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A Infraero e a Tap realizaram nesta quarta feira (dia 5) uma homenagem ao Aeroporto Internacional de Brasília – Juscelino Kubitschek, que completou 53 anos dois dias antes.
A aérea portuguesa promoveu um flash mob – ação musical e interativa no meio do saguão de embarque. A ação foi prestigiada pelo presidente da Infraero, Murilo Marques Barboza, pelos membros da diretoria e de superintendências da estatal e pelo diretor de Marketing da Tap, Francisco Guariza.
Segundo a Infraero, “em pouco mais de cinco minutos, os integrantes do flash mob mesclaram cinco músicas de bandas brasilienses, como Legião Urbana, Raimundos e Natiruts”. O espetáculo contou com a presença do guitarrista Dado Villa-Lobos, uma orquestra e um coral vestidos com coletes “Posso Ajudar” da Infraero e uniformes da Tap.
O aeroporto Albano Machado, na província do Huambo, necessita de beneficiar com urgência de obras de reabilitação profunda da sua infra-estrutura, designadamente na pista, taxiways, placas e outras, de forma a garantir-se maior segurança nas operações de voos e poder receber aviões comerciais de grande porte, defendeu, sexta-feira, o director da instituição.
Segundo Januário Silvestre, que falava à Angop, nas actuais condições o referido aeroporto recebe em média um avião comercial por dia, da Transportadora Aérea Angolana (Taag), que não pode voar para o Huambo com os modernos Boeing 737 700 devido ao mau estado da pista.
Segundo explicou, nos voos para aquela cidade, a Taag utiliza apenas os velhos aparelhos, uma vez que os modernos têm fusilagem muito baixa (motores) e em função das condições actuais da pista podem sair danificados.
“Estamos a operar apenas com aviões velhos e com aqueles que têm a fusilagem mais alta, numa pista em que o avião crítico é o IL 76”, elucidou.
Ainda assim, salientou Januário Silvestre o aeroporto do Huambo tem condições para receber voos nocturnos, graças a um sistema de balizagem de campanha implementado ainda no tempo de guerra, e a sinalização ao longo da pista e nas áreas de operação.
Reconheceu não ser uma versão (de balizagem) adequada para aviões comerciais, mas sim para aviões a pedido e não comerciais.
Em termos de meteorologia, disse que o aeroporto está equipado, embora tenha considerado os meios disponíveis para leitura e avaliação das condições climatéricas de rudimentares.
“A infra-estrutura e os meios técnicos são bastante velhos mais ainda estão funcionais e vão apoiando a navegação aérea na província”, elucidou.
Entretanto, Januário Silvestre disse estar entusiasmado com a possibilidade para breve de reabilitação do Albano Machado, dentro do programa de modernização e apetrechamento de aeroportos e aeródromos em desenvolvimento pela Enana.
Enfatizou que existe uma programação de reabilitação que abrangerá todos os aeroportos e que o do Huambo não fugirá a regra.
“Nós estamos a aguardar que chegue a altura em que se vai pegar no aeroporto do Huambo. A ideia é transformá-lo no segundo aeroporto alternante do país e pensamos que as estruturas a nível central, quer do Estado como da Enana, devem estar a trabalhar na efectivação desse plano”, concluiu.
Os dois quilómetros de comprimento e 25 de largura da pista apresentam várias lombas e charcos de água, enquanto a aerogare tem as suas estruturas degradadas.
A sala de embarque não oferece condições dignas para acomodação dos passageiros, uma vez que apresenta acentuadas fissuras nas suas estrutura
A pista do aeroporto Albano Machado, construída em 1947, foi concebida para um prazo não superior aos 30 anos.
Ninguém espera, em um dia comum de trabalho, acabar dentro de um avião que faz acrobacias a 350 km/h. Mas foi exatamente o que aconteceu comigo. Estou em casa, toca o telefone: “A organização da Red Bull Air Race, aquela corrida de aviões, quer levar um repórter para voar. Você vai?”. Digo que sim, claro. É a segunda vez que a corrida acontece no Rio. Muitas pessoas gostariam de ter a mesma oportunidade, ver a praia de Copacabana lá do alto, passar do lado do Cristo. Medo de avião? Tenho, mas os pilotos são experientes, não vou pensar nisso. Mas penso. Desligo o telefone e as mãos começam a suar. Não dá para voltar atrás.
O medo não é racional, mas quem o sente procura logo uma justificativa. Adilson Kindlemann, piloto brasileiro, é a minha. Em abril, o avião de Adilson caiu no rio Swan, durante a corrida de Perth, na Austrália. Caiu, não: capotou. Era a segunda corrida dele, mas o treinamento que recebeu o ajudou a escapar ileso. Para mim, é a prova do que eu temia: pilotos experientes também caem. Só espero que não comigo dentro do avião.
