segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Familiares aprovam desfecho do inquérito do vôo 3054

Os familiares das vítimas do acidente com o Airbus A320 da TAM, ocorrido em 17 de julho do ano passado, no aeroporto de Congonhas ficaram satisfeitos com as conclusões do inquérito realizado pelo Ministério Público Estadual (MPE) de São Paulo e com o encaminhamento que será enviado junto com a investigação que está sendo realizada pela Polícia Federal.

Eles passaram o último final de semana reunidos no Hotel Embaixador, na capital gaúcha, e ouviram o promotor Mário Luiz Sarrubbo, que recomendou o indiciamento de 11 pessoas como responsáveis pela morte dos 199 passageiros e tripulantes do vôo 3054, entre o aeroporto Salgado Filho e o de Congonhas.

Sarrubbo explicou aos familiares que retirou do inquérito policial os dois funcionários da Infraero que fizeram a medição do nível da água na pista de Congonhas, "porque apenas cumpriam ordens". Porém, em seu lugar, indicou três funcionários da TAM: Marco Aurélio Castro, diretor de segurança; Orlando Bombini Jr., chefe de pilotos; e Alex Frischmann, chefe do equipamento A320 na empresa.

Esta foi a 16ª reunião dos familiares das vítimas do vôo TAMJJ3054. Segundo Dario Scotti, presidente da Associação das Famílias e Amigos das Vítimas do Vôo TAMJJ3054 (AFAVITAM). "Nos reunimos uma vez por mês para que este acidente não seja esquecido, e até serve como terapia para alguns de nós", explicou Scotti, lembrando que foram necessários 16 meses de investigações para que 11 pessoas fossem responsabilizadas de forma culposa (sem intenção) pela morte dos passageiros daquela viagem.

O presidente da AFAVITAM disse ainda que todos ficaram satisfeitos com a unificação dos processos num só em nível federal. Durante o encontro, os familiares ainda ouviram as advogadas Adriana Burger e Laiana Elisa de Souza, da Defensoria Pública/RS, que os informou sobre o andamento da ação movida pelo PROCON/RS, cobrando a multa de R$1 milhão da empresa pela demora na divulgação da lista de passageiros.

A programação do encontro foi encerrada no domingo, com uma visita ao memorial construído pela AFAVITAM junto ao aeroporto Salgado Filho, e um culto ecumênico celebrado em memória das vítimas.

Fonte: Wálmaro Paz (Especial para O Estado de S. Paulo)

O Inimigo que vem do céu

Astrônomos de diversos países concordam: estamos na rota de milhares de asteróides que podem colidir com a Terra

Quem teme uma guerra devastadora, continente contra continente, humanos contra humanos, talvez nem imagina que o maior perigo pode vir de um céu extremamente estrelado. "Todos os dias, a Terra é bombardeada por cerca de seis mil asteróides. Pelos nossos cálculos, esse número irá aumentar exponencialmente para quase um milhão em 2020", declarou na semana passada, em Viena, o ex-astronauta da Nasa Russell Schweickart, presidente do Painel Internacional sobre a Redução da Ameaça de Asteróides (IPATM).

Com a autoridade de quem domina o assunto teoricamente, mas, também, de quem já esteve no espaço, ele complementou: "Muitos desses objetos cósmicos são pequenos e não representam perigo nenhum. É como um grão de areia atirado contra um vidro. Há, porém, um grupo de mil asteróides com mais de 150 quilômetros de largura, o suficiente para causar uma catástrofe mundial." Esse foi o discurso que abriu a conferência que reuniu a comunidade internacional de astronomia e astrofísica na apresentação do relatório Ameaças de Asteróides: uma Chamada para uma Resposta Global. Pode ser que, para o público leigo, Schweickart tenha sido até demasiadamente alarmista, mas o fato é que todos os cientistas anuíram com ele.

Não é à toa, portanto, que alguns deles insistiram em lembrar que na última vez em que um cometa, com as dimensões do estádio do Maracanã, entrou em rota de colisão com a Terra (1908) a Sibéria foi atingida com força equivalente à de duas mil bombas atômicas. E o estrago causado por esse astro, chamado Tunguska, correspondeu a dois mil quilômetros quadrados. "Se quisermos, podemos pensar em um estádio de futebol voando a 100 mil quilômetros por hora e despencando no coração de Tóquio, Nova York, Londres, Paris ou de qualquer outra grande metrópole do mundo?", disse Schweickart. "Pois bem, sem pavor nem alarde, eu acho que deveríamos pensar e nos prevenir." Segundo o relatório, o que antes era "suposição agora é certeza": a Terra pode ser atingida a qualquer momento.

Entre os nossos inimigos que vêm do céu está o asteróide Apophis (em grego significa "destruição"), malfeitor sideral que ostenta 500 metros de diâmetro e chegará próximo da órbita terrestre em 2029. Se ele se chocar, causará um impacto equivalente à explosão de 114 mil bombas atômicas. E a história de nosso planeta estará se repetindo: há aproximadamente 65 milhões de anos, um cometa se chocou contra a Terra, levando à extinção não somente os dinossauros, mas também 70% das espécies que viviam na Terra. As observações iniciais, feitas com telescópios de menor potência, indicam que qualquer asteróide com mais de 140 metros de diâmetro representa uma ameaça em potencial.

Mesmo que não nos atinjam, desintegrandose ao cruzar a atmosfera, tais bólidos podem provocar uma onda de choque suficiente para destruir um continente do tamanho da África. O problema é que as lentes dos telescópios atuais não conseguem captar a movimentação da maioria dos asteróides nos confins do Universo. "Estamos completamente despreparados. Quem fará a monitoração? Em quais informações iremos nos basear? Quais tecnologias de defesa serão aplicadas? Ironicamente, estamos em plena escuridão", disse Schweickart. Durante o congresso, a Agência Espacial Americana elaborou um documento no qual introduz o assunto de forma amena, mas no capítulo dedicado às conclusões torna-se bastante enfática: "O roblema pode ser maior do que se acredita." Segundo o observatório dos EUA, estima-se que haja 100 mil asteróides orbitando perigosamente a Terra, mas apenas quatro mil estão sendo monitorados.

