terça-feira, 2 de junho de 2009

Destroços avistados são do avião da Air France, diz Jobim

Segundo ministro da Defesa, foram localizados destroços em faixa de 5 km.

Avião saiu do Rio em direção a Paris no domingo à noite.




O ministro da Defesa, Nelson Jobim, confirmou nesta terça-feira (2) que os destroços encontrados durante a madrugada no Oceano Atlântico são do Airbus da Air France. De manhã, a Aeronática informou que não poderia confirmar a origem do material.

De acordo com Jobim, as aeronaves de busca avistaram uma mancha de óleo, destroços e uma poltrona. "Nós temos uma posição no sentido de que isso é do Airbus da Air France."

Ao responder a um repórter, Jobim garantiu: "Os destroços são do avião. Isso não há mais dúvida". E acrescentou:

"Eu não trabalho com hipóteses. Nós trabalhamos com dados empíricos. A determinação, que foi feita pelo ministro da defesa em obediência ao presidente Lula e do vice José Alencar, é que essas buscas continuam dentro da modelagem estabelecida pelo sistema Parasar. Há um sistema de buscas que independe de hipóteses e que trabalha exatamente esgotando todas as possibilidades neste perímetro", disse o ministro da Defesa.

Fios e metais da aeronave

O Airbus da Air France desapareceu após decolar do Rio de Janeiro no domingo (31) em direção a Paris e desapareceu. O voo AF 447 levava 228 pessoas. Jobim disse que não é possível saber se há sobreviventes.

Segundo o ministro, o avião Hércules da Força Aérea Brasileira identificou diversos materiais em uma faixa de 5 km. "Fios, metais, enfim, elementos que compõem a aeronave", esclareceu. O local fica dentro da área em torno do arquipélago de São Pedro e São Paulo.

Ele esclareceu que os objetos encontrados no mar serão recolhidos e embarcados no navio Grajaú, da Marinha. A embarcação levará o material para Fernando De Noronha.

Investigações

Jobim explicou que as investigações ficam sob responsabilidade do governo na qual a aeronave foi registrada, no caso, a França. O Brasil ficará responsável pela busca de corpos, resgate de vítimas e destroços.

"São duas coisas distintas. A investigação de apuração das circunstâncias são feitas pelo governo francês. A legislação da Ical ( (Organização Internacional da Aviação Civil) estabelece que as investigações são feitas pelo governo ou autoridade aeronáutica do governo de registro da aeronave, mas com a participação de outros governos que envolvam passageiros de outras nacionalidades ", afirmou Jobim, ressaltando que não é possível saber se o avião explodiu.

Familiares

O ministro teve um encontro com a famílias dos passageiros que estavam a bordo do avião. Ele contou que não conversou com familiares sobre a possibilidade de haver sobreviventes.

"Eu não disse nada (sobre a hipótese de sobreviventes), absolutamente nada sobre isso. Eles perguntaram, mas eu disse: nós não trabalhamos com hióteses , trabalhamos com resultados empíricos. Porque se nós trabalhássemos com hipóteses, nós poderíamos suspender as buscar só por causa de hipóteses, então não se trabalha no sistema de resgate com hipóteses, trabalha-se com fatos empíricos. Ou seja, esgota-se os esforços até um determinado momento, que é um momento definido pelos técnicos que trabalham no sistema. Agora, até o momento não foi divisado nenhum corpo, somente destroços", esclareceu Jobim.

Sobre a lista de passageiros, Jobim afirma que pela legislação internacional, a lista é fornecida pela empresa responsável pela aeronave. No entanto, alguns parentes afirmam que não desejam que os nomes das vítimas estejam na lista.

Fonte: G1

Aviões da FAB encontram objetos no Oceano Atlântico

Restos foram vistos em dois pontos no mar, distantes 60 km entre si.

Não foi confirmado se partes encontradas seriam do avião da Air France.




A Aeronáutica informou nesta terça-feira (2) que encontrou objetos metálicos e não-metálicos no Oceano Atlântico. Ainda não há confirmação de que sejam partes do Airbus da Air France desaparecido no caminho entre Paris e Rio de Janeiro na noite de domingo (31) com 228 pessoas a bordo -59 delas brasileiras.

O coronel Jorge Amaral disse que objetos foram visualizados por aviões da Força Aérea Brasileira em dois pontos distintos, distantes 60 km entre si, a cerca de 650 km a nordeste da Ilha de Fernando de Noronha.

Mapa feito pela FAB mostra local onde vestígios foram encontrados

Segundo ele, um avião radar R-99 que havia saído às 22h35 de segunda-feira do arquipélago de Fernando de Noronha detectou sinais eletrônicos por volta da 1h desta terça. E, por volta das 5h25 desta terça, uma aeronave C-130 avistou objetos metálicos e não-metálicos que podem ser do Airbus.

Teriam sido vistos uma poltrona, uma boia laranja, um tambor, objetos brancos, além de mancha de óleo e querosene, segundo a Aeronáutica.

Os objetos foram encontrados no segundo dia de buscas. O avião, um Airbus 330-200, havia partido do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, às 19h30 de domingo. A meio caminho entre Brasil e África, ele atravessou uma área de turbulência e perdeu contato com os radares. Mensagem automática indicou que a aeronave sofreu uma pane elétrica, segundo a companhia.

Chances escassas

As autoridades francesas reconheceram que são escassas as possibilidades de encontrar sobreviventes, mais de 30 horas depois do acidente, ocorrido em uma zona marítima de grande profundidade, pouco mais de quatro horas depois da decolagem do Aeroporto do Galeão, no Rio.

Fonte: G1, em Brasília, com TV Globo e agências internacionais

Atividade da zona turbulenta por onde passou o Airbus está mais intensa este ano

A atividade da zona turbulenta por onde passou o Airbus 330 da Air France, que fez o voo 477 do Rio a Paris, está acima do normal este ano. Especialistas acreditam que turbulências, nuvens gigantes e raios possam estar entre as causas - diretas ou não - do acidente. O avião atravessou um intenso conjunto de nuvens cúmulos-nimbos, que chegavam a mais de 16 quilômetros de altura com muitas descargas elétricas.

Um piloto de uma empresa aérea nacional, que faz a mesma rota com o Airbus 330, confirmou uma mudança:

- Tem havido uma atividade muito forte na área.

A FAB emitiu um alerta oficial sobre condições climáticas perigosas, com turbulência severa, na região onde o vôo 447 da Air France desapareceu. Imagens de satélite e dados da Rede Mundial de Raios (WWLLN, na sigla em inglês), operada na América do Sul pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), confirmam a ocorrência da tempestade no horário e no local do possível acidente aéreo.

- As imagens de satélite mostram um fenômeno conhecido como zona de convergência intertropical, um alinhamento de nuvens extremamente densas, típicas de tempestades, na rota prevista para o voo AF 447 - disse ao site do GLOBO, por telefone, Marcelo Enrique Seluchi, do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC)/INPE. - É uma zona de grande turbulência.

Nesta região, explica Marcelo, descargas elétricas são comuns. O que poderia corroborar a hipótese levantada pela própria Air France de que o avião teria sido atingido por um raio antes de apresentar problemas elétricos.

- É difícil, mas não é impossível que o avião tenha sido atingido por um raio - explicou o meteorologista. - Essas zonas de convergência apresentam oscilações de intensidade e posição. Tem dias em que estão mais intensas. Como no domingo.

Fenômeno teria relação com chuvas no Norte e Nordeste

O avião desapareceu ao atravessar a Zona de Convergência Intertropical. Os pilotos de aviões já partem sabendo que enfrentarão tempestades potencialmente perigosas e existem radares que os mantêm informados sobre isso. Desde o fim do ano passado, porém, essa zona está anormalmente mais ativa.

- Uma muralha de nuvens que se estende da América do Sul à África cobre o Atlântico. É esse fenômeno que está causando as chuvas torrenciais que assolam o Norte e o Nordeste do Brasil desde o fim do ano passado. Ainda não sabemos o motivo, mas a atmosfera está despejando uma quantidade anormal de energia este ano - diz Isimar de Azevedo Santos, professor do Departamento de Meteorologia da UFRJ e coordenador do projeto Ciclones do Atlântico Sul.

De acordo com o técnico do Inpe, praticamente todos os voos que partem do país para a Europa e os EUA passam por essa zona de turbulência, localizada ao norte da ilha de Fernando de Noronha. Em geral, sem grandes problemas.

- O que causa estranhamento é que este é um fenômeno frequente nesta região, com o qual os pilotos estão bastante acostumados. Os aviões, na maioria das vezes, atravessam essas zonas de convergência na altura do topo das nuvens, a cerca de 15 mil metros, que é a região menos perigosa.

Marcelo lembra, ainda, que os aviões possuem radares de proa que avisam sobre a existência de nuvem mais densas que possam oferecer algum risco.

- Isso permite que eles mudem a rota e contornem essas zonas.