Chego no aeroporto Santos Dumont. Dois médicos austríacos me examinam para ter certeza que não vou morrer de outra coisa sem ser queda. Ouço pela terceira vez a pergunta “Está nervoso?”, só que dessa vez um deles ri e olha para a máquina que mostra meus 132 batimentos cardíacos por minuto. Sim, nervoso. Olho o hangar, vejo pilotos com não mais que 50 anos e penso sobre a expectativa de vida na profissão. Simone, a suíça da organização do evento que me acompanha na consulta, tenta que tranqüilizar mudando de assunto. Diz que deveria ter tirado férias depois da corrida da Austrália, se o vulcão islandês Eyjafjallajökull (fala-se como se escreve) não tivesse estragado tudo. Em vez do tempo livre, ela veio ajudar a maltratar jornalistas brasileiros.
Hora de conhecer o avião, um modelo Extra 300L, e o piloto, o espanhol Sérgio Pla, de 38 anos. Visto macacão, salva-vidas, páraquedas (!) e começo a ouvir os procedimentos de segurança. Sérgio avisa que não devo apertar o botão laranja que abre a cabine. Como se — de cabeça para baixo, a centenas de metros acima do nível do mar — eu fosse pensar em abrir a cabine. O outro aviso me assusta: “Você tem que segurar o sangue na sua cabeça”. O sangue vai sair da minha cabeça? Vai. Em certas manobras, é como se a força da gravidade aumentasse dez vezes, o que faz o sangue descer e o passageiro desmaiar. Pilotos compensam isso com um macacão especial. Como não tenho essa regalia, eu que me vire respirando rápido e contraindo os músculos da barriga e das pernas.
Pronto para decolar, ouço no fone do capacete o controle aéreo. Para um leigo, parece um caos. Gente falando muito rápido o tempo inteiro. “Tá tudo bem?”, Sérgio pergunta. “Não. Mas faz diferença?”. Partimos. Vejo a ponte Rio-Niterói, o Cristo, o mar azul. O medo passa. Mas só até Sérgio nos colocar de cabeça para baixo. Ele faz de tudo com o avião: coloca de lado, mergulha, passa perto das pedras, voa em direção ao sol. E é ótimo. Sem o sangue na cabeça é difícil calcular. Acho que voamos por cerca de dez minutos. Pouco. Pisei em terra firme tonto, suado, com as pernas bambas — e pedindo para ir de novo.
Como no final de semana passado, hoje e amanhã a equipe da Skyradical fará salto de paraquedas. É a segunda edição da Skyradical Fest, que comemora os 71 anos do Aeroclube da cidade e também contará com voos de planador ou avião monomotor e ainda saltos de paraquedas em formato de espetáculo.
Serão oferecidos saltos de paraquedas aos interessados, com o acompanhamento de um paraquedista experiente, por taxa de adesão. Também é uma opção de turismo para quem está em Bauru para assistir aos jogos da Copa Davis.
A iniciativa tem o apoio do Bauru Convention & Visitours Bureau e rede hoteleira. O Skyradical Fest, no Aeroclube de Bauru, será das 9h às18h, com entrada gratuita para assistir aos saltos. Mais informações pelos telefones (14) 3227-2112 e 9772-3900 e no site www.skyradical.com.br.
Apaixonado por aviões, Harry Winsor, um menino norte-americano de 8 anos, decidiu enviar um desenho para a Boeing como sugestão de novo modelo de aeronave que, aparentemente, tinha capacidade de combater incêndios. Quer saber a resposta da empresa?
Veja um trecho da carta formal enviada a Harry:
"Como muitas empresas de grande porte, não aceitamos ideias não solicitadas. A experiência mostrou que a maioria das ideias já foi considerada por nossos engenheiros e podem ocorrer consequências imprevistas ao simplesmente aceitar essas sugestões".
O pai do menino, John Winsor, que é CEO de uma agência de publicidade, divulgou a história em seu blog e no Twitter e, desde entao, a Boeing disse que vai encontrar uma forma mais adequada de lidar com mensagens enviadas por crianças.
Fonte: AdFreak via Debora Schach (BlueBus) - Edição: Jorge Tadeu
África do Sul e Argentina são os países contemplados com mais passagens de avião
O Governo vai atribuir, este ano, 40 bilhetes de avião para emigrantes idosos visitarem Portugal, no âmbito da iniciativa «Portugal no Coração», sendo a África do Sul e a Argentina os países contemplados com mais passagens, noticia a Lusa.
