terça-feira, 17 de maio de 2011

Novas regras protegem passageiro americano na hora de viajar de avião

A expectativa é que isso ajude a diminuir as tensões entre passageiros e empresas aéreas. As companhias terão até agosto para se adaptar.


Nos Estados Unidos, novas regras foram anunciadas para evitar um constrangimento na hora de viajar. Imagine esperar pela bagagem na esteira do aeroporto, e ela não aparece. “Isso me deixa furiosa”, diz uma mulher.

Ela não está sozinha. Só no ano passado, dois milhões de passageiros tiveram as bagagens extraviadas nos Estados Unidos. Agora o governo americano determinou que quem viaja terá direito não só a ser reembolsado pela mala perdida, mas também vai receber as taxas cobradas para despachar a bagagem que nunca chegou.

Todas as taxas cobradas na passagem, seja pela comida servida dentro do voo, pelo cobertor, travesseiro ou pela mudança na reserva, todos esses custos devem ser descriminados na página na internet das companhias aéreas. Se alguém for retirado de um voo por causa de overbooking, a compensação por este constrangimento será maior.

A companhia, além de realocar o passageiro em outra aeronave, terá de pagar para ele multa que poderá variar de US$ 800 a US$ 1,3 mil, ou seja, até R$ 2.040 dependendo de quanto tempo demorar para colocá-lo em um novo voo.

“Estamos tentando proteger os passageiros que em algumas situações são tratados com grande desrespeito”, disse o secretário de Transportes americano. Para o diretor da associação de passageiros, as novas exigências são um grande avanço.

As companhias terão até agosto para se adaptar às novas regras. A expectativa é que isso ajude a diminuir as tensões entre passageiros e empresas aéreas. Este ano, o reajuste das passagens por causa do aumento do preço dos combustíveis já deixou muito viajante de cabeça quente.

Fonte: Bom Dia Brasil

Mergulhadores tentam encontrar avião que caiu no Pará

Aeronave caiu na tarde de sábado; ainda não há notícias de sobreviventes

Cinco mergulhadores do Corpo de Bombeiros de Belém, no Pará, foram mobilizados para ajudar nas buscas ao avião acidentado no último sábado no Estado. O local onde foi encontrada parte da aeronave, no Rio Moju, é de difícil acesso e atrapalha a comunicação com os militares envolvidos na operação. Equipes de helicópteros da Força Aérea Brasileira (FAB) auxiliam os bombeiros.

No começo da tarde de sábado, um avião com três pessoas a bordo caiu a cerca de 30 quilômetros da vila Boa Esperança, no município de Breu Branco, no sudeste paraense. A aeronave havia saído às 13h da cidade de Senador José Porfírio, em direção à Ulianópolis. O avião era pilotado pelo empresário Liomar Resende, filho de um fazendeiro da região.

O Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa) vai realizar a vistoria que determinará as causas do acidente. Ainda não há registros de sobreviventes.

As primeiras informações do Seripa I (Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) dão conta de que, na aeronave - modelo Cessna C-210, matrícula PR-HSM (foto acima) -, cabem cinco pessoas. Porém, ainda não há como precisar o número exato de tripulantes nem suas identidades. Inicialmente foi divulgado que três pessoas estavam na aeronave.

Fontes: Solange Spigliatti (Central de Notícias/Estadão) / Renato Castroneves (Folha.com) - Foto: bgerman.com

Avião de pequeno porte cai e deixa 1 morto e 1 ferido em MG



Um ultraleve modelo  Dynamic WT-9, prefixo PU-PPC, caiu na manhã desta terça-feira na zona rural de Teófilo Otoni, a 450 km de Belo Horizonte (MG). Segundo o Corpo de Bombeiros, duas pessoas estavam a bordo da aeronave - uma delas morreu com o impacto.

Por volta das 11h50, equipes dos Bombeiros estavam no local e prestavam socorro ao outro ocupante da aeronave, que sofreu ferimentos graves. De acordo com a corporação, o avião caiu na fazenda Suíça II, próximo ao córrego São José, em uma área de difícil acesso.

Fonte: Terra - Foto: Elvis Passos/Diário de Teófilo Otoni

Em 2010, de cada 5 aviões vendidos, 1 era da Embraer

A Embraer tem avançado a passos largos no mercado global de aviação executiva. A fabricante brasileira já é a terceira maior do mundo nesse segmento, dominado há décadas por empresas europeias e da América do Norte. Em 2010, um em cada cinco aviões vendidos no mundo foi fabricado pela empresa brasileira e o jato Phenom 100 passou a ser o aparelho mais vendido do mundo.

Para conquistar uma fatia ainda maior do mercado e se transformar em líder até 2015, a empresa já transfere para os Estados Unidos e para a China parte de sua produção, para estar mais próxima do mercado consumidor, e internacionaliza sua cúpula, até hoje dominada por executivos nacionais. Além disso, US$ 100 milhões ainda estão sendo investidos para montar centros de atendimento para os donos desses jatos em todo o mundo.

Há 15 dias, o americano Ernest Edwards, que era responsável pela área de vendas da empresa na América do Norte e no Caribe, assumiu a vice-presidência para o Mercado de Aviação Executiva, substituindo Luis Carlos Affonso.

Com sete jatos executivos em seu portfólio, a Embraer não disfarça a dificuldade do período de crise. Na empresa, todos admitem que a crise não acabou e que uma recuperação de vendas ocorrerá apenas a partir de 2012. Mas a companhia destaca que ganhou uma nova parcela do mercado nos últimos anos. Em 2005, quando vendeu seu primeiro avião executivo de pequeno porte - o Phenom -, a Embraer tinha apenas 2,5% do mercado mundial no setor. Cinco anos depois, já são 200 Phenoms em operações, além de 99 Legacys.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo - Imagem: Divulgação/Embraer

Consórcio quer 'popularizar' compra de helicóptero e avião

Grupo lançado no fim do ano passado já tem 240 cotas vendidas.

Financiamento livre de juros atrai quem está disposto a gastar R$ 1,2 mi.

