segunda-feira, 8 de junho de 2009

Mais de 10 mil abelhas vão parar em asa de avião nos EUA

Problema foi resolvido após a chegada do perito em abelhas Al Wilkins.

Ele utilizou um aspirador especialmente projetado para sugar as abelhas.

Um enxame de abelhas acabou escolhendo um lugar inusitado para "criar" sua colmeia. Elas foram parar na asa de um avião que é utilizado por uma escola de voo no aeroporto de Beverly, em Danvers (EUA), no domingo, 31/05, segundo a emissora de TV WCVB.

Perito utilizou um aspirador especialmente projetado para sugar as abelhas

Segundo a emissora, havia mais de 10 mil abelhas no avião. O proprietário da escola de voo ligou para a polícia, que chamou o perito em abelhas Al Wilkins. Ele utilizou um aspirador especialmente projetado para sugar as abelhas.

Wilkins acredita que a rainha deve ter parado para descansar no avião, enquanto as demais abelhas ficaram ao seu redor para protegê-la.

Fonte: G1 (com agências) - Imagem: Reprodução

Especialistas mostram como são feitos testes de segurança em aviões

Trabalho pode demorar quatro anos.



São testes que começam quando o avião ainda é apenas um modelo e prosseguem por anos, até que se tenha certeza de que a estrutura é absolutamente segura. Cada peça também é checada individualmente. Mas, no ar, uma aeronave enfrenta forças que nem sempre são previsíveis.

Em uma imagem disponível na internet, o avião levanta voo sob nuvens pesadas. Quando começa a ganhar altitude, é atingido em cheio por um raio. Mas segue viagem normalmente. Para enfrentar raios e tempestades e ainda resistir a acelerações brutais, a estrutura de cada aeronave precisa ser cada vez mais reforçada.

“Resiste pelo menos 50% a mais da carga para a qual ele foi previsto. Mas isso aí não dá ideia do grau de segurança. O grau de segurança é muito maior porque mesmo quebrando uma peça, o avião não cai, a não ser que aconteçam outras coisas”, aponta o ex-diretor do CTA e engenheiro aeronáutico, brigadeiro Hugo de Oliveira Piva.

Todo avião vai enfrentar várias tempestades ao longo de sua vida útil. Os que fazem a rota entre o Brasil e a Europa principalmente. Essas aeronaves passam pelo que os cientistas chamam de Zona de Convergência Intertropical. É uma área, no meio do oceano, onde os ventos que vêm do hemisfério norte encontram os ventos do hemisfério sul.

Na região, tempestades se formam rapidamente, e são alimentadas também pela água quente do mar. Este ano, os meteorologistas descobriram que a temperatura do Atlântico está um grau acima da média e que a zona de convergência se formou um pouco mais ao sul, o que explica as chuvas fora do normal no Nordeste do Brasil. Mas os que os cientistas não podem afirmar é se essas mudanças também estão tornando as tempestades mais violentas no caminho dos aviões.

“Não tem, na verdade, nada muito fora do normal. Foi uma tempestade intensa”, declara o meteorologista CPTEC/Inpe Marcelo Seluchi.

Antes de levantar voo e encarar as forças da natureza, cada aeronave é testada exaustivamente por equipes de engenheiros e pilotos especializados. Todo o processo, até que o avião esteja autorizado pelas autoridades aeronáuticas a voar, pode levar de 2 a 4 anos - dependendo do modelo.

Em túneis, partes de aviões ou maquetes deles recebem a força do vento. Os engenheiros descobrem como o será o comportamento da aeronave antes mesmo de ela ficar pronta. Outro teste é o de fadiga da estrutura. Nele, os técnicos avaliam se o avião pode ter uma vida útil até quatro vezes maior do que aquela para o qual foi projetado.

Os equipamentos forçam as asas e a fuselagem em vários pontos. Tudo é acompanhado em tempo real. Qualquer problema detectado é comunicado à fabricante do avião. Já pronto, uma aeronave nunca é entregue sem passar pelo ensaio em voo - quando é avaliada em pleno ar. Mesmo quando já está em operação, o avião pode voltar a passar por testes.

“Conforme for detectada uma pane, o avião volta”, diz o brigadeiro Hugo Piva.

O ex-diretor do Comando Geral de Tecnologia Aeropesacial, em São José dos Campos, faz uma comparação para mostrar quanto é seguro viajar de avião: “Em dois dias de trânsito, morrem 250 aqui no Brasil. Quer dizer, morre mais gente do que morreu nesse avião”.

Esses testes são feitos pelas indústrias aeronáuticas e também pela Força Aérea.

Fonte: Bom Dia Brasil (TV Globo) via G1

Empresa aprova carro voador em primeiro teste

Daqui um tempo, as leis de trânsito vão ter que ser aplicadas também lá nas nuvens. É que uma empresa norte-americana está produzindo um carro voador. O veículo - chamado de Transition - é uma espécie de híbrido que serve como avião e automóvel.

A empresa norte-americana Terrafugia, responsável pelo invento, divulgou nesta semana que o carro voador já concluiu com sucesso a primeira fase de testes. O veículo ainda precisa passar por outros três estágios antes de chegar à etapa de produção.

Conforme o site ComputerWorld, as primeiras provas consistiam em voar, dirigir, e em "transformar" de uma função à outra. O Transition já completou seis meses de testes em estradas e 27 testes de voo.

O veículo tem lugar para duas pessoas e deve custar US$ 148 mil; funciona com gasolina e voa a 185km/h. A Terrafugia está propagandeando que é o primeiro carro voador do mundo, mas aqui mesmo no Mundo Insólito já vimos outro (leia mais, abaixo).

Para conduzir o carro-avião, será preciso o certificado de piloto. E atropelar urubus dá pontos na carteira.

Fonte: André Crespani (Mundo Insólito) - Foto: divulgação

Um carro que vira avião. Que vira carro de novo



Pode parecer um conceito de máquina para o futuro, mas os carros voadores são, na verdade, coisa do passado. A prova é o artigo raro que está sendo vendido no site de leilões pela internet eBay pela "bagatela" de US$ 3,5 milhões.

Apenas seis exemplares iguais foram fabricados. O modelo é de 1956, da Molt Taylor.

No ar, a máquina atinge até 160 km/h. Na terra, basta retirar as asas e rodar numa boa. O procedimento de transformação do carro em avião dura cerca de - apenas - 5 minutos. É menos do que muito carro demora pra pegar no inverno.

Segundo Carl Felling, que adquiriu o carro voador em 1981, ele já foi pilotado pelo atual comandante cubano Raul Castro. Mas o dono adverte, conforme o G1, que a máquina não é utilizada para vôos desde 1977.

Eu que não me arriscaria a voar num carro desses!


Fonte: André Crespani (Mundo Insólito - 13/12/08) - Fotos: divulgação

Sofia de Espanha viaja por 15 euros

A rainha Sofia de Espanha (em destaque na foto) foi a Londres visitar o irmão Constantino, submetido a uma cirurgia ao coração.

Durante a estada deslocou-se a Santander para assistir à festa das Forças Armadas num avião low-cost da Ryanair, que lhe terá cobrado 15 euros pelo bilhete.

Fonte: Ana Lúcia Sousa (Diário de Notícias - Portugal)

Nota do Autor: Taí um bom exemplo para as nossas "autoridades", que costumam usar o dinheiro público para pagar passagem até para seu chefe de cozinha...

TAP preparando-se para Moscou

O aeroporto internacional de Domodedovo, em Moscou, no próximo dia 9 de junho, receberá a chegada da TAP que inicia a operação regular da nova rota entre Lisboa e a capital da Rússia, com cinco voos semanais.

Com os vôos a partir do aeroporto da Portela, a operação será segunda, quarta e quinta-feira, e também no sábado, com duas frequências. No regresso Moscou – Lisboa, os voos serão às segundas, quintas, sextas, sábados e domingos. Os horários possibilitarão conexões para vôos com destino ao Brasil. A operação será feita em equipamentos A320.

O interesse pelo novo destino mostra uma procura crescente, e até ao momento registra, uma previsão de mais de 13,6 mil reservas até ao final deste ano. A previsão da TAP com a nova linha é de transportar cerca de 40 mil passageiros por ano

Moscou é um dos mercados mais importantes e em crescimento no Leste Europeu, tanto para o tráfego de negócios como de turismo e a grande aposta da companhia entre as novas rotas deste ano.

Para o Brasil também será uma destinação de boas possibilidades. Com esta nova rota a TAP oferecerá aos brasileiros as melhores ligações entre a Rússia e o Brasil, com os horários mais convenientes, diretamente com oito capitais brasileiras no total de 67 frequências semanais. O Ceará, por exemplo, já está acelerando a sua promoção no país e em outras regiões do Leste da Europa, já que Varsóvia, na Polônia, também será outro destino da TAP.

