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O Boeing 737 da Qantas envolvido no incidente fotografado em maio de 2009
Um avião da Qantas a caminho de Brisbane, na Austrália, foi forçado a voltar para Auckland, na Nova Zelândia no sábado (25).
A falha mecânica ocorreu logo após a decolagem de Auckland, na Nova Zelândia. O avião tinha subido para mais de 7.600 metros (25 mil pés), quando começou a perder pressão na cabine.
A aeronave, o Boeing 737-476, prefixo ZK-JTS, retornou para Auckland, onde aterrissou em segurança. Os 91 passageiros foram transferidos para outros voos.
Fontes: nzherald.co.nz / ASN - Foto: Peter Lewis (Airport-Data.com) - Tradução: Jorge Tadeu
Aasa e a cauda do avião tanque submerso em Okanagan Lake, no Canadá, no sábado
Um avião tanque engajado no combate aos incêndios florestais em West Kelowna, na Colúmbia Britânica, no Canadá, caiu em Okanagan Lake no sábado (25). O piloto conseguiu escapar ileso.
Rick Pedersen, um porta-voz da empresa aérea Conair, disse que o avião chocou-se contra a água e capotou ao tentar carregar seus tanques com a água do lago por volta do meio dia. Pedersen não soube informar o que causou o acidente.
O Air Tractor AT-802AF Fire Boss, prefixo C-FDHY [89], mergulhou em cerca de 110 metros de água, levando os funcionários da Canadian Transportation Safety Board a iniciar um inquérito.
O avião tanque Fire Boss lança cargas de água à taxa de 40 litros por segundo a mais de 60 milhas por hora, de acordo com o site da Conair.
O porta-voz disse que o piloto trabalha para a empresa há 10 anos.
Pedersen disse ainda que a empresa foi contratada pelo governo da Colúmbia Britânica como parte de um esforço de combate a incêndios no Okanagan. Foram colocados nessa operação seis dessas aeronaves. Todos os seis aviões tanques são baseados em Alberta.
O fogo já abrange cerca de 45 quilómetros quadrados na região. A Colúmbia Britânica é a terceira maior província do Canadá.
Veja vídeo gravado no momento do acidente:
Fontes: CTVBC / The Canadian Press / ASN - Foto: CTV - Tradução: Jorge Tadeu
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) vai definir em até um mês a redistribuição de slots (vagas para operações de pouso e decolagem) no aeroporto de Congonhas, informou o diretor do órgão, Marcelo Guaranys. Devem ser abertos 15 pares de slots, que serão retirados de companhias que não estiverem cumprindo os serviços com pontualidade e regularidade.
A nova distribuição será feita por sorteio entre as companhias que já atuam no terminal e as empresas que estão pleiteando espaço para operar no aeroporto.
TAM, Gol, OceanAir e Pantanal são as companhias com voos para Congonhas. Embora a Anac não tenha confirmado, Azul e Webjet teriam manifestado intenção de operar no aeroporto paulista.
Um avião da companhia iraniana Mahan Airlines teve de fazer um pouso de emergência neste domingo (26) em Teerã depois do incêndio de um de seus motores pouco após a decolagem, informou a televisão estatal.
O McDonnell Douglas MD-82, prefixo TC-TUA, que fazia a ligação entre Teerã e Bandar Mahshahr (sul), voo W5-1029, teve de voltar apenas um minuto depois de ter decolado do aeroporto de Mehrabad, acrescentou a TV.
Aviões na pista do aeroporto de Mehrabad, em Teerã
O incidente aconteceu três depois do acidente envolvendo um Illiuchin-62 da companhia iraniana Aria Airlines que deixou 16 mortos em Mashhad (nordeste).
Em 15 de julho, a queda de um Tupolev-154 da Caspian Airlines que fazia a ligação entre Teerã e Erevan deixou 168 mortos.
Os 150 passageiros de um avião da empresa aérea GOL que saiu de Brasília e pousou no Aeroporto dos Guararapes, no Recife, no final da manhã deste domingo (26), foram impedidos de desembarcar. De acordo com informações da Infraero e da Anvisa, a demora ocorreu porque uma pessoa a bordo começou a passar mal e apresentava sintomas da nova gripe.
A tripulação pediu ajuda da Anvisa. Três técnicos da Agência entraram na aeronave e fizeram a vistoria. A saída dos passageiros e tripulantes só foi liberada às 13h. Os técnicos permaneceram dentro do avião para desinfetar a aeronave que voltou a decolar às 15h29 e seguiu para o Rio de Janeiro. A suposta paciente foi levada ao Hospital Oswaldo Cruz, no Recife, centro de referência para casos da nova gripe no estado.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, em Pernambuco, foram confirmados 26 casos de nova gripe. As últimas três confirmações foram na quinta-feira, dia 23 de julho. A doença já matou 38 pessoas no Brasil.
Situação Mundial
A Organização Mundial da Saúde confirmou nesta segunda-feira (27) que a nova gripe já provocou 816 mortes em todo o mundo. O total de contaminados chegou a 134.503.
É o primeiro balanço oficial, não apenas estimado, difundido pela agência da ONU desde 6 de julho, quando ela decidiu parar de detalhar o número de casos por país. A agência argumentou à época que o balanço não era uma ferramenta válida para avaliar o impacto da pandemia.
O novo balanço da OMS detalha os dados por regiões. A América é a mais afetada, com 87.965 casos e 707 mortes. A região do Pacífico tem 21.577 casos e 30 mortes, a Europa tem 16.556 casos e 34 mortes, o Sudeste Asiático, 7.358 casos e 44 mortes, o Mediterrâneo Oriental, 890 casos e 1 morte, e a África, 157 casos.
A companhia aérea irlandesa de baixo custo Ryanair obteve no primeiro trimestre fiscal (de abril a junho) lucro líquido de 136,5 milhões de euros, quase sete vezes mais que o registrado no mesmo período do ano anterior, graças à redução do preço do petróleo e ao aumento do tráfego aéreo.