Fonte: Ângela Góes (O Globo)

Simulador de voo mostra o que pode ter acontecido com avião que sumiu

Especialistas em segurança de voo consideram Airbus 330-200 sofisticado.



Um simulador de voo mostrou o cenário que se formava sobre o Atlântico, no momento em que o avião que fazia o voo AF 447 da Air France, entre Rio e Paris, desapareceu. Havia chuva e nuvens carregadas.

Na atmosfera instável, a velocidade e a direção do vento mudam constantemente. Quando um avião entra em uma turbulência, sua força de sustentação também oscila.

As mudanças abruptas fazem o avião subir e descer repentinamente. O tipo mais perigoso de turbulência para a aviação é aquela que ocorre dentro e próxima a trovoadas.

Esse fenômeno se forma quando o ar quente próximo ao solo ou ao mar sobe para camadas mais altas da atmosfera, carregando umidade. Nas altas camadas, esse ar quente forma nuvens. O atrito do ar e a movimentação das cargas elétricas dentro dessa nuvem formam raios.

O ar quente ascendente força a aeronave para cima. E, no movimento contrário para se estabilizar, o avião enfrenta os solavancos característicos na turbulência.

"Uma turbulência muito severa pode levar a aeronave a ter uma deformação estrutural ou até fratura da estrutura", diz Jefferson Fragoso, investigador de acidentes aeronáuticos. "Pode ser uma fratura leve, imperceptível num primeiro momento, ou até arrancar uma superfície de controle."

Antes de desaparecer, um alerta automático de pane elétrica foi emitido pelo sistema da aeronave para a central da Air France. O avião, que tinha 228 pessoas a bordo, desapareceu na noite de domingo (31) sobre o Atlântico. As buscas entraram no segundo dia consecutivo nesta terça-feira (2).

Na simulação de uma pane elétrica, num primeiro momento, o radar meteorológico que é um dispositivo que consome bastante energia numa aeronave, sai do ar. Aí, o piloto passa a voar sem saber quais são as áreas de maior turbulência. Depois, os geradores também podem apagar, mas ainda assim existem as baterias, que têm 30 minutos de vida útil. Se elas apagarem, a pane é generalizada. Mas, para os especialistas, essa é uma situação muito pouco provável de acontecer.

'Sofisticado'

O Airbus 330-200 é considerado um dos aviões mais sofisticados do mundo. "Os aviões são equipados com equipamentos duplos e de redundância, então, em uma falha de um equipamento, tem um segundo equipamento substituir", diz o piloto aposentado Rui Torres. "Uma falha elétrica não é de todo impossível, agora uma falha elétrica total é uma raridade. Se essa falha elétrica foi provocada por um raio, esse raio pode ter danificado a estrutura do avião além de uma falha elétrica, uma falha no sistema de pressurização."

Como a fuselagem metálica é boa condutora de eletricidade, o normal é o raio percorrer a parte externa do avião e sair por uma das extremidades, em milésimos de segundos.

Para o professor de engenharia Alexandre Piantini, a probabilidade de um raio ter causado o acidente é baixa. "O sistema de proteção do avião é feito considerando-se situações muito severas, então todos os dispositivos, componentes eletroeletrônicos, devem passar por testes que comprovem sua adequaãao a situações como essa, de um raio atingir um avião, e devem demonstrar que têm incompatibilidade eletromagnética."

"Um acidente aeronáutico é causado por diversos fatores que se sobrepõem uns aos outros, e às vezes podemos identificar alguns fatores em comum entre vários acidentes", afirma Jorge Barros, especialista em segurança de voo.

Fonte: G1 (com informações do Bom Dia Brasil)

Buscas ao avião da Air France sumido no Oceano Atlântico entram no segundo dia

Avião, que sumiu com 228 a bordo, é procurado por França e Brasil.

Circunstâncias do desaparecimento ainda são misteriosas.





As buscas ao avião Airbus da Air France desaparecido sobre o Oceano Atlântico entraram no segundo dia nesta terça-feira (2).

O avião sumiu dos radares depois de sofrer uma pane após atravessar uma área de turbulência. Havia 228 pessoas a bordo. As circunstâncias do desaparecimento ainda são um mistério.

Segundo a Air France, o sumiço do Airbus 330-200 ocorreu a meio caminho entre as costas brasileira e africana.

As autoridades francesas reconheceram que são escassas as possibilidades de encontrar sobreviventes, mais de 30 horas depois do acidente, ocorrido em uma zona marítima de grande profundidade, pouco mais de quatro horas depois da decolagem do Aeroporto do Galeão, no Rio.

Dois aviões militares franceses (um Breguet Atlantique e um Falcon 50) recomeçaram de madrugada as operações de busca, um de eles em uma região onde um piloto da TAM disse ter visto "manchas alaranjadas", mas nada foi achado .

O ministro francês de Transportes, Jean-Louis Borloo, disse que a "prioridade absoluta" das autoridades francesas é "encontrar as caixas pretas". Ele disse que a zona onde deve ter ocorrido o desaparecimento está "quase completamente delimitada".

Mapa divulgado pela Força Aérea Brasileira mostra o que se sabe até agora sobre o desaparecimento - clique sobre o mapa para ampliá-lo

O ministro francês da Defesa, Hervé Morin, disse que as buscas prosseguirão "pelo tempo que for necessário".

Três aviões da Força Aérea Brasileira decolaram nas primeiras horas desta terça para dar prosseguimento às buscas.

As três aeronaves Hércules C-130 decolaram às 3h45, 4h e 4h40 para prosseguir as buscas sobre o oceano após dois outros aviões militares terem retornado à ilha de Fernando de Noronha, localizada a 545 quilômetros da costa de Recife, sem qualquer sinal do Airbus A330.

"Neste momento três aeronaves C-130 estão realizando as buscas em áreas diferentes do Atlântico. Uma quarta aeronave tem decolagem prevista ainda para esta manhã", disse por telefone à France Presse uma assessora da FAB em Brasília.

Um avião francês Falcon 50 e uma aeronave norte-americana P-3 também foram colocadas à disposição, segundo a FAB.

O centro de buscas da Aeronáutica entrou em contato com autoridades do Senegal após surgir a informação de que uma equipe de resgate africana teria avistado possíveis destroços do avião. Segundo a Aeronáutica, os senegalenses negaram ter avistado destroços.

Sem elementos para atentado

O governo da França afirmou que não se pode dizer que o desaparecimento do avião da Air France, nesta segunda-feira, se deva a um atentado terrorista, mas insistiu em que também não se pode excluir essa hipótese.

O ministro da Defesa, Hervé Morin, precisou à emissora de rádio "Europe 1" que por enquanto não há "nenhum elemento" que corrobore esta hipótese como a causa do acidente, embora "por definição" não seja possível excluí-la.

O secretário de Estado de Transportes, Dominique Bussereau, comentou na mesma entrevista que apesar de ainda não se saber "nada" sobre a razão do desaparecimento do Airbus A330 que cobria a rota entre o Rio de Janeiro e Paris, "parece mais uma perda de controle do aparelho".

Fonte: G1 - Arte: G1

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Dor e queixas de parentes marcam o dia no Aeroporto Tom Jobim

Infraero e Air France montam sala para atender quem busca notícias.

Durante dia, informações sobre passageiros chegavam a todo instante.


Mulheres chegam ao Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro em busca de informações sobre o voo AF 447 da Air France

O saguão do Aeroporto Internacional Tom Jobim, no subúrbio do Rio, assistiu desde o início da manhã desta segunda-feira (1º) a movimentação de parentes em busca de informações sobre os passageiros que haviam embarcado na noite de domingo (31) no voo da Air France AF 447 com destino a Paris.

Queixas contra a falta de informação se misturaram ao choro, ao nervosismo e ao alívio de quem preferiu embarcar na segunda-feira, porque muitos deles haviam cogitado viajar no avião que desapareceu.

O clima no Tom Jobim ficou mais tenso e confuso ao longo do dia. À tarde, o cônsul geral da França no Rio de Janeiro, Hughes Goisbault, explicou que a falta de informações na ficha de embarque dificultava o contato com os parentes, que devem ser avisados antes que a lista oficial dos passageiros seja divulgada.

Amigos e familiares de passageiros são levados a sala reservada no aeroporto do Galeão, no Rio

O desencontro de informações sobre a identificação das supostas vítimas – de 32 nacionalidades diferentes – ficou claro depois que o gerente geral da empresa anunciou no Tom Jobim que 80 brasileiros estavam a bordo, enquanto que, em Paris, a Air France informava que eram 58. O número ainda não é confirmado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Alguns passageiros têm dupla nacionalidade.

Duas salas de crise: no aeroporto e em hotel

Na sala de crise montada no salão nobre do Tom Jobim, os parentes e amigos das vítimas eram recebidos por funcionários da Air France e da Infraero. A empresa reservou também 150 quartos no Hotel Windsor, na Barra da Tijuca, para onde devem ser conduzidos todos os parentes e amigos que esperam notícias dos passageiros.

