"É possível", declarou o titular à ANSA. "Sabemos que existem relações de colaboração entre anarquistas gregos e italianos. Precisaremos verificar se existiu um envolvimento de italianos nestes últimos episódios", acrescentou ele.
O ministro destacou que "há um clima tenso já há algum tempo, não é de hoje, e contra Berlusconi continua uma polêmica sem fim que poderia favorecer estes atos" -- recentemente, o premier se viu em meio a denúncias de ter interferido para libertar da prisão uma menor de idade com quem teria tido envolvimentos.
Maroni informou que foram intensificados os controles aéreos na Itália. "Falei com o chefe da polícia, Antonio Manganelli, e com o presidente do Enac [Ente Nacional para a Aviação Civil], Vito Riggio, e decidimos intensificar os controles nos aeroportos", explicou.
Apesar disso, o funcionário assinalou que "não foi adotada nenhuma restrição para os voos provenientes de países em risco como o Iêmen. Depois veremos se isso será necessário". Na segunda-feira "acontecerá uma reunião dos ministros do Interior europeus em Bruxelas, na qual será abordado o risco de terrorismo", completou ele.
Por sua vez, os serviços secretos italianos estão "avaliando" o episódio do pacote-bomba enviado a Berlusconi e que foi descoberto na noite de ontem em um avião de carga que ia de Atenas a Paris. O artefato se incendiou quando as forças de segurança começaram a manipulá-lo, no aeroporto de Bolonha.
Um pacote semelhante foi mandado à chanceler alemã, Angela Merkel. Também foram destinados artefatos do tipo às embaixadas de México, Rússia e Chile em Atenas, e a duas comunidades judaicas de Chicago, entre outros destinos. Na Grécia as autoridades suspenderam por 48 horas todos os fretes aéreos internacionais para verificações.
A procuradoria de Bolonha abriu uma investigação relacionada a introdução no território italiano de material explosivo e por atentado com finalidade de terrorismo ou atos violentos.
Fonte: DCI