segunda-feira, 18 de maio de 2009

Pentágono anuncia exercícios aéreos em Washington

O Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (Norad, na sigla em inglês) realizará, a partir de amanhã, uma série de exercícios de vigilância aérea na capital dos Estados Unidos, anunciou hoje o Pentágono.

O treinamento, que acontecerá da meia-noite de terça-feira até as 6 da manhã do dia seguinte (hora local), contará com a coordenação de membros da Guarda Costeira, da Patrulha da Aeronáutica Civil e da Administração Federal de Aviação (FAA, em inglês), entre outras agências.

Dois aviões Cessna, dois caças F-16 e um helicóptero Dolphin HH-65 da Guarda Costeira serão usados nos exercícios, disse o Pentágono.

O objetivo do treinamento, segundo um comunicado, é fortalecer operações de identificação e interceptação, além de testar o Sistema de Advertência Visual.

Fonte: EFE via G1

Astronautas concluem reparos no telescópio Hubble

O Telescópio Espacial Hubble preso na baia de carga do ônibus espacial Atlantis

Depois de cinco dias de trabalho, os astronautas do ônibus espacial Atlantis encerraram hoje os reparos do telescópio Hubble e fecharam pela última vez as portas do observatório orbital, que nunca mais voltará a ser tocado novamente por mãos humanas, segundo os planos da agência aeroespacial americana (Nasa, na sigla em inglês). De acordo com a instituição, o telescópio espacial Hubble estará "melhor do que nunca" graças aos esforços dos astronautas, e poderá agora fornecer melhores imagens do universo pelos próximos cinco a dez anos.

Durante a última visita prevista ao Hubble, os astronautas equiparam o telescópio com instrumentos científicos de ponta e trocaram as baterias e os giroscópios. Os novos equipamentos, avaliados em US$ 220 milhões, permitirão ao equipamento obter imagens de lugares cada vez mais distantes do universo, chegando a 13 bilhões de anos, muito próximo de quando os cientistas acreditam que teria ocorrido o Big Bang.

A missão de reparo do Hubble, a quinta em 19 anos, termina cinco dias depois de seu início. "Este é um grande dia, de verdade", afirmaram diretores do Controle de Missão aos astronautas após o término da missão. O Hubble continua preso aos braços mecânicos do Atlantis e voltará a orbitar sozinho a Terra a partir de amanhã.

Fontes: AP / Agência Estado - Foto: NASA

A Câmara pagou, sim, Ciro

A FARRA DAS PASSAGENS

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Viagem da mãe do deputado para os EUA custou R$ 12,6 mil. Ele não devolveu créditos aéreos, como disse, e sua assessoria atribui agora a erro da TAM registros que confirmam informações do site Congresso em Foco.

Por Lúcio Lambranho e Edson Sardinha

Lembra da reação do deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) ao ver a lista dos deputados federais que usaram a cota de passagens para voos internacionais, no último dia 22? “Leviana e grosseira mentira”, bradou Ciro no plenário, sob os aplausos dos colegas. “Ministério Público é o caralho”, ditou em seguida, para os jornalistas.

O Congresso em Foco reuniu informações para comprovar o que publicou. Como informamos, de acordo com os registros da empresa aérea, a Câmara dos Deputados pagou quatro voos internacionais para a passageira Maria José Gomes, mãe do ex-governador cearense e do atual (Cid Gomes, irmão de Ciro). Os dois primeiros tiveram emissão em dezembro de 2007; os outros dois, em abril de 2008.

Agora, mais detalhes sobre os bilhetes emitidos no ano passado, segundo os registros da TAM sobre as passagens pagas pela Câmara em 2008. De acordo com o o cartão de embarque 95723453087776, Maria José Gomes viajou de São Paulo a Nova York no dia 18 de maio, às 8h45, no voo JJ 8082. E voltou no dia 25 do mesmo mês, às 19h40, no voo JJ 8081. A passagem, de acordo com o bilhete (clique aqui para vê-lo ampliado), custou US$ 7,6 mil. Precisamente R$ 12.682,12, segundo o câmbio da época.

Ressaltamos que os nomes de Ciro e de sua mãe apareceram exclusivamente na lista dos parlamentares que usaram a cota para passagens internacionais, e não haviam sido destacados em nenhuma matéria deste site até a explosão verbal do deputado, três semanas atrás.

A assessoria de Ciro mantém a versão de que os dois voos de dezembro de 2007 não ocorreram, até porque, insiste o gabinete do deputado, ela à época não tinha visto de entrada para os Estados Unidos. Em nenhum momento, o Congresso em Foco afirmou que essa viagem foi feita. Informou que a passagem foi paga pela Câmara.

“A TAM pode ter feito confusão”

Quase um mês depois de Ciro dizer que a lista não passava de “grosseira mentira”, a assessoria do deputado alega que deve ter ocorrido um erro da TAM. O gabinete informa que o irmão mais velho do parlamentar, Lúcio Gomes, tem cobrado insistentemente da companhia aérea uma explicação, e já estaria estudando a possibilidade de acionar a empresa judicialmente para obter as informações. “A TAM pode ter feito uma confusão”, disse a assessoria de imprensa do deputado, reiterando outra coisa que Ciro já havia dito: sua cota jamais foi usada para pagar viagens de qualquer pessoa, a não ser dele mesmo.

Como temos informado, diversos especialistas em Direito ouvidos pelo Congresso em Foco contestam o entendimento, difundido por vários parlamentares, de que era legal a utilização da cota de passagens aéreas do Congresso para voos internacionais, assim como para viagens não relacionadas diretamente com o exercício do mandato. Explicam esses especialistas que, no serviço público, prevalece o princípio jurídico segundo o qual só pode ser feito aquilo que é previsto e expressamente autorizado, e nem a lei nem qualquer norma interna da Câmara ou do Senado jamais autorizou o uso da cota para viagens ao exterior, ou para atividades não relacionadas diretamente com o exercício do mandato parlamentar.

Procurada pelo Congresso em Foco, a TAM solicitou que as perguntas fossem encaminhadas por e-mail, o que foi feito às 12h54 da última quinta-feira, dia 14 de maio. Até a publicação desta matéria, não obtivemos manifestação da TAM sobre a nova versão de Ciro.

Há outra contradição nas explicações dadas por Ciro no dia 22. Em pronunciamento no plenário, disse ter devolvido à Câmara R$ 189 mil de créditos não utilizados de passagens aéreas (ver discurso abaixo). “Devolvi as sobras aos cofres públicos, R$ 189 mil dos exercícios de 2007 e 2008. Não ensino isso para ninguém, até porque quem não fez assim não fez nada errado”, afirmou.

Nem na Terceira Secretaria nem em qualquer outro setor competente da Casa consta qualquer devolução feita pelo deputado cearense. Nesse assunto, a assessoria de Ciro jogou a toalha. Admitiu que, de fato, ele não devolveu os recursos. Apenas “economizou” recursos públicos que deixaram de ser utilizados. Em outras palavras: Ciro ainda não usou, mas os créditos continuam disponíveis para ele.

A história, passo a passo

Desde 19 de abril o site está solicitando ao deputado Ciro Gomes, por e-mail, telefone e pessoalmente, explicações sobre o assunto. Ele não deu nenhum retorno antes da publicação da matéria, no dia 22.

No início da tarde do último dia 22 de abril, Ciro procurou a reportagem para expressar sua contrariedade com a inclusão de seu nome na lista e informar que enviaria uma nota de esclarecimento, como de fato ocorreu. No texto, dizia que a mãe não tinha feito dois dos quatro voos citados e que ela mesma havia pago os outros dois. Na nota, também elogiava o cuidado do site com a apuração jornalística (leia a íntegra da nota).

Discurso no plenário

Naquela mesma tarde, enquanto sua assessoria enviava a nota acima ao site, Ciro elevava o tom dos ataques no plenário. Em tom de indignação, o deputado condenou a “leviana e grosseira mentira”, trocou a data dos voos citados pelo Congresso em Foco, e recebeu aplausos dos colegas após dizer que o povo brasileiro deveria aprender a respeitar o Congresso (veja a íntegra do pronunciamento dele).

Destempero no cafezinho

Logo depois de discursar, Ciro dirigiu-se ao cafezinho do plenário. A reportagem do site o seguiu para pedir mais detalhes sobre o uso da cota parlamentar de passagens. Aos berros, o deputado disse que queria saber quem era o “filho da puta” que havia envolvido o nome dele no caso.

“Só eu viajo com a cota, e agora me vejo jogado numa lista? Quem fez essa lista?” Uma repórter disse que o levantamento era do Ministério Público Federal, e o deputado gritou: “Ministério Público é o caralho. Pode escrever aí. Ciro diz: Ministério Público é o caralho” (leia mais).

Atrás de Ciro

De lá pra cá, continuamos cobrando explicações do deputado, inclusive de público, para esclarecer o assunto (leia). O Congresso em Foco não conseguiu mais falar diretamente com aquele que é um dos mais influentes membros do atual Congresso.