No início deste mês, a empresa anunciou a intenção de cortar custos fazendo com que os passageiros viajem de pé. De acordo com a companhia, a medida pode aumentar a capacidade dos aviões em 30% e o corte de custos pode chegar a 20%. A medida ainda está em análise e não foi posta em prática.
No primeiro trimestre fiscal, a companhia aérea reduziu em 42% os gastos de combustível neste período, até os 214 milhões de euros, e aumentou em 11% o número de passageiros transportado, até os 16,6 milhões de pessoas, informou a empresa nesta segunda-feira em comunicado.
Os números de tráfego foram impulsionados pela redução de tarifas de 13% em média, segundo os dados da Ryanair, e pela Semana Santa em abril, algo que não ocorreu no ano passado.
A receita entre abril e junho alcançou 774,7 milhões de euros, ligeiramente abaixo dos 777 milhões de euros do ano anterior, e o lucro operacional foi de 154,7 milhões, seis vezes mais.
Já a dívida líquida caiu neste período até 104,8 milhões de euros, dos 120 milhões de euros com que começou o ano.
Apesar dos resultados positivos, o executivo-chefe da companhia aérea, Michael O'Leary, disse que a empresa poderia fechar o ano com uma queda no lucro próxima a 20%, até 200 milhões de euros.
A Pantanal, companhia aérea regional que opera por meio de liminar desde abril de 2008, pode se tornar em até 30 dias a primeira empresa aérea brasileira a perder vagas de pouso e decolagem (slots) por causa da prestação de serviços abaixo da qualidade determinada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Ontem, a Anac informou que pretende redistribuir 15 pares de slots no Aeroporto de Congonhas de uma empresa cujo nome não foi divulgado, porque, por três meses consecutivos, essa empresa operou abaixo do índice de 80% exigido pela Anac. Ou seja, a empresa cancelou mais voos do que o permitido.
Fontes do setor asseguram tratar-se da Pantanal, que respondeu por 0,14% dos voos domésticos em junho. A empresa, fundada em 1993, tem hoje uma frota de seis turboélices que voam para cidades do interior de São Paulo, Minas Gerais e Paraná. A liminar que permite a operação da Pantanal foi obtida na Justiça dois dias antes de a agência iniciar o processo de cassação da sua concessão, devido a irregularidades fiscais. A Pantanal informou que não iria se pronunciar sobre o assunto, por não ter sido notificada.
A Pantanal tem 16 pares de slots em Congonhas, e a perda de 15 pode significar o fim da linha para a empresa, que tem no aeroporto a sua base. Além dela, operam em Congonhas a Gol/Varig (116 pares), TAM (106 pares) e OceanAir (11 pares). É a primeira vez que a Anac aplica a resolução 02, que determina a perda de slots por falta de regularidade nos voos. A norma determina que 80% das vagas sejam sorteadas entre companhias que já operam no aeroporto. Os 20% restantes vão para companhias que ainda não operam. No caso dos 15 slots da Pantanal, 12 serão redistribuídos entre Gol/Varig, TAM e OceanAir. Os três pares de slots restantes vão para quem se interessar. Segundo a Anac, se houver cinco interessados, por exemplo, haverá um sorteio que vai determinar a ordem das empresas para escolher um par de vagas.
Apesar de ser uma forma de permitir a entrada de novas empresas em Congonhas, que está com a operação saturada, o sorteio não atrai, a princípio, o interesse delas. O diretor de relações institucionais da Azul, Adalberto Febeliano, afirma que, quando o assunto for levado para a diretoria, vai votar contra a participação no sorteio. "Essa não é a posição da Azul. Mas o meu parecer é o de que, para três pares de slots, nem entramos no sorteio. Se for um só, então, não vamos nem cogitar. É ridículo montar uma estrutura num aeroporto caro como o de Congonhas para operar três voos por dia", afirma o executivo.
O presidente da WebJet, Wagner Ferreira, também descartou a participação da empresa se houver disponibilidade de apenas um par de vagas. "Para a WebJet, só seria economicamente viável montar uma operação em Congonhas com três pares de slots, e não com apenas um par", diz.
A esperança de mais slots em Congonhas para as empresas que ainda não operam no aeroporto reside num conjunto de regras da Anac para redistribuição de vagas em terminais concorridos que foi anunciado em outubro do ano passado, mas que está sendo revisado. As normas apresentadas em 2008 preveem que, a cada dois anos, as companhias que já operam nos aeroportos saturado, como é o de Congonhas, cedam slots para as que não operam, conforme critérios de eficiência.
As medidas foram bombardeadas pelas empresas que já estão no aeroporto. A Anac informou que recebeu, durante a consulta pública das regras, sugestões "procedentes" e que, até o final deste ano, vai definir se elas terão de passar por uma nova consulta pública.
Santos Dumont
A Gol/Varig e a TAM vão operar apenas voos da ponte aérea no Aeroporto Santos Dumont, no Rio, nos meses de agosto e setembro. Isso porque obras para aumentar a porosidade da pista principal do terminal (com 1.360 metros) vão limitar a operação de aviões de grande porte, com capacidade superior a 140 passageiros. A reforma começa em agosto, com previsão de 60 dias de duração. Nesse período, será utilizada a pista auxiliar (1.260 metros). Por ser mais curta, ela exige um limite de peso do avião.
Os engenheiros da Nasa, a agência espacial americana, reativaram ontem um sistema vital de purificação de ar da Estação Espacial Internacional (ISS), na sigla em inglês) e buscam a razão pela qual ele deixou de funcionar no sábado, informou a entidade.
A imperfeição no sistema, de fabricação americana, levou os técnicos da agência espacial americana a trabalharem duro, no momento em que há 13 astronautas a bordo da ISS e do ônibus espacial "Endeavour" (foto acima).
Dois astronautas sairão amanhã para a quinta e última caminhada espacial na ISS que, acoplada ao "Endeavour", orbita a cerca de 385 quilômetros da Terra e a 27.000 km/h.
Os engenheiros da Nasa reativaram hoje o sistema de purificação, finalmente, na modalidade manual, que exige controladores adicionais na Terra para continuar funcionando.