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Para evitar uma tragédia, os cientistas apresentaram duas saídas: desviá-los ou destruí-los. Na primeira hipótese, seria disparado um projétil nuclear para o interior do astro com força suficiente para empurrá-lo em direção oposta, desviando sua rota - método já empregado pela Nasa na missão Deep Impact. A outra alternativa envolve a construção de uma gigantesca e potente nave espacial, no formato de escudo, que teria como tarefa se chocar contra o asteróide, moendo-o em pedaços. Nos dois planos corremos o risco de ter problemas devido aos estilhaços desses astros. Mas será bem mais fácil lidarmos com um inimigo de proporções menores e não com o asteróide inteiro e compacto.

Fonte: Luciana Sgarbi (Revista Isto É)

Hong Kong: Dois pilotos despedidos por tentarem levantar vôo da área de taxiway

Dois pilotos da Hong Kong Airlines foram despedidos depois de tentarem levantar voo de um taxiway do aeroporto da cidade, revelou o South China Morning Post.

Os dois pilotos, um indonésio e um argentino, só foram parados por um alerta de um controlador de tráfego aéreo que se apercebeu da grande velocidade do avião, um Boeing 737 com 122 passageiros e sete tripulantes a bordo.

O voo, que decorreu a 13 de Setembro, tinha como destino a cidade de Cheongju, na Coreia do Sul, acabaria por descolar após a tentativa abortada pelo controlador.

Os taxiways do aeroporto de Hong Kong prolongam-se a todo o comprimento da pista de descolagem e aterragem mas são mais estreitos e não possuem a iluminação verde do centro da pista.

Os dois pilotos foram demitidos após uma investigação do departamento de aviação civil que recomendou ainda melhoramentos no sistema de iluminação e sinalização do aeroporto, um dos mais movimentados na Ásia.

Durante a investigação, o piloto afirmou não estar em manobras de descolagem mas admitiu a circulação em velocidade no taxiway.

A Hong Kong Airlines, integrada num grupo com a Hong Kong Express, voa para cerca de 30 cidades regionais a partir da antiga colónia britânica.

Fonte: Agência Lusa (Portugal)

Presidente da Infraero critica venda de aeroportos

A cinco dias de passar o cargo de presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) ao brigadeiro-do-ar e atual diretor de Operações da Infraero Cleonilson Nicácio Silva - a cerimônia está prevista para sexta-feira -, Sérgio Gaudenzi voltou a criticar duramente o projeto de privatização dos aeroportos brasileiros e explicou o motivo de seu pedido de demissão. "Eu disse ao ministro (da Defesa, Nelson Jobim): ''eu não vou ter entusiasmo nenhum em comandar um processo (as privatizações) com o qual eu não concordo''", afirma. "Como eu não sabotaria uma decisão do governo federal, achei por bem pedir meu afastamento."

Gaudenzi concorda que a Infraero é "altamente burocratizada" e que "funciona praticamente como uma autarquia", argumentos que ajudam a sustentar o projeto de privatização, mas afirma que a simples venda dos aeroportos "não é o caminho".

"Logo que cheguei (em agosto de 2007), vi a situação e sugeri a abertura de capital da empresa, algo da forma como funciona a Petrobras", conta o presidente demissionário. "Começamos a elaborar estudos que indicavam que essa seria uma boa alternativa para oxigenar a empresa, mas mantendo as decisões finais com o governo, em caso de problemas. Apesar disso, o governo decidiu seguir a linha da privatização."

De acordo com Gaudenzi, o modelo de venda dos aeroportos, em vez de melhorar a malha aeroviária, tende a colocar em risco boa parte da infra-estrutura do setor no País. "Hoje, administramos 67 aeroportos, dos quais dez dão lucro, dez operam em equilíbrio e 47 dão prejuízo", afirma. "Essa maioria é formada por aeroportos que não têm como deixar de ser deficitários e têm de continuar existindo."

"Em Tefé (AM), por exemplo, o aeroporto é praticamente a única forma de as pessoas chegarem e saírem", exemplifica. "Ao mesmo tempo em que ele não tem como dar lucro, precisa continuar operando, mas se você não tem recursos, ele começa a se deteriorar e a colocar em risco a operação. E esse processo tende a acontecer em todos os terminais."

Fonte: Agência Estado (14/12)

Embraer entrega 500º E-JET para a Regional, da França

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A Embraer alcançou neste sábado (13) um marco importante, com a entrega do seu 500º E-Jet, um EMBRAER 170, para a Regional – Compagnie Aérienne Européenne, da França.

A cerimônia de entrega acontece na sede da Empresa, em São José dos Campos, Brasil, apenas seis meses após a entrega do 400º E-Jet, em junho de 2008. A Regional, uma empresa subsidiária de propriedade da Air France, recebeu o seu primeiro EMBRAER 170 há três meses, em setembro de 2008.

“A entrega do E-Jet de número 500 é uma grande realização para a Embraer e estamos especialmente orgulhosos que o mesmo seja destinado aos nossos bons e leais amigos da Regional”, afirmou Frederico Fleury Curado, Diretor-Presidente da Embraer. “Esse marco importante se realiza apenas quatro anos após o EMBRAER 170 entrar em serviço, enfatizando a excelente recepção mundial que essa família de jatos inovadora recebeu de 52 clientes em 35 países de cinco continentes”.

O EMBRAER 170 da Regional é configurado com 76 assentos, em um layout de classe única.

A companhia aérea francesa é o maior cliente da Embraer na Europa e atualmente possui 50 aeronaves da Embraer (seis EMBRAER 190, dois EMBRAER 170, 28 ERJ 145, nove ERJ 135 e cinco EMB 120 Brasilia) na sua frota.