Hoje com 51 anos, Ciro teve em 2006 a maior votação proporcional para a Câmara em 2006, mais de 16% dos votos válidos do Ceará. Também foi deputado estadual, prefeito de Fortaleza, governador e ministro da Integração Nacional, no governo Lula, e da Fazenda, durante o governo Itamar Franco.

Procurada novamente na semana passada, a assessoria de Ciro informou que o deputado estava em missão oficial autorizada pela Câmara nos Estados Unidos.

Tudo se confirmou

Tratando de tema extremamente delicado e que envolve surpreendente número de parlamentares, o Congresso em Foco publicou farto e exclusivo material sobre o assunto e não encontrou, até o momento, nenhum elemento, fato ou prova de que tenha errado em qualquer uma das inúmeras matérias que colocou no ar sobre o assunto. Ao contrário. Outros veículos de comunicação acrescentaram detalhes novos que só reforçam a gravidade do caso, como as revelações feitas no último dia 24 pelo Jornal Nacional, da TV Globo, e pela Folha de S.Paulo sobre a atuação da agência de viagens Infinite, que admitiu negociar créditos da cota de passagens de deputados.

A Câmara abriu sindicância para investigar o caso das passagens. Tanto ela quanto o Senado alteraram a regulamentação da cota, restringindo o uso do benefício aos próprios deputados e a assessores previamente autorizados, num reconhecimento explícito de que os fatos relatados eram importantes, verídicos e que havia algo de errado na utilização de passagens no Legislativo federal. A mudança representa uma economia estimada em mais de R$ 25 milhões por ano para os cofres públicos.

Direito de manifestação

O Congresso em Foco ofereceu a todos os parlamentares citados nas matérias sobre a farra das passagens a possibilidade de manifestação antes da publicação de seus nomes. Durante mais de uma semana buscamos obsessivamente o retorno de e-mails e telefonemas dirigidos a quase 300 congressistas e a mais de uma centena de ex-parlamentares. Todas as explicações e respostas recebidas foram devidamente publicadas.

Reiteramos a todos os congressistas que estamos abertos para ouvir, e publicar, quaisquer esclarecimentos, explicações ou opiniões que queiram expressar sobre o assunto, seja por meio de entrevista ou de textos enviados à redação, que temos publicado na íntegra, tenha ela o tamanho que tiver, de maneira a evitar qualquer edição equivocada das palavras do autor. A atividade jornalística, como qualquer outra, está sujeita a erros. Não teremos nenhuma dificuldade em reconhecer nossos erros se eles forem demonstrados por quem quer que seja.

Fonte: Congresso em Foco - Colaborou Sylvio Costa

Nota do Autor:

Algumas palavras do nobre deputado sobre o assunto:

"Trata-se de leviana e grosseira mentira aquilo que foi feito, envolvendo pelo menos o nome de minha mãe, octogenária", disse.

Aos jornalistas que creditavam a informação sobre o uso de sua cota de passagens ao Ministério Público: "Ministério Público é o caralho! Não tenho medo de ninguém. Da imprensa, de deputados". "Pode escrever o caralho aí", disse.

Ainda muito irritado, o deputado criticou as medidas que vetam o uso da cota por familiares, chamando alguns colegas, sem dar nomes, de "babacas". "Até ontem era tudo [o uso de passagens] lícito, então por que mudou? É um bando de babaca", disse.

Gente fina, elegante e sincera...

Por: Jorge Tadeu

Cadetes americanos treinam batalhas cibernéticas



Fonte: The New York Times via TV UOL

Astronautas encaram etapa final de reparos do Hubble

Os astronautas da Atlantis fazem nesta segunda-feira a quinta e última caminhada espacial, para reparar o telescópio Hubble.

Os astronautas Drew Feustel (esquerda) e John Grunsfeld trabalham do lado de fora da nave espacial Atlantis durante a quinta e última caminhada espacial da Missão STS-125

Dois astronautas têm como tarefa instalar mais três baterias novas no aparelho. Nas caminhadas anteriores, foram colocados novos instrumentos científicos, um novo sistema de navegação, uma câmera digital e baterias. O objetivo é manter o telescópio operante até 2014. Ele está em órbita há 19 anos. Esta é a última missão dos ônibus espaciais na Nasa no Hubble. No ano que vem, o programa será encerrado.

Fonte: Band News - Foto: NASA TV

Homem volta à Lua até 2020

Obama pede revisão do programa, mas mantém estratégia de retornar a Marte e ao satélite natural da Terra

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O presidente americano Barack Obama quer uma revisão do programa Constellation da Nasa, que prevê a volta do homem à Lua e a Marte até 2020, mas confi rmou que o projeto será mantido.

O orçamento para 2010 que Obama enviou ao Congresso na quinta passada propõe US$ 18,7 bilhões para a agência, um aumento de 5% em relação a 2009.

O objetivo é “propor alternativas seguras e acessíveis nos anos que seguirão à retirada dos ônibus espaciais”, diz a Nasa.

O Constellation, que deve suceder os ônibus espaciais a partir de 2015, é voltado a que o homem regresse à Lua antes de 2020, preparando- se, depois, para missões tripuladas a Marte. O programa é semelhante ao Apollo de conquista da Lua, em 1969.

Fonte: A Notícias (RBS)

Agusta Westland lança subsidiária em Portugal com os olhos postos em África

A Agusta Westland (AW), fornecedora dos helicópteros EH-101 à Força Aérea Portuguesa, lança hoje a sua subsidiária portuguesa com os olhos postos nos países de África e nas próximas aquisições militares portuguesas. O grande fabricante mundial de helicópteros não esconde a expectativa de entrar, a prazo, em novos mercados através da Agusta Westland Portugal (AWP).

A missão imediata da AWP é coordenar as operações de manutenção dos aparelhos militares, a parceria com o Centro de Excelência e Inovação para a Indústria Automóvel (CEIIA), instalado na Maia, e lançar uma operação industrial a partir da base aérea de Beja, para a prestação de serviços de engenharia sobretudo aos países do Magrebe.

A AW considera que Portugal é hoje um "mercado importante e com boas perspectivas", com mais de duas dezenas de helicópteros em serviço no país, especialmente militares e também alguns comerciais (AW 101, Lynx, AW 139, AW 109 Power e Grand). A encomenda de mais 10 NH-90 para missões tácticas do Exército, no âmbito do programa militar europeu, e os próximos concursos para aparelhos ligeiros multifunções e de treino do Exército e da Força Aérea são igualmente interessantes para a empresa. Além da proximidade portuguesa com África.

O NH-90

O arranque da actividade da Agusta Westland Portugal é o passo que faltava dar desde a renegociação de contrapartidas assinada em Agosto passado com o Estado português e que pretendeu encerrar as atribulações em torno da manutenção dos EH-101 e do cumprimento do programa de contrapartidas à indústria portuguesa pela venda dos referidos aparelhos e agora cifrado em 481 milhões de euros.

Desse acordo saiu a criação de uma capacidade de manutenção e de serviços de engenharia, com subcontratação da Ogma, de projectos de investigação, desenvolvimento e engenharia associados à indústria e universidades portuguesas, através do CEIIA, por um período de seis anos e no valor de 25 milhões de euros, e ainda o lançamento de serviços de engenharia em Beja.

A parceria de I&D, considerada a peça mais inovadora do novo programa, visa sistemas mecânicos, interiores, estruturas e compósitos e sistemas electrónicos e de software para a nova geração de helis Lynx, AW 149 e LUH (ligeiro), para além de mais nove milhões de euros de investimento em formação e cinco milhões em tecnologias de informação.

Esta iniciativa em Portugal ocorre depois de, nos últimos anos, a AW ter direccionado a sua presença e parcerias sobretudo para a Ásia (Índia, China), África (África do Sul e Líbia) e para Leste (Polónia, operação entretanto frustrada, e Rússia). Os resultados foram satisfatórios - as receitas cresceram dois por cento em 2008, apesar da crise.

O fabrico de helicópteros, pela AW, é um dos pilares do grupo Finmeccanica. Em 2008, representou 17 por cento dos 17,1 mil milhões de euros de receitas deste conglomerado especializado em aeronáutica, defesa, electrónica e segurança. Dos três centros de montagem, no Reino Unido (Yeovil), EUA (Filadélfia) e Itália (em Vergiate e Cascina Costa), é neste último país que a AW detém a parte fundamental da sua capacidade produtiva. A AW constrói um helicóptero a cada cinco semanas.

Com as últimas parcerias industriais, a sua cadeia de fornecimento passou a incluir, por exemplo, fuselagem produzida na China e na África do Sul que depois é exportada para Itália e Reino Unido, chegando ainda a preços inferiores aos europeus. Os indianos da Tata são os mais recentes parceiros, desde há três meses.

Fonte: Lurdes Ferreira (Público - Portugal) - Foto: divulgação

Cresce no mercado aéreo participação de OceanAir, WebJet e Azul

A entrada de 11 empresas aéreas no mercado doméstico nos últimos cinco anos pouco fez para estimular a aviação regional. Mas, a estreia de WebJet e Azul nesse prazo formou um grupo que começa a "arranhar" o duopólio formado pela TAM e Gol/Varig.