Normalmente, o sistema funciona automaticamente e a Nasa espera que um reparo nos programas de computador permita a recuperação dessa função nas próximas horas.
Os técnicos disseram que um aquecedor teve problemas e ativou uma intersecção do circuito que desligou todo o sistema.
"Continuamos tentando determinar exatamente qual foi a razão do problema", disse o diretor de voo da ISS, Brian Smith, em entrevista coletiva. "Mas, enquanto isso, estamos lidando muito bem com o manejo (do dióxido de carbono)".
O funcionamento apropriado dos dois sistemas de purificação de ar, o da Nasa e o equivalente russo, Vozdukh, é necessário para garantir a sobrevivência dos seis tripulantes da ISS e as visitas adicionais de astronautas da nave.
O "Endeavour" deve deixar a ISS terça-feira e retornar à Terra no dia 31 ao término de uma missão de 16 dias que levou um novo membro da tripulação da estação e uma plataforma de experimentos para o laboratório japonês Kibo.
As companhias aéreas incrementam cada vez mais suas fontes secundárias de receita para aquecer os negócios, que andam turbulentos por conta da crise econômica. Atenta ao aumento desse tipo de demanda, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), vai inaugurar mais um Terminal de Logística de Cargas (TECA), no Ceará. Já a alemã Lufthansa Cargo, companhia do Grupo Lufthansa, incrementou seus voos diários conectando o Brasil a Frankfurt, atividade que iniciou este mês.
Ao todo, são hoje seis frequências semanais da Lufthansa Cargo partindo da cidade de Campinas (interior de São Paulo), mais uma a partir de Curitiba, todas com destino a Frankfurt, na Alemanha - até então eram três por semana.
De acordo com a Lufthansa "a decisão foi motivada pela demanda do mercado brasileiro, principalmente na importação", informou a empresa em comunicado. Por aqui, além das sete frequências para Frankfurt, a companhia alemã dispões de outras duas, de Campinas até Buenos Aires, na Argentina.
A empresa, que atua tanto com cargueiros quanto com os porões das aeronaves de passageiros para operações de logística, oferece, ainda, espaço nos voos entre São Paulo e Frankfurt e também cinco opções semanais entre São Paulo e Munique, para acomodar encomendas. Ainda segundo a empresa, a partir de agosto a Lufthansa Cargo no Brasil atenderá a cidade de Curitiba com duas frequências por semana.
Mundialmente, a Lufthansa trabalha com 19 cargueiros e mais 300 aviões de passageiros, que também atendem os serviços de carga em seus porões. A companhia se diz uma das maiores transportadoras de cargas aéreas do mundo, com mais de 4,6 mil funcionários, além de operar 500 destinos.
Terminal
De olho na ampliação das cargas por parte das empresas aéreas, a Infraero, que administra hoje 67 aeroportos no País, investiu cerca de R$ 39 milhões para inaugurar o Terminal de Logística de Cargas (TECA), localizado no Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza (CE).
Voltado à operações de importação e exportação, as instalações têm aproximadamente nove mil metros quadrados de área construída e capacidade de armazenamento para até cinco mil toneladas em cargas.
"O novo Terminal vai impulsionar as exportações e importações do Ceará, desenvolvendo a economia do Estado", destaca o superintendente do Aeroporto Internacional Pinto Martins, Sérgio Fernandes Baltoré.
Entre os equipamentos instalados, o novo Terminal conta com três câmaras frias para peixes, frutas e flores, parte dos principais itens de exportação do Ceará - a nova área comporta nove aviões.
Em 2008, o aeroporto movimentou mais de três mil toneladas de carga, sendo que a maior parte da carga vinda das regiões dos Estados Unidos, China, Suíça, Itália e Alemanha. Enquanto na exportação os produtos saíram para os Estados Unidos, Holanda, Inglaterra, Portugal, França, China e Japão.
É a maior redução de frota da história da aviação espanhola — escrevia ontem o diário espanhol “Expansión” na sua edição online, ao contabilizar que este Verão deixam de estar em operação mais de 110 aviões, porque cinco companhias desapareceram desde o início da crise e as que estão em actividade “emagreceram” a frota face à queda da procura.
Uma fonte do sector não identificada disse ao “Expansion” que os cortes de frota significaram que foram retirados do mercado treze milhões de lugares de avião e o jornal indica que algumas associações estimam o corte em 120 aeronaves.
A notícia diz que Iberia, Spanair e Vueling são as que fizeram os maiores cortes de frota.
A Iberia, prossegue, passou de 132 aviões no princípio do exercício para 115, tendo retirado da frota os antigos MD-88 e deixado nos hangares cinco Airbus A320.
A Spanair é apontada como a companhia que mais reduziu a frota, no âmbito do seu plano de reestruturação, que levou à eliminação de 500 postos de trabalho e 15 aviões, a que se somaram mais três que ficaram em terra.
Além disso, acrescenta, tem em preparação um novo ajuste de capacidade em baixa, que, refere, poderá deixar em terra mais 13 aviões.
Em relação à Vueling, que acaba de concluir a fusão por integração da Clickair, o jornal escreve que conta com 35 aviões, quando anteriormente cada uma delas tinha mais de 20.
A notícia acrescenta ainda que a Air Europa, do grupo Globalia, mantém a forta estável, mas substitui alguns Boeing por Embraer, de menor capacidade, e assinala que a Air Nostrum tem em curso um ERE (Expediente de Regulação de Emprego) que prevê a eliminação de 600 postos de trabalho.
A contabilização elaborada pelo “Expansión” conta ainda com a falência da companhia charter Futura, que tinha 38 aviões, bem como da lagun Air, da LTE e da Air Class.