“É uma honra especial para a Regional participar desta comemoração com os nossos amigos da Embraer, em São José dos Campos”, disse Jean-Yves Grosse, Presidente e CEO da Regional/ Air France. “Os E-Jets continuam a receber uma grande aceitação dos nossos clientes, pela sua cabine ampla e confortável, e nós ganhamos em eficiência operando o EMBRAER 190 e o EMBRAER 170, que nos propiciam uma grande flexibilidade, em face das mudanças do mercado”.

Em 30 de setembro de 2008, a Embraer possuía uma carteira de 865 pedidos firmes e 813 opções para a família de E-Jets. Com 500 aeronaves entregues até o momento, a família possui uma base ampla de 52 operadores em 35 países, em cinco continentes. A frota entregue acumula mais de 2,2 milhões de horas de vôo com uma excelente despachabilidade, tendo transportado mais de 100 milhões de passageiros.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Embraer

Arquivo de áudio com o último diálogo dos pilotos do GOL-1907 antes do choque com o Legacy

Áudio da tragédia da Gol em revista americana Vanity Fair revolta pilotos

Para ouvir o áudio, clique no link:

http://www.vanityfair.com/magazine/2009/01/air_crash200901

A poderosa Federação Internacional das Associações dos Pilotos Aéreos (Ialpa, em inglês), pediu hoje a proibição da divulgação de gravações nas cabines de comando de aviões envolvidos em acidentes, denunciando o uso para "diversão pública" da conhecida revista americana Vanity Fair, que está nas bancas com extensa intitulada "O diabo a 37 mil pés", com direito aos áudios dos últimos momentos antes do choque do boeing da Gol com o jatinho Legacy, em 2006, sobre a Amazônia, matando 154 pessoas.

O diálogo dos dois pilotos americanos e dos dois brasileiros está no site da revista. O áudio é de uma das duas caixas-pretas, e a VF justificou a publicação com "interesse jornalistísco, para documentar a matéria".

Os pilotos concordam com a transcrição das gravações, mas consideram "desrepeito aos colegas e às famílias", divulgar na mídia seus momentos finais.

Na cabine do avião da Gol, o piloto e o co-piloto conversam longo tempo sobre banalidades, inclusive com uma aeromoça, ouvindo-se ao fundo intervenções de controladores, depois um estrondo e o disparo do alarme "Mayday", "Mayday".

Fonte: Associated Press

domingo, 14 de dezembro de 2008

Iberia cancela 15 vôos em novo dia de atrasos

A companhia aérea espanhola Iberia cancelou hoje 15 vôos, em uma dia em um dia no qual se repetiram os atrasos nas operações da empresa se registram há mais de uma semana, algo que a companhia atribui a uma "greve de zelo" (algo como uma operação padrão) não declarada dos pilotos.

Fontes de Iberia explicaram à Agência Efe que a companhia continua estudando os motivos dos atrasos de "cada um de seus vôos" para determinar se foram causados por "alterações do regime habitual de trabalho dos pilotos".

A desorganização das operações da companhia levou diversos passageiros a perder os vôos de conexão que tinham previsto tomar no aeroporto de Madri.

Nos últimos dias, a pontualidade dos vôos da Iberia caiu 30%, causando cancelamentos de vôos na programação, que se atribuem a uma suposta greve de zelo.

Fontes do Sindicato Espanhol de Pilotos de Linhas Aéreas (Sepla) negaram à Efe que nas assembléias realizadas pelos pilotos nos dias 4 e 12 tenham decidido iniciar uma greve de zelo e afirmaram que se tratam de atitudes individuais.

Na quarta-feira, a direção da Ibéria deve se reunir com os representantes do Sepla para retomar as negociações do Convênio coletivo, que estão estagnadas desde novembro.

Fonte: EFE

MPF investigará acidente da TAM sob segredo de justiça

As investigações sobre o acidente com o vôo 3054 da TAM, ocorrido em julho de 2007, no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, devem ser conduzidas pelo Ministério Público Federal (MPF) sob segredo de Justiça no MPF, segundo informações divulgadas neste domingo (14) pelo procurador da República Rodrigo de Grandis.

Atualmente as investigações do acidente estão sendo feitas pelo Ministério Público do Estado de São Paulo. O anúncio da decisão foi feito pelo procurador da República durante reunião com familiares das vítimas do acidente, em Porto Alegre (RS).

Também participou dessas reuniões com os familiares das vítimas, o promotor do MP-SP Mario Luis Sarrubo, que acompanhou as investigações da Polícia Civil. 'Ele trouxe para nós a manifestação dele sobre o inquérito, onde ele aponta mais três pessoas responsáveis na companhia aérea TAM', segundo o presidente da Associação das Famílias e Amigos das Vítimas do Vôo TAMJJ3054 (Afavitam), Dario Scott.

O representante da TAM ressaltou que já existe uma lista, que aponta 14 pessoas como responsáveis. Contudo, a Afavitam ainda vai continuar acompanhando as investigações, 'porque nós temos ainda investigações abertas sobre o acidente, nós queremos saber como temos ainda investigações abertas sobre o acidente, nós queremos saber como está a evolução dessa investigação por parte da Polícia Federal e do Ministério Público Federal; vamos acompanhar isso até o fim', ressaltou Scott.

Os parentes das vítimas também continuam acompanhando as investigações do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e prometem acompanhar toda a parte processual, numa 'jornada pela justiça'.

Fontes: Correio da Bahia / Agência Brasil

Ampliação da pista do Salgado Filho será discutida nesta segunda-feira

Com aumento em 920 metros, aeroporto poderá triplicar o movimento de carga.

Será realizada nesta segunda-fiera audiência pública para buscar soluções para o aumento da pista do Aeroporto Internacional Salgado Filho (foto). O encontro discutirá o licenciamento ambiental do projeto de ampliação. A reunião ocorre no saguão do Terminal de Passageiros 2 do Salgado Filho, a partir das 19 horas. O evento é promovido pelo Conselho de Infra-Estrutura da Fiergs.