A primeira empresa a confirmar que tinha funcionários no avião foi a fabricante de pneus Michelin, que mantém uma fábrica em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. O presidente para a América, Luiz Roberto Anastácio, o diretor de informática Antonio Gueiros e uma funcionária francesa da matriz, na França, que voltava para casa.

A companhia Air France informou que há 80 passageiros brasileiros no voo AF 447. Das 228 pessoas a bordo, 216 são passageiros e 12, tripulantes

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, também correu para o aeroporto. Ele foi prestar solidariedade aos parentes e contou que seu chefe de gabinete, Marcelo Parente, de 38 anos, e a mulher dele embarcaram no voo AF 477. Paes acrescentou que pedira ao governador do Rio, Sérgio Cabral, que decretasse luto oficial no estado, embora o avião ainda não tenha sido localizado. O anúncio do luto foi feito logo depois.

A Companhia Siderúrgica do Atlântico informou que o presidente do seu conselho administrativo, o engenheiro Eric Heine, que seguia para um encontro de trabalho na Alemanha, está na lista dos passageiros; e a Vale informou que o diretor de manganês e ligas, Marco Mendonça, estava a bordo.

Pesquisadores e professores a bordo

A ONG Viva Rio anunciou que dois pesquisadores estão entre os passageiros: Pablo Dreyfus e Ana Carolina Rodrigues iam para Genebra. Os dois desenvolvem pesquisas sobre o uso de armas.

A Universidade Federal do Rio de Janeiro confirmou que dois dos seus professores estavam no avião: a professora Izabela Maria Furtado Kestler, que leciona literatura alemã, e o professor Octavio Augusto Ceva Antunes, que dá aulas no Instituto de Química. Um outro professor, da Pontifícia Universidade Católica do RIo (PUC-Rio), também está entre os passageiros do voo.

Foi confirmada também a presença no avião do ex-maestro da Orquestra Sinfônica Brasileira e do Theatro Municipal do Rio, Silvio Barbato.

Alívio mesmo sentia o grupo de brasileiros que embarcou para Paris na tarde da segunda-feira. Entre eles, está o casal Aline e Wilson, que vai passar a lua de mel em Paris. Eles contaram, e não foram os únicos, que planejaram viajar no domingo (31), mas acabaram preferindo embarcar no dia seguinte.

Fonte: G1 - Fotos: AP

Avião patrulha da FAB fecha área de varredura

Buscas vão continuar durante toda a madrugada.

Três embarcações da Marinha devem chegar ao local na quarta-feira.


Movimentação na sala do destacamento da Aeronáutica em Fernando de Noronha

Na ilha de Fernando de Noronha, continua a expectativa por informações sobre o Airbus 330, da companhia Air France. De acordo com militares do Destacamento de controle do espaço aéreo de Fernando de Noronha, três aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) podem pousar entre a noite desta segunda-feira (1º) e a madrugada desta terça-feira no aeroporto local.

A Força Aérea Brasileira (FAB) seguirá durante a noite desta segunda-feira (1º)com os trabalhos de buscas pelo avião da Air France que desapareceu após decolar do Rio de Janeiro, na noite de domingo (31), com destino a Paris com 228 pessoas a bordo. De acordo com a Air France, o voo tinha previsão de chegar à capital francesa às 6h15 desta segunda-feira.

Segundo informações da central de rádio da aeronáutica em Fernando Noronha, o avião de patrulha P95 da FAB encerrou as buscas nesta segunda-feira e retornou ao aeroporto da ilha por volta das 19h45 (horário de Brasília). Ainda de acordo com os militares, a área de varredura pela qual esta aeronave ficou responsável foi concluída. O voo durou aproximadamente oito horas. A aeronave deve retomar o trabalho de buscas na manhã desta terça-feira (2).

No total, seis aeronaves, dois helicópteros e três embarcações da Marinha foram destacados para as buscas. Durante a noite, serão duas aeronaves da FAB que, além de recursos visuais, farão as buscas com recursos eletrônicos e de radar. A Aeronáutica informou que a busca noturna tem como objetivo a captação de algum sinal por radar que esteja sendo emitido pelo avião desaparecido. Durante o dia, acontecem as buscas consideradas pela Aeronáutica como mais efetivas porque são feitas com vôos rasantes e com observação visual

Três embarcações da Marinha do Brasil devem chegar ao local do desaparecimento do voo 447 da Air France apenas às 7h desta quarta-feira (3). Os navios Fragata “Constituição”, Corveta “Caboclo” e Navio-Patrulha “Grajaú” saíram de três pontos do país para ajudar nas buscas.

Clique aqui e veja o infográfico sobre o acidente

Fonte: Carla Amorim Lyra (G1) - Foto: Renato Spencer (JC Imagem/AE)

Análise: "Avião pode ficar desaparecido para sempre"



O piloto Ivan Sant'anna, autor dos livros "Caixa Preta" de "Plano de Ataque", que tratam de acidentes aéreos, fala sobre o desaparecimento do voo AF 447.

Fonte: UOL Notícias

Zona onde avião desapareceu é localizada, diz diretor da Air France

Equipes de busca localizaram a zona onde o Airbus A330-200 da Air France, que fazia o voo AF 447 do Rio de Janeiro a Paris, desapareceu dos radares neste domingo (31) na costa do Brasil, afirmou o diretor-geral da empresa aérea, Pierre-Henry Gourgeon, durante entrevista coletiva concedida no aeroporto de Roissy, na França. Segundo a companhia, o avião levava 58 passageiros brasileiros, dos 228 que estavam a bordo.

"A catástrofe que aflige a todos nós ocorreu na metade do caminho entre as costas brasileira e africana, numa zona delimitada em algumas dezenas de milhas náuticas aproximadamente", declarou Gourgeon. Uma milha náutica equivale a 1,85 km.

O vice-chefe do Centro de Comunicação da Aeronáutica, Jorge Amaral, afirmou no início da noite que os trabalhos de buscas continuam no período noturno e sob a hipótese de que haja sobreviventes. A área de busca compreende aproximadamente 120 quilômetros quadrados, segundo a FAB (Força Aérea Brasileira).

Ainda segundo Amaral, um piloto da TAM teria reportado ter visto "pontos laranjas" sobre o mar a caminho do país. "Ao chegar ao Brasil, sabendo o que estava acontecendo, ele acha que podem ser pequenos focos de incêndio sobre o mar", disse Amaral.

Fonte: UOL Notícias

Explosão de bomba pode ter derrubado avião da Air France, diz Le Figaro

Uma entrevista publicada no site do jornal francês Le Figaro nesta segunda-feira (1) acrescenta o terrorismo às hipóteses sobre o desaparecimento, enquanto sobrevoava o oceano Atlântico, do Airbus 330 que fazia o voo 447 (Rio de Janeiro-Paris) da Air France.

Segundo um piloto da própria Air France, que concordou em falar ao Figaro mas pediu anonimato, "pode-se muito bem imaginar que uma bomba tenha provocado a despressurização do avião, e que então ele tenha se desfeito em pedaços". Este, no entanto, é somente um dos cenários imaginados pelo profissional, e que envolveria um artefato de pequeno poder explosivo. Outra possibilidade é a de que uma bomba muito maior tivesse destruído o avião de uma só vez.

"Poderia ser [também] uma bomba grande, que tenha explodido todo o avião. Isso explicaria o fato de a aeronave não ter tido tempo de enviar um sinal de alerta", afirmou o piloto ao jornal. O Figaro, de linha editorial conservadora, é um dos dois jornais mais importantes da França (o outro é o Le Monde).

A hipótese de o avião da Air France ter sido vítima de um atentado, segundo esse piloto, é mais plausível do que a de um raio tê-lo atingido e causado o acidente -- algo que foi aventado pelo ministro dos Transportes da França, Jean-Louis Borloo. "Na história da aviação, não se conhece atualmente casos de raios que culminem com a perda de uma aeronave", disse o piloto.

Uma pane elétrica de algum tipo no Airbus é outra hipótese da qual o piloto ouvido pelo Figaro prefere desconfiar. Segundo ele, cada avião conta com cinco fontes de eletricidade, e todas elas teriam de falhar para que seu controle ficasse totalmente comprometido. "Seria preciso que todas elas estivessem com problemas, o que me parece difícil", apontou.

Por fim, o piloto da Air France disse que há indícios claros de que uma forte turbulência atingiu o avião, e que a provável tragédia do voo AF 447 aconteceu depois dela. Mas concluiu: "Na verdade, o que é quase certo é que não se saberá jamais o que realmente se passou. O avião estava sobrevoando o Atlântico e seus destroços podem estar espalhados por 10 km no mar."