Em depoimento à Justiça, ex-funcionária da Varig confirma fraude em autorização da deputada Thaís Bargo Barbosa para favorecer agente de viagens
Um depoimento à Justiça Federal mostra que parlamentares tinham o hábito de trocar créditos de passagens entre si, algumas vezes sem o conhecimento de todas as partes envolvidas (veja o vídeo, clicando na imagem acima). A ex-gerente de contas da Varig Jussara Gomes de Souza, 53 anos, foi à 12ª Vara Federal em Brasília para prestar explicações no processo criminal que acusa o ex-deputado Lino Rossi (PP-MT), o ex-assessor parlamentar Marlon de Araújo e o agente de viagens Pedro Damião Rabelo de estelionato, peculato e crime contra a administração pública (leia mais).
O interrogatório aconteceu no dia 28 de maio e é o último andamento relevante da ação penal que tramita desde 2007. Na conversa com a juíza Pollyanna Kelly Alves, Jussara Souza confirma todo seu depoimento prestado à Polícia Legislativa da Câmara em 2005.
A ex-gerente diz que, em 4 de maio de 2005, foi avisada pela supervisora da Varig Elaine Pontes que uma requisição de passagens da então deputada Thaís Bergo Barbosa (PMDB-MT), suplente de Lino Rossi, tinha sido falsificada.O ofício concedia um crédito de passagens de R$ 300,00 a Pedro Damião, dono da agência Morena Turismo e ex-funcionário da Varig e do gabinete do deputado Pompeu de Matos (PDT-RS).
À época, Jussara procurou a deputada Thaís Bergo, que não reconheceu sua assinatura no documento. A funcionária da Varig alertou-a de que possíveis fraudes poderiam estar acontecendo em outras companhias aéreas. Depois, Jussara solicitou aos funcionários da loja da empresa na Câmara que confirmassem despesas com milhagens.
Foi aí que descobriu que uma passagem internacional para José Amando, marido de Thaís Bergo, saiu da cota do deputado Francisco Turra (PP-RS). A deputada disse desconhecer o fato, mas Turra disse que sabia o que estava fazendo.
O parlamentar gaúcho afirmou a Jussara, segundo o depoimento, que pensava “estar ajudando” a colega. Foi Marlon Reis, assessor de Lino Rossi e de Thaís, quem teria pedido o “empréstimo” aos servidores do gabinete de Turra.
Atual presidente da Associação Brasileira de Produção e Exportação de Frango, Turra afirmou ao Congresso em Foco que pensava estar ajudando a deputada, e não seu marido. “Segundo o pedido, ela [Thaís] não teria cota. Eu disse: ‘Devolvendo, sem problema’.”
Porém, Turra negou ter o hábito de emprestar sua cota para colegas de outros gabinetes e afirmou desconhecer quem também fizesse isso. O ex-deputado afirmou que não se lembrar de nenhum caso de venda de passagens na Câmara.
Durante os seis minutos e seis segundos do depoimento gravado em vídeo, Jussara se mostra visivelmente desconfortável. Coça frequentemente o nariz, apoia a cabeça com as mãos algumas vezes, tem expressão abatida e aparenta estar resfriada.
No processo, Lino Rossi é acusado pelo Ministério Público de usar passagens da Câmara para beneficiar familiares e terceiros. Ao deixar o cargo por conta de uma licença médica, manteve Marlon Reis no gabinete e continuou a usar passagens da Casa, segundo contou Thaís Bergo.
Além da ação penal na 12ª Vara, Lino Rossi, o assessor e o agente Pedro Damião são réus em uma ação de improbidade administrativa que tramita na 13ª Vara Federal de Brasília.
Procuradores do Ministério Público Federal no Distrito Federal investigam a eventual ocorrência de outros crimes com passagens aéreas. Para apressar as conclusões, dividiu o trabalho com colegas de cinco regiões do país.
"Dor de cabeça do avião" pode ser provocada pela diferença de pressão na cabine e transformar um simples voo em um inferno.
Como se não bastasse o medo de avião, intensificado pelos recentes acidentes aéreos, alguns viajantes ainda têm uma preocupação a mais na hora de voar: fortes crises de dor de cabeça. Além de fatores como o estresse e a altitude desencadearem enxaqueca em quem já apresenta tendência para o problema, pesquisas recentes apontam a existência de um outro tipo de dor de cabeça deflagrado pelas viagens de avião. Geralmente acompanhada do sentimento de pressão em um dos lados do crânio, a "dor de cabeça do avião" é resultado da variação da pressurização na cabine e pode atingir até mesmo quem nunca apresentou sinais de cefaleia antes.
De acordo com o neurologista Abouch Krymchantowski, especialista no tratamento das dores de cabeça crônicas, a "dor de cabeça do avião", assim como a enxaqueca, ocorre devido à ativação do sistema de vasos e nervos que envolvem as artérias do cérebro e meninges.
- A diferença é que, enquanto na enxaqueca a ativação desse sistema, chamado trigêminovascular, tem origem genética e pode ser desencadeada por fatores como alimentação e estresse, na "dor de cabeça do avião", é o aumento do diâmetro da mucosa das cavidades da cabeça (seios paranasais) que provoca sua ativação em algumas pessoas, mediante as variações na pressurização da cabine do avião - explica o médico. O resultado dessas alterações é uma dor de cabeça pulsátil e intensa, piorando na decolagem e no pouso e, muitas vezes, acompanhada por alterações na permeabilidade das vias aéreas e sensação de entupimento no ouvido, na testa e nas maçãs do rosto.
Felizmente, deixar de voar não é a única solução para quem sofre com a dor de cabeça dos viajantes. "Para quem tem a alteração nas cavidades da cabeça e sente dor só quando voa, duas opções de tratamento são o uso de drogas vasoconstrictoras e antialérgicas ou, em último caso, as cirurgias de raspagem da mucosa dos seios paranasais", diz o Dr. Abouch, lembrando que, como se trata de um tipo de dor que vem sendo estudado há relativamente pouco tempo, ainda não há um consenso sobre o tratamento mais adequado para o problema ou mesmo sua denominação.