Levantamento da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) mostra que seis companhias regionais, duas de carga, duas de médio porte e a nova Varig assinaram contratos de concessão desde 2004. Por outro lado, 11 concorrentes deixaram de fazer voos regulares desde então.

A análise dos dados de demanda aérea referentes a abril, da Anac, indica que a hegemonia do duopólio começa a perder terreno. A participação da TAM e da Gol/Varig, que em abril de 2008 representava 93,56% dos voos nacionais, caiu para 87,97% no mês passado - um recuo de 5,59 pontos porcentuais.

Já a participação do grupo intermediário - OceanAir, WebJet desde 2005 e Azul desde dezembro - subiu de 4,58%, em abril de 2008, para 10,09% no mês passado, o que representou uma expansão de 5,51 pontos porcentuais.

"WebJet, OceanAir e Azul prestam um serviço completamente diferenciado. Elas oferecem maior conforto, com maior espaço entre os assentos, um serviço de bordo melhor do que o da TAM e o da Gol, além das tarifas altamente competitivas", afirma o consultor aeronáutico Paulo Bittencourt Sampaio.

O especialista em aviação da consultoria Bain & Company, André Castellini, diz que o crescimento da Azul, OceanAir e WebJet se deu basicamente por causa da perda de participação de mercado da Gol/Varig.

Os dados da Anac de abril mostram que a companhia perdeu 7,67 pontos porcentuais no fluxo de passageiros transportados, que recuou de 46,44% em abril de 2008 para 38,77% no mês passado. Já a fatia da TAM subiu de 47,12% para 49,20% no mesmo período.

TARIFAS

"Foi uma perda da Gol e não do duopólio. Aquele grupo intermediário se fortaleceu às custas da Gol. A Azul está ganhando participação graças a tarifas introdutórias muito baixas. A questão é se isso vai conseguir se manter. E a WebJet aumentou a frota", afirmou Castellini.

O presidente da Gol/Varig, Constantino de Oliveira Júnior, diz que já esperava um recuo da participação de mercado. Segundo ele, a atual fatia de 38,7% representa uma empresa mais rentável do que a que tinha 46,4% em abril de 2008. "Sem dúvida que a concorrência interfere, mas o crescimento deles (Azul, OceanAir e WebJet) a gente tem que entender até onde existe qualidade. Não estamos no momento de crescer a qualquer custo. Estamos num momento de buscar racionalização e uma lógica no nosso crescimento", afirmou.

ESTAGNAÇÃO

Apesar da entrada de seis novas empresas aéreas regionais desde 2004 (Cruiser, Mega, Team, Air Minas, Sete e NHT), a participação desse segmento no total de voos domésticos ficou estagnada. Em abril de 2008, ela era de 1,8% e passou para 2%, no mês passado.

O levantamento da Anac mostra, ainda, que mesmo o reforço de novas empresas em voos para cidades de baixa e média demanda não aumentou o número de municípios brasileiros atendidos pela aviação regional. Ao contrário, em 2004 eram 151 cidades. Atualmente, são 126.

"Não temos competitividade porque não temos escala. O governo tem de fazer a parte dele. Temos sérios problemas de infraestrutura em aeroportos que limitam o crescimento das empresas", diz o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas de Transporte Regional (Afetar), Apóstole Luzira Chryssafidis.

O diretor da Anac, Marcelo Guaranys, diz que o importante é que a livre iniciativa possa acontecer no mercado aéreo, mas concorda que há problemas de infraestrutura nos aeroportos.

"É lógico que a infraestrutura pode ser uma barreira à entrada de novas empresas, tanto na forma de acesso quanto no que ela oferece para as companhias", diz ele.

O médico anestesista Marcos Solano Vale acredita que a aviação "é o transporte do futuro", mas está com dificuldades para fazer decolar a mais nova empresa aérea do País.

Ele fundou a Sol Linhas Aéreas, com apenas um turboélice para 19 passageiros, e planeja fazer dois voos diários, sendo um entre Curitiba, Cascavel e Foz do Iguaçu, e outro ligando Cascavel a Maringá. A empresa já recebeu a autorização jurídica, mas aguarda a certificação final. O plano de Vale é decolar o primeiro voo em meados de junho.

"A dificuldade de infraestrutura em aeroportos é muito grande. Estou com avião no Brasil, com equipe contratada, mas tem alguns problemas que não conseguimos contornar. A população está ligando para comprar passagem, mas a companhia de energia elétrica não tem nem rede para puxar transformador no aeroporto de Cascavel", reclama Vale.

Fonte: Agência Estado via Último Segundo (IG)

Museu dos EUA quer nave Atlantis 'estacionada' no rio Hudson

O museu Intrepid quer exibir o ônibus espacial dentro de um pavilhão de vidro instalado no final do píer 86, na rua 46, West Side de Manhattan

Será que o ônibus espacial Atlantis, que na última quarta-feira se atracou no espaço ao Telescópio Espacial Hubble, pode terminar estacionado em um píer no rio Hudson a apenas cinco quarteirões da Times Square, em Nova York? É esse o ambicioso objetivo dos operadores do Museu Intrepid do Ar, Mar e Espaço.

Dirigentes do museu deram o primeiro e pequeno passo para a aquisição de um dos três ônibus espaciais que a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa) planeja doar a organizações merecedoras quando o programa do ônibus espacial for encerrado, no ano que vem. Eles estão procurando o apoio de membros do governo municipal e estadual e de antigos astronautas para a sua idéia de acrescentar um dos ônibus espaciais desativados à eclética coleção de aviões militares, uma cápsula espacial do projeto Mercury, um submarino e um jato de passageiros Concorde que forma o acervo do museu.

O sonho é exibir o ônibus espacial dentro de um pavilhão de vidro instalado no final do píer 86, na rua 46, West Side de Manhattan, que abriga o museu Intrepid desde 1982. Mas eles enfrentarão concorrência intensa da parte de museus de todo o país, entre os quais o Museu Nacional Smithsonian do Ar e Espaço, em Washington.

"Jamais nos deixamos intimidar pela concorrência ou por quaisquer desafios", disse Bill White, o presidente da fundação que opera o museu Intrepid. "Trata-se de um objetivo muito importante para nós e seria um tesouro importante e de valor inestimável que a cidade de Nova York receberia. Colocaremos no ar uma campanha pública para promover essa causa, nos próximos meses".

O museu Intrepid foi uma das 20 instituições que respondeu dentro do prazo estipulado, até 17 de março, a um convite da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa) para a solicitação de informações sobre os planos de doar os três ônibus espaciais que restam à agência: o Discovery, o Endeavour e o Atlantis. A agência espacial estima que o custo de prepará-los para doação e entregá-los aos contemplados seja da ordem de US$ 42 milhões por ônibus espacial.

O Smithsonian já notificou a Nasa de que está interessado no mais velho dos ônibus espaciais, o Discovery, mas que considera o custo calculado proibitivo, diz Michael Neufeld, presidente da divisão de história espacial do Smithsonian. "Nossa posição oficial é a de que não temos de forma alguma o dinheiro mencionado para pagar pelo custo de preparação e transporte", afirma.

Mas funcionários do museu Intrepid informaram à Nasa de que estavam confiantes em sua capacidade de obter doações junto a fontes públicas e privadas em montante suficiente para cobrir os custos, quando a organização estiver preparada para entregar o ônibus espacial. White apontou para o fato de que o custo estimado, que na opinião dele poderia ser significativamente reduzido, era equivalente a menos de metade dos US$ 115 milhões que o Intrepid conseguiu arrecadar recentemente para promover uma reforma em seu píer.

A Fundação Intrepid também arrecadou outros US$ 120 milhões em doações destinadas a construir centros de serviços a veteranos de guerra feridos e suas famílias, disse White.

Alguns funcionários de outros museus afirmam considerar que as chances do Intrepid de obter um ônibus espacial sejam mínimas, diante de outras instituições dedicadas à aviação, como o Museu do Vôo, em Seattle, ou o Museu Nacional da Força Aérea dos Estados Unidos, em Dayton, Ohio. No entanto, White disse que o Intrepid seria uma boa casa para o aparelho devido ao papel que o porta-aviões Intrepid, a peça central do museu, representou na recuperação de astronautas de retorno à Terra, durante o programa espacial Mercury, e devido à sua localização.

White declarou acreditar que o ônibus espacial fosse capaz de atrair até um milhão de visitantes adicionais ao Intrepid, o que contribuiria para o plano do prefeito Michael Bloomberg, que deseja atrair 50 milhões de visitantes anuais a Nova York, até 2015.

George Fertitta, presidente-executivo da NYC & Company, a empresa de promoção de turismo na cidade de Nova York, concorda. "Sempre que uma atração nova e tão inspiradora quanto ter um ônibus espacial aqui é adicionada, surgem novos atrativos para visitantes", afirmou.