Fonte: UOL Notícias - Imagem: reprodução

Satélite aponta a possibilidade de erro humano

Imagem do Inpe no momento do desaparecimento do Airbus reforça hipótese de mau tempo – e levanta suspeitas de que uma falha humana tenha colocado o avião em rota de perigo

Mapa meteorológico do Brasil no momento do desaparecimento do voo 447 Imagens do Inpe mostram espessa formação de nuvens na região onde se acredita ter sumido o Airbus da Air France - clique sobre o mapa para ampliá-lo

O mapa meteorológico do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) mostra uma espessa formação de nuvens em região próxima àquela onde se acredita ter desaparecido o Airbus A330 da Air France que fazia a rota Rio-Paris na noite de domingo para segunda-feira. A imagem parece reforçar a hipótese de que o mau tempo tenha provocado a queda do avião, e levanta a questão de uma falha humana que tenha posto o avião indevidamente na rota de uma tempestade potencialmente perigosa.

A imagem, obtida pelo satélite GOES10, usado para a previsão do tempo, foi obtida às 2h15 da madrugada, horário de Greenwich, ou 23h15 de Brasília - um minuto depois da última comunicação enviada pela aeronave, um sinal automático de pane elétrica. Ela mostra temperaturas de 50 graus Celsius abaixo de zero ao norte de Fernando de Noronha, no Oceano Atlântico.

Segundo o meterologista Luis Souza, do Inpe, a carta meteorológica do dia indicava a formação de nuvens com desenvolvimento vertical, que podem ser interpretadas como os temidos cumulus nimbus. “São as nuvens gigantes, que na região equatorial pode ter até 18 quilômetros de altitude, ou 45 mil pés”. Esse tipo de nuvem gera grandes tempestades nos céus. O interior dessas nuvens é formado de cargas elétricas positivas e negativas que produzem descargas e relâmpagos. Essas cargas se dirigem ao solo e são seguidas de correntes de ar que também empurram para baixo o objeto que passar sobre essas nuvens. Os cumulus nimbus produzem o tipo de turbulência mais temido por pilotos de avião, o “windshear”, ou turbulência de baixa altitude com rajadas de ventos. Segundo o major Robson Ressurreição – meteorologista do Departamento de Controle do Espaço Aéreo da Aeronáutica (Decea) –, os aviões costumam fugir dessas nuvens. “È muito difícil sair de dentro do cumulus nimbus. O indicado é desviar, porque não há como passar por cima, uma vez que essas nuvens são altas e a turbulência delas é grande. E o vento pode empurrar na direção do solo o avião que estiver embaixo”. No dia do acidente essas nuvens estavam – segundo o mapa do Inpe – a 45 mil pés de altitude. Um avião comercial voa a cerca de 30 mil pés. Uma nota oficial da FAB afirma que avião voava a 35 mil pés.

O Cindacta 3 (3º Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo), órgão que vigia o espaço aéreo na região do desaparecimento, não informou a Época se houve algum boletim de alerta. A assessoria de imprensa da FAB, até as 18h30, não havia respondido às perguntas enviadas por Época.

Fonte: Época

Resumo das últimas notícias sobre o acidente - 4

Acompanhe as últimas notícias

SEGUNDA-FEIRA (1º)

- 22h20: Buscas. O avião patrulha P95 da FAB encerrou na noite desta segunda-feira (1) as buscas pela Airbus desaparecido no Atlântico. Durante a noite, duas aeronaves da FAB seguirão com a varredura com recursos eletrônicos e de radar. A aeronave patrulha retoma os trabalhos na manhã desta terça (2).

- 20h36: Artistas. A cantora brasiliense Juliana de Aquino e o maestro Sílvio Barbato estão entre os passageiros do voo 447 da Air France que desapareceu no Oceano Atlântico no domingo (31).

- 20h13: Pontos laranjas. O vice-chefe do Centro de Comunicação da Aeronáutica, Jorge Amaral, confirmou no início da noite desta segunda-feira (1º) que um piloto de um vôo comercial reportou ter visto “pontos laranjas” no meio do Oceano Atlântico cerca de 30 minutos após o Airbus da Air France ter emitido um informe de pane elétrica, às 23h14 de domingo.

- 19h46: Parentes. O saguão do Aeroporto Internacional Tom Jobim, no subúrbio do Rio, assistiu desde o início da manhã desta segunda-feira (1º) a movimentação de parentes em busca de informações sobre os passageiros que haviam embarcado no voo da Air France.

- 19h40: Brasileiros. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aumentou para 57 o número de brasileiros confirmados no voo 447 da Air France. De acordo com a agência, 56 eram passageiros e um era tripulante. A companhia, porém, confirma 58 brasileiros no voo.

- 19h32: Atenção. O piloto Décio Corrêa, que já foi escalado “algumas vezes” para fazer a rota Rio de Janeiro-Paris, disse nesta segunda-feira (1) que, nesse trajeto, os comandantes devem estar mais atentos quando saem do Brasil e estão sobrevoando o Oceano Atlântico, rumo à África.

- 19h20: Fogo. O presidente da República em exercício, José Alencar, disse, em entrevista coletiva nesta segunda-feira (1º) no aeroporto do Galeão, no Rio, que há informações de que um avião que chegou ao Brasil na madrugada teria visto fogo em uma região do Oceano Atlântico.

- 19h16: Três professores. Três professores universitários estão entre os passageiros do voo AF 447 da Air France, que partiu do Rio no domingo (31) e desapareceu sobre o Oceano Atlântico com 228 pessoas a bordo. Dois deles lecionam na UFRJ e viajavam a trabalho. Outro professor é da PUC- Rio, e viajava sozinho.

- 19h02: Lula. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou nota nesta segunda-feira (1) sobre o desaparecimento do Airbus A-330 da Air France e afirmou que 'compartilha' a dor dos familiares das vítimas.

- 18h41: Pelo mar. As três embarcações da Marinha do Brasil devem chegar ao local do desaparecimento apenas às 7h desta quarta-feira (3). Os navios Fragata “Constituição”, Corveta “Caboclo” e Navio-Patrulha “Grajaú” saíram de três pontos do país para ajudar nas buscas.

- 18h32: Professora. A professora Izabela Maria Furtado Kestler, que leciona Literatura Alemã na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), está entre os passageiros do voo AF 447, que está desaparecido. A informação foi confirmada pela assessoria da universidade.

- 18h28: A noite inteira. O Aeroporto Fernando de Noronha vai funcionar 24 horas nesta segunda-feira (1º), segundo o gerente de operações Carlos Gouveia. A medida foi tomada porque há previsão de três aeronaves pousarem durante a madrugada. O horário normal de funcionamento do aeroporto é das 6h às 20h.

- 18h15: Buscas. O comando da Aeronáutica informou que as buscas pelo Airbus que desapareceu quando fazia a rota Rio de Janeiro-Paris continuarão durante a noite desta segunda-feira (1º).


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Fonte: G1

Piloto diz que na rota Rio-Paris é preciso ficar atento ao passar pelo oceano

Segundo Décio Corrêa, que já fez esse trajeto, área é sujeita à turbulência.



O piloto Décio Corrêa, que já foi escalado “algumas vezes” para fazer a rota Rio de Janeiro-Paris, disse nesta segunda-feira (1) que, nesse trajeto, os comandantes devem estar mais atentos quando saem do Brasil e estão sobrevoando o Oceano Atlântico, rumo à África. Um Airbus A300 da Air France, que saiu da capital fluminense, está desaparecido e deveria ter pousado na França pela manhã.

Não existe trecho mais perigoso nesse trajeto, mas é preciso que o piloto fique atento quando está sobre o oceano, deixando o território brasileiro”, afirmou o piloto, de 61 anos, que calcula ter 42 anos de experiência e 16 mil horas de voo. Segundo ele, depois de Fernando de Noronha, indo em direção à costa africana, os aviões podem enfrentar zonas de forte turbulência por causa de correntes ascendentes e descendentes.

Ressaltando que não sabe se isso ocorreu durante passagem do Airbus, que levava 228 pessoas no voo AF 447, explicou que turbulências violentas conseguem desestabilizar muito as aeronaves. “Você tem quebra de sustentação e é uma pancada monstruosa. Capaz de quebrar uma asa”, disse.

Tempestade

A hipótese de a aeronave ter sido surpreendida por uma tempestade que desestabilizou o voo não foi descartada. Mas, de acordo com Corrêa, como o Airbus tem equipamentos modernos, o piloto teria condições de desviar de uma tormenta.

“O próprio sistema do radar meteorológico vai dizer onde está o núcleo da tempestade. O sistema sugere um desvio”. Em alguns casos, para não elevar a altitude e, com isso, gastar mais combustível ou entrar na rota de outros aviões que podem estar vindo na direção contrária, o recomendável é fazer curvas à direita ou à esquerda, mesmo que a medida torne a viagem mais longa.

Em um comunicado, a Air France revelou que o comandante do voo AF 447 mandou uma mensagem automática às 2h14 GMT desta segunda-feira (23h14 de domingo em Brasília) avisando sobre uma pane elétrica. A companhia não descarta a chance de o jato ter sido atingido por um raio.