«O Portugal no Coração, que é uma iniciativa da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, promove duas edições por ano e reserva 20 bilhetes para cada uma delas», referiu fonte da Direcção de Serviços de Emigração, órgão da Direcção Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas (DGACCP).
Este ano, as edições do Portugal no Coração acontecem em Maio e Outubro.
De acordo com a mesma fonte, a «África do Sul e Argentina são os países contemplados com mais bilhetes de avião, seis para cada, na primeira edição do ano».
Os emigrantes escolhidos devem ter mais de 65 anos, ter carências económicas, não ter visitado Portugal nos últimos 20 anos e morar fora da Europa.
«As candidaturas são recolhidas pelo consulado da área de residência do candidato, é realizada uma entrevista e posteriormente as candidaturas são enviadas para Portugal, onde é nomeado um júri que selecciona os vencedores», explicou.
Augusta Ferreira Leitão, de 70 anos, e que vive na África do Sul, vai finalmente rever a ilha da Madeira, onde nasceu e que não visita há 41 anos.
Esta semana, outros cinco idosos portugueses receberam as passagens aéreas das mãos do cônsul geral de Portugal em Joanesburgo, Carlos Marques.
«Tenho o maior prazer em vos proporcionar esta oportunidade de voltarem às vossas terras de origem, por cortesia da Secretaria de Estado das Comunidades», referiu o cônsul, no acto de entrega dos bilhetes.
Da Venezuela, foram seleccionados três idosos, dois naturais da Madeira e um de Gondomar.
De acordo com a consulesa geral de Portugal em Caracas, Isabel Brilhante Pedrosa, o Portugal no Coração «é um dos programas com maior impacto e que causa maior satisfação», porque se dá «esta oportunidade a portugueses que já não visitam Portugal há mais de 20 anos».
Governo deve adiar decisão sobre o processo FX-2 até o dia 17, para esperar o resultado da Cúpula Mercosul-União Europeia
A forte resistência da França contra um acordo de livre comércio Mercosul - União Europeia provocou muita insatisfação no Brasil. Setores do governo querem forçar os franceses a "barganhar" uma maior abertura do mercado agrícola europeu pela bilionária compra dos caças da Força Aérea Brasileira (FAB).
A ideia é adiar o anúncio do vencedor do contrato da FAB pelo menos até o dia 17 de maio, quando ocorre a cúpula Mercosul - UE em Madri. O Ministério da Defesa já anunciou que a decisão sobre os caças será tomada até o fim do mês. O objetivo é colocar pressão sobre a França na cúpula, quando deve ser anunciado o relançamento das negociações entre os dois blocos.
As cifras envolvidas em uma eventual barganha são expressivas. Se o caça francês Rafale sair vencedor, a compra pode significar um contrato de US$ 6,2 bilhões para a francesa Dassault. Em contrapartida, a UE concedeu 55 bilhões em subsídios para seus agricultores em 2009 - e a França foi quem mais recebeu.
"Nós temos um acordo estratégico como a França. Todas as decisões passam por esse acordo que tem que valer para os dois lados. Se os caças são importantes para eles, a agricultura é importante para nós", disse uma alta fonte do governo brasileiro.
Os franceses, no entanto, parecem irredutíveis quando o assunto é agricultura. "Nós sabemos que um acordo desse nível (caças) tem um impacto bem além do setor que representa", disse uma fonte do ministério das Relações Exteriores da França.
O Ministério da Defesa do Brasil nega que existe influência entre a negociação do acordo Mercosul - UE e a compra dos caças. "Não há qualquer lógica em eventuais especulações sobre supostas vinculações do programa F-X2 (caças) e negociações comerciais nas quais o Brasil esteja envolvido. São assuntos absolutamente distintos", informou o ministério em nota.
Subindo o tom
O governo francês decidiu elevar o tom das críticas contra o acordo, depois que a Comissão Europeia decidiu que o que estava na mesa era suficiente para relançar as negociações. O ministro da Agricultura da França, Bruno Le Maire, e a secretária de Comércio, Anne Marie Idrac, enviaram ontem uma carta para Bruxelas deixando claro que vão tentar frear o acordo.
"A UE não pode retomar as negociações com o Mercosul, sob o risco de danificar a agricultura europeia", diz a carta. Para ambos, a Rodada Doha, da Organização Mundial de Comércio (OMC) precisaria ser concluída antes e alertam que a UE "já passou de seus limites" em suas ofertas de liberalização.
Na segunda-feira, o Estado apurou que o ministro de Relações Exteriores da França, Bernard Kouchner, vai introduzir o tema do acordo com o Mercosul na agenda da reunião dos 27 ministros da UE com a chefe da diplomacia do bloco, a inglesa Catherine Ashton.