A Nasa deve concluir os trabalhos necessários a preparar os ônibus espaciais para exibição no começo de 2012, depois que todos os produtos químicos tóxicos e materiais perigosos forem removidos. O plano da organização é transportar cada um deles sobre o dorso de um Boeing 747, até aeroportos localizados nas imediações dos museus escolhidos para receber cada um dos veículos, disse Mike Curie, porta-voz da agência.

Curie disse que a Nasa ainda não havia desenvolvido um procedimento para decidir a que instituições os ônibus espaciais seriam doados. Depois de analisar as respostas das 20 organizações que expressaram interesse, ele disse, funcionários da Nasa decidirão quanto a organizar ou não uma concorrência formal.

O Atlantis, que foi lançado na segunda-feira em sua missão de reparos ao telescópio espacial Hubble, e os dois outros ônibus espaciais ainda ativos devem continuar realizando missões operacionais até setembro de 2010.

White disse que o museu Intrepid estaria interessado em receber qualquer um dos três. "Estamos completamente dedicados ao objetivo de obter um ônibus espacial aqui para o Intrepid", disse.

Fonte: Patrick McGeehan (The New York Times) via Terra - Tradução: Paulo Migliacci - Imagem: NYT

Primeiro A320 montado na China realiza voo piloto

O primeiro Airbus A320 montado na China, no município de Tianjin, norte do país, realizou hoje um bem sucedido voo de testes.

O avião esteve no ar por cerca de quatro horas, sendo o primeiro Airbus montado fora da Europa a conseguir sucesso logo no primeiro voo.

A companhia em Tianjin espera entregar 11 aeronaves este ano. A partir de 2011, a companhia estará apta a produzir 48 aviões A320 por ano, segundo Jean Luc Charles, diretor-geral da Airbus em Tianjin.

A China é o segundo maior mercado de aviação civil do mundo. O país deve precisar de cerca de 300 aviões nos próximos vinte anos para o transporte de passageiros e mercadorias.

A aeronave que decolou do Aeroporto Internacional de Tianjin Binhai deve ser entregue para a Sichuan Airlines no final de junho.

Fontes: CRI - China Rádio Internacional / CCTV - China Central Television

Azul inaugura voo diurno para Manaus em parceria com Tropical Hotéis

A Azul Linhas Aéreas tem mais dois voos para Manaus (Amazonas) saindo do Aeroporto de Viracopos, em Campinas. O primeiro voo partiu na última sexta-feira (15/05) às 09h30 e aterrissou às 12h15 na capital manauara. "Como esta rota é mais longa teremos mais opções de snacks disponíveis no serviço de bordo. No futuro, pretendemos incorporar produtos mais naturistas", adiantou Pedro Janot, presidente Executivo da Azul, ao participar do voo inaugural. Também estava presente, o diretor-presidente da Tropical Hotéis, Adenias Gonçalves Filho. As duas empresas iniciaram ações conjuntas para potencializar o destino de Manaus e o voo diurno simultaneamente.

"Vamos promover diversos famtrips para agências de viagens, operadoras e até executivos de negócios", afirmou Gonçalves Filho. Nesta semana, o Tropical Manaus recebe operadores do Rio de Janeiro voando Azul. Já para junho, outro grupo de profisionais fluminenses irão visitar o Tropical Tambaú (João Pessoa - Paraíba)."Eles virão com a Azul até Recife e de lá iremos transportá-los até o empreendimento", disse o dirigente., A partir do final de maio, a Tropical Hotéis lançará uma campanha promocional de suas unidades nos canais de televisão Rede Brasil e SBT. O vídeo ficará um mês no ar.

Os próximos passos da Azul contemplam voos diários para Campo Grande (MS) a partir de 27 de maio e para Maringá (PR) em 4 de junho. As novas rotas já estão no sistema de vendas da companhia para o público final e para as três mil agências de viagens cadastradas. Desse total, cerca de 10% é comercializado diretamente, ou seja, 300 empresas, de acordo com o diretor Comercial, Antônio Américo. "Atuamos em 11 destinos brasileiros e a nossa meta é alcançar 15 cidades atendidas até o final do ano. Estamos estudando operar em breve para Cuiabá (MT), Goiânia (GO), Maceió (AL) e Natal (RN). "A capital mineira também está nos nossos planos. No entanto, ainda dependemos de autorização e de slotos no aeroporto da Pampulha. Há um interesse de voar anda este ano para Belo Horizonte", comentou Américo.

Em cinco meses de operação - comemorados também no dia 15 de maio - a Azul transportou 550 mil passageiros e possui 25 do market share da aviação comercial no Brasil. "Também pudemos perceber que 40% desses clientes foram compostos por paulistas", ressaltou Antônio Américo. A intenção é atingir a marca de 1,2 milhão de passageiros atendidos em dezembro. Para potencializar esse mercado do interior, a empresa começou, recentemente, uma campanha de mídia segmentada e passa a ter mais linhas de ônibus executivos saindo de cidades do Estado de São Paulo para o Aeroporto de Viracopos.

O diretor Comercial constata que os voos da Azul mantém um aproveitamento em ocupação acima da média da indústria, em torno de 77%. O mercado de aviação comercial no Brasil registra um índice de 64% nas operações domésticas. "Também potencializamos nossas rotas com o programa Azul 30 dias, que oferece bilhetes aéreos com tarifas de ônibus para aqueles que comprarem com até 30 dias de antecedência da viagem", salientou Pedro Janot. Em frota, a Azul encerrou o período com a chegada do 10º Embraer 190, com 106 assentos e 1.200 colaboradores em atuação. Até o final do ano, a estimativa é reunir 13 aeronaves e chegar em 2010 com 25 equipamentos na frota.

Fonte: Mercado & Eventos

Cláusulas "abusivas" levam TAP e Easyjet a tribunal

A TAP e a Easyjet vão responder em tribunal por dezenas de cláusulas nos contratos de transporte que a Deco considera "abusivas", desde o desrespeito pelo dever de informação até à impossibilidade de o cliente cancelar a sua viagem.

A associação de defesa do consumidor DECO entregou hoje nos Tribunais Cíveis de Lisboa uma acção judicial contra a transportadora aérea nacional e a low-cost Easyjet, pedindo ao tribunal que as duas sejam condenadas a eliminar as "cláusulas abusivas" dos seus contratos gerais de transporte.

Ao mesmo tempo, em França e na Bélgica, outras duas associações europeias entregavam acções semelhantes contra a Air France, a Brussels Air e a RyanAir.

A DECO - que apenas analisou os contratos da TAP e da EasyJet e não de outras companhias - considera que 22 cláusulas nos contratos de transporte da TAP e 33 cláusulas nos da Easyjet tornam-nos desiquilibrados em prejuízo da cliente.

Para os responsáveis jurídicos da associação, nos contratos existe "desresponsabilização da transportadora e desrespeito pelo dever de informação", além de que tornam impossível ao cliente "cancelar a viagem", "ser reembolsado em caso de cancelamento" ou "ceder o bilhete a outrem, mesmo com o conhecimento da companhia".

A associação também verificou "a recusa de transporte em certas circunstâncias".

Tanto a TAP como a EasyJet foram contactadas pela DECO após a identificação das cláusulas "problemáticas", disse hoje de manhã a responsável da associação Ana Cristina Tapadinhas.

"A EasyJet remeteu-se ao silêncio e a TAP recusou por completo as críticas apontadas", frisou a mesma fonte, pelo que a única via foi a judicial.

De acordo com o comunicado que a associação distribuiu hoje no momento da entrega da acção - que tem mais de 170 artigos - a TAP "apenas adiantou que pensa alterar as condições gerais, mas não para corresponder ao pedido da associação".

Assim, a DECO pede ao tribunal "que sejam consideradas abusivas as cláusulas, violadoras da lei e prejudiciais aos direitos dos consumidores", condenando as companhias a eliminá-las.

Ana Cristina Tapadinhas disse que agora o tribunal vai entregar o processo a um juízo e dentro de dias as companhias aéreas poderão ser chamadas para contestar a acção. Ainda assim, ressalvou, um desfecho para o caso não deverá ser alcançado senão "dentro de dois ou três anos".

As outras duas associações europeias de defesa do consumidor que apresentaram as acções conjuntas são a belga Test-Achats e a francesa L'UFC Que Choisir.

Fonte: Agência Lusa via Diário de Notícias (Portugal)

Tráfego aéreo de passageiros cai 9,3% em março, diz Iata

Queda foi maior nas classes mais caras.

Segundo a entidade, declínio nas viagens pode continuar.

O tráfego aéreo mundial de passageiros caiu 9,3% em março em comparação com igual mês do ano passado, depois do declínio de 9,6% registrado em fevereiro, na mesma base de comparação, informou nesta segunda-feira (18) a Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês).

"Não há nenhuma indicação nos dados de que o declínio das viagens tenha atingido um piso", afirmou a entidade.

Avião pousa no aeroporto JFK, em Nova York, nos Estados Unidos

Em março, o tráfego na classe econômica caiu 8,2%, após recuar 8,3% em fevereiro. Nas classes prêmio, a diminuição foi de 19,2% em março e de 21,1% em fevereiro.