Fonte: Brasilturis

Avião servirá para combate a incêndio em Resende (RJ)

Durante a entrega do avião foi realizada uma simulação de incêndio envolvendo uma aeronave

A Diretoria de Ordem Pública anunciou ontem a conclusão dos serviços de recuperação de um veículo destinado a combater incêndios aeronáuticos. Conhecido como auto hidroquímico, o avião C195DBC, prefixo PT-ZSO, foi doado há cinco anos ao Aeroporto Municipal pela Infraero. O veículo passou por uma recuperação completa em abril e foi entregue à direção do aeroporto na semana passada. Os serviços foram feitos pela empresa Clariant S/A.

Segundo o diretor de Ordem Pública, José Antônio dos Santos, o Ed Murph, durante a entrega do avião foi realizada uma simulação de incêndio envolvendo uma aeronave. O carro recuperado fará parte da futura Brigada de Incêndio do Aeroporto Municipal, que será construída em breve. Após cinco anos parado e sem manutenção, o auto hidroquímico passou por uma revisão completa que incluiu a recuperação do sistema de sucção, a troca de válvulas do sistema de espuma química, o carregamento do cilindro de nitrogênio e a eliminação de vazamentos, entre outros. “A recuperação foi feita pela unidade da Clariant em Resende, através do Plano de Auxílio Mútuo da Região das Agulhas Negras (PAM-RAN)”, diz Ed Murph, salientando que esse plano reúne entidades governamentais e empresas das cidades de Resende e Porto Real com o objetivo de promover a colaboração mútua para atendimentos em situações emergenciais de grande porte. “A manutenção deste veículo fez parte de uma preocupação da administração do prefeito José Rechuan, não só no sentido de recuperar um patrimônio público que estava sendo perdido, mas também para garantir a operacionalidade do aeroporto que é muito importante no desenvolvimento do município”, comenta.

Para o administrador operacional do aeroporto, Nélio Sampaio, a criação da Brigada de Incêndio vai ajudar a atrair novos voos para Resende, na medida em que torna o Aeroporto Municipal apto a receber alguns voos comerciais. “Um dos principais questionamentos da maioria das empresas, quando da implementação de linhas regulares, é justamente a existência de uma Brigada de Incêndio no aeroporto, daí a importância da criação desse serviço”, lembra.

O coordenador da brigada, Lindomar Miranda, diz que o local a ser escolhido para a instalação dela deverá ficar às margens da pista de pouso e decolagem. “Além da instalação da brigada, o efetivo será composto por dez homens que passarão por treinamento especializado para combate a incêndio aeronáutico nos próximos meses”, diz.

Fontes: Jornal A Voz da Cidade / ANAC - Foto: divulgação

MAIS

O Aeroporto de Resende está localizado na cidade de Resende, região Sul do estado do Rio de Janeiro. O Aeroporto de Resende está autorizado para operar com aeronaves de até 50 passageiros. Ele conta com pista asfaltada de 1300 metros, pátio de estacionamento para aeronaves e terminal de passageiros.

O aeroporto foi construído em 1941, sendo um dos mais antigos aeroportos do Brasil. Atualmente é o único aeroporto nestas condições operacionais no Vale do Paraíba Fluminense. No momento nenhuma linha de transporte aéreo regular está operando em Resende por falta de instrumentação, sendo frequentemente utilizado por particulares, empresas locais, treinamentos militares e visitas de autoridades à região.

O aeroporto ainda serve como base para o "Aeroclube de Resende" e para o "Clube Skydive Resende" de pára-quedismo, e é administrado pela prefeitura do município.

Clique aqui e leia mais sobre o Aeroporto de Resende.

Fonte: Wikipédia

Noivos norte-americanos vão se casar com gravidade zero

'Será o 1º casal a se casar com gravidade zero', diz empresa.

Cerimônia será realizada em um Boeing 727-200 modificado.


Os noivos norte-americanos Noah Fulmor e Erin Finnegan pretendem se casar ainda neste mês. Mas, como não queriam uma cerimônia tradicional, eles decidiram trocar as alianças com gravidade zero.

Erin Finnegan mostra para o noivo Noah Fulmor o vestido que ela vai usar no casamento

No momento de dizer "sim", eles deverão estar provavelmente flutuando. A cerimônia será realizada durante um voo em Boeing 727-200 modificado, no dia 20 de junho, no Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral (EUA).

"Será o primeiro casal a se casar com gravidade zero", disse a empresa "Zero Gravity", que oferece os voos. Richard Garriott, filho de um astronauta, será o responsável pela cerimônia de casamento.

Embora os noivos tenham que tomar cuidado para que os anéis não "fujam" flutuando, a empresa garante que Noah Fulmor e Erin Finnegan não vão sofrer qualquer arranhão durante a cerimônia, já que o avião conta com paredes acolchoadas.

Fonte: G1 (com agências) - Foto: Stan Honda (AFP)

Alunos recuperam antigo avião em Portugal

Pintar até foi fácil

Cinco alunos da Escola Secundária Gago Coutinho em Alverca do Ribatejo, em Portugal, arregaçaram as mangas e decidiram recuperar um avião que se encontra naquela escola há vários anos.

Em duas semanas, Luís, Tiago, João, Catarina e Diana conseguiram fazer, o que durante mais de dez anos, escola, Força Aérea Portuguesa (FAP) e autarquias, nunca fizeram. Os jovens “meteram” mãos aos panos, à lixa, à tinta e ao verniz, e deram “uma nova cara” ao símbolo da escola.

Oferecido pela FAP (Força Aérea Portuguesa) à secundária, o T-37 apresentava sinais visíveis de desgaste e deterioração, que comprovavam a falta de limpeza e conservação da estrutura que foi sendo “esquecida” por todos ao longo de mais de uma década.

Agora que a obra está pronta, confessam que o mais difícil não foi pintar mas vencer as burocracias. O T-37 Guarda-Rios fica satisfeito por a rapaziada já ter começado a perceber como funciona Portugal. É que coisas assim não se aprendem nas aulas.

Fonte: O Mirante (Portugal)

Comissão do Senado aprova recursos para fabricação de avião cargueiro nacional

A Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) aprovou, na quarta-feira (3), o Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN 14/09) que concede crédito especial no valor de R$ 305 milhões em favor do Ministério da Defesa.

Conceito atual do futuro KC-390, com cauda em "T" e capacidade de carga aumentada de 19 para 27 ton.

Do total dos recursos, R$ 105 milhões se destinam ao desenvolvimento pela Empresa Brasileira de Aeronáutica S. A. (Embraer) de um cargueiro militar, denominado KC-X 390, com capacidade de até 20 toneladas, para uso da Força Aérea Brasileira (FAB). A outra parte da verba será usada para pagamento de parcela de adiantamento relativa ao contrato firmado entre Brasil e França, com o objetivo de viabilizar a produção e aquisição de 50 helicópteros franceses de médio porte, para emprego geral das Forças Armadas. O valor total da compra dos helicópteros será de R$ 5,9 bilhões.

Aeroportos

A Comissão aprovou crédito especial de R$ 43,5 milhões (PLN 06/09) em favor da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), para a realização de obras nos seguintes aeroportos internacionais de Fortaleza, Boa Vista, de Salvador, do Galeão, Guarulhos e de Campinas.

Foi aprovado ainda o PLN 11/09, que destina crédito complementar de R$ 149,3 milhões para o Ministério da Ciência e Tecnologia. O montante destina-se à conclusão da implantação do Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), à complementação dos recursos para integralização da parte brasileira no capital da empresa Alcântara Cyclone Space, com o objetivo de desenvolver o foguete de Cyclone 4, em parceria com a Ucrânia.

Ao final da reunião o presidente da comissão, senador Almeida Lima (PMDB-SE), estendeu o prazo para a apresentação de emendas ao Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) para 2010, de hoje até o próximo dia 18.

Fonte: Laércio Franzon (Agência Senado) - Arte: Embraer

Local de buscas do voo 447 é rota de tubarões, diz biólogo

Tubarão azul e galha-branca oceânico passam pela área.

Avião caiu sobre o Oceano Atlântico.

O local de buscas do voo 447 é rota de tubarões especialistas em naufrágio e que costumam investigar qualquer movimentação abrupta na água ou alteração da composição da água, como combustíveis. Segundo o Instituto Ecológico Aqualung, no Rio de Janeiro, as espécies galha-branca oceânico e tubarão azul são as mais comuns na região.

Tubarão galha-branca oceânico é considerado especialista em naufrágios

Tubarão azul pode chegar a quatro metros de comprimento

De acordo com Marcelo Szpilman, biólogo marinho especialista em peixes marinhos e tubarões, o oceano perto do arquipélago de São Pedro e São Paulo é considerado um "deserto de vida marinha", mas é rota das duas espécies de tubarões. Essa pode ser uma preocupação das equipes de militares que atuam na região.