Os outros assuntos da reunião são políticos como pirataria do Golfo de Aden, armas nucleares e a situação no Irã. Não é comum um tema comercial entrar na pauta estratégica da UE. Diplomatas franceses confirmaram que a insistência em tratar do assunto mostra que a oposição do governo Sarkozy em relação ao projeto é estratégica.
Na Comissão Europeia, a ordem é ir adiante com o relançamento de negociações com o Mercosul. "Nesse momento, a UE tem o mandato para negociar", insistiu a assessoria de imprensa da UE, em Bruxelas. Diplomatas, porém, dizem que relançar à negociação sem o apoio da segunda maior economia da UE poderia ser um estratégia suicida para o próprio processo.
Um documento interno da UE mostra que um acordo poderia representar perdas de 3,5 bilhões a 13 bilhões para a agricultura europeia, dependendo do grau de liberalização.
Sobrevida
No Brasil, o repúdio da França ao acordo com o Mercosul pode dar uma sobrevida aos defensores do caça sueco Gripen. Representantes da Aeronáutica e da Embraer acreditam que a transferência de tecnologia seria maior com os suecos. No ministério da Defesa, a preferência é pelos caças franceses, segundo fontes do governo.
O Itamaraty defende a parceria estratégica com a França, mas o acordo comercial com a UE se tornou prioridade. Para a diplomacia, é fundamental porque as negociações da OMC estão paralisadas. A avaliação do Itamaraty é que a crise aumentou a pressão de países exportadores como Alemanha e Reino Unido para vender mais para o Mercosul.
Para lembrar
O projeto FX-2, para renovação da frota da Força Aérea Brasileira com a compra de 36 caças, foi autorizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em novembro de 2007. Mas até agora o processo não foi concluído. Estão na disputa três empresas: a francesa Dassault, com o caça Rafale, a americana Boeing, com o F-18, e a sueca Saab, com o Gripen NG.
Fonte: Raquel Landim e Jamil Chade (O Estado de S.Paulo)
A expansão da nuvem de cinza vulcânica expelida a partir da Islândia está provocando neste sábado "atrasos substanciais" nos voos entre a América do Norte e a Europa, informou a Agência Europeia para a Segurança na Navegação Aérea (Eurocontrol).
Os atrasos se devem principalmente às rotas alternativas que os aviões devem fazer para evitar as áreas afetadas pela nuvem no Atlântico.
A área atingida pelas cinzas se estende da Irlanda, no norte, até Portugal, no sul. A redução do espaço aéreo disponível está afetando os voos com saída ou chegada na península Ibérica, por isso que podem ocorrer atrasos em toda essa região, segundo um comunicado de Eurocontrol.
Na Espanha, a evolução da nuvem procedente da Islândia obrigará o fechamento de dezesseis aeroportos neste sábado.
Aeroportos das cidades de Barcelona, na Espanha, e Marselha, na França, estão fechados por causa da nuvem.
As erupções do vulcão islandês estão provocando uma expansão da zona afetada, especialmente em alturas abaixo dos 20 mil pés, assinalou a agência europeia na nota.
Para hoje, a expectativa é que ocorram 25 mil voos no espaço aéreo europeu.
Portugal
Aeroportos de Portugal (ANA) confirmaram a suspensão de 104 voos no país devido à evolução da nuvem de cinzas do vulcão.
O aeroporto de Faro, situado na turística região do Algarve, cancelou 50 voos; o de Francisco Sá Carneiro, do Porto (norte), 36; e o de Lisboa, o maior de Portugal, suspendeu outros 18, segundo fontes de ANA.
A suspensão das rotas afeta as partidas e as chegadas também provoca atrasos, acrescenta o organismo.
Além disso, segundo a Navegação Aérea de Portugal (NAV Portugal), a nuvem de cinzas vulcânicas está na área norte da região de informação de voo de Lisboa, e sua densidade forçou a criação de uma "área de proibição de voo" até os 35 mil pés (cerca de 10 quilômetros).
Autoridades portuguesas prevêem que a situação se normalize a partir das 19h (15h de Brasília).
Irlanda e Reino Unido
Alguns aeroportos do Reino Unido e Irlanda também podem sofrer novos transtornos entre este domingo e o final da próxima semana em consequência da nuvem de cinzas do vulcão islandês, segundo o Escritório Meteorológico Britânico.
A reativação da atividade do vulcão islandês fez com que, no início da semana, as cinzas alcançassem uma altura entre 6,1 a 9,1 quilômetros, de acordo com dados publicados pelo escritório.