A Iata disse que as receitas das companhias aéreas serão fortemente pressionadas pela queda mais rápida dos preços das passagens prêmio em relação aos da classe econômica, resultado do declínio das taxas de ocupação.

A entidade estima que no primeiro trimestre deste ano a receita obtida de passageiros voando nas classes prêmio nos mercados internacionais tenha caído entre 35% e 40%.

Fonte: Agência Estado via G1 - Foto: NYT

Famílias de vítimas da TAM fazem protesto silencioso

Os familiares das vítimas pedem que os acusados pelo acidente recebam pena máxima

Familiares de cerca de 50 vítimas do acidente com o Airbus A-320 da TAM, que deixou 199 mortos em julho de 2007, em São Paulo, fizeram um protesto silencioso na tarde deste domingo em São Paulo. Após uma caminhada de cerca de 500 m, eles foram ao local do acidente e depositaram flores nos tapumes que cercam o terreno do antigo prédio da TAM Express, contra o qual o avião se chocou.

O ato começou no hotel onde as famílias se reuniram durante o fim de semana para acompanhar o rumo das investigações. Os familiares estenderam banners e faixas com as fotos das vítimas durante o trajeto.

Em frente ao local do acidente foi feita uma oração e em seguida o grupo se dispersou. Ontem, a associação das Famílias e Amigos das Vítimas do Vôo TAM JJ3054 (Afavitam) se reuniu com o procurador da República, Rodrigo de Grandis, e com o assistente de acusação, Eduardo César Leite. O encontro foi promovido para discutir como tipificar a participação dos envolvidos no acidente.

Dependendo de como for feita a denúncia e caso ela seja aceita pela Justiça Federal, os acusados poderão ir a júri popular ou ser submetidos à sentença de um juiz. O objetivo da associação é que seja imputada a maior pena possível para aqueles que forem denunciados pelo crime.

No fim do ano passado, o Ministério Público Estadual de São Paulo (MPE-SP) denunciou dez pessoas pelo acidente. Entre os nomes apontados estão Aguinaldo Molina e Esdras Ramos, funcionários da Infraero responsáveis pela avaliação e liberação da pista do Aeroporto de Congonhas no dia do acidente.

Também estão na lista Denise Abreu, ex-diretora da Anac; Milton Zuanazzi, ex-diretor-presidente da Anac; o brigadeiro José Carlos Pereira, ex-presidente da Infraero; Luiz Kazumi, Marcos Santos e Jorge Velozo, superintendentes da Anac; Marco Castro, diretor da TAM; e Abdel Salam, ex-gerente da TAM.

Fonte: Vagner Magalhães (Terra) Fotos: Vagner Magalhães e Raphael Falavigna

‘Portões Abertos’ da Base Aérea de Campo Grande (MS) atrai 6 mil pessoas

Pelo menos seis mil pessoas foram à Base Aérea de Campo Grande neste domingo ensolarado para curtir um dia de cultura e lazer com diversas atrações montadas pela instituição. Exposição de aviões de caça, de transporte e de helicópteros, demonstração de resgate e salto de para-quedistas, show de acrobacia de aviões, um casal de onças pintada e parque de diversões.

Público se encanta com para-quedistas da FAB (Força Aérea Brasileira)

O principal objetivo do projeto “Portões Abertos” é estreitar o relacionamento com a comunidade campo-grandense promovendo evento para toda a família. A sociedade pôde conhecer mais de perto o trabalho realizado pelos militares da FAB (Força Aérea Brasileira).

Os braços dos pais ocupados em segurar os pequenos no colo. Os braços dos filhos apontados para o ar. O domingo foi da família e dos jovens casais de namorados. Os pescoços e braços se esticavam para ver ou tirar fotos das onças. Uma fila bem grande para visitar o interior dos aviões da FAB. Assim foi o domingo divertido de muita gente.

O soldado do Exército e atual motorista profissional Sebastião Correa, 33 anos, levou as três filhas para o passeio dominical. “É interessante este evento porque temos chance de mostrar para as crianças algo diferente. É um programa diferente. Podemos trazê-las para conhecer algo que a gente só vê na televisão”, diz.

A maior das irmãs, Joyanne, 10 anos, se mostrou encantada com tudo que viu. “Achei interessantíssimo. Nunca tinha vista avião de perto e nem onça. Achei bonito”. A filha do meio, Sarah, 7 anos, com sorriso estampado e se escondida atrás do pai envergonhada é rápida ao conversar: “Gostei bastante”; sempre com o sorriso.

Os namorados Agnaldo Ismael, 38 anos, e Kelly Morales, 25 anos, procuravam um programa novo para o fim de semana e disseram ter encontrado. A secretária tentava a todo custo tirar fotos do avião que fazia acrobacias. “É difícil com o celular. O sol atrapalha”. Quanto ao evento, eles dizem que gostaram. “É maravilhoso. É a primeira vez que nós vemos aviões assim de tão perto. Estamos aqui desde cedo [o evento começou às 8h e a conversa foi por volta das 13h30].

O trabalhador autônomo reclama que Campo Grande não dispõe de muitas opções gratuitas de divertimento, principalmente aos finais de semana. “Se você conhecer algo legal na Capital para população ir, me avise. Não temos opção na cidade.

“Ê... rapaz... viemos lá do nosso bairro”

A fala foi pronunciada por dois garotos ao mesmo tempo, como se fosse ensaiada, mas de forma totalmente espontânea. Samuel, 14 anos, e Paulo, 11 anos, vieram do São Conrado. O bairro fica atrás da Base, mas o percurso para ali chegar requer um contorno por diversos outros pois o caminho mais curto seria pelo terreno militar, onde a entrada é proibida. Para se ter uma ideia da distância, os garotos saíram de suas casas com bicicletas às 10h e chegaram à Base por volta das 13h45.

Sentados nas bicicletas sob a sombra de uma faixa de pano que enfeitava o ambiente, Samuel, Paulo e Wender, 10 anos. Contavam o percurso para ver os aviões. “Ê... rapaz... viemos lá do nosso bairro”, disseram juntos e até riram por conta disso, Samuel e Paulo. Samuel continuou: “Viemos pelo Oliveira [região que compreende três grandes bairros], passamos a pinguela [sobre o córrego Lagoa] e aí passamos pela casa do Marcão [amigo deles] e andamos mais um bocado e aí chegamos” – como se o repórter conhecesse todo o trajeto.

Os garotos conversavam e olhavam para cima em busca do avião. “‘Alá. Alá’ [olha lá]!”. É minha segunda vez, a deles é a primeira. Eu que chamei porque achei legal”, conta Samuel que até fez um amigo novo ali. Seu xará Samuel, de 6 anos, que foi com a família e se juntou à turma.

Paulo e Wwnder se encantam. “Nossa! Olha o capacete [olham para os militares que ensinavam a dobrar os para-quedas]”. “Será que deve ser como pular. Eu não pularia não. Vai saber o que pode acontecer. Pode o para-quedas não abrir. Mais, de ver, acho muito legal”, diz Paulo, precavido.

Assim como o casal do início deste texto, os garotos também dizem não ter opções de lazer no bairro. “Não tem espaços assim lá. Tem os campinhos, mas não tem muito ‘pra jogar [queria dizer projetos de incentivo]. Fora isso tem o córrego; pulo lá desde guri”, diz Samuel. “Por isso, a gente vem até aqui. Não tem nada lá”, completa.

Famílias

Gladys Mascarenhas, 36 anos, levou os filhos ao passeio. O pequeno Guilherme de 1 ano e 8 meses de idade, de dentro de seu carrinho olhava para lá e para cá acompanhando as pessoas e sorrindo. Lívia, de 8 anos, pulava sem parar brincando com uma bexiga enquanto o avião não dava a volta para mais uma acrobacia. Thayana, 12 anos, também cuidava para não perder o avião de vista. “Eu nunca tinha visto nem a onça e nem os aviões. Eu cheguei bem perto. Achei legal”, diz Thayana.

“É muito bom ter eventos como estes. Ver assim de perto, o coronel [piloto do avião] fazer estás peripécias todas no ar. É incrível”, diz Gladys. Ela foi levada pela vizinha, Maria Raquel Netto, que é mãe de uma tenente da Base. “Minha filha sempre fala que tem orgulho e gosta do que faz. Vim aqui prestigiar o evento que está sendo muito bonito”.

“Quem não tem dinheiro conta história”

“Uh rapaz... tirei R$ 2 mil só de pipoca outro dia. É por isso que falo: ‘Quem não tem dinheiro conta história’.”

Enquanto muitos pais levavam os filhos pequeninos no braço em um dia de passeio, Antônio dos Santos, 45 anos, levava o mastro com os algodões doce que vendia. Criou três filhos assim. Eventos como este é uma oportunidade para ganhar uma renda extra.

“A gente, quer dizer eu, sempre vem em dias assim porque dá mais dinheiro. Tenho minha esposa, três filhos: um com 25 anos, outro com 23 anos e outro com 17 anos. Todos eles criei com algodão doce e pipoca. E hoje, eles também vendem. Todos sobrevivem do algodão doce e da pipoca”, conta com risos e orgulho. A brincadeira no princípio da conversa foi quando perguntado se ganhava bem após vinte anos de trabalho no setor.