Dono de uma rede de escolas de ensino à distância, o empresário Denis Madureira, 40 anos, passa mais tempo viajando com sua equipe do que na cidade onde mora, Alfenas, no sul de Minas Gerais. Para encurtar distâncias, ele decidiu comprar um avião. As quatro horas que levava para chegar a São Paulo de carro foram reduzidas para 90 minutos. Agora, para livrar-se do trânsito das grandes capitais onde tem escritório e estar ainda mais cedo no seu destino, Madureira quer um helicóptero.

Denis Madureira, dono de uma empresa de ensino à distância no Campo de Marte, zona norte de São Paulo

De olho nesse público, de empresários de alto poder aquisitivo, dispostos a reduzir gastos com passagens aéreas ou mesmo chegar à casa de praia em menos tempo, empresas de consórcio já oferecem bens considerados de luxo, como aviões executivos e helicópteros. A vantagem anunciada é que, diferente das linhas de crédito disponíveis no mercado, esse modelo de compra cobra apenas taxa de administração, que reduz o valor da compra.

“A economia é muito maior comprando pelo consórcio. Só para você ter uma ideia: se seu financiasse o helicóptero, a uma taxa de juros de 1,3%, em 60 meses, pagaria uma parcela de R$ 28 mil. No final, ele sairia por R$ 1,8 milhão. Já com o consórcio, vou conseguir uma carta de crédito de R$ 1,2 milhão, pagando R$ 11 mil por mês”, disse Madureira, que tem uma cota de consórcio de um avião Cirrus e de um helicóptero Robinson, ambos de quatro lugares.

Com a proposta de “colocar os sonhos em prática, com um pouquinho por mês”, a Unilance, empresa paranaense de consórcios, especializada na oferta de bens de maior valor, lançou um grupo no final do ano passado, que hoje conta com 240 cotas vendidas de aviões e helicópteros.

“Dependendo do lugar para onde voa, quatro locações ao mês já equivalem ao preço de uma parcela do consórcio, que varia de R$ 8 mil a R$ 12 mil”, afirmou o diretor da Unilance, Caio Silva. No consórcio, há cartas de crédito para a aquisição desses equipamentos que podem ser pagas no prazo de 80 a 120 meses, com uma taxa de administração de 15% do valor.

A ideia do grupo é “popularizar” a compra de aeronaves executivas, principalmente para empresários em ascensão, já que os preços dos modelos oferecidos não ficam distantes da realidade de muitos.

“Queremos vender para aquele cara que pode ir para a Disney com seu próprio avião e nem imagina ou para aquele empresário que quer escapar do trânsito e chegar mais rápido a sua casa em Ubatuba [no litoral norte de São Paulo]. Tem muita gente ganhando dinheiro e estamos atentos a isso.” No grupo de consorciados, que terá o primeiro sorteio em meados de junho, a maioria dos participantes é de profissionais liberais, executivos e fazendeiros.

Diante da demanda por esse tipo de consórcio, que superou as expectativas da Unilance, outras empresas de avião ofereceram parcerias para que cartas de crédito para suas aeronaves também fossem vendidas. Hoje, o consórcio trabalha apenas com duas empresas norte-americanas, que têm representantes no Brasil. “O mercado de aviação ainda está engatinhando no Brasil, mas enxergamos um grande potencial. Percebemos que há um público que quer comprar seu próprio avião, que sentiu o gostinho andando em um de um amigo.”

Empresário já tem um avião e comprou mais duas cotas de consórcio para um avião e outro helicóptero

Ainda que haja muito mercado para ser explorado, principalmente pelas empresas de consórcios, o Brasil só perde para os Estados Unidos quanto ao número de aeronaves executivas. De acordo com dados da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), atualmente existem 1.225 aeronaves no país, contra 17.937 nos Estados Unidos. Depois do Brasil, aparecem Canadá (1.117), México (1.035) e Alemanha (664).

A oferta de bens de elevado valor também se estende a outros tipos de máquinas, como ultraleves e barcos e até máquinas agrícolas, que chegam a custar R$ 1 milhão.

Apesar de recente, a oferta de aviões e helicópteros por meio de consórcio já anima o setor. Para o presidente da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), Paulo Rossi, essa forma de pagamento começa a ganhar a preferência dos consumidores, atendendo a diferentes classes sociais. A previsão da entidade é que o crescimento de vendas de cotas, considerando todos os tipos de consórcio, seja da ordem de até 8% em 2011.

“A gente fica muito feliz que esses nichos estejam sendo explorados. O consórcio é um mecanismo de compra programada, de investimento. A melhor opção para quem comprar um avião ou um helicóptero, por exemplo, e não tiver pressa, é entrar em um consórcio.”

A demanda por esse tipo de bem, pago por meio de consórcio, pode ser consequência do momento vivido pelo país, que, ao mesmo tempo em que cresce, se vê obrigado a aumentar as taxas de juros para segurar o avanço da inflação. “Esse momento de juros altos já pode ser um reflexo das medidas de contenção de crédito. Se continuar assim, é esperado que a venda de cotas aumente ainda mais”, disse.

Fonte: Anay Cury (G1) - Fotos: Flávio Moraes/G1

Associação de vítimas do voo AF447 diz que acusar pilotos é ‘absurdo’

Jornal francês afirmou ter tido acesso ao conteúdo das caixas-pretas.

BEA também contesta e chama informação de "sensacionalista".

O presidente da Associação de Vítimas Brasileiras do voo AF447, Nelson Faria Marinho, definiu como ‘tremendo absurdo’ o fato de o jornal francês "Le Figaro" publicar um artigo, nesta terça-feira (17), dizendo que as análises das caixas-pretas do avião indicam que o acidente da Air France teria sido causado por erros dos pilotos. O texto isenta a Airbus de responsabilidade na tragédia que matou 228 pessoas em junho de 2009.

“É um tremendo absurdo, fico até impressionado com um jornal de respeito que é o Le Figaro publicar isso. Não consigo acreditar em tamanho absurdo. (...) Se preciso for, vou a um tribunal internacional. Não vamos nos conformar, sabemos que não é o piloto, claro que não é o piloto”, afirmou Nelson, que perdeu um filho no acidente.