"O galha-branca oceânico é reconhecido pela literatura científica como o primeiro a chegar em naufrágios ou acidentes marítimos. Ele é especialista em naufrágio e esse perfil foi identificado desde a 2ª Guerra Mundial."

O biólogo marinho, que é diretor do Instituto Ecológico Aqualung, disse ainda que só o impacto de uma aeronave na água já seria suficiente para atrair os tubarões para a região. "Os tubarões possuem vários sensores e perceberiam a movimentação das ondas do mar a quilômetros do local do acidente. Além da movimentação, eles perceberiam qualquer alteração na composição da água, seja por pequenos dejetos humanos ou por combustível".

Szpilman disse ainda que o galha-branca oceânico e o tubarão azul são os mais agressivos do que os demais tubarões quando se trata de naufrágio. "É natural que eles investiguem as alterações da movimentação e da composição da água. É muito material orgânico para eles serem atraídos ao local."

O biólogo afirmou que o tubarão azul costuma viver em cardumes, mas o galha-branca oceânico tem costumes diferentes e vive de maneira mais independente. "Apesar disso, quando encontra possibilidade de alimentação, ele se mobiliza em cardumes também. De qualquer forma, essas duas espécies não tem o hábito de atacar seres humanos."

Szpilman informou que o galha-branca pode atingir dois metros de comprimento. O tubarão azul, segundo ele, pode chegar a quatro metros de comprimento.

Fonte: Glauco Araújo (G1) - Imagens: Reprodução do livro "Tubarões no Brasil", de Marcelo Szpilman

Entenda como funciona uma caixa-preta de avião

Em qualquer acidente de avião, muitas questões sempre ficam sem resposta em relação às razões da queda. Investigadores se voltam para o gravador de dados do voo (FDR) e para o gravador de voz da cabine do piloto (CVR), também conhecidos como "caixas-pretas", para encontrar essas respostas. Não é diferente no caso do acidente com o Airbus-A320 da TAM que caiu dia 17 de julho no aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

Em 31 de janeiro de 2000, o voo 261 da Alaska Airlines saiu de Puerto Vallarta, México, rumo a Seattle, WA, com uma pequena parada marcada em São Francisco, CA. Com, aproximadamente, uma hora e 45 minutos de voo, foi detectado um problema na aba do estabilizador do avião. Após 10 minutos tentando manter o avião no ar, ele caiu no Oceano Pacífico, na costa da Califórnia. Todas as 88 pessoas que estavam a bordo morreram.

Foto cedida U.S. Department of Defense (Departamento de Defesa dos EUA) - O gravador de voz da cabine do piloto do voo 261 da Alaska Airlines, sendo segurado pelo braço robótico pilotado por controle remoto

Esse acidente é usado como exemplo neste artigo sobre caixas-pretas. No voo 261, o FDR continha 48 parâmetros dos dados do voo e o CVR gravou pouco mais de 30 minutos de conversa e outros sons audíveis na cabine do piloto.

Após qualquer acidente de avião nos EUA, os investigadores de segurança da NTSB - Comissão Nacional de Segurança nos Transportes (National Transportation Safety Board - em inglês; para onde foram encaminhadas as caixas-pretas do voo da TAM) começam, de imediato, a procurar pelas caixas-pretas do avião. Esses dispositivos de gravação, que custam entre U$ 10 mil e U$ 15 mil cada, revelam detalhes dos acontecimentos anteriores ao acidente. Neste artigo, veremos os dois tipos de caixas-pretas, como elas resistem aos acidentes e como são resgatadas e analisadas.

Gravação e armazenamento

Os irmãos Wright foram os primeiros a usar um dispositivo para gravar as rotações do motor, segundo documentos fornecidos pela L-3 Communications. De qualquer forma, a ampla utilização de gravadores na aviação não começou antes da Segunda Guerra Mundial. Desde então, os meios de gravação das caixas-pretas se desenvolveram, a fim de gravar mais informações sobre a operação de um avião.

Embora muitas das caixas-pretas usadas atualmente usem fita magnética, as companhias aéreas estão mudando-as para placas de memória de semicondutores, que apareceram nos anos 90. A fita magnética funciona como qualquer gravador de fitas. A fita Mylar é puxada por uma cabeça eletromagnética que deixa um pouco de informações na fita.

Foto cedida National Transportation Safety Board - Fita magnética do gravador de dados do voo 990 da EgyptAir, que caiu em 31 de outubro de 1999

Os fabricantes das caixas-pretas não estão mais produzindo gravadores de fita magnética, uma vez que a transição para a tecnologia de semicondutores foi completa.

Tecnologia dos semicondutores

Os gravadores semicondutores são considerados muito mais confiáveis do que os de fita magnética, segundo Ron Crotty, porta-voz da Honeywell, uma das fabricantes de caixas-pretas. Os semicondutores usam dados organizados em pilhas de chips de memória, de forma que eles não se mexam. Sem partes que se mexam, existe pouca necessidade de manutenção e uma chance menor de algo quebrar durante uma queda.

Os dados da CVR e da FDR são armazenados em placas de memória empilhadas dentro da unidade de memória capaz à prova de acidente (CSMU). Nos gravadores feitos pela L-3 Communications, a CSMU é um compartimento cilíndrico do gravador. As placas de memória empilhadas têm, aproximadamente, 4,5 cm de diâmetro e 2,5 cm de altura.

As placas de memória têm espaço digital de armazenamento suficiente para acomodar duas horas de dados de áudio nas CVRs e 25 horas de dados do voo nas FDRs.

Os aviões são equipados com sensores que recolhem dados. Existem sensores que detectam aceleração, velocidade do ar, altitude, configurações da asa, temperatura externa, temperatura e pressão internas do avião, desempenho do motor e outros. Os gravadores de fita magnética conseguem detectar, aproximadamente, 100 parâmetros, enquanto os gravadores semicondutores conseguem detectar mais de 700 em aeronaves maiores.

Todos os dados coletados pelos sensores do avião são enviados para a unidade de aquisição de dados de voo (FDAU) na parte frontal da aeronave. Este dispositivo é encontrado no compartimento de equipamento eletrônico abaixo da cabine do piloto. A unidade de aquisição de dados de vôo é a gestora central de todo o processo de gravação de dados. Ela coleta informações dos sensores e as envia para as caixas-pretas.

Fonte: L-3 Communication Aviation Recorders - Os componentes básicos e a operação dos sistemas de gravação no avião

Ambas as caixas-pretas são alimentadas por dois geradores de energia, que extraem sua energia dos motores do avião. Um gerador é uma fonte de energia de 28 volt DC e o outro é uma fonte de energia de 115 volt, 400 hertz (Hz) AC. Eles são equipamentos padrão de fornecimento de energia da aeronave, segundo Frank Doran, diretor de engenharia da L-3 Communications Aviation Recorders (em inglês).

Gravadores de vozes da cabine do piloto

Em quase todas as aeronaves comerciais, existem vários microfones embutidos na cabine do piloto para rastrear as conversas da tripulação. Estes microfones também são projetados para rastrear qualquer barulho na cabine, como batidas ou pancadas. Pode haver até quatro microfones na cabine do piloto, todos conectados ao gravador de voz da cabine (CVR).

Foto cedida L-3 Communication Aviation Recorders - Um gravador semicondutor

Todos os sons da cabine do piloto são registrados por esses microfones e enviados para a CVR, onde as gravações são digitalizadas e armazenadas. Também há outro dispositivo na cabine do piloto, chamada unidade de controle associado, que fornece uma pré-amplificação para o áudio que vai para a CVR. Seguem as posições dos quatro microfones:

• fones do piloto

• fones do co-piloto

• fones de um terceiro tripulante (se houver)

• próximo à cabine do piloto, onde é possível captar alertas de áudio e outros sons

A maioria das CVRs de fita magnética armazenam os últimos 30 minutos de som. Elas usam uma volta contínua de fita que completa um ciclo a cada 30 minutos e, assim que é gravado um novo conteúdo, o conteúdo antigo é substituído. As CVRs que usam armazenamento semicondutor conseguem gravar duas horas de áudio. Assim como os gravadores de fita magnética, os gravadores semicondutores também gravam por cima do material antigo.

A transcrição de uma caixa-preta

Últimas palavras do voo 261


Gravações da CVR podem conter pistas importantes sobre a causa de um acidente. No caso do voo 261 da Alaska Airlines, as conversas entre o capitão e seu primeiro oficial apontaram aos investigadores da NTSB o estabilizador do avião. O trecho mostrado abaixo mostra a conversa entre o capitão Ted Thompson, o primeiro oficial William Tansky e o Los Angeles Route Traffic Control Center (LAX-CTR - Centro de Controle de Rota de Tráfego de Los Angeles).

4:09:55 p.m. Thompson: Centro, Alaska 261. Estamos mergulhando e eu perdi o controle, posição vertical.