“Pode haver uma descarga (elétrica) e derrubar uma aeronave. Existem formações (de nuvens) pesadas, que atingem dimensões monstruosas, de até 15 km de altura”, contou Corrêa, que já foi piloto de show aéreo por 25 anos. Mesmo com toda tecnologia, pode haver falhas. “Uma descarga elétrica violenta dá o chamado blecaute, que é um curto-circuito. É uma das possibilidades”.

Seguro

Corrêa descreveu o Airbus A330 como sendo um avião “extremamente confiável, com tecnologia de última geração”. Ele é piloto de ensaio. Testa aviões. Contou que há três anos voou neste tipo de aeronave.

“É um avião maravilhoso. Grande, econômico, extremamente confiável e com tecnologia de última geração”, afirmou o piloto, que afirmou ter feito sua estreia nesse tipo de avião há três anos. “É uma das grandes estrelas da aviação comercial”.

Fonte: G1

Air France fala em 58 brasileiros no Voo 447; Anac em 57

Mais cedo, empresa disse 80 brasileiros estavam a bordo, enquanto agência informou que havia 52

A Air France divulgou em Paris a lista oficial com as nacionalidades dos passageiros do voo 447, que está desaparecido desde a madrugada desta segunda-feira, 1. Segundo a empresa, são 61 franceses, 58 brasileiros, 26 alemães, nove italianos e seis suíços. Porém, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que a Polícia Federal apurou que 57 brasileiros estavam no voo, e muitos desses passageiros têm dupla nacionalidade - brasileiros com naturalidade francesa e vice-versa -, o que dificulta o trabalho de checagem na lista de passageiros, que está sendo feito com ajuda da Polícia Federal.

Mais cedo, o representante da companhia aérea no Rio informou que havia 80 brasileiros a bordo do avião que desapareceu após decolar do Rio de Janeiro com destino a Paris. À noite, a Anac também retificou números citados anteriormente, que falavam em 51 passageiros e um tripulante brasileiros, totalizando 52 pessoas.

"Estamos consolidando a lista com a Polícia Federal, são números próximos que não estão distantes da realidade", disse a repórteres o gerente da Air France, Antonio Jorge Assunção. Ainda não há previsão para a divulgação da lista com o nome dos passageiros.

A Anac informa ainda que está em "contato permanente com a Força Aérea Brasileira, Polícia Federal e autoridades da Aviação Civil da França com o objetivo de identificar os passageiros embarcados e sua nacionalidade bem como obter informações que de alguma forma possam ser úteis para a localização da aeronave."

A Air France informou que entre os passageiros do voo 447, que está desaparecido desde a madrugada estão 126 homens, 82 mulheres, sete crianças e um bebê, além dos 12 tripulantes: entre os 12 tripulantes, um era piloto; dois eram copilotos, e nove eram comissários. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) confirmou que havia ao menos 51 passageiros e 1 tripulante de nacionalidade brasileira no voo AF 447. A Anac ressaltou que a Air France divulgará a lista de passageiros e tripulantes somente após entrar em contato com os seus familiares. Alguns nomes poderão não ser divulgados, a pedido das famílias, desde que formalizado à companhia aérea.

A diretora-geral da Air France no Brasil, Isabelle Birem, disse em entrevista coletiva concedida na capital paulista, que o desaparecimento do Airbus A330-200 é uma imensa tragédia. "Todos os nossos pensamentos se voltam para as famílias dos passageiros e tripulantes, vítimas dessa imensa tragédia," disse ela. A diretora-geral informou que os familiares dos passageiros desse voo que desejarem ir a Paris, para acompanhar o desenrolar das investigações, terão suas despesas custeadas pela empresa.

A Anac informou nesta tarde que a Air France está com dificuldades para fazer contato com familiares dos passageiros do voo 447. "Alguns passageiros optaram por não informar telefones de contato no cartão de embarque, como é recomendado pela ANAC, e isso está dificultando o contato com as famílias", informou a agência. Os contatos possíveis, segundo a Anac, estão sendo feitos pela Air France em dois centros de atendimento no Rio de Janeiro, no Aeroporto do Galeão e no hotel Windsor, na Barra da Tijuca.

A nota acrescenta que as pessoas que tiverem informação sobre familiares que estariam nesse voo devem procurar o centro de atendimento da Air France no Aeroporto do Galeão ou no hotel Windsor (av. Sernambetiba, 2630, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro), ou ligar para os telefones de atendimento da Air France: no Brasil, 0800 881-2020 e, em Paris, 33-1-5702-1055.

Veja a lista de nacionalidades:

1 sul-africano
26 alemães
2 americanos
1 argentino
1 austríaco
1 belga
58 brasileiros
5 britânicos
1 canadense
9 chineses
1 croata
1 dinamarquês
2 espanhóis
1 estoniano
61 franceses
1 gambiano
4 húngaro
3 irlandeses
1 islandês
9 italianos
5 libaneses
2 marroquinos
1 holandês
3 noruegueses
1 filipino
2 poloneses
1 romeno
1 russo
3 eslováquio
1 sueco
6 suíço
1 turco

Fontes: Rosana de Cassia e Andrei Netto (O Estado de S. Paulo) / Carolina Freitas (Agência Estado)

Piloto de rota comercial viu 'pontos laranjas' no oceano, diz Aeronáutica

Ele teria avistado pontos luminosos meia hora após Airbus informar pane.



O vice-chefe do Centro de Comunicação da Aeronáutica, Jorge Amaral, confirmou no início da noite desta segunda-feira (1º) que um piloto de um vôo comercial reportou ter visto “pontos laranjas” no meio do Oceano Atlântico cerca de 30 minutos após o Airbus da Air France ter emitido um informe de pane elétrica, às 23h14 de domingo.

Segundo a Aeronáutica, pelo tempo decorrido, os pontos luminosos estariam em área monitorada pelo espaço aéreo senegalês. Os aviões franceses que fazem a busca do lado aéreo do Senegal, no entanto, não tiveram sucesso nas buscas e já teriam retornado à base.

À tarde, em encontro com familiares de passageiros que estavam no voo, o presidente da República em exercício, José Alencar, também falou que um piloto teria comunicado ter visto fogo em uma região do Oceano Atlântico.

A Força Aérea Brasileira (FAB) mobilizou cinco aviões e dois helicópteros para o arquipélago de Fernando de Noronha com intuito de ajudar nas buscas pelo avião da Air France que desapareceu com 228 pessoas a bordo.

As operações prosseguirão durante a noite nesta segunda-feira (1º) . Já a Marinha informou que três navios de sua frota chegarão à região às 7h da manhã de quarta-feira .

“Temos que trabalhar com a possibilidade de sobreviventes sempre. Não podemos desistir de encontrar qualquer pessoa que seja, que pode estar agarrada a alguma coisa, por exemplo”, disse Amaral.

Brasileiros e franceses formavam a maioria dos passageiros. O voo AF 447 seguia para Paris e, aproximadamente às 23h do domingo (31), sumiu dos radares dos controles aéreos quando sobrevoava o Oceano Atlântico e atravessou uma área de turbulência .

Fonte: G1

Senegal encontra destroços que podem ser do voo 447 da Air France que sumiu no Atlântico

O governo de Senegal comunicou, no fim da tarde desta segunda-feira, ter localizado em seu mar territorial destroços que poderiam ser do avião da Air France que desapareceu no Oceano Atlântico com 228 pessoas a bordo , na noite de domingo.

Segundo o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica, caso a informação seja comprovada pelas equipes de busca, a responsabilidade pela investigação das causas do acidente passa a ser da França, país a que pertence a empresa aérea responsável pelo voo. A Força Aérea Brasileira (FAB) não exclui, no entanto, a possibilidade de os dois governos entrarem em acordo para definir um trabalho em conjunto.

Fonte: O Globo - Mapa: PGL

Wikipédia já tem verbete sobre avião da Air France

Verbete na Wikipédia sobre o avião da Air France que desapareceu

Mal os detalhes sobre o desaparecimento do voo 447, da Air France, começaram a surgir nas agências de notícias já apareceu um verberte na Wikipédia, em inglês e em português, sobre o incidente. Além de informações que circulam em sites de notícias, dados sobre o avião, como o início dos vôos e o modelo aparecem na página.

Acreditar ou não vai da confiança de cada usuário da enciclopédia colaborativa. Inegável, no entanto, é a agilidade da Wikipedia, graças à colaboração.

O verbete aparece, também, entre os resutlados do Google. É o terceiro resutlado, logo após as notícias. O Now Public, site com colaborações de internautas, é o terceiro, à frente de grandes portais internacionais de notícias.

Fonte: Infosfera - Imagem: reprodução

Vidente diz na web que previu queda de avião

Um homem que se diz vidente e ambientalista publicou em seu site documentos em que supostamente previu, ainda em 2007, a queda do airbus da Air France, que desapareceu dos radares após decolar no domingo (31) do Rio de Janeiro em direção a Paris.