Atualmente, Porto Alegre ocupa a 6ª colocação em número de passageiros e 10ª em movimento de cargas aéreas. Segundo o projeto, o aumento da pista é de 920 metros no sentido leste, passando para 3,2 mil metros de extensão, e o aumento na largura da pista será de 3 metros, chegando a 45.

A ampliação poderá triplicar o movimento de carga. O projeto tem esbarrado nas limitações físicas feitas por duas vilas. Segundo a Prefeitura da Capital, a remoção dos moradores na Vila Dique, onde estão localizadas o maior número de pessoas que moram ao redor do aeroporto, será feita a partir de fevereiro de 2009.

Fonte: Diário de Canoas - Foto: ccs-comatic

Jobim sugere monopólios em linhas aéreas de baixa demanda

O ministro Nelson Jobim (Defesa) disse nesta sexta-feira que poderão ser adotadas medidas que garantam o monopólio a determinada empresa aérea em linhas com baixa demanda. Jobim defendeu a adoção de políticas de incentivo à aviação regional (em locais de baixa densidade) que compreendam menor liberalização do sistema e concessão de desonerações fiscais e incentivos do Estado.

"Entre os mecanismos possíveis, está conceder determinada linha para uma empresa e assegurar que naquela linha nenhuma outra empresa vai operar por um período tal, desde que aquela empresa opere nas condições estabelecidas no início, ou seja, com condições de segurança, regularidade e conforto. Para que aquela empresa crie um mercado", afirmou Jobim, que participou de seminário sobre concessões de aeroportos, promovido pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

Jobim ressaltou que o modelo da aviação regional tem que se diferenciar da aviação de grande porte - que tem vôos entre os principais mercados. No modelo dos grandes centros, as linhas são delineadas pelas companhias aéreas, de acordo com suas necessidades e possibilidades. Para o ministro, a aviação regional tem que ter regras diferentes, que não se pautariam exatamente pela concorrência, mas para garantir fluxo em determinadas regiões.

"Houve exemplo aqui no Brasil de uma empresa com linha na Amazônia que assegurava a rentabilidade de toda a companhia. A partir de um momento, outra empresa entrou na mesma linha, fez concorrência, baixou o preço, e a empresa que já estava teve que fechar sua linha", observou.

A necessidade de concessão de incentivos fiscais por parte dos governos também foi lembrada por Jobim. Segundo ele, muitos governadores que desejam a implementação de aeroportos e rotas em seus Estados precisam adotar medidas como a desoneração do ICMS e incentivos à compra de equipamentos para aviões para atrair investimentos.

Sobre a concessão de aeroportos, Jobim vislumbrou que o país terá um modelo misto, com a iniciativa privada bancando os investimentos nos aeroportos situados em grandes centros, que têm maior rentabilidade. É o caso por exemplo, da ampliação de Viracopos, em Campinas, e de um novo aeroporto em São Paulo.

"Vamos avaliar caso a caso. Para Viracopos, por exemplo, a melhor solução parece ser o setor privado. Vamos testar. A criação do novo aeroporto de São Paulo também. A iniciativa privada investe. Não há gastos, e há atendimento das necessidades", destacou.

O ministro ponderou que diferentes modelos poderiam ser adotados nas diversas regiões do país.

"Para alguns outros setores, pode-se estabelecer que fica com um aeroporto, e tem que cuidar de outros dois. Não há nenhum modelo ótimo ou bom a priori, existem modelos que poderão funcionar para uma área do país, e outros para determinada área", completou.

Fonte: Folha Online - Foto: ceraunavolta.wordpress.com

Equador recebe avião presidencial fabricado pela Embraer

Enquanto recorre à Câmara de Comércio Internacional para não pagar dívida de US$ 286,8 milhões ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o presidente do Equador, Rafael Correa, recebeu neste sábado (13) o avião Legacy 600, fabricado Embraer, que usará em suas viagens.

Com a compra do avião, que será utilizada para viagens internas e internacionais, "se evitará o alto o custo de aluguel de aeronaves privadas, sobretudo para vôos internacionais", justificou o Governo equatoriano.

Outra das razões da compra, acrescentou a Presidência, foi a necessidade constante da comunicação presidencial, já que atualmente o governante, Rafael Correa, permanece "isolado nas viagens longos e este fator resulta prejudicial para as atividades do líder e para o Estado em geral".

O avião conta com internet e videoconferência, indicou a nota, especificando que o aspecto da segurança também foi levado em conta no momento de escolher a aeronave, "já que conta com a tecnologia mais moderna nesta área".

O ministro da Defesa, Javier Ponce, recebeu oficialmente a aeronave na qual chegaram Miguel Carvajal, vice-ministro da Defesa e Diego Jaramillo, secretário-geral da Presidência da República.

O Embraer Legacy 600 tem capacidade para 13 passageiros e sua velocidade máxima é de 840 km/h.

Seu alcance sem escalas é de 6.019 quilômetros, podendo ir de Quito ou Guayaquil a toda América do Sul e até o sul do Canadá sem escalas e à Europa com uma só escala, acrescentou a Presidência.

Fonte: EFE - Foto: Stahlkocher

Paquistão acusa Índia de violar seu espaço aéreo e Nova Délhi nega

O governo do Paquistão acusou a Índia de ter violado seu espaço aéreo, no momento em que o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, tenta mediar uma rápida intervenção diplomática para suavizar a crise entre as potências nucleares, depois dos atentados de Mumbai.

A Índia negou a acusação na manhã deste domingo e afirmou que nenhum avião do país sobrevoou o território paquistanês.

Nova Délhi acusa os 10 terroristas responsáveis pelos atentados de Mumbai de serem procedentes do Paquistão e exise que Islamabad extradite 40 terroristas.