4:10:33 Thompson: Sim, está tudo sob controle aqui agora.

4:11:43 Tansky: O que quer que tenhamos feito não é bom. Não faça isso de novo...

4:11:44 Thompson: Sim, não, ele caiu. Caiu com o nariz totalmente para baixo.

4:11:48 Tansky: Hum, é bem pior então, né?

4:11:50 Thompson: Sim, sim. Estamos em uma posição bem pior agora.

4:14:12 Aviso a todos: Pessoal, tivemos um problema de controle de voo aqui na frente, estamos resolvendo isto.

4:15:19 Voo 261 para LAX-CTR: L.A., Alaska 261. Estamos com vocês, estamos a 22.500 pés. Nosso estabilizador está danificado e estamos mantendo a altitude com dificuldade...

4:15:36 LAX-CTR: Alaska 261, centro de L.A. Roger, um, você tem permissão para o aeroporto de Los Angeles em sua posição atual...

4:17:09 Aeromoça: Ok, tivemos algo como um grande estouro lá atrás.

4:17:15 Thompson: Eu acho que a aba do estabilizador está quebrada.

4:19:36 Barulho extremamente alto

4:19:43 Tansky: Mayday

4:19:54 Thompson: Ok, estamos invertidos e agora temos que nos endireitar.

4:20:04 Thompson: Empurre, empurre, empurre... empurre a parte azul para cima. Empurre...

4:20:14 Tansky: Estou puxando.

4:20:16 Thompson: Ok, agora vamos usar o leme. Leme esquerdo, leme esquerdo.

4:20:18 Tansky: Não consigo alcançar.

4:20:20 Thompson: Ok. Leme direito, leme direito.

4:20:25 Thompson: Estamos voando? Estamos voando, estamos voando. Diga a eles o que estamos fazendo.

4:20:33 Tansky: Ah, sim. Deixe-me...

4:20:38 Thompson: Precisamos nos restabelecer novamente. Mesmo de cabeça para baixo estamos voando.

4:20:54 Thompson: Freios

4:20:55 Tansky: Peguei.

4:20:56 Thompson: Ah, lá vamos nós.

4:20:57 Fim da gravação.

Gravadores de dados do voo

Os gravadores de dados do voo (FDR) são projetados para gravar os dados operacionais dos sistemas do avião. Eles são sensores ligados por fios a várias áreas do avião na unidade de aquisição de dados de voo ligada à FDR. Quando um botão é ligado ou desligado, esta operação é gravada pela FDR.

Foto cedida National Transportation Safety Board - O gravador de dados danificado do voo 990 da EgyptAir

Nos Estados Unidos, a FAA - Administração Federal de Aviação (Federal Aviation Administration - em inglês) costuma exigir que as companhias aéreas comerciais gravem no mínimo de 11 a 29 parâmetros, dependendo do tamanho da aeronave. Em 17 de julho de 1997, a FAA lançou um Código de Regulamentações Federais que exige a gravação de, no mínimo, 88 parâmetros em aviões fabricados depois de 19 de agosto de 2002.

Seguem alguns dos parâmetros gravados pela maioria das FDRs:

• tempo

• altitude da pressão

• velocidade do ar

• aceleração vertical

• curso magnético

• posição da coluna de controle

• posição do pedal do leme

• posição do volante de comando

• estabilizador horizontal

• fluxo de combustível

Gravadores semicondutores conseguem rastrear mais parâmetros do que a fita magnética porque permitem um maior fluxo de dados. As FDRs semicondutoras conseguem armazenar 25 horas de dados de voo. Cada parâmetro adicional gravado pela FDR fornece aos investigadores uma pista a mais sobre a causa de um acidente.

Feito para resistir

Em muitos acidentes aéreos, os únicos dispositivos que ficam praticamente intactos são as unidades de memória à prova de acidentes (CSMUs). Normalmente, os chassis e componentes internos dos outros gravadores estão destruídos. A CSMU é um cilindro grande que fica parafusado na parte plana do gravador. Este dispositivo é projetado para aguentar calor extremo, quedas violentas e toneladas de pressão. Nos antigos gravadores de fita magnética, a CSMU fica dentro de uma caixa retangular.

Fonte: L-3 Communication Aviation Recorders

Usando três camadas de materiais, a CSMU de uma caixa-preta do tipo semicondutor isola e protege as pilhas de placas de memória que armazenam as informações digitalizadas. Segue abaixo um detalhamento dos materiais que fornecem uma barreira para as placas de memória (começando da barreira interna para fora).

Proteção de alumínio - existe uma fina camada de alumínio em volta da pilha de cartões de memória.

Isolamento contra altas temperaturas - este material feito de sílica seca tem 2,54 cm de espessura e fornece proteção térmica contra altas temperaturas. É isso que mantém as placas de memória a salvo durante incêndios pós-acidentes.

Cobertura de aço inoxidável - o material de isolamento contra altas temperaturas fica dentro de um compartimento de aço inoxidável com aproximadamente 0,64 cm de espessura. O titânio também pode ser usado para criar esta blindagem.

Testando uma CSMU

Para garantir a qualidade e capacidade de resistência das caixas-pretas, os fabricantes aplicam diversos testes nas CSMUs. Para testar a unidade, os engenheiros carregam dados nas placas de memória que estão dentro da CSMU. A L-3 Communications usa um padrão aleatório para inserir dados em todas as placas de memória. Este padrão é revisado para determinar se qualquer um dos dados foi danificado pela queda do avião, incêndio ou pressão.

Impacto da queda - os pesquisadores atiram a CSMU por um canhão de ar, a fim de criar um impacto de 3.400 Gs (1 G é a força da gravidade da Terra). A 3.400 Gs, a CSMU atinge um alvo de alumínio com uma força igual a 3.400 vezes o seu peso. A força do impacto é igual ou maior do que a que um gravador pode se submeter em uma queda real.

Lançamento de pino - para testar a resistência de penetração da unidade, os pesquisadores lançam um peso de 227 kg com um pino de 0,62 cm para fora da parte inferior para a CSMU, de uma altura de 3 m. Este pino, com 250 kg, atinge o eixo mais vunerável do cilindro da CSMU.

Esmagamento estático - durante cinco minutos, os pesquisadores aplicam 5 mil psi de força de pressão nos pontos principais dos seis eixos.

Teste de incêndio - os pesquisadores colocam a unidade dentro de uma bola de fogo (com fonte de propano), "cozinhando-a" com três maçaricos. A unidade fica no fogo a 1.100°C durante uma hora. A FAA exige que todos os gravadores semicondutores consigam resistir, pelo menos, uma hora nesta temperatura.

Submersão profunda - a CSMU é colocada num tanque pressurizado de água salgada durante 24 horas.

Submersão na água salgada - a CSMU precisa resistir a 30 dias dentro de um tanque de água salgada.

Imersão em fluídos - vários componentes da CSMU são colocados em vários fluidos usados na aviação, incluindo combustível de jatos, lubrificantes e produtos químicos contra incêndio.

Durante o teste de incêndio, o cabo de interface da memória que liga as placas de memória à placa de circuitos é queimado. Depois que a unidade esfria, os pesquisadores a pegam e retiram a memória. Eles colocam as placas de memória novamente em pilhas, instalam um novo cabo de interface e anexam a unidade a um sistema de leitura para verificar que todos os dados previamente carregados estão lá.

As caixas-pretas normalmente são vendidas e instaladas pelos fabricantes do avião. Elas costumam ser instaladas na cauda do avião. "Normalmente, a cauda do avião é a última parte a sofrer impacto", diz Doran. "Toda a parte frontal da aeronave fornece uma zona de impacto, que ajuda na desaceleração dos componentes da cauda, incluindo os gravadores, e aumenta as probabilidades de que a memória protegida contra acidentes do gravador, resista ao impacto".

A localização exata dos gravadores depende de cada avião. Às vezes ficam no teto, no compartimento traseiro de carga ou no cone da cauda que cobre a parte traseira do avião.

Depois da queda

Embora sejam chamadas de caixas-pretas, na realidade sua cor é um laranja vibrante. Esta cor diferente, associada a faixas reflexivas anexadas ao exterior dos gravadores, facilita a sua localização depois de um acidente. Isto é muito útil quando um avião cai na água. Existem algumas explicações com relação à origem para o termo "caixa-preta": alguns acreditam que seja devido ao fato de os antigos gravadores serem pintados de preto, outros acham que é uma referência à carbonização dos incêndios pós-acidentes. Na realidade, a expressão surgiu originalmente como metáfora: era dessa maneira ("black box") que os pilotos da RAF - a Real Força Aérea britânica - chamavam todas as inovações introduzidas em suas aeronaves durante a Segunda Guerra Mundial.

