de uma audiência que durou todo o dia na Estação Aeronaval de Jacksonville.

A recomendação agora vai para o Comando de Pessoal da Marinha. Uma decisão final deve ser tomada pelo secretário da Marinha.Nesse meio tempo, a ex-astronauta continuará a trabalhar no gabinete do chefe de Treinamento Aeronaval, no Texas.

Ela voou a bordo de um ônibus espacial em 2006, mas foi dispensada do corpo de astronautas depois de ser presa em 2007. Seu nome não consta da lista telefônica, e o oficial superior de Nowak não atendeu a reportagem nesta sexta-feira.

O comitê recomendou rebaixar Nowak de capitão a tenente-capitão e conceder-lhe baixa "diferente de honrosa".

Se a recomendação foi aceita, a mudança de patente significa que ela receberá pensão pelo posto inferior. Além disso, apenas veteranos dispensados de forma honrosa têm acesso aos benefícios legais concedidos pelos EUA a ex-militares.

Nowak foi condenada a um ano de condicional em novembro, depois de declarar-se culpada de arrombamento e agressão.

Ela confrontou a rival Colleen Shipman no estacionamento do Aeroporto Internacional de Orlando em fevereiro de 2007, depois de dirigir a partir de Houston. Colleen havia iniciado um namoro com o ex-piloto de Ônibus espacial Bill Oefelein, em quem Nowak estava interessada.

Disfarçada com peruca e sobretudo, Nowak seguiu Shipman até o estacionamento e tentou arrombar seu carro. Em seguida, atacou-a com spray pimenta.

Fonte: Associated Press via Estadão - Fotos: nytimes.com