Islamabad prendeu nos últimos dias várias pessoas ligadas ao Lashkar-e-Taiba (LeT), o grupo islamita extremista paquistanês acusado pela Índia, ao mesmo tempo que Nova Délhi descartou a possibilidade de um novo conflito com o Paquistão, país com o qual já travou três guerras desde a independência das duas nações, em 1947.

No entanto, a ministra da Informação do Paquistão, Sherry Rehman, afirmou que no sábado a aviação militar obrigou em duas ocasiões um avião militar indiano a retornar para a Índia.

O Exército paquistanês afirma que a aeronave indiana sobrevoou a parte administrada pelo Paquistão da Caxemira, uma região himalaia que os dois países disputam, e a cidade de Lahore.

Nova Délhi desmentiu categoricamente que tenha violado o espaço aéreo paquistanês.

"Não houve nenhuma violação do espaço aéreo, como nos acusam", declarou o porta-voz da aviação militar indiana, comandante Mahesh Upasani.

Fonte: AFP

Aeroporto dos Amarais está no pacote das privatizações

Governo do Estado de S. Paulo pretende transferir a gestão do aeroporto campineiro para a iniciativa privada

O Aeroporto dos Amarais, em Campinas, vai integrar um novo pacote de privatização do governo do Estado. Depois das estradas, o governo pretende transferir a administração dos 31 aeroportos estaduais espalhados pelo Interior à iniciativa privada, por meio de Parceria Público-Privada (PPP).

Nesta semana, o governo encaminhará o projeto ao Comitê Gestor de PPPs e a estimativa é de que as audiências públicas possam ter início em janeiro. Usuário dos Amarais esperam que a concessão traga investimentos ao aeródromo local, que até hoje, por falta de recursos, não pode ter pousos e decolagens noturnos porque a pista não é balizada, ou seja, não tem iluminação.

A intenção do governo é fazer as concessões por agrupamentos de aeroportos, de forma que aqueles com maior movimento possam “financiar” os deficitários. Amarais é um dos deficitários. No ano passado, 37.963 pousos e decolagens ocorreram no aeródromo de Campinas e 20.442 passageiros passaram pelo local. Em 2008, até outubro, as estatísticas do Departamento de Aviação Civil do Estado de São Paulo (Daesp) apontam para 37.772 pousos e decolagens, e 37.772 passageiros.

Apenas três aeroportos estaduais — Ribeirão Preto, São José dos Rio Preto e Presidente Prudente — são lucrativos. Todos os demais dão prejuízo. O governo entende que os aeroportos localizados no Interior promovem o desenvolvimento econômico regional, mas que é necessário desencadear ações visando diminuir o custo logístico de insumos e, assim, tornar o escoamento de produtos industrializados de alta tecnologia ainda mais eficiente. Para isso, é preciso investir em infra-estrutura que possibilite duplicar a participação do modal aeroviário no transporte de cargas. O governo acredita que a iniciativa privada poderá fazer isso com competência.

A Secretaria de Estado dos Transportes informou, pela assessoria de imprensa, que o projeto que prevê a licitação envolve todos os 31 aeroportos sob jurisdição do Departamento Aeroviário do Estado (Daesp). Preliminarmente, estuda-se o agrupamento desses aeroportos por região, liderados pelos de maior movimento, como os de Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Presidente Prudente.

Pela proposta, o vencedor da PPP arcaria com a administração dos menores, dentro do mesmo lote. Segundo a Secretaria de Transportes o que é importante destacar nesse processo é o estabelecimento dessa parceria com o Estado. No modelo a ser adotado, em princípio, quem exigir a menor contrapartida do Estado será o ganhador.

Em caso de aprovação no Comitê Gestor, o projeto será tema a ser discutido também junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A partir do resultado, as audiências públicas estão previstas para janeiro do próximo ano, quando serão detalhados o projeto e o modelo a ser adotado.

O NÚMERO

1,2 mil METROS é a extensão da pista do Aeroporto dos Amarais

Presidente espera mais aviões e passageiros

Expectativa é de que investimentos tornem local alternativa a Congonhas

A privatização do Aeroporto dos Amarais poderá significar melhorias significativas no aeródromo e, com isso, atrair o movimento de aeronaves de pequeno e médio porte, e passageiros que hoje utilizam o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, segundo o presidente do Aeroclube do Amarais, Fábio Peres.

O aeroclube é uma instituição filantrópica voltada ao desenvolvimento da aviação e uma de suas missões é a formação de pilotos. Ele existe desde 1939 e tem o comodato de uso de alguns hangares, da pista e áreas do aeroporto

A privatização desse aeródromo é vista com muita expectativa pelo presidente do aeroclube. Segundo, por falta de investimentos, não é possível fazer pousos e decolagem no período noturno porque a pista de 1,2 mil metros não é balizada, ou seja, não tem iluminação para poder operar à noite. “O aeroporto necessita de investimentos, precisa de pista balizada, cerca adequada, bombeiros, mas isso é muito custoso e, hoje, o que é arrecadado não é suficiente para suprir as necessidade”, disse Peres.

Em 2006, o governo anunciou investimentos de R$ 11 milhão nos Amarais, para a construção de acesso viário interno, implantação de balizamento noturno dos sistemas de pista, iluminação do pátio de aeronaves e farol rotativo.

O balizamento até hoje não saiu. Peres informou que a Prefeitura vai arcar com o custo da troca de postes, mas que o Estado ainda não liberou verbas para a iluminação noturna, que é cara, porque toda a fiação precisa ficar enterrada.

“Quem assumir os Amarais vai certamente torná-lo lucrativo e isso significa que os investimentos acontecerão”, disse o presidente. O aeroclube tem hoje cerca de 300 sócios e está com um programa de revitalização que inclui 12 aeronaves.