Fonte e foto: Marcelo Eduardo (Midiamax News)

Astronautas da Atlantis farão caminhada extra para reparar Hubble

Quarto dia de caminhada terminou neste domingo (17).

Astronautas tiveram dificuldades para consertar equipamento.


Os astronautas da nave Atlantis farão nesta segunda-feira uma quinta caminhada no exterior do telescópio espacial Hubble, após encontrar neste domingo (17) mais problemas que os esperados para reparar um espectrógrafo.

Mike Massimino e Mike Good apenas puderam, nas primeiras sete horas de caminhada, concluir a reparação do Espectrógrafo de Imagens Telescópicas Espaciais (STIS, em inglês), após o que tinham somente cerca de uma hora e meia para deixar com segurança a área onde tinham trabalhado.

Os astronautas Mike Good (em cima) e Mike Massamino trabalham na quarta caminhada no espaço realizada para consertar o telescópio Hubble

Devido ao atraso, a agência espacial americana, a Nasa, decidiu programar outra caminhada para esta segunda-feira (18), para tentar instalar o painel isolante em uma porta que os astronautas não puderam desdobrar hoje por falta de tempo.

Ao contrário da caminhada espacial de sábado, que surpreendeu os especialistas pela facilidade, a deste domingo apresentou várias complicações. Massimino descobriu que não podia desaparafusar uma peça que era preciso movimentar para instalar o STIS.

Após várias tentativas com diversas ferramentas, que demoraram cerca de duas horas, foi preciso recorrer à força bruta para tirar o parafuso. Os dois astronautas tinham recoberto com fita adesiva as peças para que não saíssem desordenadamente e se transformassem em projéteis.

Depois de tirar o parafuso, e para poder instalar o STIS, Massimino teve que remover um total de 111 peças. Quando tentava instalar um disco imantado especial para impedir que os parafusos se perdessem no espaço, o instrumento que utilizava ficou sem bateria e ele teve que voltar à nave "Atlantis" para mudar a pilha e recarregar sua provisão de oxigênio.

O STIS tinha deixado de operar em agosto de 2004, após sofrer uma avaria em um dos transformadores elétricos.

Fonte: EFE via G1 - Foto: NASA

Comissário de voo consegue aposentadoria especial

Um comissário de voo conseguiu na Justiça o direito de se aposentar mais cedo recebendo integralmente os benefícios, com base em uma regra abolida há 11 anos. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região concedeu ao ex-funcionário da Varig a aposentadoria especial, permitida pelo Instituto Nacional do Seguro Social até 1998, e converteu dois anos de trabalho comum em especial, de forma que o trabalhador somasse o período necessário para ter direito ao benefício. Como o INSS não apresentou recurso contra o acórdão até 2 de abril, prazo para possíveis embargos, a decisão já transitou em julgado. Clique aqui para ler o acórdão.

Jarbas Einsfeld Bandeira, de 50 anos, receberá uma aposentadoria de R$ 2,4 mil por apenas 25 anos de trabalho. Bandeira foi representado na Justiça pela advogada Maurinize Dias, do escritório Abdo, Abdo & Diniz Advogados Associados. Segundo ela, se fosse aplicada a legislação mais recente, ele não chegaria a receber nem R$ 1,5 mil de aposentadoria.

A aposentadoria especial foi criada pela Lei 3.807/60 — a Lei Orgânica da Previdência Social — e mantida pela Lei 8.213/91, conhecida como Lei de Benefícios. A regra permitia que atividades que oferecessem risco à saúde garantissem aposentadoria antecipada aos trabalhadores. Mesmo com menor tempo de contribuição, o benefício nesses casos era equivalente ao salário integral. Funções como as de minerador, enfermeiro ou motorista, consideradas arriscadas à vida ou à saúde, eram beneficiadas com um tempo mínimo de 15, 20 ou 25 anos para a aposentadoria. Salvo as atividades que envolviam exposição a ruídos elevados, a Previdência não exigia qualquer comprovação técnica do risco das funções, apenas uma declaração da empresa.

O benefício especial foi extinto em 1995, quando a Lei 9.032 estabeleceu uma única forma de contagem do tempo de contribuição. Quem já trabalhava nas funções diferenciadas, porém, ganhou o direito de contar o período em maior proporção — 40% a mais para homens e 20% para mulheres — na chamada regra de “conversão”. Assim, embora precisassem de um pouco mais de tempo de trabalho do que durante o regime anterior, esses trabalhadores se aposentavam antes dos demais. A adaptação durou até 1998, quando a Emenda Constitucional 20 acabou com todas as formas de contagem especial. Hoje, os homens só se aposentam por tempo de contribuição depois de 35 anos de trabalho e as mulheres, 30.

A sucessão de modos de contagem causou confusão até mesmo à Justiça. Segundo a advogada do comissário, Maurinize Dias, o juiz que analisou o caso na primeira instância não entendeu o pedido. Em primeiro grau, a 2ª Vara Federal de Novo Hamburgo (RS) permitiu apenas que o comissário Jarbas Einsfeld Bandeira contasse o período trabalhado em proporção 40% maior, conforme a lei de conversão. A decisão reconheceu como especial o período trabalhado de 23 de setembro de 1982 a 28 de abril de 1995, enquadrando-o na conversão permitida pela Lei 9.032/95. “O que o juiz não entendeu foi que a intenção não era obter a conversão, mas a aposentadoria especial de todo o período de trabalho”, diz a advogada.

O período pleiteado era de 23 de setembro de 1982 a 1º de agosto de 2006. Apesar de extinta a aposentadoria especial, de acordo com a advogada, o direito do comissário de voo era aquirido, uma vez que o regime vigorava quando ele ainda trabalhava. Assim também entendeu o relator do processo no Tribunal Regional Federal da 4ª Região. “O tempo de serviço é disciplinado pela lei em vigor à época em que efetivamente exercido, passando a integrar, como direito adquirido, o patrimônio jurídico do trabalhador”, disse o desembargador federal João Batista Pinto Silveira, da 6ª Turma do TRF-4. Por unanimidade, a turma reconheceu o direito do trabalhador à aposentadoria especial.

De acordo com o Perfil Profissiográfico Previdenciário no qual Bandeira foi enquadrado pela Varig, na qualidade de tripulante, o ex-funcinário trabalhava “à bordo de aeronaves, expondo-se de forma habitual e permanente, a desgaste orgânico, devido a altitudes elevadas, com atmosfera mais rarefeita e menor quantidade de oxigênio, variações da pressão atmosférica em pousos e decolagens e baixa umidade relativa do ar, sujeitos a barotraumas, hipoxia relativa constante, implicações sobre a homeostase e alterações do ritmo cardíaco”, diz a advogada na petição.

Porém, para obter o registro, o comissário precisaria ter trabalhado por pelo menos 25 anos na função. Ele somava apenas 23 anos, dez meses e nove dias. O primeiro emprego, no entanto, salvou as pretensões de Bandeira. Entre 1980 e 1982, ele tinha trabalhado em uma empresa como balconista e o período acabou sendo convertido em especial pela Justiça. Com a conversão, os dois anos e 20 dias foram multiplicados pelo índice de conversão 1,71, chegando-se a um ano, cinco meses e 15 dias a serem somados. O resultado dessa conta, de 25 anos, três meses e 24 dias, era mais do que suficiente para garantir o direito à aposentadoria especial.

O desembargador João Batista Pinto Silveira explicou, em seu voto, o motivo da aritmética. Segundo ele, vedação para conversão de regime de trabalho comum em especial só aconteceu em 1995, com a Lei 9.032. “O tempo de serviço é disciplinado pela lei em vigor à época em que efetivamente exercido, passando a integrar, como direito adquirido, o patrimônio jurídico do trabalhador. O fato de os requisitos para a aposentadoria terem sido implementados posteriormente, não afeta a natureza do tempo de serviço e a possibilidade de conversão segundo a legislação da época”, disse.

Procurada, a Advocacia-Geral da União, responsável pela defesa da Previdência nesse caso, não se manifestou até o fechamento da reportagem. O TRF-4 deu 45 dias, contados após a publicação do acórdão, em 27 de fevereiro, para que a Previdência começasse a pagar o benefício ao aposentado.

Apelação 2008.71.08.000076-1/RS

Fonte: Alessandro Cristo (Conjur)

domingo, 17 de maio de 2009

Vistoria detecta restrições para vôos comerciais no aeroporto de Campo Mourão (PR)

No dia 07 de maio, a estrutura do aeroporto municipal Geraldo Guia de Aquino de Campo Mourão, na Região Centro-Oeste do estado do Paraná, foi vistoriada por um técnico contratado pela empresa Sol Linhas Aéreas, de Cascavel. Na ocasião, foram detectados pelo menos 60 restrições no aeroporto mourãoense, que devem ser adequadas para que sejam viabilizados voos comerciais.