Uma das caixas-pretas do voo 447 é apresentada à imprensa durante entrevista coletiva na quinta-feira (12), em Paris

Segundo ele, na última reunião que teve no Escritório de Investigações e Análises da França (BEA, sigla em francês) ele sugeriu os Estados Unidos como um país neutro para fazer o trabalho de investigação da caixa-preta. “Eles se voltaram contra mim, porque eles querem manipular isso. O proprietário, o dono da empresa, não poderia estar invedtigando a si próprio”, ressaltou ele.

O BEA declarou à BBC Brasil estar ''chocado'' com o que chamou de ''informações sensacionalistas e não confirmadas" publicadas pelo jornal Le Figaro. "Nós nem começamos a analisar os dados das caixas-pretas do avião. Essas informações (dados das caixas-pretas) serão cruzadas com a perícia das peças resgatadas do avião e outros elementos e esse processo todo vai durar meses", disse à BBC Brasil a porta-voz do BEA, Martine Del Bono.

Em artigo intitulado 'A pista do erro da tripulação se confirma', o Le Figaro afirma deter informações sobre a análise das caixas-pretas 'dadas a conta-gotas' por investigadores do BEA e por fontes do governo francês.

"É insensato dizer que em apenas 24 horas após ter recuperado os dados das caixas-pretas os investigadores já teriam as conclusões das causas do acidente. Isso é desonesto e é irresponsável em relação às famílias das vítimas", afirma Del Bono.

Suposta prova

O Le Figaro afirma que uma prova de que as investigações apontariam para erros dos pilotos seria o fato de a Airbus, fabricante do avião, ter enviado uma nota às companhias aéreas nesta terça-feira, dizendo que 'após as análises preliminares das caixas-pretas', em termos de segurança aérea, ela 'não tem nenhuma recomendação imediata' a fazer a seus clientes.

"Utilizar a palavra 'análise' das caixas-pretas não está correto. Esse documento não quer dizer nada. Os aviões da Airbus continuam voando 23 meses após o acidente e eles apenas quiseram dizer às companhias aéreas que não há nenhum elemento novo" diz o BEA.

A porta-voz explica que somente a análise de todos os dados coletados pelos investigadores permitirá descobrir a sequência de eventos do voo que acarretaram o acidente. Segundo ela, um relatório preliminar, com os primeiros elementos constatados pelos investigadores franceses deverá ser publicado em agosto.

Mas o relatório final, sobre as causas do acidente que matou 228 pessoas, só será divulgado no primeiro trimestre de 2012.

Em um comunicado, o BEA informa ter "quase certeza" de que as causas do acidente poderão ser desvendadas e afirma ainda "que qualquer informação divulgada por outra fonte e não confirmada pelo BEA não tem nenhuma validade'.

Os investigadores franceses conseguiram, neste último final de semana, recuperar os dados das duas caixas-pretas do avião.

Fonte: G1 - Foto: Mehdi Fedouach/AFP

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Justiça brasileira condena pilotos dos EUA por acidente do voo 1907

Lepore e Paladino pegam 4 anos e 4 meses em regime semiaberto.
Mas sentença troca pena por prestação de serviço; acidente foi em 2006.


Quase cinco anos após o acidente que matou 154 pessoas no interior de Mato Grosso, o juiz federal Murilo Mendes, da Vara de Sinop, a 503 km de Cuiabá, decidiu condenar os pilotos norte-americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino que pilotavam o jato Legacy que colidiu com o avião da Gol, no dia 29 de setembro de 2006.

Os pilotos foram condenados a quatro anos e quatro meses de prisão. Mas a pena foi revertida em prestação de serviço comunitário nos Estados Unidos. Além disso, eles tiveram os documentos de habilitação para voo suspensos pelo período da condenação. A defesa dos pilotos pode recorrer da decisão ao Tribunal Regional Federal (TRF) em Mato Grosso.

O juiz federal afirmou, em seu despacho, que houve negligência por parte dos pilotos em relação à falta de verificação do funcionamento do transponder (equipamento da aeronave que passa aos controladores de voo no solo informações como a altitude, velocidade e direção do avião) e do TCAS (que informa ao piloto a existência de outras aeronaves nas proximidades). O juiz, porém, não determinou o pagamento de danos às vítimas.

Controladores

Quanto aos controladores, o juiz federal informou em entrevista ao G1 que a decisão deve sair nos próximos dias. Os réus respondem por atentado à segurança do tráfego aéreo e a pena pode variar de 1 ano e 9 meses a 5 anos e 4 meses de detenção. A procuradora da república Analícia Ortega Hartz disse que os controladores de voo Jomarcelo Fernandes dos Santos e Lucivando Tibúrcio de Alencar devem ser considerados culpados por terem agido com imperícia e negligência.

Famílias

“A pena foi muito branda. Ficamos decepcionados”, declarou a presidente da Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo 1907, Angelita De Marchi, ao tomar conhecimento da decisão.

Viúva de uma das vitimas, Angelita disse que é muito sofrido lembrar o acidente, porém destaca que a decisão poderá ao menos aliviar o sofrimento dos familiares. “Pelo menos nós [familiares] conseguimos uma vitória que foi a cassação da permissão de voo”, ressaltou Angelita.

O advogado José Carlos Dias, que defende os pilotos, disse que ainda não teve acesso à decisão e preferiu não se pronunciar sobre a sentença.

Saiba mais


Fonte: Ericksen Vital (G1) - Foto: Reprodução/TV Globo

Franceses dizem que as caixas-pretas do voo 447 estão legíveis


A análise dos dados vai demorar algumas semanas. As caixas-pretas contêm informações do voo e duas horas de conversas na cabine dos pilotos, que serão fundamentais para explicar a causa do acidente.

Autoridades francesas anunciaram que as informações das duas caixas-pretas do voo 447 da Air France estão preservadas e podem ser lidas pelos investigadores. A análise dos dados vai demorar algumas semanas.

As caixas-pretas contêm milhares de informações técnicas sobre o voo, além das duas últimas horas de conversas na cabine dos pilotos, e são fundamentais para explicar a causa do acidente. Um relatório preliminar vai ser divulgado em três meses.

O A330 caiu em 2009 no Oceano Atlântico com 228 pessoas a bordo.