Fonte: Cosmo On Line - Foto: Hudson Sa

Simulador de vôo é réplica fiel de aeronave

Aluno concentrado na aula de simulação de vôo. Aprendiz encara condições adversas e se sente dentro de um verdadeiro avião

Voar sempre foi o sonho de praticamente todo garoto que, brincando no quintal de casa, ficou encantado com um avião cruzando o céu. E para concretizar esse sonho de menino, não é necessário nem tirar os pés do chão. Em Goiânia, no Aeroclube de Goiás, ao lado do Aeroporto Santa Genoveva, é possível conhecer o mundo sem sair do lugar, com o simulador de vôo DSV-Harpya Flight Training. Se, por acaso, ainda se sentir inseguro, ainda tem o direito de navegar ao lado de um co-piloto experiente. A única restrição é ter acima de dez anos.

Para fazer cumprir as rotas, os pilotos virtuais utilizam programas simuladores de vôo para computadores. O mais usado é o Flight Simulator 98, da Microsoft, associado a arquivos adicionados ao jogo. Toda essa aproximação com a realidade tem atraído muita gente leiga no assunto e, inclusive, vem sendo utilizado nos cursos de pilotagem. "A ferramenta desperta a vontade de estudar a ciência da aeronáutica, e melhora o desempenho na escola, na comunicação e na coordenação psicomotora", garante o proprietário da empresa Harpya, Jacir Silva, 67, que, há 10 anos, está no mercado prestando serviços na área da aviação goiana, ao lado do sócio Márcio Amaral, 56.

O simulador tem a mesma configuração de uma aeronave monomotora, com capacidade de navegar por instrumentos, e numa situação de chuva e pouca visibilidade, por exemplo, pode aproximar-se de um aeroporto orientado pelos equipamentos de ajuda ao pouso. Pode ser simulado também o vôo noturno, contra o sol, com ofuscamento da luz, sob chuva de granizo, rajadas e tesouras de vento e até as falhas de motor, pane seca (sem gasolina), nuvens, pôr do sol e até arrancamento de asas por excesso de velocidade. "Na cabeça do aluno, ele está voando e realizando as mesmas coordenadas de um piloto experiente", destacou Jacir.

Vôo simulado

Os simuladores de vôo existem desde o princípio da aviação e são imprescindíveis na formação e treinamento de pilotos. Existem diversos níveis de simuladores. Os mais simples podem ser mesmo o jogo Flight Simulator; os mais complexos são tão reais que o piloto pode sair direto do simulador e pilotar um avião sem nunca ter entrado em um, a não ser na cabine de simulação. "Quem não conhece o Flight Simulator acha que é um simples jogo de computador e acaba enjoando. Com o DSV-Harpya Flight Training, tudo fica mais próximo do real", confirma Jacir.

No Brasil, existem poucos lugares que possuem simuladores de grande porte. Na categoria de pequeno porte, o Aeroclube de Goiás é o único no Brasil que possui um que é considerado réplica fiel da aeronave. Esse atributo proporciona muito realismo ao treinamento, muita adrenalina e satisfação de voar em qualquer parte do mundo, mesmo que na virtualidade.

Fonte: Bruno Félix (Diário da Manhã)

sábado, 13 de dezembro de 2008

Fórum propõe maior integração da aviação na área de segurança pública

Usar a aviação para combater a criminalidade e prestar serviços população. Esse é o foco das discussões do Fórum Nacional de Segurança Pública que aconteceu nos dias 12 e 13 em Brasília. Representantes de comandos militares, agências reguladoras e órgãos técnicos discutirão a estruturação de um sistema nacional de policiamento aéreo. O fórum é coordenado pela secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça.

De acordo com o coordenador do fórum, major Gonçalves, o objetivo é integrar a aviação das Polícias Civis e Militares e do Corpo de Bombeiros de todos os estados.

Agimos hoje de forma descentralizada. Cada estado cria a sua aviação estadual, com a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Civil, independentemente, sem se integrarem. A União está fazendo um esforço por meio desse fórum e de outros que virão para integrar essa atividade, explicou.

Gonçalves também disse que as aeronaves podem atender população de forma mais rápida e com mais segurança.

O trabalho que essas aeronaves vão fazer é de resgate, aeromédico, o rádio patrulhamento aéreo, o apoio s ocorrências. A aeronave é uma plataforma de observação pois tem uma visão completa do local, de um acompanhamento de um carro em fuga, de uma fiscalização ambiental, do trabalho no combate a incêndio florestal, disse.

Ele citou como exemplo prático a atuação de aeronaves de segurança pública em Santa Catarina, logo após as enchentes. No estado, 23 aviões e helicópteros foram usados no resgate de pessoas.

Lá foram empregadas 23 aeronaves de segurança pública e foram resgatadas 2 mil pessoas e só feito por helicóptero porque não tinha outro meio, barco não chegava, carro não chegava, afirmou.

Fonte: Agência Estado

Rachadura em vidro causou pouso forçado de avião do Exército espanhol

Uma rachadura no vidro de uma janela do Boeing 707 do Exército espanhol que leva ajuda humanitária ao Afeganistão foi a causa da aterrissagem forçada de hoje (13) em Nápoles (Itália), informaram fontes do Ministério da Defesa espanhol.

O problema no vidro causou a despressurização na cabine do Boeing 707, no qual viaja o chefe do Estado-Maior da Aviação espanhola, general José Jiménez Ruiz, junto com representantes das empresas que doaram mais de 50 toneladas de brinquedos, roupa e comida para a população de Herat (Afeganistão).

Esta incidência foi controlada pelos pilotos da aeronave, que decidiram realizar um pouso de emergência em Nápoles, sem que fosse registrasse nenhum dano entre os passageiros, informou o ministério, em comunicado.

A maior parte do material humanitário doado, acrescentaram as fontes, foi transportado à zona de forma progressiva em outros vôos, que aconteceram antes.

O Ministério da Defesa espanhol, ao saber do incidente, que ocorreu na madrugada de hoje, decidiu enviar um segundo Boeing 707 a Nápoles, que já decolou da cidade italiana.