Segundo Clairton Hammer, da H&S Serviços Aeronáuticos, entre as providências que devem ser tomadas está a construção de um terminal de passageiros. Outro problema seriam as árvores e antenas de casas próximas ao local. “Aqui vocês têm muito o que adequar”, reforçou.

O técnico esteve acompanhado do deputado estadual Douglas Fabrício (PPS) e do vereador José Pochapski (PPS), autor de requerimento aprovado na Câmara para incluir Campo Mourão na rota de voos do interior para Curitiba, que está sendo iniciada pela empresa de Cascavel. “Como sede de uma microrregião, Campo Mourão merece esse benefício”, destacou Pochapski.

Segundo Hammer, atualmente a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) está mais rigorosa com a estrutura de aeroportos para liberar voos comerciais. “É preciso todo um planejamento, investimentos, mas é claro que com empenho político tudo isso é possível”, enfatizou.

O técnico ainda acrescentou que será mais viável e rápido investir na melhoria do aeroporto do que construir outro: “Vão por mim, para ficar pronto um novo aeroporto leva pelo menos 15 anos, se começasse agora”, destacou durante a vistoria.

Localização do município de Campo Mourão

Fonte: Tribuna do Interior - Mapa: Raphael Lorenzeto de Abreu (Wikipédia)

Governo quer salvar encomenda da Embraer

A venda de aviões da Embraer estará entre as prioridades do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na visita que fará a Pequim a partir de amanhã, mas há dúvidas sobre o futuro do modelo de negócios da empresa brasileira na China, onde ela possui uma fábrica para produção de jatos regionais em parceria com a estatal AVIC.

O objetivo de Lula será garantir a entrega de 50 aviões modelo E-190 produzidos pela Embraer no Brasil e encomendados pela chinesa Hainan Airlines em 2006. Com a crise econômica global, Pequim ordenou às companhias aéreas que suspendessem as compras de aeronaves estrangeiras, o que afetou a Embraer.

Na visita, o presidente brasileiro vai tentar obter um compromisso dos chineses de que as vendas anunciadas serão realizadas. A situação é mais complicada para o modelo de menor porte fabricado pela Embraer e a AVIC em Harbin, no nordeste da China. O ERJ-145 tem capacidade para 50 lugares e começou a ser produzido no país asiático em 2003.

Em 2006, a Hainan Airlines também anunciou a compra de 50 aeronaves ERJ-145, junto com 50 aviões E-190, que tem capacidade para até 120 lugares. No total, o contrato tinha valor de US$ 2,7 bilhões. No dia 4 de maio, a Embraer e a Hainan Airlines chegaram a um acordo para reduzir de 50 para 25 o número de unidades ERJ-145 previstas no contrato de 2006. Com isso, a fábrica de Harbin terá encomendas até a metade de 2011.

Além da venda para a Hainan Airlines, a Embraer vendeu no ano passado cinco jatos E-190 fabricados no Brasil para a Kun Peng Airlines, em contrato de US$ 187,5 milhões.

Na avaliação do embaixador do Brasil na China, Clodoaldo Hugueney, o principal problema da associação entre a Embraer e a AVIC em Harbin é o modelo de aeronave fabricada, que não atenderia às necessidades do mercado chinês. "As companhias locais estão se orientando para aviões de maior porte", disse Hugueney ao Estado na quinta-feira. Segundo ele, os modelos E-190 e o E-170 respondem de maneira mais apropriada à demanda chinesa.

Fontes declararam ao jornal O Estado de S.Paulo que a AVIC pressiona a Embraer para fabricar o E-170 ou o E-190 em Harbin, mas isso não está nos planos da empresa brasileira. Hugueney afirmou que esta é uma questão privada, que terá de ser decidida pelas empresas.

A China se transformou no ano passado no maior mercado para a Embraer depois dos Estados Unidos, e os aviões apareceram pela primeira vez entre os dez principais produtos de exportação do Brasil para o país asiático. No total, a venda de aeronaves para a China em 2008 foi de US$ 204,6 milhões, graças às entregas de E-190 para a Hainan Airlines. O valor representa menos de 10% dos US$ 2,32 bilhões vendidos para os Estados Unidos no mesmo período, mas está bem acima dos meros US$ 24 mil destinados à própria China em 2007.

Fonte: Cláudia Trevisan (Agência Estado)

Casal que dava golpes com passagens aéreas é preso no Rio

Um casal de estelionatários foi preso neste sábado em flagrante por policiais da 9ª DP (Catete), momentos após entregar passagem aérea falsa para uma das vítimas. Os golpistas, Ana Maria Pereira Teixeira e Paulo Fernando de Lacerda Soares, ambos de 54 anos, vendiam pacotes turísticos para países europeus através de empresas de turismo fantasmas.

Casal é preso acusado de aplicar golpes com passagens aéreas

Os dois são acusados de lesar mais de 30 vítimas em bairros do Rio, como Gávea, Tijuca, Flamengo, Botafogo e Glória. Uma das vítimas descobriu que tinha sido lesado após procurar a empresa aérea portuguesa TAP. As duas passagens no valor de R$ 6.900 para Barcelona, na Espanha eram fraudadas. A dupla montava bilhetes com números de passagens já usados em voos. O morador da Glória, onde também moravam os golpistas, prestou queixa na 9ª DP (Catete) e combinou com os policiais o flagrante.

“Pedi a ela que gostaria de mudar os bilhetes para a classe executiva e queria um seguro. Então marcamos de entregar a diferença, R$ 2.457, na minha casa”, contou a vítima que não quis se identificar.

Os policiais aguardavam na rua à paisana. Ana Maria subiu até o apartamento do cliente, pegou o cheque e voltou para o carro onde o marido, Paulo Fernando, a aguardava. Eles chegaram a ligar o carro, mas receberam ordem de prisão.

Segundo os policiais, a dupla mudava de bairro atrás de novas vítimas, sempre mudando o nome da empresa. Os dois possuem 10 anotações por estelionato. As empresas de fachada eram Viseu Turismo, Botafogo Praia Tur, Regência Tur e a última, Porta dos Cavaleiros Agência de Viagem e Turismo. Policiais da 5ª e da 9ª DP pedem que vítimas procurem uma das duas delegacias para fazer o reconhecimento da dupla de golpistas. A pena para o crime 171 é detenção de 1 a 5 anos.

Fonte: O Dia Online - Foto: Pedro Farina (Agência O Dia)

A USAF procura uma aeronave com COIN (Counter-Insurgency) para as agora chamadas “guerras assimétricas”

A grande experiência acumulada e a enorme quantidade de aeronaves do tipo COIN que tinham os EUA após a Guerra do Vietnã, foram se diluindo na última quarta parte do Século 20. O fim da Guerra Fria e a bem-sucedida participação dos aviões convencionais nos conflitos da Guerra do Golfo, em 1991, e da ex-Iugoslávia, levaram a abandonar esse tipo de aeronave e o consequente treinamento.

Contudo, uma quantidade de conflitos esquecidos, como os da África Central, Darfur, Sri Lanka, Nova Guiné, Colômbia e outros países, têm feito ressurgir as missões para aviões COIN.

Na última década, os Estados Unidos e os seus aliados, se viram envolvidos nas agora chamadas "guerras assimétricas", as quais até há alguns anos, eram conhecidas como guerra de guerrilhas, especialmente no Afeganistão e no Iraque.

Desses anos de combate, obteve-se uma importante série de lições. A primeira é que, embora os helicópteros de ataque e de transporte armados sejam muito eficientes, ficou demonstrado que eles são muito vulneráveis ao fogo de terra, até de uma simples metralhadora, e que a sua autonomia não é a mais adequada. Outra, é a real necessidade de uma aeronave COIN com custos operacionais de acordo com a sua missão.

O único avião realmente COIN que a USAF mantém, o Fairchild A-10 Thunderbolt II, é caro e, principalmente, há poucos em serviço. Isso tem levado a ter de utilizar aeronaves F-15, F-16 e, inclusive, os F/A18 da Marinha – todas elas tanto ou mais caras de operar que os A-10 nesse tipo de missão.

Diante dessas eficientes, mas caras opções, surgiu uma geração de aviões de ataque leve, com custos operacionais e de manutenção relativamente baixos, cujo principal representante é o brasileiro Embraer EMB-314 Super Tucano.

Ele está se transformado em um verdadeiro êxito de vendas, principalmente após os pilotos da Força Aérea Colombiana terem demonstrado a sua total precisão na operação realizada em março de 2008, a qual terminou com a "neutralização definitiva" do terrorista Raul Reyes e o seu grupo.

Para os Estados Unidos, o Afeganistão e o Iraque estão representando, apenas em termos econômicos, uma autêntica sangria de recursos, tal como na sua época, aconteceu com o Vietnã. Isso levou os militares norte-americanos a retomar a ideia de operar com aviões leves de ataque ao solo, embora, para muitos, a progressiva introdução dos UAV (aviões nãotripulados) armados, como o Predator, possa ser a solução no futuro.

VOLTA O OV-10 BRONCO

O OV-10 Bronco - Foto: Airman Magazine

Obviamente, as empresas norte-americanas do setor de defesa estão vendo como esse importante nicho de mercado está basicamente ocupado pela Embraer, e não querem perder essa importante oportunidade de venda.