Juscelino da Luz usa como provas cartas registradas em cartório que diz ter enviado à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), ao Ministério da Defesa e a companhia Air France prevendo em detalhes o acidente com o voo AF 447.

Nas cartas, Juscelino cita até o número do voo 447 e afirma que a aeronave sofreria graves turbulências causadas por problemas climáticos. O vidente responsabiliza ainda o “aquecimento global” pelo acidente aéreo.

O vidente afirma ter previsto outros acidentes aéreos e já foi personagem de uma reportagem do programa Fantástico, da TV Globo. Na ocasião, peritos ouvidos pelo Fantástico colocaram em dúvida a veracidade das provas apresentadas por Juscelino.

Fonte: Felipe Zmoginski (INFO Online) - Imagem: reprodução

Nota do Autor: publicado a título de curiosidade.

Menos de 10% dos acidentes fatais ocorrem em velocidade de cruzeiro

Apenas 9% dos acidentes aeronáuticos com vítimas fatais costumam ocorrer quando os aviões se encontram em velocidade de cruzeiro, de acordo com estatísticas da Boeing, uma das principais empresas do setor aeroespacial.

Um levantamento da empresa referente a casos ocorridos entre 1998 e 2007 indica que a grande maioria dos acidentes na aviação civil aconteceu ou nos períodos de decolagem ou quando a descida já havia sido iniciada.

O relatório da Boeing, divulgado em 2008, aponta que, entre 1998 e 2007, foram registrados 93 acidentes com vítimas fatais - com um total de 994 mortes - enquanto o avião voava em velocidade de cruzeiro.

O modelo do avião Airbus A330-200, como a aeronave da Air France que desapareceu nesta segunda-feira no trajeto entre o Rio de Janeiro e Paris, é utilizado em voos de longa distância há 11 anos e não registrou até hoje nenhum acidente fatal em voos comerciais.

O Airbus sofreu apenas dois acidentes por falha nas turbinas. Em 2001, um voo da Transat que fazia o percurso do Canadá a Portugal perdeu a energia depois do vazamento de combustível ao sobrevoar o Oceano Atlântico. Nenhum dos passageiros a bordo ficou ferido.

Em 2003, a turbina de um avião da Edelweiss Air explodiu ao decolar no aeroporto de Miami. Na ocasião, também não houve feridos.

O Airbus A330-200 mede 58,8 metros de comprimento, tem capacidade média e comporta 253 passageiros em três classes. Equipado com duas turbinas, o avião pode alcançar uma altitude de cruzeiro de 12,5 mil quilômetros e atingir a velocidade máxima de 913 km/hora.

Atualmente, 341 aeronaves deste modelo estão em uso por diversas companhias aéreas. Além da Air France, a KLM, a TAM, a Turkish Airlines - entre outras empresas comerciais - também possuem o A330-200 em suas frotas.

Experiência

Segundo um comunicado da Air France, os pilotos responsáveis pelo voo 447, que desapareceu nesta segunda-feira, eram bastante experientes.

O comandante já tinha 11 mil horas de voo - 1,7 mil apenas nos modelos A330 e A340. Um dos dois co-pilotos possui 3 mil horas de voo, sendo 800 no modelo, e o outro, 6,6 mil horas de voo, sendo 2,6 mil no Airbus A330 e no 340.

A Airbus afirmou que a aeronave já havia realizado, desde que começou a operar, em 2005, 2,5 mil voos, totalizando 18,8 mil horas de voo.

De acordo com a Air France, a última visita de manutenção da aeronave foi realizada em 16 de abril de 2009.

Fonte: BBC Brasil via O Globo

Especialistas divergem sobre voo 447

Saiba a opinião dos especialistas ouvidos por Época sobre a possível causa do desaparecimento do voo da Air France que sobrevoava o Oceano Atlântico

Segundo informações de uma autoridade da aviação brasileira, a hipótese mais provável é de que o Airbus A330 da Air France tenha se desintegrado no ar antes de cair no Oceano Atlântico. É por isso que as chances de encontrar sobreviventes são tão reduzidas – como assumiu o presidente francês, Nicolas Sarkozy – e que as buscas ao local do acidente estão sendo tão complexas. A Aeronáutica usa cinco aviões e dois helicópteros para tentar localizar a aeronave.

Ainda de acordo com a autoridade brasileira, não foi detectado nenhum problema técnico no avião da Air France durante a última revisão, na tarde deste domingo (31). Em uma visita feita há menos de um mês, oficiais da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) atestaram que a companhia aérea francesa opera dentro as normas de segurança.

Embora não haja informações oficiais sobre o desaparecimento do A330, um alto comandante da Aeronáutica afirmou que a região do sumiço da aeronave tem tempestades constantes e perigosas. Segundo o comandante, é responsabilidade da equipe de controle aéreo no Recife alertar sobre a gravidade dessas tempestades, mas cabe ao piloto decidir o plano de voo.

Para o comandante Carlos Camacho, diretor de segurança de voo do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), a hipótese de que a aeronave da Air France foi atingida por um raio é a mais plausível e poderia ser a causa dos problemas nos sistemas elétrico, de pressurização e de comunicação. "É quase certeza", disse. "A aeronave estava passando por uma zona de convergência intertropical, onde é comum encontrar tormentas, tempestades e muitos raios". Segundo Camacho, diante da tempestade, o piloto não pode continuar voando na mesma altura.

"O piloto teve que decidir se continuava voando para a Europa ou retornava para o Brasil", afirma Camacho. Segundo o comandante, é provável que o piloto decidisse voltar, pois a costa brasileira estava mais próxima e o avião poderia enfrentar problemas de falta de combustível. "Se eu tiver que botar meu avião na água, quero ficar o mais próximo possível de um país que possa me resgatar", disse. A partir dos dados divulgados, Camacho especula que é possível que o piloto do voo 447 tenha efetuado um pouso na água. "Se eu estiver errado as pessoas morreram, se eu estiver certo, todo mundo, ou pelo menos parte significativa dos passageiros, sobreviveu".

Segundo Ronaldo Jenkins, diretor de Segurança do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação, qualquer conclusão é prematura até que sejam encontrados os gravadores de bordo. Na opinião do especialista, mesmo as menções feitas até agora sobre turbulência e raios não têm procedência conhecida. A zona de convergência é um fenômeno climático comum naquela região: estava lá antes do Airbus desaparecer e lá permaneceu, sem que houvesse outros registros de incidentes. "A turbulência, se houve, pode ter sido um fator, mas não explica tudo", afirma Ronaldo Jenkins, que foi piloto de voos tranconinentais por mais de 15 anos. Pode-se até admitir que um raio tenha sido parte de uma sequência de fatores, mas isso não é comum. Não pode ser descartada a hipótese de uma explosão a bordo, provocada por carga perigosa, mas somente como especulação.

O precedente mais próximo de um avião de grande porte que desapareceu num vôo transcontinetal é de 1979: o Boeing PP-VLU, cargueiro da Varig que fazia a rota Tóquio-Los Angeles. Ele desapareceu sem deixar vestígios, já voando em altitude cruzeiro, no meio do caminho, sobre o Oceano Pacífico. Jamais se descobriram as causas do desaparecimento. Nas buscas, não foi encontrada sequer uma mancha de óleo no oceano. O piloto desse voo era o mesmo que sobreviveu à queda do avião da Varig em Orly, em 1973.

Segundo informações de Jenkins, o sistema que informou à Air France sobre uma falha no sistema elétrico chama-se ACARS, sigla em inglês para Aircraft Communications Addressing and Reporting System. É um sistema que passa dados de voo e desempenho do avião para o setor de manutenção das empresas. É útil principalmente para voos intercontinentais ou sobre grandes extensões sem cobertura. É uma comunicação feita via satélite.

O fato de o ACARS ter transmitido mensagem sobre falha no sistema elétrico indica que algum sistema alternativo estava funcionando naquele momento. O Airbus tem um sistema elétrico alternativo, caso falhe o principal, e um terceiro, chamado ADG – sigla para Air Driving Generator. O ADG é acionado automaticamente nesses casos – uma pequena hélice que se projeta para fora do avião e, acionada pelo vento, faz girar um pequeno gerador. A energia é suficiente para manter os controles vitais do avião, inclusive um Airbus A330.

Nos aviões "flight-by-wire" tudo é comandado por controles elétricos. Seria preciso que houvesse uma sequência de problemas para que todos os sistemas fossem acionados, deixando o avião à deriva.

De acordo com a nota distruibuída pela FAB, o ACARS informou também que havia perda de pressurização. Quando isso acontece, caem as máscaras de oxigênio e o piloto tem de descer o avião até uma altitude em que seja possível respirar normalmente, entre 14 mil pés (4,4 quilômetros) e 10 mil pés (3,14 quilômetros). Nesse caso, o piloto tem de avisar aos controles de tráfego que está descendo, para evitar colisões com outras aeronaves. Isso não foi registrado.