Fonte: Jornal Nacional (TV Globo)

Balão registra lançamento de ônibus espacial da estratosfera

Uma câmera presa a um balão registrou de um ângulo diferente o lançamento do ônibus espacial Endeavour, nesta segunda-feira. O aparatou, construído por estudantes que participam de uma ONG, fotografou a partida da espaçonave a 19,5 mil m de altitude - segundo o perfil da organização no site de microblogs Twitter.

As imagens mostram o ônibus espacial ao deixar um rastro de fumaça durante a subida ao Espaço. O balão foi construído por estudantes que participam da Quest for Stars, organização que incentiva estudantes a criarem aparatos para exploração espacial.

Última viagem

O ônibus espacial Endeavour partiu em sua última missão rumo à Estação Espacial Internacional (ISS). O lançamento foi realizado às 08h56 da Flórida (09h56 de Brasília). Durante sua missão de 16 dias, que comportará ao todo quatro saídas ao espaço, os astronautas levarão um importante experimento físico para estudar a origem do Universo e a chamada matéria escura.

O programa americano de ônibus espaciais, que já possui 30 anos, terminará formalmente em 2011 com esta missão do Endavour e com o último voo do Atlantis, possivelmente em julho. A partir de então, os astronautas americanos dependerão de cápsulas espaciais russas para ir e vir da ISS.

A última missão do Endeavour foi adiada poucas horas antes do lançamento, no dia 29 de maio, por problemas no sistema de aquecimento da nave. "Os reparos feitos nestas duas últimas semanas já estão terminados, todas as peças suspeitas foram repostas e todas as provas destes sistemas terminaram. Está tudo bem", explicou Jeff Spaulding, diretor de provas do ônibus espacial em uma conferência de imprensa na sexta-feira. "Estamos prontos para o lançamento", completou.

A contagem regressiva começou oficialmente na sexta-feira às 08h de Brasília, sendo que os seis membros da tripulação - cinco americanos e um italiano, o astronauta Roberto Vittori, da Agência Espacial Europeia - chegaram ao centro espacial Kennedy na última quinta-feira.

Fonte: Terra (com informações de agências internacionais) - Foto: QuestForStars.com/Challenger Center/Coalition for Space Exploration/Divulgação

NASA lança ônibus espacial Endeavour para sua última missão

Ônibus especial Endeavour decola na Flórida para viagem final


O ônibus espacial norte-americano Endeavour decolou do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, nesta segunda-feira, para sua última viagem, que tem como objetivo entregar experimentos físicos pioneiros à Estação Espacial Internacional.

O voo é o 25o e final do Endeavour, que deve atingir a órbita espacial na quarta-feira. A Nasa planeja apenas mais uma missão para a estação espacial, em julho, usando o ônibus espacial Atlantis, antes de encerrar seu programa de 30 anos de transporte para o espaço.

O último voo do Endeavour está sob comando de Mark Kelly, um veterano de quatro viagens espaciais casado com a deputada Gabrielle Giffords - que ainda se recupera de uma tentativa de assassinato em janeiro, quando seis pessoas foram mortas e 12 ficaram feridas. Ela estava no Centro Especial Kennedy para assistir ao lançamento.

Com Kelly e mais cinco astronautas veteranos a bordo, o Endeavour partiu às 8h56 da manhã (9h56 de Brasília), quando a rotação da Terra deixou a distância entre o ponto de lançamento e a estação especial em 354 quilômetros.

"Esse é um grande dia para lançar o Endeavour pela última vez, então em nome de milhares de americanos orgulhosos que fizeram parte dessa jornada, boa sorte", disse o diretor do lançamento, Mike Leinbach, à tripulação por rádio minutos antes da decolagem.

Cerca de 500 mil pessoas, muitas delas com os carros estacionados numa rodovia, acompanharam o lançamento no Centro Espacial Kennedy, de acordo com autoridades.

Esse é o 134o voo de um ônibus espacial na história.

Fontes: Irene Klotz (Reuters) via O Globo

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Pai e filha morrem em acidente aéreo anos após escaparem de avião em chamas

Elzie Warren e sua filha, Phyllis Ridings, estavam a caminho de um evento quando seu monomotor explodiu.


Elzie Warren, 70 anos, e sua filha Phyllis Jean Ridings, 54 anos

Um pai e sua filha morreram no último sábado (7) em consequência da explosão do avião monomotor Harold L. Woodward Ravin 500, prefixo N913RA, em que estavam, quatro anos depois de sobreviver por pouco a uma acidente do mesmo tipo.

Elzie Warren, de 70 anos, e sua filha Phyllis Jean Ridings, de 54 anos, voavam em um avião experimental a caminho de um evento na cidade de Temple, no Texas, quando perceberam fumaça no assento do piloto.

Warren e Phyllis tentaram voltar para o aeroporto de Houston e fazer um pouso forçado, mas o monomotor modelo Ravin 500 explodiu, matando os dois.

Investigadores da Federação Americana de Aviação e do Conselho de Segurança Nacional do Transporte ainda tentam determinar a causa do acidente.

Acidente anterior

Em 2007, eles também voavam em um avião experimental, de montagem caseira, quando um incêndio no motor os forçou a pousar em um campo de feno.

Warren, que tinha uma empresa de motores para aviões experimentais, e Phyllis Ridings, uma corretora de imóveis, escaparam da aeronave, que foi destruída pelo fogo.

Na época, Ridings disse ao jornal Houston Chronicle que dava "todo o crédito (por terem escapado ilesos) a Deus e ao talento de piloto de meu pai".

Fonte: BBC Brasil via Estadão - Fotos: www.geareddrives.com/BBC Brasil / Karl Anderson/AP

Conteúdo das caixas-pretas do voo 447 será conhecido em três dias

Gravadores localizados em alto-mar chegaram nesta quinta (12) a Paris.

Conteúdo é fundamental para elucidar acidente que matou 228 em 2009.

As duas caixas-pretas do voo 447 da Air France, que caiu no mar em 31 de maio de 2009 deixando 228 mortos, chegaram nesta quinta-feira (12) a Paris, mas segundo os investigadores da BEA (Escritório de Investigação e Análise, na sigla em francês), levará "ao menos três dias" para saber se o conteúdo está em bom estado.

Localizados no início deste mês em alto-mar, os gravadores que ficaram submersos durante dois anos a 4 mil metros de profundidade foram apresentados à imprensa na sede do escritório francês em Bourget, nos arredores de Paris, e começam a ser analisados ainda na tarde desta quinta pela equipe responsável pela investigação.