Farol localizador subaquático

Além da tinta e da fita que reflete, as caixas-pretas são equipadas com um farol localizador subaquático (ULB). Se você vir a foto de uma caixa-preta, quase sempre verá um objeto pequeno e cilíndrico anexado a uma das extremidades do dispositivo. Ao mesmo tempo que funciona como alça para carregar a caixa-preta, esse cilindro na verdade é um farol.

Foto cedida L-3 Communication Aviation Recorders - Um close de um farol localizador subaquático

Se um avião cai na água, este farol emite um pulso ultra-sônico rapidamente detectado pelo sonar e equipamentos acústicos de localização. Existe um sensor de imersão na lateral do farol. Quando a água encosta neste sensor, o farol é ativado.

O farol emite pulsos a 37,5 kHz e consegue emitir som em uma profundidade de até 4.267 m. Uma vez que o farol começa a emitir esse som, faz isso uma vez por segundo durante 30 dias. Esse farol é alimentado por uma bateria protegida que dura seis anos. Raramente o farol arrebenta durante uma colisão de alto impacto.

Nos Estados Unidos, quando os investigadores localizam uma caixa-preta, ela é levada para os laboratórios de computadores da NTSB - National Transportation Safety Board (em inglês). O transporte destes dispositivos é feito com muito cuidado, para evitar qualquer dano à mídia de gravação. Em casos de acidentes aquáticos, os gravadores são colocados em um resfriador de água para impedir que sequem.

Foto cedida U.S. Department of Defense (Departamento de Defesa dos EUA) - O tenente da marinha dos EUA, Junior Grade Jason S. Hall (à direita), observa enquanto o agente do FBI, Duback (à esquerda), etiqueta o gravador de voz da cabine do voo 990 da EgyptAir, em 13 de novembro de 1999

"O que eles tentam fazer é preservar o estado do gravador até que ele esteja em um lugar onde possa ser adequadamente manuseado", diz Doran. "Ao manter o gravador em um balde d'água, normalmente em um resfriador, eles o mantém no mesmo ambiente do qual ele foi resgatado, até que chegue em um lugar onde possa ser adequadamente desmontado".

Informações de resgate

Após achar as caixas-pretas, os investigadores levam os gravadores para um laboratório, onde fazem o download dos dados contidos nos gravadores e tentam recriar os acontecimentos que podem ter levado ao acidente. Este processo pode levar de semanas a meses. Nos Estados Unidos, os fabricantes de caixas-pretas dão à NTSB os sistemas de leitura e softwares necessários para fazer uma análise completa dos dados armazenados pelos gravadores.

Foto cedida L-3 Communication Aviation Recorders - Esta interface portátil pode permitir que os investigadores acessem rapidamente os dados de uma caixa-preta

Se a FDR não estiver danificada, os investigadores podem simplesmente ouvi-las no gravador, conectando-a a um sistema de leitura. Nos gravadores semicondutores, os investigadores podem extrair os dados armazenados em questão de minutos. Normalmente os gravadores tirados dos destroços estão amassados ou queimados. Nestes casos, as placas de memória são retiradas, limpas, um novo cabo de interface é instalado e a placa de memória é conectada a um gravador. Este gravador tem um software especial para facilitar o resgate dos dados sem a possibilidade de gravar nada por cima deles.

Uma equipe de especialistas é trazida para interpretar as gravações armazenadas em uma CVR. Este grupo normalmente tem um representante da companhia aérea, um do fabricante do avião, um especialista em segurança de transporte da NTSB e um investigador de segurança aérea da NTSB. Também pode ter um especialista em idiomas do Escritório Federal de Investigação - Federal Bureau of Investigation (em inglês) e, caso seja necessário, um intérprete. Esta equipe tenta interpretar 30 minutos de palavras e sons gravados pela CVR, o que pode levar muitas semanas para ser concluído.

A FDR e a CVR são ferramentas de valor incalculável para qualquer investigação de acidentes aéreos. Elas fornecem pistas importantes sobre o que pode ter causado a queda do avião.

Outras utilizações para as caixas-pretas

Segundo a L3 Communications, existem melhorias que serão agregadas à tecnologia das caixas-pretas. Dizem que algum tipo de gravador de vídeo da cabine do piloto será desenvolvido. Tal gravador seria capaz de armazenar imagens de vídeo em memória semicondutora.

Outras utilizações para a tecnologia das caixas-pretas

Atualmente, as caixas-pretas não estão somente nos aviões. Elas também estão sendo usadas no solo. Vários fabricantes de carros estão usando a tecnologia das caixas-pretas em seus carros e alguns vêm fazendo isto já há algum tempo. A General Motors usa a tecnologia das caixas-pretas há mais de uma década. O fabricante tem instalado um Sensing and Diagnostic Module (SDM - Módulo Sensor e de Diagnose) em milhares de seus carros, incluindo o Corvette.

Fonte: Kevin Bonsor. "HowStuffWorks - Como funcionam as caixas-pretas". Publicado em 13 de junho de 2001 (atualizado em 26 de fevereiro de 2009) http://viagem.hsw.uol.com.br/caixa-preta10.htm (08 de junho de 2009)

Marinha e Aeronáutica dizem que foram encontrados 16 corpos, e não 17

Autoridades da Marinha e da Aeronáutica brasileiras afirmaram em coletiva no Recife que foram encontrados 16 corpos de vítimas do acidente com o Airbus da Air France, e não 17, conforme foi divulgado anteriormente. Segundo o capitão de fragata Giucemar Tabosa, assessor de comunicação da Marinha, os corpos encontrados devem chegar a Fernando de Noronha na manhã de terça-feira (9).

Tabosa também disse que assim que os corpos à bordo da fragata Constituição chegarem ao arquipélago, eles passarão por "tratamento pericial inicial" para serem transportados ao Recife.

Fonte: UOL Notícias

Airbus mantém meta de venda de jatos em 2009, mas vê dificuldade

Empresa prevê vender 300 aviões este ano.

Recessão afetou a companhia e sua concorrente Boeing.


O modelo Airbus A380, maior avião do mundo

A fabricante europeia de aviões Airbus está mantendo a meta de vender cerca de 300 aviões em 2009, mas está mais difícil de alcançar o objetivo, disse o chefe de vendas da companhia neste domingo.

"Trezentos (aviões) ainda é a nossa meta, mas é mais que um esforço agora", disse o diretor comercial da Airbus, John Leahy, durante o encontro anual da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês). "Vemos que o mercado está progredindo, e temos negociações para pedidos em andamento."

A Airbus e sua concorrente norte-americana Boeing foram afetadas pela queda nas viagens durante a recessão e o cancelamento de pedidos pelas companhias aéreas. O chefe da Iata disse na semana passada que os pedidos por novas aeronaves poderá cair 30% em 2010.

Fonte e foto: Reuters

Iata dobra estimativa de perdas para setor aéreo em 2009

Prejuízo da indústria deve ser de US$ 9 bilhões, contra US$ 4,7 bilhões projetados em março.

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) estimou nesta segunda-feira que o setor perderá US$ 9 bilhões em 2009 - uma projeção que equivale quase ao dobro dos US$ 4,7 bilhões estimados há apenas dois meses.

Atribuindo os novos resultados a um "ambiente de receitas em rápida deterioração", o órgão também revisou o valor das perdas de 2008: US$ 10,4 bilhões, contra uma estimativa de US$ 8,5 bilhões divulgada em março.

"Não existe precedente moderno para a crise econômica de hoje", disse o diretor-geral da Iata, Giovanni Bisignani, durante a conferência da indústria em Kuala Lumpur, na Malásia. "O terreno mudou. Nossa indústria está abalada."

Ele disse que a atual crise econômica "é a pior situação que a indústria já enfrentou".

"Depois do 11 de setembro, a receita caiu 7%. Foram necessários três anos para recuperar o terreno perdido, mesmo na esteira de uma economia forte. Desta vez, enfrentamos uma queda de 15% - uma perda de receita de US$ 80 bilhões - em meio a uma recessão global", comparou.

De acordo com os novos cálculos da Iata, a receita cairá dos US$ 528 bilhões registrados no ano passado para US$ 448 bilhões em 2009.

O diretor do órgão pediu que os governos atuem para estimular a volta do crescimento econômico e evitem medidas protecionistas que afetem ainda mais o comércio mundial.

Queda generalizada

Giovanni Bisignani precisou que a queda afetará as principais atividades aéreas em todas as regiões do mundo.

O órgão calcula que a demanda por cargas declinará 17% neste ano. As empresas devem transportar o equivalente a 33,3 milhões de toneladas de frete, contra 40,1 milhões de toneladas em 2008.

Já a contração no setor de passageiros deve ser de 8%: 2,06 bilhões de passageiros devem ser transportados neste ano, contra 2,24 bilhões em 2008.

Isto apesar da redução nos preços do petróleo, ganhos de eficiência nas empresas e parcerias mais fortes que consolidaram o setor, afirmou o Iata.

