“Nenhuma região do mundo está a salvo do vírus da gripe suína”, disse nesta segunda-feira o “número 2” da Organização Mundial da Saúde (OMS), Keiji Fukuda. “Em uma época em que as pessoas viajam de avião muito rapidamente através do mundo, não há nenhuma região em que o vírus não possa se expandir”, disse Fukuda durante teleconferência na sede da OMS, em Genebra, na Suíça.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) elevou de 3 para 4 o nível de alerta de risco de pandemia de gripe suína em uma escala que vai de um 1 a 6, informou a agência japonesa de notícias Kyodo News citando uma fonte não identificada na entidade.
O nível 4 de alerta significa que a OMS confirmou a eclosão de um novo surto de influenza com evidências de aumento das transmissões entre humanos, prosseguiu a agência.
A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, depois de uma segunda reunião emergencial com especialistas em gripe suína, decidiu elevar o nível de alerta, escreveu a Kyodo em seu despacho.
A segunda reunião emergencial da OMS estava originalmente prevista para a hoje, mas foi antecipada para ontem depois do número de mortes suspeitas da doença ter chegado a 149 no México.
O número de infecções nos Estados Unidos subiu para 40 e seis casos foram reportados no Canadá, segundo a OMS. Também houve um caso confirmado na Espanha. Há ainda casos suspeitos na Alemanha, na França, na Itália, na Nova Zelândia, na Suíça e no Peru.
A escala de alerta da OMS tem seis níveis. Se o alerta chegar ao estágio 5, e eventualmente ao 6, a doença já seria caracterizada como “pandemia”, com característica de “infecção disseminada de humano para humano”, afirma nota explicativa no site da OMS.
O nível de alerta anterior era o 3, caracterizado por infecções predominantemente em animais, com poucos casos em humanos. Ao atingir o estágio 4, a doença passa a ser considerada como de “transmissão sustentada de humano para humano”, com possibilidade de causar “propagações a nível comunitário” .
Nesse estágio já há aumento significativo no risco de uma pandemia, mas não necessariamente significa que a pandemia seja uma conclusão determinada.
Os estágios mais elevados do alerta são o 5 e o 6. No estágio 5 há propagação disseminada do vírus de humano para humano em pelo menos dois países de uma região.
Ainda que muitos países não tenham sido afetados, “a declaração de fase 5 é um forte sinal de que uma pandemia é iminente e que o tempo para finalizar a organização, comunicação e implementação de medidas planejadas de alívio é curto”, afirma nota explicativa no site da OMS.
No estágio 6, o mais elevado, há propagações em nível comunitário em pelo menos mais outro país de uma região diferente, além das características definidas na fase 5. “A designação desse estágio, significa que uma pandemia global está em andamento”, explica a nota no site da OMS.
Fonte: Agência EstadoPossível caso de doença fecha escola nos EUAUma escola da Califórnia fechou nesta segunda-feira (27) depois que um aluno adoeceu com possíveis sintomas da gripe suína, no que seria o oitavo caso confirmado da doença no Estado norte-americano.
A Escola Católica Saint Mel, de Fair Oaks, subúrbio de Sacramento, permaneceu fechada enquanto amostras do aluno são submetidas a análise do Centro de Prevenção e Controle de Doenças. Autoridades de saúde da Califórnia dizem estar investigando outros 12 possíveis casos.
A Califórnia já confirmou sete casos dessa gripe, que matou até 149 pessoas no México e ameaça provocar uma pandemia. Todos os casos da Califórnia envolveram formas mais benignas da doença.
“Estamos próximos de poder confirmar um oitavo caso, e estamos acompanhando, segundo minha informação, cerca de uma dúzia de casos adicionais na Califórnia”, disse para jornalistas Mark Horton, diretor do Departamento de Saúde Pública da Califórnia.
O aluno do sétimo ano, que não foi identificado, já passou por exames locais que apontaram contaminação pelo vírus “influenza” tipo A, de acordo com Kerry Shearer, porta-voz da Divisão de Saúde Pública de Sacramento.
Todos os sete casos confirmados na Califórnia ocorreram nos condados de San Diego e Imperial, fronteiriços com o México.
Fonte: G1