Uma das caixas-pretas do voo 447 é apresentada à imprensa durante entrevista coletiva nesta quinta (12), em Paris - Foto: Mehdi Fedouach/AFP

Os conteúdos das caixas-pretas são fundamentais para elucidar o acidente com o Airbus que caiu no Atlântico quando fazia a rota Rio-Paris, já que contém a gravação das conversas na cabine da aeronave.

O diretor do BEA, Jean-Paul Troadec, disse que “exteriormente as caixas-pretas estão em bom estado” porque os elementos protetores “cumpriram sua função antichoque”. O que não quer dizer, afirmou, que o conteúdo seja válido para a investigação, já que o equipamento ficou quase dois anos a 4 mil metros de profundidade.

Troadec também esclareceu que, embora na próxima semana já seja possível saber se o equipamento cumpriu a função de registrar as conversas e dados do voo, não significa que será possível conhecer as circunstâncias do acidente.

“É preciso confirmar estes dados, confrontar com outros que temos ou que podemos obter de outras peças que serão recuperadas”, disse.

“Temos que deixar os investigadores e pesquisadores trabalharem de forma serena, no tempo necessário. Na semana que vem teremos mais elementos, mas não explicações. Não esperem que na próxima semana haja um comunicado sobre o acidente. Ainda falta mais tempo, não queremos dar um prazo. Podem ser vários meses”, disse.

O responsável pela investigação, Alain Bouillard, no entanto, sinalizou que não divulgará um comunicado com conclusões sobre o acidente antes do final deste ano, mas se recusou a dar uma data.

Troadec disse que as conversas entre os pilotos não serão divulgadas ao público, mas disse que a possível transcrição fará parte do comunicado final, se for útil à investigação.

Resgate de corpos

Quanto ao resgate de corpos das vítimas, o fiscal-adjunto de Paris, Jean Quintard, disse que a prioridade da investigação é recuperar elementos que sejam úteis para a compreensão do acidente.

Familiares das vítimas tem manifestado o desejo de que os corpos sejam recuperados, para que seja possível identificá-los.

Até agora foram recuperados dois corpos, que estão sendo submetidos a exames de DNA para avaliar se é possível identificá-los.

O estado de conservação dos corpos, que também permaneceram quase dois anos em águas profundas, dificulta o resgate e a identificação. De acordo com a equipe, os exames de DNA são realizados nos ossos dos cadáveres e não é possível precisar se conseguirão identificar as vítimas do voo.

Especialista brasileiro

O Comando da Aeronáutica brasileiro enviou na noite de terça-feira (10) para a França um oficial especialista em abertura e degravação de caixas-pretas para acompanhar na sede do BEA a leitura dos gravadores recuperados em alto-mar.


Fonte: G1, com agências internacionais

Resultado de DNA de vítimas do AF 447 sai em sete dias, diz agência

Exames de dois corpos resgatados dos destroços determinarão a retirada de outras vítimas.

Entrevista coletiva em que as caixas-pretas do voo foram apresentadas, nesta terça (12)

Os resultados dos testes que tentam extrair o DNA dos ossos das duas vítimas retiradas dos destroços do voo AF 447 da Air France deverão ser conhecidos na próxima quarta-feira, segundo um procurador francês.

Se os resultados forem negativos, nenhum outro corpo será retirado do fundo do mar, disse nesta quinta-feira Jean Quintard, procurador-adjunto do Tribunal de Grande Instância de Paris.

'Se não for possível extrair o DNA e identificar os corpos, será inútil resgatá-los', disse Quintard a jornalistas, na sede do Escritório de Investigações e Análises (BEA, na sigla em francês), após a chegada das duas caixas-pretas do avião a Paris.

'Os corpos ficaram quase dois anos a 3,9 mil metros de profundidade e a natureza seguiu seu curso. Existem incertezas em relação à possibilidade de se conseguir extrair o DNA ósseo nessas condições', afirmou o coronel François Daust, do Instituto de Pesquisas Criminais da Polícia Militar francesa, que conta com especialistas e legistas a bordo do navio utilizado no resgate dos corpos.

Os testes estão sendo realizados por um laboratório privado francês. Para extrair o DNA dos corpos, os especialistas devem utilizar ossos grandes, como o fêmur ou a tíbia.

Troca de tripulação

Na sexta-feira, o navio Île de Sein deixará a área de buscas, situada a cerca de 1,1 mil quilômetros da costa brasileira, e retornará a Dacar, no Senegal, para efetuar a troca da tripulação, que será reforçada com mais quatro especialistas do Instituto de Pesquisas Criminais.

O navio deverá sair de Dacar no dia 18 e chegar à área de buscas por volta do dia 21 de maio. No entanto, dependendo dos resultados dos testes para tentar extrair o DNA dos dois corpos já resgatados, os investigadores poderão nem retornar ao local onde foram localizados os destroços.

'Se apenas um dos testes for positivo e conseguirmos extrair o DNA de apenas uma das vítimas, continuaremos os resgates dos corpos', disse o procurador-adjunto de Paris.

'Faremos todo o possível para resgatar os corpos', ressaltou o coronel, sem dar detalhes sobre como seriam os procedimentos para selecionar os corpos menos deteriorados no fundo do mar.

Segundo o coronel Xavier Mulot, da direção da Polícia dos Transportes Aéreos, que conduz as investigações judiciárias, cerca de 50 corpos foram localizados na área dos destroços do avião, que caiu no Atlântico em 2009.

Resgate

A Justiça francesa informou nesta semana que os corpos muito degradados não seriam resgatados para 'preservar sua dignidade'.

No entanto, famílias brasileiras contestaram essa decisão, já que muitas gostariam de recuperar os restos mortais de seus parentes, independentemente do estado em que se encontram.

O procurador lembrou o conteúdo da carta enviada nesta semana pelos juízes responsáveis pelas investigações judiciais às famílias das vítimas.

'Na hipótese em que uma identificação se revele impossível, acreditamos que, em respeito aos desaparecidos e a vocês mesmos, eles devam seguir repousando em paz em sua última moradia', diz a carta.