"Este pode ser o fundo do poço, mas recuperar é outra história", disse Bisignani. "Os bancos ainda não têm capacidade de financiar os negócios. Ainda é necessário US$ 1 trilhão para recapitalizar (as empresas). Nossos clientes estão sem confiança. Precisam reduzir as dívidas e isto significa menos dinheiro para gastar. Os hábitos corporativos estão mudando e os orçamentos foram reduzidos. Hoje em dia a vídeo-conferência é um forte competidor."

Por regiões do mundo, o prejuízo maior deve ser registrado pelas empresas asiáticas (US$ 3,3 bilhões), sobretudo por conta da crise econômica no Japão e a queda de demanda por exportações chinesas e indianas. As companhias europeias devem perder US$ 1,8 bilhão.

Nos Estados Unidos, a estimativa de perda de US$ 1 bilhão é uma melhora diante dos US$ 5,1 bilhões de prejuízo no ano passado.

Já na América Latina, o resultado negativo deve alcançar US$ 900 milhões.

"Nossa indústria está em modo de sobrevivência. Precisamos ver esta crise como uma oportunidade para governos, parceiros e companhias aéreas construírem uma indústria mais forte".

Ele pediu que governos atuem para salvar o setor e evitem medidas protecionistas que reduzam a demanda global por mercadorias.

"O comércio mundial já sofreu uma queda de 15%. O protecionismo é o inimigo da prosperidade global. Para construir uma economia global, precisamos manter o comércio mundial."

Fonte: BBC Brasil via G1

Carta da ABRAPAVAA de apoio e orientação às famílias do voo 447 da Air France

APOIO ÀS FAMILIAS DO VOO 447 DA AIR FRANCE

Como Presidente da ABRAPAVAA, venho me solidarizar com os familiares do trágico acidente com o Vôo da AIR FRANCE AF 447 e posso avaliar como se sentem pois, perdi meu marido no acidente com o Vôo 402 da TAM, em São Paulo, no dia 31 de outubro de 1996, como 99 vítimas fatais.

Por esse motivo resolvemos fundar a ABRAPAVAA pois, acreditamos que “unidos” conseguiríamos a força necessária para seguirmos em frente e darmos início as Ações Indenizatórias, buscando nossos direitos.

Hoje, a Associação, com 12 anos de vida, já apoiou e vem orientando inúmeras famílias de acidentes e incidentes aéreos no país portanto, temos hoje condições de orientá-los no que for necessário pois, sabemos do difícil caminho que será necessário percorrer; será um caminho doloroso, desgastante mas, contem conosco no que julgarem necessário.

Sabemos que é um momento muito delicado e especial, este não é um momento para se falar em questões práticas mas, esse momento chegará e saibam, estaremos à disposição para esclarecer-los em tudo que for possível e, se possível não for, estaremos indicando aos Srs., caso desejem, especialistas nas áreas em que necessitem informações.

ATENÇÃO:

Preocupados em tornar esse processo o menos desgastante possível, contribuímos abaixo com informações que julgamos essenciais para o início na tomada de atitudes diante da justiça quanto as Ações Indenizatórias:

. contrate um advogado caso não tenha mas, tomem muito cuidado pois, por experiências anteriores, muitos espertalhões se aproximaram das famílias e não eram especialistas no assunto pois, acidente aéreo é uma área bastante específica do direito e, com certeza, precisarão de um especialista e, como a ABRAPAVAA já teve a necessidade de denunciar advogados desonestos diante do Conselho de Ética da OAB, tomem muito cuidado... e... se em algum momento, tiverem a necessidade de conhecer algum especialista, poderemos indicá-los mas, somente se quiserem;

. tomem muito cuidado também com pessoas que possam se apresentar como ABRAPAVAA, como já aconteceu, ou seja, A UNICA PESSOA QUE FALA PELA ABRAPAVAA É A SUA PRESIDENTE SANDRA ASSALI e essas pessoas fazem isso pois, como fazemos um trabalho reconhecidamente sério, essas pessoas conseguem acesso às famílias somente para depois fazerem esse contato com advogados mediante interesses comerciais;

. se em algum momento, se sentirem incomodados com alguém que se passe pela Associação, peço encarecidamente que, assim que possível, me comuniquem pois, tomaremos as atitudes necessárias diante dessa pessoa, que não está autorizada de forma nenhuma de falar pela ABRAPAVAA;

. tenha uma cópia ou solicite à Cia.Aérea, uma Lista de Passageiros para confirmação de que seu familiar embarcou naquela aeronave;

. guarde tudo que encontrar publicado sobre o acidente pois, servirá como documento e servirá também como informação ao seu Processo

. todos os passageiros possuíam um bilhete aéreo portanto, existe um Seguro Obrigatório a ser pago imediatamente após terem em mãos a certidão de óbito ou, a certidão de óbito presumida; esse seguro, conhecido como Seguro RETA poderá ser aceito sem que interfira na Ação Indenizatória futura; hoje, o valor desse seguro é de R$ 41.000,00 no Brasil

. para o caso do acidente AF 447, muito provavelmente, esse seguro que, na Europa é estipulado pela Convenção de Varsóvia, será pago com valores em torno de US$ 75 mil e US$ 140 mil dólares e no caso da França, em torno de $ 103 mil Euros e, para que seja possível recebê-lo, ou a Cia.Aérea, tomara a iniciativa de, automaticamente procurar pelos familiares e fazer esse pagamento mas, para isso, será necessários estarem com o Atestado de Obito em mãos pois, ele é o início de tudo, não somente para o pagamento desse seguro, como também, para o início de seus Processos Indenizatórios, ou, poderá ser necessário o envio do Atestado de Óbito com tradução juramentada para a França, para que o mesmo seja pago;

. informem-se se a passagem aérea foi adquirida através de cartão de crédito pois, existe uma apólice de vida nos mesmos e esse também, é um direito pago assim que tiverem em mãos a certidão de óbito;

. orientamos que não assinem nenhum tipo de acordo ou auxilio oferecido pela Cia. Aérea pois, poderá mais tarde, inviabilizar uma Ação Indenizatória uma vez que os mesmos poderão alegar que “estão quites” com suas responsabilidades em relação a família, por isso mesmo que sugerimos a presença de um advogado em todos os momentos desses Processos;

. permaneçam unidos pois, poderão criar uma representação em nome de todas as famílias e solicitar junto à justiça autorização para acompanharem a investigação criminal e a elaboração do Relatório Final sobre o acidente;

. solicitem junto a Aeronáutica (ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil e CENIPA – Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos), informações freqüentes sobre o andamento da investigação para conclusão do Relatório Final;

. o Relatório Final é um trabalho feito em conjunto entre a ANAC (Agencia Nacional de Aviação Civil) e o CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos) – relatório esse que, em princípio, não irá apontar culpados e, é elaborado, para que as eventuais falhas acontecidas no acidente em questão, não se repitam e sirvam para se evitar futuros acidentes;

. fiquem atentos pois, no Brasil o prazo para entrar na justiça com a Ação Indenizatória é de 2 anos a partir da data do acidente no entanto, não existe prazo para divulgação de Relatório Final mas, com certeza, nunca menos de 1 ano;

. procurem seus direitos junto à Cia.Aérea, ou seja, apoio psicológico integral, auxilio cesta básica, auxilio médico e peçam também, junto aos colégios dos seus filhos, bolsa integral para que possam continuar seus estudos, caso estudem em escola privada;

. a Ação Indenizatória a ser pedida na justiça deverá ser baseada na Defesa do Consumidor, ou seja, pela Responsabilidade Objetiva afinal, existiu um Contrato entre o passageiro e a Cia.Aérea quando da compra do bilhete aéreo e nesse contrato a empresa comprometeu-se em transportar aquele passageiro de um ponto a outro, o que não aconteceu portanto a responsabilidade é da Cia.Aérea independentemente das ações futuras quando concluídas as investigações e apontadas as reais causas da queda da aeronave;

. uma Ação Indenizatória para Acidente Aéreo no Brasil, leva em torno de 3 anos e, enquanto a mesma tramita na justiça a família pode solicitar uma Tutela Antecipada, ou seja, solicita-se um valor mensal junto a Cia.Aérea que deverá custear as despesas essenciais para o sustento da família, que será depositado à favor da mesma enquanto durar o processo e, no final do mesmo, desconta-se o valor que foi assim adiantado.

Estaremos à disposição de todos e, contem com nosso incondicional apoio.

À disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais,

Sandra Assali
Presidente da ABRAPAVAA


Tel.: (11) 5041.3781/ 9204.1324
email – s.assali@abrapavaa.com.br
Site: http://www.abrapavaa.com.br/

Associação envia carta de apoio aos parentes de passageiros do voo 447

Familiares de vítimas de acidente com avião da Gol prestam solidariedade.

Avião da Air France desapareceu no trajeto entre Rio e Paris.