Os ventos do norte que sopram no Reino Unido poderiam aproximar a coluna de cinza da Irlanda e do oeste da Escócia no domingo ou durante a semana, explicou um porta-voz do escritório à agência de notícias britânica Press Association (PA).
O vulcão islandês Eyjafjallajokull entrou em erupção no dia 14 de abril, expelindo uma nuvem de cinzas que paralisou o tráfego aéreo da Europa por uma semana. A emissão de cinzas diminuiu e os ventos permitiram a reabertura dos aeroportos e a retomada dos voos na região.
O fechamento de boa parte do espaço aéreo europeu, devido ao risco imposto pela nuvem de fumaça vulcânica, causou o cancelamento de mais de 100 mil voos e prejudicou 10 milhões de passageiros. A Comissão Europeia, órgão executivo da União Europeia (UE), estimou o prejuízo entre 1,5 bilhão de euros (R$ 3,5 bilhões) e 2,5 bilhões de euros (R$ 5,8 bilhões).
A TAM marcou para o dia 13, na semana que vem, o anúncio oficial da companhia na Star Alliance, aliança mundial de empresas de aviação.
Com a entrada oficial, a TAM passa a ter conexões com mais de mil destinos em todo o mundo. Fazem parte da Star Alliance empresas como a United, a Continental, a TAP, a South African e a Air Canada.
A Infraero irá ampliar a capacidade de atendimento do Terminal de Passageiros do aeroporto de São José dos Campos, de 100 mil para 600 mil passageiros por ano. A mudança será feita com a instalação de um Módulo Operacional de mil metros quadrados até o final de 2012.
Segundo o presidente da Abetar, Apostole Lazaro Chryssafidis, a medida é um primeiro passo para a internacionalização do aeroporto que deve receber voos internacionais regulares, charters e fretados. "A ABETAR sempre apontou o Aeroporto de São José dos Campos como alternativa ao esgotamento de Guarulhos, Viracopos e Congonhas. Com a ampliação do Terminal de Passageiros e as obras já anunciadas pela Infraero, o aeroporto terá plenas condições para receber novos voos, inclusive internacionais. A medida contribui para o desenvolvimento da aviação no país e para atrair novos negócios à região", disse o presidente da ABETAR, Apostole Lazaro Chryssafidis.
A Infraero irá investir R$ 13,7 milhões no aeroporto de São José dos Campos, sendo R$ 10,8 milhões para recuperação das pistas de pouso e táxi, além do pátio e revitalização da cerca do sítio aeroportuário. Além de São José dos Campos, serão instalados módulos operacionais em Brasília, Campinas, Cuiabá, Goiânia, Guarulhos, Ilhéus, Imperatriz, Juazeiro do Norte, Macapá, Teresina e Vitória.
Militares costumavam arremessar presos ilegais de aviões da Armada no rio da Prata
O piloto argentino Julio Alberto Poch (fotos) negou nesta sexta-feira, 7, à Justiça argentina sua ligação com os chamados "voos da morte" durante a última ditadura militar no país (1976-1983). Segundo relatos, ele havia confessado seu vínculo nos voos a colegas de trabalho de uma empresa aérea europeia.
Poch, que chegou na Argentina na quinta-feira extraditado da Espanha e morava na Holanda, disse ao juiz federal Sergio Torres que não estava envolvido nos voos e outros crimes como prisões ilegais, lesões e torturas.
A suposta participação do piloto nos voos de aeronaves da Armada que, segundo denúncias de defensores de direitos humanos, arremessavam pessoas presas ilegalmente, foi revelada por seus próprios colegas de trabalho de uma companhia de aviação europeia.
"O acusado negou seu envolvimento nos atos (...) Mas uma coisa é declarar a amigos ou colegas de trabalho e outra ante um juiz, quando se está privado de liberdade" e é necessário se defender, disse a jornalistas o promotor Rodolfo Yanzón.
De acordo com relatos, um dos procedimentos empregados pelos militares para se desfazer de pessoas presas na Escola de Mecânica da Armada (ESMA) era lançá-las adormecidas de aviões no Rio da Prata.
Poch foi preso em setembro na Espanha, na cidade de Valência, durante a escala de um voo comercial da Transavia, que estava pilotando.
À justiça espanhola, Poch afirmou que seus colegas haviam interpretado mal seus comentários sobre a ditadura argentina e negou ter feito parte da ESMA, um dos maiores centros clandestinos de detenção, pelo qual passaram mais de 4 mil pessoas que desapareceram.
Poch aceitou sua extradição para a Argentina, onde espera receber um julgamento justo, segundo afirmou.