Medo de avião também pode gerar crises de enxaqueca
O estresse provocado pelo medo de voar é um dos principais responsáveis pela incidência de crises de enxaqueca durante o voo. "Além de o nervosismo já funcionar como um deflagrador das crises, muita gente ainda ingere álcool ou drogas sedativas (ansiolíticos e indutores do sono) para relaxar, o que, no ambiente de pressãouros e baixa umidade do ar do avião, e de adrenalina provocada pelo medo, funciona como uma bomba para algumas pessoas", afirma o neurologista Abouch Krymchantowski.
Para prevenir as crises no ar, o especialista é categórico em afirmar que, além de procurar manter a calma durante o voo, é preciso evitar a ingestão de bebidas alcoólicas e de sedativos. "Se essas medidas não forem suficientes e a crise já estiver acontecendo, o paciente deve tomar os remédios habituais, sempre receitados por um especialista, para evitar efeitos colaterais da automedicação", diz.[14]
Filipe Cordeiro é um micaelense (natural de São Miguel, ilha do arquipélago dos Açores, Portugal) de 28 anos na elite da Força Aérea Portuguesa, pois está entre os cerca de 30 pilotos dos poderosos caças F-16. Em entrevista ao Açoriano Oriental, explica como chegou aos F-16, um avião que considera fácil pilotar, embora o seu cockpit seja um espaço "hostil".
Filipe Cordeiro está na elite da Força Aérea Portuguesa, onde é piloto dos caças F-16. A ideia de ser piloto de caça surgiu-lhe no ensino secundário. Filipe gostava bastante de aviões, mas ao contrário de tantos adolescentes que preenchem as suas capas escolares ou as paredes dos seus quartos com fotografias de aeronaves, Filipe concretizou mesmo o seu sonho.
Um primo que concorreu à Escola Naval influenciou-o a fazer o mesmo na Academia da Força Aérea, juntando o seu gosto pela aviação à componente militar. Concorreu em 1999 e só em 2006 pilotou pela primeira vez um caça F-16. Por aí já se vê o grau de dificuldade e a preparação que é necessária para se pilotar um avião de guerra. Filipe passou os primeiros quatro anos na Academia a tirar a sua licenciatura, seguindo-se um ano e meio de aprendizagem de voo em Beja. Nessa altura, é feita a escolha da aeronave que se pretende pilotar. Os melhores alunos têm a possibilidade de escolher entre os caças, os aviões de transporte ou os helicópteros. Seguem-se mais seis meses de formação, esta agora destinada já ao treino de combate. Por fim, um estágio nos Estados Unidos da América, para aprender a pilotar os F-16.
Os testes são muito rigorosos, sobretudo os físicos e os mais complicados são os médicos. "É onde chumba mais gente, especialmente na parte auditiva, nos desvios de coluna vertebral e na visão", refere.
Filipe vive actualmente em Leiria, nas proximidades da Base Aérea nº5 de Monte Real onde está colocado. Integra uma pequena elite de apenas cerca de 30 pilotos , sendo actualmente o único açoriano a pilotar as duas dezenas de F-16 da Força Aérea Portuguesa, embora lembre que antes dele, um outro micaelense também já tinha tido essa oportunidade.
Mas como é voar num F-16? "É uma sensação muito boa e para quem começa a voar com aviões mais lentos, chegar ao F-16 é um espectáculo, porque é um avião muito manobrável, rápido e fácil de voar", responde. O F-16 tem a capacidade de voar a velocidades superiores a 1000 km/h, quebrando a barreira do som. "Ao contrário do que muita gente pensa, não há acelerações súbitas e dentro do avião não se sente nada. Só me apercebo que ultrapassei a velocidade do som quando olho para o velocímetro", explica Filipe Cordeiro.
Muitas pessoas com certeza lembram-se de ver Tom Cruise no filme Top Gun. Mas o treino na vida real compara-se ao do cinema? Filipe Cordeiro explica como é feito o treino dos pilotos, normalmente numa hora e meia de voo: "o F-16 tanto faz o combate aéreo como o ataque ao solo. Temos definidos vários tipos de missão e ao longo do ano vamos treinando. O voo nos F-16 exige total atenção e concentração, porque a qualquer momento as coisas podem correr mal, especialmente a voar a alta velocidade em baixas altitudes e nas situações de combate aéreo, onde é essencial saber evitar as colisões entre as aeronaves. Depois há também a questão da habituação. Poucos são os pilotos que voam pela primeira vez e se sentem completamente bem".
Pilotar um F-16 no ar é como pilotar um Fórmula 1 em terra. O trabalho de Filipe Cordeiro é, por isso, comparável ao de um desportista de alta competição. Presença de espírito, muita concentração, boa forma física e, sobretudo, ser imune ao enjoo, são essenciais para que nada corra mal no céu, até porque estar dentro do cockpit de um F-16 está muito longe de ser o mesmo que estar sentado numa sala de estar a observar paisagens aéreas. "O F-16 tem um ambiente muito hostil", refere Filipe Cordeiro, porque "há muito ruído, há as forças centrífugas (G), pode haver também cheiro a combustível e o calor no cockpit, com o fato que temos vestido, torna tudo muito hostil", afirma.
Filipe já participou por duas vezes em missões no estrangeiro, mas nunca esteve até agora numa missão de combate. Contudo, o seu avião tem armamento real, pelo que está consciente que um dia, o sonho pode tornar-se um pesadelo de guerra. Mas isso não preocupa Filipe. "Fazendo parte da NATO, sabemos que é sempre possível sermos destacados para um cenário de guerra e é para isso que treinamos no dia-a-dia", conclui.
Uma redução bastante acelerada. Assim ficou o faturamento do maior grupo aéreo europeu durante o primeiro trimestre do ano fiscal iniciado em março (2009-2010) mostrando consequências da crise que sofre o setor. Houve uma queda de 20,5% no faturamento do grupo Air France-KLM, com 18,7% menos no transporte de passageiros e de 5,8% no volume de tráfego das empresas aéreas.
Os números refletem uma continuidade da tendência observada também no primeiro trimestre do ano, e na linha das previsões da companhia que vai divulgar os resultados completos do trimestre abril-junho no próximo dia 30.