Fonte: Época

Um avião da TAM teria visto fogo no Atlântico, diz Alencar

Ele afirmou que foi prestar informações em nome presidente Lula e ouvir os familiares



O presidente em exercício José Alencar esteve no início da noite desta segunda-feira, 1º, no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, para prestar solidariedade aos familiares das passageiros do Airbus A330 da Air France, que desapareceu nesta madrugada.

Alencar informou que um avião da TAM teria visto algo pegando fogo numa região do Atlântico durante a madrugada, mas não deu maiores detalhes sobre essa informação. Ele afirmou que foi prestar informações em nome presidente Lula e ouvir os familiares que, segundo ele, demonstraram muita serenidade e confiança em Deus. "Eles perguntaram sobre aparelhos de radar. O que podemos dizer é que mesmo durante o período da noite seguem as buscas", afirmou.

O presidente em exercício destacou que chegou dos Estados Unidos após um tratamento médico, mas fez questão de representar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva que se encontra em El Salvador.

Fonte: estadão.com.br

Cobertura de radar dos voos transoceânicos registra zonas cegas

Todos os aviões são acompanhados durante o voo por radares no solo, mas seu alcance limitado não permite um contato permanente e quando eles sobrevoam os oceanos é normal que haja buracos na cobertura, explicam controladores aéreos.

No caso do voo Rio-Paris da Air France, considerado desaparecido nesta segunda-feira de manhã quando sobrevoava o Atlântico, não é preocupante o fato de que tenha desaparecido das telas dos radares brasileiros ao se distanciar da costa da América do Sul, o problema é que não tenha enviado informações em seguida, como é o previsto, explicou à AFP Stéphane Durand, secretário-geral do Sindicato Nacional dos Controladores de Tráfego Aéreo.

"A Terra é coberta por inúmeros radares, cujas zonas de cobertura se complementam, e os aviões passam de uma para a outra", indica. "São como telas de TV com pequenos pontos codificados que representam aviões".

"Mas o alcance dos radares é limitado a cerca de 500 km. Além disso, como ocorre no centro do Oceano Atlântico, não há mais contato de radar possível. Essas são zonas cegas", acrescenta.

"Para se saber onde estão os aviões, temos o que chamamos de 'pontos de registro': de meia em meia hora, ou de hora em hora, o avião envia um sinal de rádio HF ou pelo que chamamos de um 'sistema de mapa', que é uma espécio de SMS aeronáutico. Com isso, ele nos indica onde está, o que nos permite recalcular sua rota e sua posição".

"Quando o avião não envia esses pontos de registro, como previsto, nesse momento iniciamos os procedimentos de alerta", indica Stéphane Durand, "e, sem dúvida, isso aconteceu nessa manhã".

Para Jean-Paul Armangaud, secretário nacional da União Sindical de Aviação Civil (USAC), "em um voo transatlântico norte, o buraco na cobertura de radares não deve durar mais de uma hora e meia, duas horas. Em um transatlântico sul, cerca de três ou quatro horas".

"Há um sistema de monitoramento via satélite, mas que não é em tempo real", acrescenta. "Ele é utilizado para enviar todas as horas os pontos de registro".

"Se um avião perde um primeiro ponto de registro, começamos a nos preocupar... Se perde o segundo, sabemos que alguma coisa aconteceu e iniciamos os procedimentos de segurança. Partimos da última posição conhecida, e estabelecemos círculos de busca".

Fonte: AFP

Homem decide passar um mês voando, para perder fobia de avião

Um homem anunciou que vai viajar, passando de um voo para outro, durante um mês, para perder a fobia de avião, em um momento trágico para a história da aviação, após o desaparecimento de um aparelho da Air France que viajava do Rio de Janeiro em direção a Paris.

Mark Malkoff (foto) iniciou seu périplo nesta segunda-feira no aeroporto La Guardia de Nova York com destino a Atlanta. De lá voará para San Francisco e depois de volta para Atlanta, no primeiro dia de uma viagem que durará um mês.

"Muita gente tem medo de voar, e eu sou um deles", disse Malkoff, ator de teatro em Nova York. "Tentei perder esse medo durante muito tempo, sem sucesso. Então o que vou fazer é permanecer em um avião comercial durante um mês inteiro", comentou em um vídeo divulgado pela internet.

Malkoff, que já divulgou outras façanhas próprias como ficar uma semana inteira em uma loja Ikea, obteve autorização de uma companhia aérea de baixo custo para passar de um avião para outro e divulgará seu périplo pela internet.

Ele inicia sua empreitada exatamente no dia em que o mundo acompanha com apreensão as buscas pelo avião da Air France que desapareceu durante uma viagem do Rio a Paris na noite de domingo.

Fonte: AFP - Foto: MySpace.com

Como será o resgate do voo 447

O mapa do resgate - clique na imagem para ampliá-la

A Marinha e Aeronáutica do Brasil anunciaram nesta segunda-feira que enviarão equipes para ajudar nas buscas do voo 447, da companhia Air France, que desapareceu com 228 pessoas a bordo nesta madrugada. O resgate vai usar como apoio as bases militares de Natal (RN) e da ilha de Fernando de Noronha (PE) e deve começar na região do Oceano Atlântico que a aeronave sobrevoava ao fazer seu último contato, após as 23h deste domingo, próximo ao arquipélago.

Ao todo, serão cem militares brasileiros envolvidos na operação. A França também deverá participar das buscas, a partir de bases do Senegal.

A Marinha informou que três de suas embarcações vão participar das buscas, mas só devem chegar ao local na terça ou mesma na quarta-feira. Ficarão ainda de sobreaviso os navios Fragata Bosísio e o Navio-Tanque Gastão Mota. Quatro navios mercantes também foram acionados para ajudar nas buscas. Confira imagens das embarcações que vão atuar no socorro.

Já a Força Aérea vai disponibilizar cinco aeronaves e dois helicópteros. Os militares disseram que não é possível prever até quando as buscas vão acontecer. A procura pelo avião ocorrerá dentro da região pertinente ao espaço aéreo brasileiro. No entanto, por conta de acordos internacionais, os limites poderão ser ultrapassados devido à gravidade da situação.

A relação de equipamentos da Aeronáutica que vão atuar na operação é a seguinte:

- 1 avião Bandeirante de patrulha marítima (P-95)
- 1 avião Bandeirante SR (SC-95)
- 1 avião Amazonas (SC-105) de busca e resgate
- 2 aviões Hércules (C-130), um deles transportando a equipe do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (Parasar), unidade de elite para operações de busca e resgate
- 1 helicóptero Blackhawk (H-60)
- 1 helicóptero Super Puma (H-34)

Veja imagens das embarcações usadas pela Marinha:

Navio-Patrulha Grajaú, que inicia a operação na terça

Corveta Caboclo, que deverá chegar ao local na quarta

Fragata Constituição, que inicia operação na quarta

Fonte: Veja.com - Fotos: divulgação

Cota de Ciro Gomes pagou viagem de chefe de cozinha

Deputado do PSB usou passagens pagas pela Câmara para transportar cozinheiro alemão, mulher e ajudante de Fortaleza a Brasília

O deputado Ciro Gomes (PSB-CE) usou a cota de passagens aéreas da Câmara para transportar um chefe de cozinha, a mulher dele e um ajudante, de Fortaleza a Brasília, ida e volta. O cozinheiro alemão Bernard Twardy, radicado há duas décadas no Ceará, viajou na companhia da mulher, Fernanda Zeballos, e de Jorge Emanoel da Silva em junho de 2007.

Bernard Twardy disse ao Congresso em Foco que esteve em Brasília, naquele mês, para prestar um serviço ao deputado por meio de sua empresa, a Gourmet Ideias e Soluções. O chefe de cozinha, autor de um livro de culinária que tem um depoimento do ex-ministro da Fazenda e da Integração Nacional, não detalhou o tipo de serviço prestado.

"Eu prefiro não dar detalhes, e isso pode ser explicado pelo gabinete do deputado", declarou. O cozinheiro também não quis dizer se sabia que as passagens aéreas tinham saído da cota parlamentar. "Não tenho de dar detalhes sobre isso. Eu recebi a passagem, viajei e prestei meu serviço", declarou o chefe de cozinha. Bernard Twardy também informou que Jorge Emanoel da Silva é um amigo que o ajudou na prestação de serviço ao deputado.

Por meio de sua assessoria de imprensa, Ciro disse que suas ações estão de acordo com as normas em vigor na Câmara. “O deputado Ciro Gomes informa que todos os procedimentos de seu gabinete estão em conformidade com as normas vigentes da Câmara dos Deputados. Nenhuma ação praticada pelo gabinete feriu o regimento interno da Casa”, afirmou. Ciro preferiu não detalhar o motivo da viagem dos três passageiros que voaram na cota parlamentar.