A presidente da Associação de Familiares e Amigos Voo 1907 (A.F.A.V. voo 1907), Angelita de Marchi, de 40 anos, entregou, neste domingo (7), uma carta com uma mensagem de apoio aos parentes dos passageiros do voo 447, da Air France. Segundo ela, o objetivo é trazer conforto e orientações às famílias.

A Associação foi fundada em 18 de novembro de 2006, em Brasília. O grupo reúne parentes das vítimas do acidente com o avião da Gol, ocorrido no dia 29 de setembro de 2006. A associação conta com 92 filiados e possui representantes em dez estado do Brasil.

“Viemos trazer um pouco de solidariedade às famílias. Todos nós ficamos chocados pela conectividade com isso. Todas as pessoas que passaram pela tragédia de 2006 viveram isso e enviaram mensagens de apoio e de conforto”, declarou Angelita.

Angelita, que perdeu o marido no acidente com o avião da Gol, contou, ainda, que ficou surpresa com a recepção no Hotel Windsor, na Barra da Tijuca, onde os familiares estão hospedados. Ela afirmou que não pôde ter acesso à sala onde estão reunidos os parentes e que só conseguiu entregar a carta para um representante das famílias.

“Fiquei um pouco surpresa. Eu fui até a porta, tive acesso a um dos representantes e entreguei a carta. Mas o ideal seria uma conversa com todos os familiares. O mais importante é que eles se unam, troquem e-mails e telefones, porque eles vão precisar um dos outros depois”, completou.

A assessoria de imprensa da Air France informou que, devido à situação especial, só os parentes das vítimas do voo 447 têm autorização para entrar na área restrita.

O Airbus da Air France desapareceu sobre o Oceano Atlântico na noite do último dia 31 no trajeto entre o Rio de Janeiro e Paris.

Fonte: G1

MAIS

Site da Associação: http://www.associacaovoo1907.com/

domingo, 7 de junho de 2009

Resumo das últimas notícias sobre o acidente - 10

ACOMPANHE AS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DO ACIDENTE

DOMINGO (7)

- 20h24: Mapas. A Força Aérea Brasileira divulgou mapas com a indicação dos pontos onde estão concentradas as buscas a destroços e corpos de ocupantes do avião da Air France.

- 19h09: 17 corpos. Marinha e Aeronáutica anunciaram no início da noite o resgate no mar de mais 12 corpos de ocupantes do airbus da Air France desaparecido. Com esses, somam 17 os corpos retirados do mar.

- 17h58: Família imperial. Dom Antonio de Orleans e Bragança, pai do príncipe Pedro Luis, que estava no voo 447, foi neste domingo ao Hotel Windsor, na Barra da Tijuca, para a coleta de material do exame de DNA.

- 16h41: Fragata. O governo francês anunciou em Paris que um corpo foi resgatado pela fragata Ventôse, que auxilia a Marinha e a Aeronáutica brasileiras nas buscas por vestígios do avião da Air France.

- 16h22: Submarino. O submarino nuclear francês Emeraude chegará na próxima quarta (10) à zona do Atlântico onde acredita-se que o avião da Air France tenha caído, para procurar as caixas-pretas, informou o governo francês.

- 14h36 - Fotos. A Marinha e a Aeronáutica divulgam mais imagens de destroços.

-14h33 - Carta aos parentes. A presidente da Associação de Familiares e Amigos Voo 1907 (A.F.A.V. voo 1907), Angelita de Marchi, entregou uma carta com uma mensagem de apoio aos parentes dos passageiros do voo 447, da Air France.

- 12h40 - Parentes aguardam. Com a notícia do resgate de mais três corpos, familiares das vítimas disseram que aguardam ansiosos pela identificação. Cerca de 30 parentes continuam hospedados no Hotel Windsor, na Barra da Tijuca.

- 12h34 - Poltrona é do Airbus. A força-tarefa brasileira recebeu a confirmação da Air France de que o número de série da poltrona encontra no dia anterior pertence a uma de suas aeronaves do tipo Airbus 330.

- 12h01 - Muitos corpos avistados. Em entrevista coletiva, a força-tarefa de buscas por sinais do voo 447 informou que centenas de objetos e vários corpos já foram avistados pela manhã. Só ao final do dia, porém, será possível informar a quantidade de corpos que foram encontrados.

- 11h37 - Ajuda francesa. O trabalho de buscas recebe neste domingo (7) o reforço da fragata da Marinha francesa Ventuse. A embarcação se soma aos cinco navios brasileiros presentes na área.

- 10h45 - Mais corpos. A Marinha e a Aeronáutica anunciaram a localização e resgate de mais três corpos em alto-mar de ocupantes do Airbus.

- 7h32 - Traslado. Os dois corpos localizados na manhã de sábado devem chegar neste domingo (7) a Fernando de Noronha, transportados pelo navio fragata Constituição.


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Fonte: G1

FAB divulga primeiras imagens de destroços de Airbus

Os destroços foram retirados do mar e levados para Fernando de Noronha em embarcações da Marinha do Brasil

Ao chegar próximo à ilha, o material encontrado foi transferido para um helicóptero

Entre os destroços, havia assentos, poltronas, máscaras de oxigênio, telas de LCD, partes das asas e estruturas do avião

A Força Aérea Brasileira (FAB) divulgou, na tarde deste domingo, as primeiras imagens dos destroços do Airbus A330 da Air France que caiu no oceano Atlântico quando fazia o percurso Rio de Janeiro-Paris, há uma semana.

A Marinha e a Aeronáutica brasileiras afirmaram que "centenas" de destroços estão sendo recolhidos do mar, mas precisam ser enviados para perícia. Entre os itens encontrados, estão assentos, poltronas, máscaras de oxigênio, telas de LCD, partes das asas e estruturas do avião.

A Aeronáutica também anunciou, nesta manhã, ter encontrado mais três corpos na área de buscas por destroços do Airbus. As autoridades disseram também que mais corpos serão retirados do mar neste domingo, mas não precisou quantos.

A equipe de resgate disse não haver mais dúvidas de que os corpos recolhidos até o momento, dois ontem e três hoje, são de ocupantes do vôo 447 da Air France.

Fonte: Terra - Fotos: Força Aérea Brasileira/Divulgação - Atualizado com as duas primeiras fotos em 08/06/09 às 14:22 hs.

Especialistas não sabem por que avião não desviou da tempestade

"Ele (o comandante) não foi pego de surpreso", afirma piloto ao 'Fantástico'.

No simulador de voo do Airbus, instrutor diz que é melhor evitar mau tempo.



Uma simulação do voo 447, Rio-Paris, mostra que o comandante do Airbus A-330, da Air France, que caiu no Oceano Atlântico no último domingo de maio (31), conduziu o avião por uma tempestade que tinha um topo de 18 km. Por quê? A resposta é um dos enigmas do caso.

“Ele (o comandante) não foi pego de surpresa”, diz um dos especialistas ouvidos pelo "Fantástico," que usou o simulador da cabine de comando do Airbus para procurar algumas explicações.

Um piloto com 17 anos de experiência observa: “É impossível passar? Não é impossível. É recomendável? Não é.”, diz José Mauro Lins de Oliveira. O instrutor e piloto Luiz Almeida, 24 anos de experiência, afirma: “Eu ia desviar, sem dúvida alguma”.

E não foi por falta de informação, porque, segundo o professor de Ciências Atmosféricas da USP, a tripulação sabia que ia encontrar tempestade no caminho até a França. Já o engenheiro mecânico, piloto e investigador de acidentes Jeffeerson Fragoso acredita que, em vez de uma série de panes, o avião pode ter sofrido apenas um grande colapso e caído em quatro minutos:

“Se houver uma fratura estrutural no nível de voo que eles estavam - 34, 35 mil pés - você demoraria exatamente quatro minutos pra chegar ao solo, né?”, explica Fragoso.

A sequência dos acontecimentos

19h00 – O Airbus se apronta para a partida do avião do aeroporto Internacional Tom Jobim. Como é comum nesses voos os passageiros da primeira classe e da executiva se sentam na parte da frente. Mais atrás, viajam os da classe econômica.

19h30 - O avião com capacidade para 219 passageiros decola com apenas três lugares vazios. A tripulação é composta por três pilotos e nove comissários. O comandante do Airbus sabia que ia encontrar tempestade, mas, no primeiro momento, a situação era bem tranquila:

O professor de Ciências Atmosféricas da USP, Augusto José Pereira Filho, explicou que o sobrevoo no Oceano Altântico começou sem problemas: .

“Subindo, ele entrou na área alta do Atlântico onde não tem nem nuvem, voo muito tranquilo, mas muito tranquilo até aqui nessa região”.

Piloto há 17 anos e experiente no mesmo tipo de aeronave, José Mauro Lins de Oliveira diz que os pilotos sabiam as condições climáticas que enfrentariam: “Nós recebemos toda uma programação meteorológica de toda a rota, em função disto você programa junto com a tripulação determinadas ações durante o vôo”.