Air France e KLM reduzirão em mais de 4 mil postos de trabalho nos dois próximos anos. O ajuste é para ficar com 50 mil profissionais dentro dos ajustes econômicos do grupo.
Empresário Nenê Constantino é suspeito de mandar matar dois genros.
Advogado nega e diz que relação entre empresário e genros é amistosa.
Fundador da empresa aérea Gol já responde na Justiça por assassinatos.
O empresário Nenê Constantino, sócio-fundador da companhia aérea Gol, é suspeito de ter encomendado a morte de dois genros.
Vídeo obtido pelo Fantástico mostra um homem, João Marques dos Santos, ex-funcionário do empresário, dizendo que foi procurado por Nenê Constantino para cometer crimes, entre eles, o assassinato dos genros. Ele afirmou ter matado oito pessoas a pedido do empresário.
Em 2007, a polícia diz ter evitado a morte de um dos genros de Nenê Constantino, Basílio Torres Neto. Isso ocorreu em 2007.
Um grupo de homens estava na cidade de Araçatuba, interior de São Paulo. Segundo a polícia, eles planejavam assassinar um empresário local. Na época, foram presos antes de a ação ser concretizada com armas, celulares, uma filmadora e R$ 10 mil em dinheiro.
A polícia suspeita que Nenê Constantino fosse o mandante da morte e o alvo seria o genro do empresário, que seis meses antes, havia sido procurado por João Marques dos Santos que pediu dinheiro para não assassiná-lo. O encontro foi gravado pela polícia.
Na conversa com o genro de Constantino, o matador de aluguel fala que um homem de confiança de Nenê Constantino prometeu R$ 60 mil pelo assassinato.
Segundo a polícia, Basílio não aceitou entregar o dinheiro e marcou um novo encontro com o suposto pistoleiro e seus comparsas. No encontro, também gravado, o matador diz que Nenê Constantino também planejava a morte de outro genro, Eduardo Queiroz Alves, dono de empresas de ônibus em Brasília.
"Tu sabe que quem é mais fácil de matar o Eduardo é você, né? Ele falou pra mim. O seu Constantino me falou. Aí eu falei: Mas por que, seu Constantino?’. Aí ele falou: ‘Porque você anda mais ele aí pra qualquer lugar. Você pede pra ir pra um lugar aí pra te deixar e ele vai. Aí você vai, mata ele e deixa ele lá", disse João Marques dos Santos.
Um ano depois da conversa, o genro Eduardo foi vítima de uma tentativa de homicídio. Quando saía de uma das empresas de ônibus da família, um homem que estava na garupa de uma moto disparou cinco tiros contra o carro dele. O empresário não se feriu. Para a polícia, Nenê Constantino planejou o atentado.
Outro lado
O advogado de Nenê Constantino, Marcelo Bessa, questiona as acusações. "Está se fazendo uma acusação ao seu Constantino com base no depoimento de uma pessoa que diz ser um homicida e que não apresenta nenhuma prova material daquilo que fala. Nós negamos e me parece ser muito claro nos autos que não há qualquer prova nesse sentido", afirmou o advogado.
Segundo Bessa, a relação de Nenê Constantino com os genros é amistosa. "Com relação a um dos genros (o Eduardo), existe hoje um processo de separação judicial que, obviamente, gera algum tipo de estremecimento, mas não é nenhum estremecimento profundo, nada disso."
Outros assassinatos
O pistoleiro João Marques dos Santos disse ter cometido oito assassinatos a mando de Constantino. Desses, dois foram confirmados pela polícia.
Segundo a polícia, em 2001, em Brasília, a área de um imóvel de Nenê Constantino foi invadida por dezenas de pessoas. De acordo com a investigação, o empresário mandou matar um líder do movimento. O outro assassinato também teria sido por disputa de terra.
"Ele falou que ia me dar R$ 50 mil. Eu fiz e ele não me deu nada", contou João Marques na gravação.
Nenê Constantino e João Marques são réus nos processos sobre as duas mortes.
Segundo o advogado Marcelo Bessa, não há provas contra Nenê Constantino. "Ele é réu como qualquer pessoa em que o juiz, num juízo absolutamente preliminar, aceita ação penal. Mas isso não significa que ele seja culpado. Seu Constantino é vítima, é homem simples e um homem religioso."
Marcelo Bessa afirmou que Nenê Constantino está em São Paulo em tratamento médico. O paradeiro de João Marques dos Santos é desconhecido.
A Nasa divulgou nova versão da imagem de uma impressionante supernova captada pelo Chandra: a E0102-72, que se localiza a cerca de 190 mil anos-luz da Terra
O observatório espacial Chandra X-ray, construído pela Nasa (agência espacial americana), comemorou nesta semana dez anos de atividades. O instrumento - lançado na missão STS-93 em 23 de julho de 1999, a bordo do ônibus espacial Columbia - é capaz de criar imagens em alta resolução a partir da captação dos raios X emitidos por fenômenos espaciais como cometas, buracos negros galáxias e supernovas (estrelas que explodiram).
O Chandra X-ray integra uma família de sondas espaciais da Nasa, lançadas na década passada, cada uma com um objetivo diferente de observar os componentes de onda presentes no universo: luz visível, raios gama, raios X e infravermelho.
O Chandra, que leva este nome em homenagem ao físico indiano Subrahmanyan Chandrasekhar, um dos fundadores da astrofísica, foi o terceiro do programa de Grandes Observatórios Espaciais (Great Observatories Program, em inglês) a ser colocado em órbita. Antes dele, foram lançados os telescópios Hubble (luz visível) e Compton (raios gama), e por último, o Spitzer (infravermelho).
Para celebrar os 10 anos de vida do Chandra, a Nasa divulgará em seu site nos próximos três meses versões novas das imagens clássicas que marcaram o histórico de estudos do observatório. A primeira delas é uma das que mais impressionaram os cientistas: o resto de uma supernova batizada de E0102-72. Ela se localiza a cerca de 190 mil anos-luz da Terra, na Pequena Nuvem de Magalhães, e foi observada pelo Chandra logo após o lançamento.