Fonte: EFE

Anac contesta questionamento da TAM sobre favorecimento à Azul Linhas Aéreas

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) contestou, nesta sexta-feira, o questionamento feito pela companhia aérea TAM, que considerou que houve favorecimento à concorrente Azul Linhas Aéreas na concessão de Horários de Transporte (Hotran, que autoriza a rota e o horário de operação) para destinos que a Azul começará a operar no dia 15 de dezembro, partindo de Viracopos para Porto Alegre, Salvador, Curitiba e Vitória (estes dois últimos, começam a operar somente em janeiro de 2009).

A TAM reclama que estes horários de vôos foram autorizados em um tempo muito rápido (sete dias), enquanto o prazo médio costuma ser de 30 dias. De acordo com o diretor da Anac Marcelo Guaranys, não há nenhum favorecimento e o trabalho da agência é o de tornar mais ágil os processos de autorização.

No caso da Azul, por estar operando em um aeroporto menos congestionado e ter optado por rotas sem escalas, o processo exigiu menos consultas, diz a Anac. Um levantamento feito pela agência aponta que, do dia 22 de outubro até hoje, dez Hotrans para vôos da TAM foram aprovados em até quatro dias, sendo que um deles no mesmo dia de entrada do pedido na agência reguladora. Os destinos para estes Hotrans não foram divulgados.

- Todas as empresas sabem que a Anac está se esforçando para desburocratizar seus processos. Justamente para oferecer mais agilidade nos negócios de todas as companhias aéreas, de forma mais igualitária. A própria TAM foi beneficiária desse esforço em várias solicitações. Por isso causa estranheza esse questionamento da TAM - disse Marcelo Guaranys, diretor da Anac.

A assessoria de imprensa da Gol informou que entregou um questionamento formal à Anac, onde pergunta quais são os critérios de concessão de Hotrans pela agência reguladora e não necessariamente uma cobrança quanto à concessão de Hotrans à Azul. Procurada, da TAM preferiu não comentar o assunto.

Fonte: O Globo

Com aviões de US$ 30 mi, Azul busca ampliar setor aéreo

Em cerimônia que teve dupla de rappers e algodão doce azul, a Azul Linhas Aéreas recebeu na noite da quinta-feira o primeiro avião Embraer 195 de uma encomenda inicial de 36 aeronaves. O modelo, que nunca fez parte da frota de empresas brasileiras, tem preço unitário entre US$ 30 milhões e US$ 33 milhões. Para o proprietário da Azul, David Neeleman, um dos objetivos principais da companhia é ampliar do número de viajantes no Brasil, com tarifas mais baixas e vôos sem escalas, que começam a operar na próxima segunda-feira.

A Azul recebeu uma placa comemorativa da Embraer

"No mês passado o setor aéreo diminuiu 1%. Acreditamos que o mercado brasileiro é pequeno demais porque não tem ligações entre cidades. Com tarifas mais baixas, próximas das de ônibus, as pessoas vão viajar mais", afirmou Neeleman, que citou um possível crescimento de 600% no número de passageiros na rota Campinas-Salvador - a primeira a entrar em funcionamento junto a Campinas-Porto Alegre.

A empresa aérea começa a operar com três aviões Embraer 190, arrendados da JetBlue - também fundada por Neeleman -, com base inicial em Campinas, no interior paulista. Em janeiro, a Azul deve ganhar mais duas rotas- para Curitiba e Vitória - e aguarda decisão da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para ter o direito de operar no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, até 19 de dezembro.

Segundo o CEO da aérea, Pedro Janot, a previsão é ter até a metade do próximo ano saídas do Rio de Janeiro para 22 duas cidades brasileiras, entre elas, Uberlândia, Londrina, Aracaju, São José do Rio Preto, Cabo Frio, Florianópolis e Campo Grande. "A Azul não vai ter grandes pontos de concentração. Vamos ter minihubs e o Santos Dumont vai ser um deles", afirmou.

Já para o público da capital paulista, a empresa vai disponibilizar ônibus até Campinas, enquanto a Anac não faz o remanejamento de slots no aeroporto de Congonhas - o que deve demorar de seis a oito meses, segundo Neeleman. "O processo está sob consulta na Anac. Tem 95% dos slots de Congonhas nas mãos de dois concorrentes, mas isso vai demorar ainda", apontou.

Motivo de festa na noite da quinta-feira, o primeiro avião novo da Azul é também o primeiro que a Embraer entrega a uma aérea nacional. Para o diretor-presidente da Embraer, Frederico Curado, ficar fora do mercado brasileiro sempre foi uma questão incômoda. "Não adiantava exportar para quase 40 países, sendo que não tínhamos cliente no Brasil", disse Curado, durante a cerimônia em um galpão da empresa em São José dos Campos.

O Embraer 195 é o mais novo modelo da empresa brasileira e, assim como o 190, é equipado com apenas duas fileiras de assentos dispostos em pares, com capacidade para 118 passageiros. Segundo a Embraer, a aeronave tem autonomia para voar qualquer rota entre duas capitais do País sem escalas, com um sistema individual de televisão ao vivo, que só deve estar disponível no final de 2009.

Crédito

Segundo Janot, Azul, Embraer e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), trabalham em um projeto para viabilizar os próximos financiamentos. "O BNDES sabe exportar aeronaves, mas não sabe vender para o mercado interno. Estamos trabalhando a seis mãos para finalizar o projeto até dezembro", disse o diretor-presidente da aérea, que ressaltou a dificuldade em conseguir crédito por conta da crise global.

"Conseguimos equilibrar nosso financiamentos e ainda não houve mudança nos planos. Os bancos estão mais exigentes, pedem documentos que nunca pediram antes. Nossa projeção é ter 16 aviões até o final de 2009 e depois um avião por mês", afirmou Janot. No entanto, o idealizador da companhia acredita que o momento é bastante propício para iniciar as atividades.

"Há alguns meses tínhamos o barril (de petróleo) a US$ 150. Mesmo com a dificuldade de financiar aviões por causa da crise, agora é muito melhor por causa do preço do combustível", explicou Neeleman. "Essa é minha quarta empresa aérea e o melhor time com o qual já comecei. É um momento difícil, mas vamos ampliar este mercado", completou.