21h00 - A reconstituição indica que as condições climáticas sobre o Oceano Atlântico tinham se agravado, com a uma forte tempestade. “Essa tempestade foi alimentando outras tempestades que formaram uma região de muita tempestade profunda. É como se eu tivesse o estado de Pernambuco na frente dele, um paredão”, explicou o professor da USP.

O Centro de Controle da Aeronáutica Cindacta 3 faz o acompanhamento meteorológico da região, conforme explicou o tenente-brigadiero Ramon Borges. “Nós temos um sistema que permite ao piloto se comunicar com esse centro meteorológico e perguntar sobre modificações ou informações que sejam necessárias para ele fazer a correção do seu voo”.

O instrutor e piloto Luiz Almeida acredita que o radar meteorológico do avião funcionava: “Você já decola com o radar ligado e faz o voo inteiro com o radar ligado”.

22h30: O piloto faz o último contato de voz com o controle aéreo brasileiro, informando sua posição.

23h00: O Airbus da Air France envia uma mensagem eletrônica para a companhia aérea.

“Ele apertou uma tecla e abriu uma página transmitindo à empresa que ele ia passar por uma área de instabilidade”, explicou o instrutor Luiz Almeida. O piloto José Mauro chamou a atenção para um fato: “Ele não foi pego de surpresa”.

Neste ponto da simulação da trajetória do avião, há alguns pontos sem resposta: “Ele cruzou a tempestade na região onde o topo é da ordem de 18km”, diz o professor do USP. E o piloto José Mauro sublinha:

“É impossível passar? Não é impossível. É recomendável? Não é”.

Segundo pilotos entrevistados pelo “Fantástico”, através do radar do avião seria possível enxergar brechas entre os núcleos do temporal, o que, de acordo com o instrutor Luiz Almeida, seria recomendável: “Como qualquer piloto, eu ia desviar, sem dúvida nenhuma”.

Os últimos momentos do voo

23h10: O avião informa problemas no leme e o desligamento do piloto automático.

“A aeronave começa a perder altitude”, explica Luiz Almeida, enquanto mais uma mensagem mostrou que os sistemas de proteção do A 330 pararam de funcionar.

“Ele já está me dando o primeiro alarme aqui, a velocidade está começando a entrar em uma altitude não certa de voo, uma altitude anormal”, continua Luiz, enquanto o avião perde o sistema anticolisão, o acelerador automático e telas com dados do voo.

Sentando na posição de piloto no simulador do Airbus, o instrutor diz: “Agora ele está subindo sem eu comandar. Está fazendo uma curva do lado direito, nós estamos começando a perder a velocidade”.

Os computadores de navegação se apagam. “Você perdeu seu lado do copiloto”, explica Luiz. O momento seria de muita tensão, segundo a simulação, em um minuto o avião vai desaparecer começar a cair. Os computadores principais entrariam em colapso.

“Você vê com esta perda que nós começamos a cair, são 2.700 pés por minuto, a aeronave está botando o nariz para baixo. É uma posição de descida grande”, explicou Luiz.

Na simulação, a última mensagem indica perda de pressão da cabine. O que poderia indicar queda livre. “Em uma velocidade muito alta, ela começa a desintegrar, o avião começa a desintegrar. Ele está ganhando todo o embalo, aumentando a velocidade, ele vai embora até o chão”, diz Luiz. “O que mais me deixa perplexo foi ele não ter tipo tempo de ter pedido socorro”, lamenta o piloto José Mauro.

Uma hipótese: grande colapso no avião

As 24 mensagens eletrônicas e automáticas foram enviadas em apenas quatro minutos. O engenheiro mecânico e piloto Jefferson Fragoso, que também é investigador de acidentes aéreos, tem uma hipótese: em vez de uma série de panes sucessivas antes da queda, o avião pode ter sofrido apenas um grande colapso.

“Se houver uma fratura estrutural no nível de voo que eles estavam - 34, 35 mil pés -, você demoraria exatamente quatro minutos pra chegar ao solo E durante este período todos os alarmes estão tocando, toda possível informação de falha está sendo mandada. Aconteceu ali em cima aqueles quatro minutos? Pelo o que a gente está vendo de evidência, não, durante a queda isto foi acontecendo”.

Uma possível queda livre em quatro minutos explicaria também por que o piloto não pediu socorro. “Se ele está realmente com tempo pra dar uma mensagem de emergência, ele com certeza diria: mayday, mayday, estou caindo”, completou Jefferson.

Fonte: G1 (com informações do Fantástico - TV Globo)

Mapa da evolução das buscas

Imagens divulgadas pela FAB mostram a evolução das buscas pelos corpos e destroços do Airbus

Fonte: UOL Notícias

Chega a 17 total de corpos resgastados em buscas de avião, informam militares

Nove devem chegar nesta terça (9) a Fernando de Noronha.

Avião da Air France desapareceu no dia 31 com 228 pessoas a bordo.




Marinha e Aeronáutica anunciaram no início da noite deste domingo (7) o resgate no mar de mais 12 corpos de ocupantes do airbus da Air France desaparecido no último dia 31 depois de ter partido do Rio de Janeiro com destino a Paris, na França.

Com esses, somam 17 os corpos recolhidos desde o início das operações de busca em alto mar, a 824 km do arquipélago de Fernando de Noronha, segundo informou o tenente-coronel Henry Munhoz, da Aeronáutica. Até a manhã deste domingo, havia a confirmação oficial de cinco corpos resgatados.

O ponto onde, segundo a Aeronáutica, se encontra a maior parte dos destroços está localizado a 1.166 km do Recife, distância equivalente à que separa São Paulo de Porto Alegre.

Clique na imagem para ampliar e ver o mapa de localização das operações de busca de corpos e destroços do avião - Imagem: divulgação/Força Aérea Brasileira

"Essa distância significa, por exemplo, ir de São Paulo a Porto Alegre de ônibus em 18 horas. Imaginando que essas distâncias serão percorridas por navios e, em alguns pequenos trechos, por aeronaves, dá para se ter uma percepção de como o processo logístico é complexo", exemplificou o oficial.

Oito dos 17 corpos foram retirados do mar pela fragata francesa Ventôse, segundo a Marinha. Os demais, pelos navios brasileiros. Todos os corpos foram resgatados em águas brasileiras, segundo o capitão-de-fragata Giucemar Barbosa.

De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), participam das operações de busca 14 aviões (12 brasileiros e dois franceses) e cinco navios brasileiros. Neste domingo, um navio francês se incorporou à operação.

A chegada a Fernando de Noronha de nove corpos, transportados pela fragata Constituição estava prevista inicialmente para esta segunda-feira (8), mas deverá acontecer somente na terça (9), informou a Marinha neste domingo.

Imagens do recolhimento de destroços do acidente com o avião da Air France - Fotos: divulgação/Marinha do Brasil

Desses nove corpos a caminho de Noronha, quatro são de homens e quatro de mulheres. O sexo de um dos nove corpos não está identificado.

A previsão é que, a cerca de 300 km da costa, um helicóptero vá ao encontro do navio (que navega em média a 40 km por hora) a fim de acelerar a chegada dos corpos ao arquipélago.

Segundo o tenente-coronel Munhoz, apenas a preparação inicial dos corpos será realizada em Fernando de Noronha. A liberação será feita no Instituto Médico-Legal (IML) de Pernambuco, no Recife. A identificação será feita conjuntamente pelas polícias Federal e Civil de Pernambuco.

"Eu gostaria de ressaltar aqui as responsabilidades de cada instituição: a busca e o resgate por corpos e destroços da aeronave são de responsabilidade da Marinha do Brasil e da Força Aérea Brasileira; os pertences dos passageiros que estão sendo localizados são de responsabilidade da empresa aérea; a investigação é responsabilidade das autoridades francesas; e por fim, a identificação dos corpos é de responsabilidade da Polícia Federal e da Polícia Civil de Pernambuco", afirmou o tenente-coronel da Aeronáutica.

Segundo as autoridades, centenas de objetos estão sendo avistados e recolhidos do mar, entre os quais partes das asas, partes da estrutura do avião, assentos, telas de LCD, máscaras de oxigênio e pertences pessoais dos passageiros da aeronave.

O Airbus da Air France transportava 228 pessoas de 32 nacionalidades, entre passageiros e tripulantes, na noite do último dia 31. O voo, de número 447, deixou o Rio de Janeiro às 19h30 (horário de Brasília) e fez o último contato de voz às 22h33. Às 22h48, o avião saiu da cobertura do radar de Fernando de Noronha.

De acordo com investigadores franceses, em um intervalo de quatro minutos, o avião emitiu 24 mensagens automáticas com sinais de anomalias no voo, das quais 14 entre 23h10 e 23h11.

Fonte: G1