De acordo com registros de companhias aéreas aos quais o Congresso em Foco teve acesso, eles embarcaram, no dia 25 de junho de 2007, no voo JJ3471, às 14h45, em Fortaleza com destino a Brasília. O retorno à capital cearense se deu dois dias depois, em 27 de junho, no voo JJ 3470, às 11h50. Cada um dos seis bilhetes custou R$ 679,00, além dos R$ 39,24 pagos por cada taxa de embarque. No total, a Câmara pagou R$ 4.309,44 pela viagem de Twardy, a mulher e o ajudante.

O livro de Twardy, Cozinha Tropical Cearense, tem um texto do escritor paulista Ignácio de Loyola Brandão, depoimentos de Ciro e de celebridades cearenses como o humorista Renato Aragão e o cantor e compositor Fagner. Apresenta “receitas de Lagosta ao Coco e Alho Poró, Pernil ao Mel de Caju e Brioche de carne-de-sol e cebola doce", relata o texto de divulgação da publicação gastronômica.

O casal Bernard Twardy e Fernanda Zeballos aparece com frequência nas colunas sociais dos jornais cearenses. O chefe presta consultoria ao Beach Park, um dos maiores complexos turísticos do estado. Um dia após o retorno a Fortaleza, o casal se encontrou novamente com Ciro nos festejos do casamento de Rafaela Pinho, filha de Arialdo Pinho. Arialdo Pinho é ex-sócio do Beach Park e foi secretário Casa Civil do governador Cid Gomes, irmão do deputado.

A presença do deputado, do chefe de cozinha e da mulher dele foi destacada na coluna Balada Vip, do jornal O Povo, da capital cearense. "Numa noite de altíssimo astral, Arialdo Pinho recebia os cumprimentos de Fernanda Zeballos, Bernard Twardy e de Ciro Gomes. O chef do Beach Park contava que está lançando o livro Cozinha Tropical Cearense, com 30 receitas feitas com produtos genuinamente cearenses. Uma delas será dedicada a Ciro Gomes. Agora é só fechar o patrocínio para ir pro forno!".

Mãe de Ciro

No dia 22 de abril, Ciro Gomes reagiu com palavrões após a publicação de uma lista com o nome dos parlamentares que, de acordo com os registros de companhias aéreas, usaram a cota parlamentar em viagens internacionais.

Em conversa com jornalistas, Ciro usou expressões como “filho da puta” e “caralho” ao ser perguntado sobre as passagens da mãe dele emitidas na cota da Câmara. Ele disse que a viagem dela havia sido paga com recursos próprios.

Minutos antes o deputado havia refutado levantamento publicado pelo Congresso em Foco e reproduzido por outros veículos de comunicação naquele mesmo dia. “Leviana e grosseira mentira”, bradou Ciro.

O parlamentar afirmou que havia ido aos Estados Unidos, na ocasião, em missão oficial, representando a Câmara. Na semana passada, sua assessoria enviou cópia da autorização da viagem, assinada pelo então presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP) (confira a íntegra do ofício).

Em reportagem publicada no último dia 18, este site mostrou um cartão de embarque em nome de Maria José Gomes, pago pela Câmara. O gabinete Ciro atribuiu a emissão de passagens em nome da mãe do deputado, na cota parlamentar, a um possível equívoco da companhia aérea. Naquela noite, a TAM divulgou nota em que admitia ter cometido um erro ao utilizar créditos da Câmara para cobrir uma passagem, de ida e volta, da mãe de Ciro Gomes aos Estados Unidos.

A companhia aérea confirmou os voos feitos por Maria José Gomes em 18 de maio de 2008 (São Paulo-Nova York) e 25 de maio de 2008 (Nova York-São Paulo) e assumiu a responsabilidade por ter debitado uma conta de R$ 12,6 mil a passagem aos cofres públicos.

Segundo a empresa, mãe e filho viajaram para os Estados Unidos no mesmo avião. A loja da TAM em Fortaleza, de acordo com a companhia, trocou os documentos de crédito dos passageiros, “emitindo as passagens de Ciro Gomes com créditos particulares da família e os bilhetes de Maria José Gomes com documentos de crédito oriundos da cota parlamentar”.

O site pediu, então, à companhia aérea e ao deputado o envio do comprovante do pagamento da passagem dele com recursos próprios. A TAM negou o pedido, alegando “dever de confidencialidade”. A reportagem procurou novamente o gabinete de Ciro para publicar cópia do documento. Por meio de sua assessoria, o deputado se recusou a fornecer o comprovante de pagamento e afirmou que dava o caso por encerrado.

Fonte: Lúcio Lambranho e Edson Sardinha (Congresso em Foco)

Troca do avião sucatinha será antecipada

Entregas estavam previstas para setembro e dezembro

Foto: Gustavo Bolson Maia

Foto: Chris Lofting

Nas fotos acima, o FAB VC-96 B737-2N3 - clique nas fotos para ampliá-las

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai receber no dia 14 de julho o primeiro dos dois jatos Emb-190, da Embraer, comprados por cerca de R$ 150 milhões para substituir os dois velhos Boeing-737 da Presidência. O preço final é cerca de R$ 30 milhões inferior ao praticado pela concorrência.

Segundo o Palácio do Planalto, as entregas estavam previstas para setembro e dezembro. A primeira, do jato de matrícula 2900, foi antecipada de forma a permitir que Lula utilize o modelo nacional nas viagens regionais programadas para o segundo semestre.

O Emb-190 presidencial teve a autonomia original expandida e pode chegar a qualquer capital da América Latina sem escalas e até a àfrica ou ao hemisfério norte com uma só parada. O interior terá 36 assentos do mesmo tipo oferecido na classe executiva comercial. Para a assessoria direta do presidente, haverá 11 poltronas.

Na cabine reservada, fica o gabinete de trabalho, uma suíte com cama de casal, chuveiro e saleta com terminal de vídeo. As comunicações via satélite são protegidas e codificadas eletronicamente, permitindo que as atividades de inteligência, comando e controle do governo possam funcionar a bordo.

Fonte: jornal O Estado de S. Paulo via Zero Hora - Fotos: Airliners.net

Região onde avião sumiu enfrenta clima 'anômalo', diz meteorologista

A região norte da ilha de Fernando de Noronha, local de onde o avião da Air France teria enviado um sinal de pane elétrica, está exposta a tempestades nessa época do ano.

As atividades climáticas na região estão "especialmente mais intensas" neste ano, segundo especialistas ouvidos pela BBC Brasil.

A explicação está nas águas do Oceano Atlântico, cuja temperatura se encontra até 1,5 grau acima da média histórica para esta época.

"Esse aquecimento anômalo das águas causa atividades ainda mais turbulentas entre o oceano e a atmosfera", diz Francis Lacerda, coordenadora do Laboratório de Meteorologia de Pernambuco.

Segundo ela, o fenômeno também é o responsável pelas chuvas do Norte e Nordeste nessa época do ano. "Essa é a causa das enchentes", diz.

Nas cidades mais afetadas, como em Salvador, o índice pluviométrico ficou até 80% acima da média histórica para o mês de maio.

Ventos

A ilha de Fernando de Noronha faz parte do que os cientistas chamam de zona de convergência intertropical.

Trata-se de uma zona de encontro dos ventos alíseos, que nessa época do ano estão mais fortes. O resultado é uma maior umidade, com chuvas intensas, descargas elétricas e rajadas de ventos: "a conhecida tempestade", diz Francis.

"É um cinturão de nuvens que fica circundando a linha do Equador", diz a meteorologista.

O meteorologista do Inmet Recife, Raimundo dos Anjos, diz que o sistema de convergência já está se deslocando para o hemisfério norte.

Segundo ele, a zona de convergência ainda está com "muita intensidade" ao norte de Fernando de Noronha, gerando forte nebulosidade.

O especialista diz ainda que, em momentos de forte tempestade, há registros de correntes de ar descendentes.

A costa nordeste brasileira também sofre o impacto meteorológico das chamadas "ondas de leste". Segundo Raimundo dos Anjos, essas ondas são formadas proximamente à costa africana e se propagam ao litoral brasileiro.

"Esse movimento também contribui para a formação de nuvens na região nordeste", diz.

Fonte: BBC Brasil via O Globo

Veja exatamente a última posição conhecida do voo AF 447

A FAB (Força Aérea Brasileira) informou que a última posição conhecida do avião da Air France que desapareceu quando fazia a rota entre Rio de Janeiro e Paris fica a cerca de 800 km de Natal (RN). Veja abaixo a localização, com base nas coordenadas divulgadas pela FAB.

Arte: Folha Online - clique na imagem para ampliá-la

A Marinha brasileira está usando três navios para as buscas. O primeiro, o navio-patrulha Grajaú, saiu por volta das 9h30 de Natal e deve chegar à possível região do acidente na noite desta terça-feira (2).

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Fonte: Folha Online