O piloto trabalhava para a Transavia até ser preso. A empresa opera em rotas da Holanda com destino a outras capitais europeias.
Desde os 11 anos, Gil Eduardo queria ser aviador. Hoje, ele atua como piloto da Esquadrilha da Fumaça e seu trabalho consiste em fazer milhares de acrobacias arriscadas no céu.
Você que é mãe, já imaginou ter um filho seu dentro de um dos aviões da Esquadrilha da Fumaça? Há 58 anos, eles fazem acrobacias no céu. Esses pilotos estão entre os melhores do mundo. E não é para menos. Lá em cima, não existe espaço para o erro, um risco calculado dia a dia nas orações da aposentada Maria Olinda Lima e Silva. Ela é uma das sete mães brasileiras que vivem com o coração na mão, ou melhor, no ar.
“Tem horas em que você fica rezando, pedindo a Deus. O risco maior é do tempo, das condições atmosféricas. Então, se tiver um tempo bonito, tem tudo para dar certo. Agora, quando começa a tempestade, vem a preocupação”, conta Maria Olinda.
“Eu sempre falei para ela: ‘é o que eu gosto, eu amo a aviação. Os pilotos amam o que fazem’”, diz o capitão-aviador Gil Eduardo de Lima e Silva.
Para a mãe, o capitão Lima e Silva é apenas Gil, o menino que aos 11 anos já queria ser aviador. Na adolescência, o desejo virou projeto de vida, após um voo de ultraleve. Ele foi de carona no primeiro voo. Nada parecido com as peripécias que faz hoje. Mas a experiência seria marcante. Foi quando ele decidiu que não ia mais parar de voar.
“Aquele voo foi muito bom, e eu saí maravilhado. Nunca tinha visto o mundo de cima. No voo de ultraleve, você tem contato com o vento, com toda a natureza. E foi uma experiência fantástica para mim”, comenta Gil.
Na Esquadrilha, distância entre aviões chega a 1,5 metro
Em 1994, aos 17 anos, Gil entrou para a Academia da Força Aérea, um voo sem volta. Desde então, está fora de casa. “Eu acho que os pais não acreditam muito quando a gente fala que quer ser piloto”, afirma Capitão Lima e Silva.
A saudade não diminui, mas Dona Maria Olinda já aprendeu muito sobre voos e decolagens. Ela já reformulou os velhos conselhos, que o filho acha graça só de lembrar.
“As mães de todos os pilotos falam: ‘voe bem devagar e bem baixinho que não vai dar problema’. E é justamente o contrario. O mais perigoso que tem para um piloto é voar baixo e devagar”, diz o Capitão Lima e Silva. “E ele falava assim: ‘mãe, você está querendo que eu caia?’ E eu: ‘claro que não”, lembra Maria Olinda.
“Eu já tive várias colisões com pássaros. É muito comum no Brasil. O maior índice de acidentes aéreos é colisão com urubu especificamente. Já tive quatro, já tive quase colisões, apagamento de motor, mas são coisas que para quem voa muito acontecem com maior frequência”, revela Gil.
Os treinamentos da Esquadrilha da Fumaça acontecem sempre a 60 quilômetros de Pirassununga (SP), em uma área extensa sobre um canavial. Longe dos olhos do público, eles testam todos os limites em busca da perfeição. E é simplesmente inacreditável o que eles fazem lá no alto.
A distância entre os aviões chega a ser de apenas 1,5 metro. É necessário ter precisão absoluta. Às vezes, temos a impressão de que eles estão em rota de colisão.
Na manobra chamada de bomba, um avião segue em direção à esquadrilha, como se fosse provocar uma explosão. Ela é mais uma das 54 incríveis manobras da Esquadrilha da Fumaça que é dona de um recorde mundial: o voo de dorso, mais conhecido como voo de cabeça para baixo, que virou uma especialidade dos brasileiros.
Em 2006, eles entraram para o Livro dos Recordes, com 12 aviões voando de forma invertida, ao mesmo tempo.
“Essa atividade envolveria um risco maior se a gente não estivesse bem preparado para ela. Então, o piloto sabe que ele tem um pacote de instrução muito bem montado e ele é treinado por pilotos mais experientes, para que ele possa, ao final de dois ou três meses, estar em condições de executar essa manobra”, explica o tenente-coronel-aviador José Agnaldo de Moura.
De cabeça para baixo, girando, mergulhando, com cruzamentos simultâneos até manobras a velocidade zero, quando parece que o avião está em queda livre: os pilotos da Esquadrilha da Fumaça voam em uma situação-limite e, por mais rigorosos que sejam os treinamentos, por maiores que sejam os cuidados, às vezes o pior acontece.