Conheça outros fenômenos que marcaram as pesquisas do Chandra X-ray:
Quinteto de Stephan
O grupo galáctico conhecido como Quinteto de Stephan foi fotografado recentemente pelo Chandra X-ray. Na imagem, os cientistas registraram que uma crista azulada de gás cintilante parece atravessar o coração do grupo galáctico.
Descoberto em 1877, o Quinteto de Stephan na verdade consiste de um quarteto de galáxias. Apenas quatro das galáxias que supostamente o formavam (mostradas em uma imagem obtida com luz no espectro visual humano, pelo telescópio Canadá-França-Havaí) estão realmente em estreita proximidade umas das outras, a uma distância de cerca de 280 milhões de anos-luz da Terra.
A crista azulada, revelada pela capacidade de observação na banda do raio-X que o Chandra oferece, provavelmente é resultado de uma onda de choque criada quando uma das galáxias - o objeto que ocupa posição mais central na imagem acima - atravessou o conjunto das três outras, em velocidade de cerca de 3,2 milhões de km/h.
Novos estudos quanto a esse grupo de galáxias, que incluirão imagens mais detalhadas, como a obtida nesta nova imagem do Chandra, podem permitir que os astrônomos compreendam melhor a evolução das galáxias. Isso aconteceria porque as colisões entre galáxias resultam em alterações tais como explosões que resultam em nascimentos de estrelas, crescimento de galáxias por meio de fusões e alterações no formato galáctico.
"Mão espacial"
Em abril deste ano, o Chandra captou a imagem de uma nebulosa com o formato semelhante de uma mão humana. Na fotografia, os dedos azuis parecem tocar uma nuvem vermelha. A fotografia retrata a formação de uma estrela que se expande a 150 anos luz da Terra.
Fonte: Terra (com informações de agências internacionais) - Imagens: Nasa / EFE
Solange Vieira visitou neste sábado a Feira Nacional da Aviação Civil
A diretora-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Solange Vieira, afirmou neste sábado que o “caos aéreo está totalmente superado”. Apesar disso, ela disse que os passageiros podem esperar a volta das filas nos aeroportos e dos atrasos nos voos, durante os chamados períodos de alta temporada.
Em visita à Feira Nacional da Aviação Civil, aberta neste sábado ao público no Rio de Janeiro, Solange disse que são esperados problemas como filas e atrasos em dezembro deste ano, já que a procura costuma aumentar bastante neste período.
— Dezembro é um mês muito delicado, principalmente na última quinzena, período das festas de fim de ano, quando os aviões, que operam com 70% de ocupação, passam a operar com 100%. Então, é natural que aumentem as filas e que os aviões tenham algum atraso. Mas eu não chamaria isso de caos, mas sim de um trânsito complicado, um período de rush para a aviação — disse Solange.
A Feira Nacional de Aviação Civil está sendo realizada neste final de semana, no III Comando Aéreo Regional, no Centro do Rio de Janeiro. Entre as atrações, está a visitação ao interior de aviões.
Um cheque no valor de US$ 10,50 feito pelo ex-astronauta Neil Armstrong pouco antes de embarcar na histórica missão à Lua foi vendido nesta quinta-feira pelo preço recorde de US$ 27.350 em um leilão na internet.
O engenheiro Jack Staub, da Califórnia, ficou com o artigo, leiloado pela empresa RR Auction como parte das comemorações pelos 40 anos do lançamento do "Apolo XI", primeira viagem espacial tripulada à Lua.
O cheque era para pagar uma dívida com Harold Collins, gerente da Nasa (agência espacial americana). Armstrong lhe pediu que guardasse o papel e que só o descontasse se não voltasse da viagem que o fez ser o primeiro homem a pisar na Lua.
Segundo fontes do clube universal de colecionadores de autógrafos, com sede na Califórnia, o valor é o mais alto pago até o momento por uma assinatura de Neil Armstrong.
Roupa antichamas, dispositivos sem fio e até o suco em pó Tang foram usados no programa espacial que levou o primeiro homem a pisar na Lua.
No dia 20 de julho, fez 40 anos desde que Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins foram lançados ao espaço e pisaram na Lua quatro dias depois.
Os recursos tecnológicos envolvidos na missão Apollo 11 eram extremamente avançados para a época. Muitos deles são hoje usados em nosso cotidiano.
Equipamentos sem fio
Há 40 anos, no dia 20 de julho, o homem pisou pela primeira vez na Lua. A tecnologia envolvida para levar Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins - os astronautas da missão - era extremamente avançada para a época. Essa tecnologia está entre nós sem que a percebamos. Quer um exemplo? Quando Neil Armstrong disse sua famosa frase (“Um pequeno passo para o homem, mas um grande salto para a humanidade”) , usava um equipamento sem fio criado pela Pacific Plantronics, agora apenas Plantronics.
Tecnologia de absorção
Desenvolvido em 1966 para absorver impacto e usado pela Nasa em bancos de aeronaves, esse recurso é utilizado em quase tudo, de proteção para jogadores de futebol americano a sapatos, colchões e travesseiros.
Ferramentas domésticas sem fio
As ferramentas domésticas sem fio que você usa na sua casa têm origem em uma furadeira lunar movida a bateria desenvolvida pela Black & Decker para o programa Apollo.
Roupa anti-chamas
O incêndio no lançamento da Apollo 1, que matou três astronautas, incentivou o desenvolvimento de tecidos resistentes ao fogo para artefatos espaciais e veículos. Material feito a partir de Polybenzimidazole (PBI) vem, desde então, sendo usado para proteger bombeiros, soldados e pilotos de carros de corrida.
Roupa de resfriamento
Foram desenvolvidas para os astronautas suportarem temperaturas extremas. Permitiam equilibrar o oxigênio, pressão, resfriamento e aquecimento enquanto os astronautas permaneciam em ambientes externos. Atualmente, as chamadas ‘cooling suits’ são usadas em espaços industriais para regular a temperatura corporal, bem como em pessoas que sofrem de uma rara doença chamada displasia ectodérmica hipohidrótica, que impede o corpo de diminuir por si só sua temperatura.