Fonte: BBC via G1 - Foto: AP

segunda-feira, 9 de maio de 2011

EUA revivem nervosismo pós 11/9 com 3 incidentes aéreos em pleno voo

Momento de pavor: o suspeito gritava dentro da cabine

Um passageiro de um avião com destino a São Francisco foi rendido pela tripulação na noite de domingo (8), quando tentou entrar na cabine em pleno voo, no terceiro incidente aéreo registrado nos Estados Unidos recentemente e que reviveu temores terroristas.

Apesar dos três episódios terem acabado como falsos alarmes, a imprensa americana já os vinculam ao crescente nervosismo entre os passageiros em consequência da operação militar que matou Osama bin Laden na semana passada e pelo trauma após os atentados do 11 de Setembro de 2001.

O passageiro, Rageit Almurisi, 28 anos, que viajava num Boeing 737 da American Airlines com passaporte iemenita de Chicago com destino a São Francisco (voo AA1561), levantou de seu assento 10 minutos antes da aterrissagem e bateu na porta da cabine, informou Michael Rodríguez, oficial da Polícia de São Francisco ao jornal "San Francisco Chronicle".

A porta estava fechada, e membros da tripulação e passageiros conseguiram imobilizar o passageiro até que o avião concluísse a aterrissagem.

Segundo Rodríguez, não se encontraram indícios terroristas e assinalou que o passageiro sofria "transtornos mentais".

Previamente, também no domingo, se registraram dois fatos de voos que desviaram de sua rota e que realizaram aterrissagens não previstas em Alburquerque, Novo México, e São Louis, Missouri.

O primeiro aconteceu na manhã quando um avião da Delta Air Lines que tinha partido de Detroit rumo à cidade californiana de San Diego, aterrissou em Alburquerque.

Segundo a imprensa local, o piloto notificou aos passageiros que realizaria uma parada depois que uma aeromoça encontrasse em um dos banheiros da aeronave uma nota ameaçadora que continha a palavra "bomba",

As autoridades afirmaram que o avião, o Boeing 737-832, prefixo N3757D, com 113 pessoas a bordo, estava sendo revisado por uma "potencial ameaça de segurança".

Uma vez no aeroporto Sunport de Alburquerque, os passageiros foram submetidos a uma revisão com auxílio de cães farejadores que determinou "evidências negativas" sobre a possível existência de explosivos a bordo, informou o escritório local do FBI.

Posteriormente, os passageiros voltaram ao avião e retomaram seu caminho para San Diego, relatou a "CNN". (matéria em post anterior)

Na tarde, um "passageiro rebelde" tentou abrir a porta do avião Boeing 737-824, prefixo N12238 (foto acima), após uma hora de voo do aeroporto de Houston com destino a Chicago.

Igualmente, os pilotos de Continental Airlines decidiram aterrissar imediatamente em Saint Louis onde o passageiro foi interrogado pelo FBI.

De acordo com fontes locais, não foram apresentadas acusações contra o passageiro que, por sua vez, explicou que tinha sofrido um "ataque de pânico".

Fontes: EFE / Site Desastres Aéreos

Barcelona terá avião personalizado para a final da Liga dos Campeões

Empresa de aviação que patrocina o clube ofereceu transporte gratuito para a equipe, que enfrenta o Manchester United no dia 28 de maio em Wembley

O presidente da companhia aérea Turkish Airlines, Hamdi Topçu, anunciou que sua empresa levará gratuitamente o time do Barcelona a Londres, para para disputar a final da Liga dos Campeões da Europa, no próximo dia 28 de maio, contra o Manchester United.

Topçu avisou que a intenção é levar a equipe "em um avião azul e grená". Alguns aviões da frota da empresa já tem as cores do clube catalão, que opera linhas regulares durante todo o ano e que tem este tipo de pintura por conta de um acordo de patrocínio entre os turcos e o Barça.

O avião é o Boeing 737-8F2, prefixo TC-JGY.

Fonte: Globoesporte.com - Fotos: Reprodução/Marca.com

Polícia prende acusado de usar avião da FAB para transportar cocaína

José Roberto Monteiro Zau, acusado de integrar uma quadrilha que nos anos 1990 usava aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para transportar cocaína para a Espanha, foi preso por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Polícia Federal, no bairro da Tijuca, logo depois de deixar a mãe em casa.

Ao ser abordado pelos policiais, ele apresentou um documento falso de identidade em nome de Luís Filipe de Lemos Henrique. O acusado, que há 12 anos vinha sendo procurado, era responsável pelo recebimento da droga na Europa, onde residia.

Zau tem contra ele um mandado de segurança expedido pela 6ª Vara Federal Criminal no Rio de Janeiro. Mas o flagrante de prisão foi feito com base no crime de falsidade ideológica.

Segundo a Polícia Federal, com a prisão, o processo em que Zau é acusado por tráfico de entorpecente “voltará a tramitar na Justiça, onde ele pode ser condenado por tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico, que prevê pena até 30 anos de prisão”.

Fonte: Nielmar de Oliveira (Repórter da Agência Brasil) - Edição: Aécio Amado

Piloto de um monomotor é obrigado a fazer pouso forçado no Sul de Minas

Segundo a polícia, piloto disse que avião sofreu uma pane mecânica.


O acidente aconteceu em Três Corações, na Região Sul de Minas Gerais.


O piloto do monomotor (ultraleve) Excel Cargo, prefixo PU-NLS,  foi obrigado a fazer um pouso forçado em uma plantação de batas em Três Corações, na Região Sul de Minas Gerais, neste domingo (8). De acordo com a polícia, o piloto disse que o avião teria sofrido uma pane mecânica. Ainda segundo a polícia, ele tentava chegar ao aeroporto que fica entre Três Corações e Cambuquira.

O piloto e um passageiro não ficaram feridos, de acordo com a polícia.

O avião saiu de Caratinga, na Região Leste do estado, com destino a Campinas, no interior de São Paulo. A documentação do monomotor está regular e o piloto tem autorização para pilotar o monomotor, de acordo com a polícia.