Nova aérea brasileira recebeu seu primeiro Embraer 195 de uma encomenda de 36 aeronaves

Fonte: Peter Fussy (Invertia) - Foto: Marcelo Pereira (Terra)

TAM prepara devolução de último MD-11

A aeronave MD-11, prefixo PT-MSJ deixará de voar com as cores da companhia

A TAM se despede nos próximos dias do último MD-11 de sua frota. A aeronave de prefixo PT-MSJ foi recebida pela TAM em março de 2007, por meio de um contrato de arrendamento de curto prazo com a Boeing Capital Corporation (BCC), que envolveu a entrega de três MD-11, para serem utilizados até a chegada dos modernos Boeing 777-300ER. O primeiro 777 foi incorporado à frota da TAM em agosto deste ano.

O MD-11 da TAM está sendo utilizado atualmente pela companhia na rota entre São Paulo e Paris. A última viagem da aeronave pela TAM está programada para hoje, dia 12. Com o encerramento das operações deste MD-11, a TAM passa a voar para Paris exclusivamente com aeronaves Airbus A330, mais modernas e com custo operacional mais baixo.

A devolução do MD-11 reforça a política da empresa de operar uma frota com baixa idade média, oferecendo mais conforto aos passageiros, dentro da estratégia de Excelência de Serviços, um dos três pilares que fundamentam a atuação da companhia, junto com a Excelência Técnico-Operacional e a Excelência de Gestão.

Desde o início de 2008, a TAM passou a operar no mercado doméstico com frota monofleet, integrada exclusivamente por aeronaves Airbus. A companhia possui um plano de frota de longo prazo consistente e flexível para sustentar a expansão nos mercados internacional e doméstico. A estimativa para o fim de 2013 é ter 151 aviões em operação.

Fonte: Brasilturis - Foto: Anthony Guerra (Airliners)

Ministério Público responsabiliza mais três funcionários da TAM por acidente em Congonhas

O Ministério Público Estadual apresentou nesta sexta-feira, em São Paulo, a conclusão do inquérito sobre o acidente aéreo com o vôo 3054 da TAM, que matou 199 pessoas em 2007, e encaminhou um parecer ao Ministério Público Federal - que assume o caso a partir de agora - sugerindo a responsabilidade de outros três funcionários da TAM pela tragédia: o vice-presidente de operações da empresa, Alberto Fajerman; Orlando Bombini Junior, chefe de pilotos da TAM; e Alex Frischmann, chefe de equipamento do Airbus 320 da TAM.

No parecer, o Ministério Público Estadual também exclui dois funcionários da Infraero (estatal que administra os aeroportos) da lista dos apontados pela Polícia Civil como responsáveis pelo acidente : Agnaldo Molina Esteves e Esdras Ramos, funcionários da Infraero responsáveis pela liberação da pista do aeroporto de Congonhas no dia do acidente.

Segundo o promotor Mário Luiz Sarrubbo, responsável pelo caso, os funcionários da Infraero apenas cumpriam ordens e não podem ser culpados pelo acidente. Ele afirmou ainda que o Ministério Público Federal assumirá o caso por, segundo ele, se tratar de um crime contra a União.

TAM informou, por meio de sua assessoria, que não irá comentar o caso, já que as investigações ainda estão em andamento.

Além dos três funcionários da TAM, outros oito nomes continuam na lista de responsáveis do Ministério Público Estadual:

- brigadeiro José Carlos Pereira, ex-presidente da Infraero;
- Milton Zuanazzi, ex-presidente da Anac;
- Luiz Kazumi Miyada, superintendente de infra-estrutura aeroportuária da Anac;
- Marcos Tarcísio Marques dos Santos, responsável pela superintendência de segurança operacional da Anac;
- Jorge Luiz Brito Velozo, responsável pela superintendência de segurança operacional da Anac;
- Denise Abreu, ex-diretora da Anac;
- Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro, diretor de segurança de vôo da TAM;
- Abdel Salam Abdel el Salam Rishk, ex-gerente de engenharia de operações da TAM;

Eles chegaram a ser indiciados pela Polícia Civil em novembro, mas no último dia 24 o juiz Hélio Narvaez, da 1ª Vara Criminal do Fórum do Jabaquara, em São Paulo, anunciou a suspensão do indiciamento.

A Promotoria sugeriu o indiciamento dos apontados como responsáveis por atentado contra a segurança dos transportes aéreos, cuja pena máxima para cada um poderia chegar a seis anos de prisão.

Causas

Segundo o promotor Sarrubbo, o principal fator que provocou o acidente foi o fato de a manete (alavanca que controla a potência dos motores) da turbina direita estar em posição de aceleração no momento do pouso.

Além disso, o Ministério Público Estadual inclui como fatores que teriam contribuído com o acidente as más condições da pista no dia da tragédia e, segundo ele, o mau gerenciamento da Anac, da Infraero e da TAM.

"Há indícios de que o acidente não teria ocorrido se a forma [regulamento] da Anac fosse cumprida e fiscalizada. A aeronave não deveria ter ido para o aeroporto de Congonhas com a manete assimétrica", afirmou Sarubbo.

Segundo ele, foi constatado que em vôos anteriores as manetes de outras aeronaves também estavam na posição errada, e não há indícios de por que não foram tomadas providências.

Acidente

Na noite do dia 17 de julho do ano passado, o Airbus da TAM que fazia o vôo 3054 tentou aterrissar no aeroporto de Congonhas (zona sul de São Paulo), não conseguiu e se chocou com um depósito da companhia aérea do outro lado da avenida Washington Luís, em frente à pista principal do aeroporto.

Nos 16 meses seguintes, 336 pessoas foram ouvidas, entre familiares, controladores de tráfego aéreo, aeronautas, entre outras pessoas.

Fonte: Folha Online