Reciclagem de fluidos
As máquinas de hemodiálise, aplicadas em terapias de substituição renal, hoje utilizam um processo criado pela Nasa para remover lixo tóxico de fluidos usados nas espaçonaves. O processo ajuda a economizar eletricidade e elimina a necessidade de uma fonte contínua de água, o que resulta em maior liberdade aos pacientes.
Máquinas de exercício
A exposição prolongada ao ambiente sem gravidade do espaço faz com que a capacidade cardiovascular dos astronautas seja reduzida. Para contornar esse problema, foi criado o “trampolim horizontal”, que hoje é usado por equipes esportivas e centros de reabilitação para promover a recuperação cardiovascular e tonificar os músculos.
Materiais refletivos
Materiais como o propileno ou o milar, que ajudaram a proteger os astronautas da radiação espacial e calor, agora são usados como isolantes para casas e apartamentos. Outros materiais metálicos usados pela Nasa hoje são encontrados em roupas, embalagens de comida, coberturas de parede e em películas para vidro, como o insulfilm.
Lentes resistentes a riscos
Uma cobertura altamente resistente à abrasão foi desenvolvida pelo Centro de Pesquisa Ames da Nasa para ajudar a proteger superfícies plásticas das aeronaves espaciais. Nas décadas de 1970 e 1980, o produto foi usado em lentes de óculos convencionais.
Comida congelada e desidratada
Alimentar os astronautas em longa viagens foi um problema para a Nasa. A solução foi congelar e desidratar os alimentos, em um processo que não só mantém a o valor nutricional e o sabor dos alimentos, mas também reduz o peso e ajuda a aumentar o tempo de validade da comida.
Outros produtos
Como a Nasa não podia inventar tudo, alguns produtos que já haviam sido criados foram incorporados ao programa espacial, como o Tang, o Teflon e o velcro. O refresco em pó, Tang, criado em 1957, foi usado por John Glenn em 1962. O Teflon, material inventado pela DuPont, foi usado em escudos de calor. Já o velcro, inventado na Suíça na década de 1940, foi usado para prender equipamentos e objetos em ambientes sem gravidade.
Fonte: Network World/EUA via IDG Now! - Imagens: NASA
Estiveram lá e voltaram para contar. Passearam-se sobre o solo lunar, alguns guiaram 'rovers', deram saltos de gigante e viram a Terra emergir, azul e branca, da mais profunda escuridão. Apenas 12 homens partilharam esta experiência única. As suas vidas seguiram rumos distintos: política, negócios, recato. Três deles já morreram.
Só o programa Apollo, que a NASA desenvolveu de 1967 a 1972, levou astronautas à Lua até hoje. E só um grupo restrito de 12 homens caminhou em solo lunar, no que foi uma experiência verdadeiramente do outro mundo, talvez impossível de partilhar completamente com quem não a viveu.
É pelo menos isso que se lê nas palavras do último astronauta que esteve na Lua, Gene Cernan. Em 1994, ele contou ao DN como era estar lá, tão longe da Terra. "O que se sente lá em cima é quase inexplicável. Talvez ainda não estejam inventadas as palavras necessárias para o dizer. Na Lua, a noite é de uma escuridão que não se entende. Então, a Terra nasce no horizonte, azul e branca, duma beleza arrepiante. O que senti quando presenciei pela primeira vez o nascimento da Terra foi algo de inteiramente diferente do que até então tinha experimentado". Apenas com outros 11 como ele (três já morreram), poderia Gene Cernan ter comungado tal experiência, o que é também uma medida da solidão que poderá ter marcado a vida desses homens a partir daí.
Cumpridas as missões Apollo, alguns deles dedicaram-se aos negócios, tornaram-se ricos e famosos, outros escolheram a política, com mais ou menos êxito, um ou outro abraçou misticismos. Três deles já morreram. James Irwin (Apollo 15) foi o primeiro, em Agosto de 1991. Depois faleceu em 1998, de leucemia, Alan Shepard, (Apollo 14), que fez também o histórico primeiro voo suborbital dos americanos, a 5 de Maio de 1961. Charles Pete Conrad (Apollo 12) morreu em 1999, num acidente de mota.
Dos que permanecem ainda vivos, são os nomes de Neil Armstrong e Buzz Aldrin que brilham entre todos. Foram eles, afinal, os primeiros a chegar à superfície de outro mundo.
Gene Cernan, que foi o último na Lua, é bem menos conhecido que os dois primeiros. Quando partiu na Apollo 17, com os seus companheiros Harrison Schmitt (o outro que pisou a Lua) e Ronald Evans (que ficou no módulo de comando, na órbita lunar), já sabia que aquela seria a última missão. E tal como Armstrong, à chegada, também Cernan expressou solenemente as palavras da partida. "Aqui Gene. Estou sobre a superfície da Lua e dou agora os meus últimos passos antes de voltar a casa. Regressamos como viemos e, se Deus quiser, voltaremos. Em paz e com esperança, em nome de toda a humanidade".
Cortes orçamentais drásticos tinham obrigado a NASA a cancelar o programa e a deixar em Terra as missões Apollo 18, 19 e 20.
Depois disso, a maior parte dos que estiveram na Lua deixaram de ser astronautas e seguiram outros rumos. Alguns fundaram negócios e empresas de consultoria à volta das questões do espaço, como Armstrong, Aldrin ou Cernan. Outros, como John Young, ficou ligado à NASA, e outros como Edgar Mitchell ou James Irwin foram atrás do lado mais místico da sua vivência lunar. O primeiro chegou a tentar uma experiência de telepatia durante a missão em que participou, a Apollo 14. O segundo fez uma expedição à Turquia para procurar a Arca de Noé. Enquanto não voltar a haver missões à Lua (o que levará pelo menos durante uma década), os que estão vivos continuam a ser únicos: estiveram noutro mundo, e voltaram para contar.
Fonte: Filomena Naves (Diário de Notícias - Portugal)