Nesse sentido, uma das opções que a USAF poderia levar em conta seria a versão modernizada do veterano Rockwell (hoje Boeing) OV-10 Bronco. O fabricante estaria disposto a desenvolver uma nova versão com a qual cobriria a atual lacuna de uma aeronave COIN de fabricação norte-americana.

Pelas suas características, o bimotor Bronco é o claro exemplo de como deve ser um avião COIN, pois possui uma excelente autonomia que lhe permite permanecer até três horas sobre a zona de operações, além de contar com um grande poder de fogo.

A sua estrutura de asa alta e a cabine quase toda envidraçada proporcionam uma excelente visibilidade do solo e, por ser biposto, a carga de trabalho é compartilhada entre ambos os tripulantes: o piloto e o operador de armas. A sua carga de combate é de 3 toneladas e pode estar composta por pods de metralhadoras, mísseis ar-terra e lança-foguetes.

Colômbia, Filipinas e Venezuela ainda mantêm em serviço os seus Bronco, enquanto Indonésia, Marrocos e Tailândia já os retiraram do serviço, mas, tecnicamente, estão em condições de serem reativados, caso seja necessário.

As Filipinas contrataram a Marsh Aviation, do Arizona, EUA, para realizar uma limitada, porém eficiente modernização em seus OV-10.

Os trabalhos da Boeing estão focados nos Bronco que os Estados Unidos mantêm estocados, em locais como Davis Monthan, embora não esteja descartada a ideia de reabrir a linha de produção. Entre as melhoras a serem introduzidas, estariam uma cabine digital, motores de maior potência, novos sistemas de autoproteção, um FLIR para ajudar na localização de alvos, inclusive à noite, e capacidade para utilizar bombas inteligentes de última geração.

O AT-6B

O Raytheon T-6A Texan II - Foto: jackmcgo210

A Hawker Beechcraft está trabalhando no AT-6, uma versão armada do treinador T-6A. Esse avião é, por sua vez, uma variante do avião suíço Pilatus PC-9 e, o fabricante tem ao seu favor, o fato da aeronave estar sendo utilizada, atualmente, na formação de todos os pilotos militares norte-americanos.

A ideia de armar o T-6 não é nova, de fato, a empresa já produziu 25 T-6A NTA para a Força Aérea da Grécia. A principal diferença é que esses aviões tem capacidade para transportar sob as asas tanques de combustível, pods com metralhadoras, lançadores de foguetes e bombas. O AT-6B poderia estar armado dessa forma.

O A-67 DRAGON

O A-67 Dragon - Foto: The Bushranger

A Golden Aviation é uma empresa especializada na restauração de aviões, que projetou e construiu um protótipo, o A-67 Dragon, que está sendo comercializado pela US Aircraft Corporation.

A aeronave biposto já está em voo. Após o Dubai Air Show de 2007, o fabricante anunciou estar mantendo conversações com 12 países que se mostraram interessados no modelo.

A versão operacional contará com uma blindagem envolvente na cabine, incluindo o para-brisa e o motor, todos os sistemas serão redundantes e os tanques de combustível autovedantes. Sua autonomia será de 11 h com um tanque extra.

SUPER TUCANO NO US ARMY?

O monomotor turboélice Embraer Super Tucano é o principal representante dos aviões COIN - Foto: Embraer

O Embraer EMB-314 Super Tucano é um desenvolvimento do treinador avançado EMB-312 Tucano. Trata-se da única opção não norte-americana, o que obriga. Obrigaria a Embraer a se aliar com alguma empresa local para a fabricação e montagem dos aviões nos EUA, algo que, embora não seja realmente indispensável, representa um importante ponto ao seu favor no caso da aeronave ser a escolhida.

Caso se chegue a essa solução, as Forças Armadas dos EUA contariam com a vantagem de operar um avião muito utilizado entre os seus aliados e que está sendo estudado por outros países, como o Afeganistão, o qual deverá contar com aviões de ataque ao solo a partir de 2012.

O alongamento do conflito afegão levará o presidente Obama a reforçar a presença dos Estados Unidos e seus aliados naquele país, principalmente com elementos aéreos.

Nos Estados Unidos, o único operador da aeronave Embraer EMB-314 Super Tucano é a empresa de segurança Blackwater, a qual adquiriu um desses aviões para fornecer treinamento aos seus pilotos mercenários em operações COIN e com a intenção de equipar com ele a Força Aérea do Iraque.

Fontes: Fernando Fischer e Juio Maíz (Avião Revue) / Notícias sobre Aviação

Boeing 747

Após 40 anos, o avião mais emblemático da aviação comercial continua gerando novas versões

O Boeing 747-8 Intercontinental

Poucos aviões comerciais podem se gabar de possuir uma trajetória tão espetacular como a do Boeing 747, iniciada há quatro décadas e que ainda não terminou. Essa aeronave, conhecida como Jumbo, marcou para sempre a história da aviação comercial, pois no final da década de 1960, revolucionou o transporte aéreo de passageiros.

Quem teve grande influência no seu projeto e desenvolvimento, fazendo sugestões aos engenheiros responsáveis pelo programa, foi Juan T. Trippe, fundador da Pan American, a primeira a colocar o 747 em serviço, após ter realizado uma encomenda de 25 exemplares, por um valor de US$ 525 milhões de 1966.

Em 9 de fevereiro último, o Boeing 747 completou 40 anos e, sem dúvida, comemorará muitos mais, porque, além de ser – depois do 737 – o avião comercial com mais anos em produção, a continuidade do Jumbo está assegurada com a chegada do programa 747-8, em versões de carga e passageiros: a primeira com entregas previstas para o primeiro trimestre de 2010 e, a segunda, para meados de 2011.

O programa 747-8 foi lançado oficialmente em 14 de novembro de 2005, quando a Boeing recebeu um pedido firme de 18 aeronaves 747-8 Freighter por parte das companhias áereas Cargolux (10) e Nippon Cargo Airlines (8), por um valor de US$ 5 bilhões. Hoje, a carteira de pedidos para essa versão do novo Jumbo é de 78 aviões.

Fonte: Fernando Fischer / José M. Parés (Avião Revue) - Imagem: Avion Revue

Global 5000 e Learjet 40XR oferecem opção para voos de maior alcance

Usuários dos jatos executivos produzidos pela Bombardier agora podem encomendar as duas aeronaves com maior alcance.

A Bombardier Aerospace anunciou nesta semana que os jatos executivos Global 5000 e Learjet 40XR ganharam novas configurações no volume de combustível que permitem ampliar o alcance das viagens. As duas aeronaves são comercializadas no Brasil pela OceanAir Táxi Aéreo, empresa do grupo Synergy Aerospace Corp.

O Global 5000

Foto: Adrian Pingstone

O Global 5000 teve seu alcance ampliado em 400 milhas náuticas (741 quilômetros). Essa significante mudança foi possível graças ao aumento do peso máximo de decolagem. A inovação também possibilita ao Global 5000 realizar vôos diretos de ida e volta entre São Paulo e Paris, por exemplo.

Dessa forma, um voo realizado em sua típica velocidade de cruzeiro a Mach 0.85 (907 km/h) percorre a distância de 5.200 milhas náuticas (9.630 quilômetros), o que representa um aumento de 8% na configuração original. Isso permite realizar viagens sem paradas em percursos como Londres-Los Angeles (8.728 quilômetros), Nova York-Honolulu (8021 quilômetros) e São Paulo-Paris (9.380 quilômetros).

O Global 5000 possui o maior espaço interno para os passageiros entre os jatos de grande porte. A aeronave é equipada com os sistemas eletrônicos mais avançados da indústria aeronáutica como o novo sistema de navegação e comunicação PRO LINE FUSION, que compõe o sistema Global Vision.

Learjet 40XR

Foto: divulgação

Outra aeronave que apresenta uma inovação é o Learjet 40XR. O tanque de combustível agora pode receber mais 687 libras, ampliando sua autonomia de voo em 268 milhas náuticas (496 quilômetros). A opção é oferecida aos jatos encomendados agora e para aqueles que serão entregues no ultimo trimestre deste ano. Com a modificação, as aeronaves Learjet 40XR aumentam em até 15% sua autonomia, permitindo realizar voos sem escala de até 3.844 quilômetros.

Isso permite ao Learjet 40XR realizar vôos transcontinentais para a Europa, a exemplo de seu irmão maior, o Learjet 45XR. O Learjet 40XR tem capacidade para transportar de seis a sete passageiros, apresentando a mais espaçosa cabine e a melhor performance entre os jatos de sua categoria.

Grupo Synergy

No Brasil, os jatos da Bombardier são comercializados pela Synergy Aerospace, através de sua subsidiária OceanAir Táxi Aéreo. O grupo também é composto pela OceanAir Linhas Aéreas, Vipsa (Equador), Avianca (Colômbia) e a Turbserv, dedicada à revisão de turbinas.

Fontes: Portal Fator Brasil / Notícias sobre Aviação