Por coincidência, quase na mesma hora em que Dona Maria Olinda conversava com a equipe do Globo Repórter sobre as atividades do filho, outra mãe de um piloto da Esquadrilha da Fumaça recebia a pior de todas as noticias.
Muita gente assistia à exibição. Ao fazer uma manobra de "mergulho", o piloto não conseguiu subir novamente. O que teria pensado Dona Maria Olinda ao ver a imagem do avião explodindo ao colidir com o solo.
“Eu lembro que eu liguei para ela no mesmo dia. Eu acho que ela não entendeu muito bem. No dia seguinte, vendo as reportagens e conversando com as outras mães, ela entendeu e chorou bastante”, lembra o Capitão Lima e Silva.
A preocupação e o sofrimento fazem parte da rotina das mães que têm filhos exercendo atividades perigosas. Mas a professora de psicologia Elisa Maria Parahyba Campos, da Universidade de São Paulo (USP), diz que é possível diminuir a aflição e os sentimentos negativos.
“É fundamental que a mãe saiba exatamente o que o filho faz, como é a profissão desse filho. Senão ela sofre por desconhecimento. Ela não sabendo o que é a atividade desse filho implica, ela acaba sofrendo de graça. Por isso, é importantíssimo que os filhos contem exatamente para as mães como é que se desenrola a atividade deles”, explica a doutora.
“Eu fico preocupada, mas eu tenho encantamento, quando lembro que lá está o meu filho, fico com a boca cheia. E lá eu não considero só ele o meu filho. Todos são os meus filhos, porque eu digo para o Gil: ‘vocês são uma família’”, afirma Maria Olinda.
“Eu sempre falei para ela: ‘é o que eu gosto. Eu amo aviação, os pilotos amam o que fazem’. É uma satisfação estar lá em cima, longe dos problemas da vida cotidiana. É outro mundo. E, com certeza, se o piloto morreu voando, ele estava feliz. Disso, eu não tenho dúvida”, ressalta o capitão Lima e Silva.
“Eu tenho certeza de que todas elas ficam rezando permanentemente por nós, mas isso dá força também para a gente”, aponta o tenente-coronel-aviador José Agnaldo de Moura.
E para o Dia das Mães, depois de tanta aflição, o que ele gostaria de dizer para a mãe dele? “Mãe, eu faço o que eu gosto, o que eu amo, e a senhora ajudou muito para que eu chegasse aqui. A senhora ajudou muito para que eu chegasse aqui, a senhora junto com meu pai, e pode ter certeza que a gente vai continuar trabalhando sempre com felicidade e alegria. Eu te amo”, declara o tenente-coronel.
E quando a gente imagina que os pilotos não têm mais nada para inventar, eles aprontaram uma novidade para homenagear as mães: eles formam um coração no céu.
Estado anuncia que irá substituir neste ano duas aeronaves da Polícia Militar por modelos mais novos
O governo do Estado autorizou a compra de um helicóptero para a Polícia Militar (PM), que deve entrar em operação dentro de 35 dias, e anunciou um convênio com o Ministério da Justiça para a chegada de outra aeronave ainda neste ano.
De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), Santa Catarina é o único Estado do Brasil sem helicóptero próprio. Os batalhões aéreos funcionam com aparelhos alugados e o custo de manutenção de uma aeronave locada é duas vezes maior.
O comandante da Polícia Militar, coronel Luiz da Silva Maciel, disse que foram liberados R$ 3,5 milhões para a compra de um helicóptero. O edital está pronto e deve ser lançado nos próximos dias. As especificações são de uma aeronave semelhante às duas usadas pela corporação atualmente – cada uma com capacidade para quatro pessoas. A diferença é que o ano de fabricação será entre 2000 e 2009. Hoje, um dos aparelhos têm 27 anos e o outro, 29.
No segundo semestre deve chegar mais um helicóptero. De acordo com o comandante da PM, o aparelho terá capacidade para transportar oito pessoas e duas macas. A aeronave vai custar R$ 7,5 milhões. Quase todo o valor será coberto pelo Ministério da Justiça, que vai repassar ao Estado R$ 7,4 milhões. Como contrapartida, a SSP investirá R$ 140 mil.
O processo para a compra da aeronave deve começar em julho. O aparelho começará a operar neste ano.
Com a chegada das duas aeronaves, os helicópteros alugados serão devolvidos. O comandante do Batalhão de Aviação da Polícia Militar, tenente-coronel Milton Kern Pinto, declarou que os modelos comprados terão motor mais potente e componentes aeronáuticos mais modernos.