Fonte: G1 MG, com informações da EPTV e Bom Dia Minas - Foto: Reprodução EPTV

Avião desvia da rota nos EUA após encontrar "bilhete ameaçador"

Um avião procedente da cidade americana de Detroit com destino a San Diego desviou de rota neste domingo e pousou em Albuquerque, no estado do Novo México, por uma "potencial ameaça à segurança", informou a Administração de Segurança de Transporte (TSA) dos Estados Unidos.

O Boeing 737-832, prefixo N3757D, da Delta Air Lines, com 113 pessoas a bordo, aterrissou às 10h local (13h de Brasília) no aeroporto internacional Sunport, em Albuquerque. Horas depois, o voo rumo a San Diego foi retomado.

O porta-voz do aeroporto, Danien Jiron, declarou então à emissora "CNN" que a aeronave estava em um "lugar remoto" do Sunport e que os passageiros estavam sendo revistados.

As autoridades disseram que o piloto do voo 1706, da companhia aérea Delta Airlines, decidiu seguir para Albuquerque depois que um membro da tripulação encontrou um "bilhete ameaçador" em um dos toaletes da aeronave.

Posteriormente, um comunicado da TSA informava que "os passageiros e a bagagem foram revistados novamente com uma equipe de cães" em Albuquerque.

Às 12h local (15h de Brasília), as autoridades do aeroporto indicaram que os passageiros voltariam ao avião para concluir sua viagem até San Diego.

Fonte: EFE via G1 - Fotos: AP

Resgatados computadores e turbina do avião do voo 447, diz França

Navio com caixas-pretas deve chegar à Guiana Francesa nesta quarta.


Airbus caiu sobre o Oceano Atlântico com 228 a bordo em 2009.

O Escritório Francês de Investigação e Análises (BEA) informou nesta segunda-feira (9) que conseguiu resgatar no Oceano Atlântico uma das turbinas e os computadores de bordo do Airbus A330 da Air France, do voo 447.

As peças já foram retiradas do fundo do mar.

Segundo o órgão, o navio da Marinha francesa La Capricieuse está navegando em direção ao porto de Cayenne levando a bordo as caixas-pretas do avião, encontradas na semana passada, e deve chegar à costa da Guiana Francesa na manhã de quarta-feira (11).


Turbina do Airbus do voo 447 é retirada do mar - Foto: Divulgação/BEA

Em seguida, os equipamentos, que se encontram selados sob ordem judicial, devem ser enviados por avião à França.

Acompanham a operação a bordo do La Capricieuse representantes do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, órgão brasileiro), do BEA e um oficial da Polícia Judiciária francesa.

Foto tirada no sábado (7) e divulgada nesta segunda (9) mostra pessoas colocando no navio francês La Capricieuse uma caixa com o Flight Data Recorder (FDR), uma das caixas-pretas do Airbus A330 do voo 447 - Foto: AP/BEA

Fonte: G1

O que aconteceu com o voo 447 da Air France? - Parte 6


Imagens do resgate da segunda caixa-preta do voo 447 - Foto: AP

No Alucia nesta primavera, enquanto os cientistas de Woods Hole examinavam as primeiras fotos do voo 447, eles viram mais do que um trem de pouso, turbinas e asas. Eles também viram corpos de pelo menos 50 passageiros espalhados por uma planície abissal na base das montanhas. Enquanto continuavam as buscas, eles encontraram uma parte da fuselagem danificada não muito longe e grande o suficiente para conter mais passageiros. Membros da equipe me disseram que um silêncio sombrio caiu sobre o navio e à medida em que a notícias dos corpos se espalhava pelo mundo, uma questão perturbadora começou a surgir.

Na água quase congelada, a duas milhas de distância, os corpos seriam extraordinariamente frágeis, mas também estariam conservados mais completamente que os daqueles que foram encontrados flutuando na superfície dois anos antes. Protegidos pela luz e quase que sem nenhuma presença de microorganismos, eles podem oferecer novas respostas não apenas sobre o que aconteceu no voo 447, mas também sobre como foi o fim dos homens e mulheres a bordo. A pergunta é se alguém vai querer saber sobre isso.

Uma manhã em Paris, parei no apartamento de Perola Milman, uma física quântica que perdeu seu marido, Ivan, no acidente. Milman é uma mulher esbelta e atlética que nasceu no Brasil, com pele cor de caramelo e um nariz aquilino. Nos sentamos de frente um para o outro na sala de estar, enquanto seus dois filhos brincavam por perto. Antes do acidente, Perola e Ivan sonhavam se mudar para a cidade francesa. Depois da tragédia, ela finalmente se mudou sem ele.

“Eu não podia mais ficar na nossa casa”, disse ela. “Não podia. Tive que seguir adiante. Por isso simplesmente fui embora. Deixei toda a mobília lá. Todas as minhas roupas. Tudo. Eu tinha de fazer isso.”

Ela virou a cabeça para ver os filhos, depois disse: “Crianças são incríveis, sabe? Uma psicóloga me disse depois do acidente que as crianças não têm senso de morte até os 6 ou 7 anos.

Mas eu questiono isso radicalmente. Quando aconteceu, José tinha 4 anos. E é claro que é uma conversa que nunca vou esquecer. Eu disse a ele, 'olha, houve um acidente com o avião do papai e ele não vai voltar pra casa.' E ele começou a chorar e eu nunca o havia visto chorando antes. Ele dizia 'mas tinha tantas coisas que eu queria fazer pra ele'.”

Os olhos de Milman ficaram marejados de lágrimas, mas ela continuou. “Sou uma cientista. Sei que algo concreto aconteceu com aquele avião. Mas não posso deixar de desejar o mistério. Não quero que tragam os corpos à tona. Não quero que isso tudo venha à superfície. Tenho essa necessidade de virar a página. É muito estranho imaginar que existe esse lugar e que meu marido está lá, vestindo as mesmas roupas que usava na última que o vi... E seu anel... E sua corrente no pescoço...” Sua voz desapareceu e ela sorriu.

No dia seguinte, visitei o apartamento de John Clemes, cujo irmão, Brad, havia partido do Rio num avião que iria se tornar o voo 447, à bordo do qual ele subiu novamente quando descobriu que não poderia entrar no Brasil sem um visto. Depois do acidente, Clemes e Milman ficaram amigos, mas a questão sobre trazer à tona os mortos pairava sobre eles.

Por mais que Milman sentisse o desejo profundo de deixar se marido nas profundezas, Clemes sentia uma obrigação de trazer seu irmão de volta para casa. “É horrível pensar que eles estão perdidos”, ele me disse. “Não existe corpo, não existe adeus, apenas... Sumiu. Nas primeiras semanas eu achei que eles iam achar o avião. Não podia imaginar que eles não iriam conseguir.”

Antes do anúncio feito pelo Alucia no mês passado, essas diferenças poderiam ser colocadas de lado, consideradas distantes e imateriais, mas a descoberta fez com que elas se manifestassem. Depois de menos de 24 horas, a ministra francesa da ecologia e transporte, Nathalie Kosciusko-Morizet, anunciou na televisão que "os corpos serão trazidos à tona e identificados.” Mas ainda não se sabe se será possível manter essa promessa. O BEA afirma que a o navio de recuperação no Ponto Tasil irá tentar localizar a caixa preta primeiro. Numa recente reunião, a ministra declarou que a embarcação tentará trazer um corpo usando o mesmo sistema com garra-e-cesta.

Especialistas em medicina legal afirmam que o procedimento é perigoso e arriscado. Depois de dois anos, os copos podem ser recuperáveis, mas eles terão uma consistência frágil e mole, que pode se desintegrar na garra robótica. Alguns especialistas dizem que os corpos deveriam ser fotografados exaustivamente por câmeras 3D antes que a recuperação da caixa preta tenha início. O processo de recuperação os destroços já pode ter dado inicio a turbulências no fundo do mar.

Mesmo que os corpos possam ser removidos, a questão de se eles devem ou não ser recuperados ainda é difícil de responder. No fim, a decisão é binária: ou todos os corpos são recuperados, ou eles são deixados no fundo. Mas essa é uma escolha que não poderia existir há uma década; é uma que só poderia ter surgido das estranhas circunstâncias do voo 447. Devido ao fato de o avião ser utilizado de forma tão ampla que seu desaparecimento teve de ser explicado. Porque a única explicação está na recuperação da caixa preta – um equipamento arcaico que está caminhando para se tornar obsoleto, mas ainda não estã. Porque as ferramentas e tecnologias para localizar essas caixas nas profundezas da dorsal oceânica estão disponíveis pela primeira vez agora. E assim, para desvendar o mistério mecânico, a conclusão para as famílias terá de esperar. Eles terão de se perguntar se suas mães e irmãos e irmãs voltariam para casa. Eles teriam de se debater com essa possibilidade, cada família sozinha, dividida dentro de si mesma e as vezes também por dentro.

Descendo de um avião no Brasil numa tarde, percebi que havia um e-mail marcado como urgente de Mary Miley, cuja irmã, Anne Debaillon Harris, estava no avião com seu marido, Mike, indo passar duas semanas em Paris. Anne e Mike eram os dois únicos americanos a bordo, e eu havia conversado com Miley talvez uma dúzia de vezes, às vezes por mais de duas horas.

Havia algo em Anne que me fazia voltar a ela. Eu poderia dizer que eram seus olhos, seu sorriso ou algum outro detalhe das fotos dela que eu vi, mas as histórias de Miley sobre sua irmã eram nostálgicas. Ela descreveu a luta de Anne contra o câncer aos 20 e poucos anos, o miniderrame no seu lado esquerdo, suas enxaquecas e ataques de fibromialgia que a acometiam por dias seguidos. Mas eu também ouvi os amigos de Anne falando sobre como no Rio muitos desses problemas pareciam desaparecer, pelo menos o bastante para permitir que Anne, uma garota da cidade de Lafayette, Louisiana, pudesse experimentar uma vida completamente diferente daquela que ela conhecida, passeando por mercados metropolitanos, barganhando com vendedores de rua e aprendendo a sambar. Eu me flagrei explorando seu bairro no Rio e dirigindo pelos morros no lado oeste da cidade para conhecer o bar num terraço onde ela e seus amigos iam à noite, olhando as praias enquanto as ondas se quebravam nas rochas lá embaixo.

E como sempre, eu entrava em contato com Miley para compartilhar com ela o que eu havia visto e ouvido – e para fazer mais perguntas sobre Anne. Agora Miley também tinha uma pergunta para fazer. Depois da queda, a empresa de petróleo de Mike havia fechado o apartamento deles, suas contas, e enviado para casa todos os seus pertences. Com uma exceção: as joias de Anne, ela havia descoberto recentemente, ainda estavam na empresa no Rio. Ela se perguntava se eu poderia trazê-las para ela. Na minha última manhã no Brasil, peguei três caixas de joias de Anne na empresa de petróleo e, alguns dias depois, aterrissei em Louisiana para entregá-las à senhorita Miley. Ela me recebeu na porta com um abraço e nos sentamos juntos diante uma mesa enquanto ela colocava os objetos de Anne na nossa frente – uma anel turquesa, uma bracelete fino, um colar com minúsculas pedras escarlates – dizendo coisas como "oh, Anne, este aqui, não sei não..."

Mas, quando abriu a última caixa, ela ficou congelada. A cor sumiu de seu rosto enquanto ela colocava a mão dentro da caixa, tirando um colar de pérolas. Ela as abraçou contra o peito e apertou os olhos. Depois de um longo silêncio, ela olhou para cima. “São as pérolas da mamãe”, disse. No dia anterior, eu havia ligado para Miley para lhe contar a respeito do voo 447 e sabia que ela ainda estaria lutando com os próprios sentimentos. Durante semanas, ela havia ido e voltado entre emoções diferentes. Um dia, ela dizia: “Não me importo se a encontrarem. Não vou trazer Anne de volta”.

Mas, no dia seguinte, ela me enchia de perguntas sobre como os submarinos funcionavam e se eles tinham mesmo uma chance de conseguir. Agora ela estava sentada tranquilamente com as pérolas. Ela as rolava entre os dedos. “Esta talvez seja a última coisa dela que terei”, disse ela. Seus olhos estavam vermelhos e cansados. “Espero que eles possam trazê-la de volta. Quando não havia motivo para ter esperança, eu não tinha. Mas agora que existe, eu tenho esperança.”

Leia a reportagem original publicada neste domingo no New York Times.

Fonte: Wil S. Hylton (New York Times) via G1