A compra dos dois aparelhos foi anunciada no Centro Administrativo, em Florianópolis, depois de uma reunião entre o secretários da Fazenda, Cleverson Siewert, da Segurança Pública, André da Silveira, e o comandante da PM.
Corpo de Bombeiros também vai ganhar aeronave
No encontro, também foi resolvida a situação da aeronave do Corpo de Bombeiros, fora de circulação desde o dia 19 de abril, quando acabou o contrato de locação.
O subcomandante da corporação, coronel José Cordeiro Neto, disse que em 14 de maio outro aparelho vai substituir o que vinha sendo usado. O contrato que garante o helicóptero aos bombeiros custou R$ 1,5 milhão e permite o uso até dezembro.
O valor foi bancado pela Secretaria da Saúde em função da parceria que a corporação mantém com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Nova verba deve ser liberada para manter o aparelho durante a temporada de verão.
A FAB (Força Aérea Brasielira) lançou edital para concurso de 164 vagas nos cursos de Formação de Oficiais Aviadores, Intendentes e de Infantaria de 2011. Podem participar brasileiros solteiros nascidos entre 1º de janeiro de 1990 e 31 de dezembro de 1994 com nível médio. As 90 vagas para oficiais aviadores e 49 para oficiais intendentes são destinadas para ambos os sexos. No quatro de Infantaria, as 25 vagas são para candidatos do sexo masculino.
Os cursos de formação, de nível superior, serão ministrados pela AFA (Academia da Força Aérea), em Pirassununga (SP). A duração é de quatro anos, sob regime de semi-internato Durante o curso, os cadetes receberão remuneração fixada em lei (valor não divulgado no edital), alimentação, alojamento, fardamento, assistência médico-hospitalar e dentária.
De acordo com o Campo Grande News, após a conclusão do curso, os cadetes serão nomeados aspirantes a oficial da Aeronáutica e serão distribuídos nas organizações militares do Comando da Aeronáutica. O salário inicial de um oficial da Aeronáutica (2º Tenente) é de R$ 4.590,00. O exame de admissão é composto, na primeira fase, por provas de escolaridade nas disciplinas de física, matemática, língua inglesa e língua portuguesa, seguido de inspeção de saúde, exame de aptidão psicológica, para todos os candidatos, exame de aptidão psicológica específica, somente para os candidatos inscritos na especialidade de aviação, e teste de avaliação do condicionamento físico.
Os candidatos interessados não podem ter menos de 17 anos nem completar 22 anos até 31 de dezembro do ano da matrícula. Inscrição - As inscrições podem ser feitas das 10h do dia 17 de maio às 15h do dia 17 de junho por meio da página www.fab.mil.br. A taxa é de R$ 60. Podem pedir isenção da taxa candidatos inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) para Programas Sociais do Governo Federal membros de família de baixa renda (nos termos do Decreto nº 6.135, de 26 de junho de 2007). A isenção deverá ser solicitada durante a inscrição do dia 17 de maio o dia 4 de junho no site das inscrições. O exame de escolaridade está marcado para o dia 15 de agosto. Campo Grande será sede de exame.
Engenheiros da agência trabalham na criação de protótipos capazes de trabalhar lado a lado com seres humanos na exploração espacial.
Imagine uma equipe de robôs: alguns sobre rodas, outros sobre duas pernas. Todos trabalhando com astronautas, na Lua ou em Marte. Visitando locais ainda não explorados, medindo parâmetros para uma nova base ou construindo um edifício.
Agora pense em astronautas dirigindo um veículo sobre a superfície de Marte. E, se quiserem que ela opere de um modo diferente, eles podem apertar um botão que transforma o veículo em uma máquina autônoma que realiza trabalhos no planeta.
Quaisquer que sejam as características da nova geração de robôs da Nasa, eles serão projetados para trabalhar em conjunto com os seres humanos.
Esta é a imagem que a maioria dos engenheiros da agência espacial tem em mente quando trabalham nos novos protótipos de robôs, disse o diretor de inteligência de robótica da Nasa, Terry Fong.
“Nós estamos trabalhando para uma nova utilização destes robôs. São aparelhos que darão suporte às explorações humanas”, contou Fong. “A Nasa está pensando: ‘Como será o envio de seres humanos à Lua, a Marte ou a outros lugares? Como pode ser feita a combinação de humanos e robôs para melhorar a exploração? Eu creio que é uma abordagem completamente diferente”.
Fong também acredita que a nova geração chegará à Lua ou a um asteróide num prazo entre cinco e dez anos.
Robôs com currículo
A tecnologia robótica tem, há muito tempo, um papel fundamental nos esforços da Nasa para exploração espacial.
Duas sondas (Spirit e Oppotunity) trabalham na superfície de Marte enviando imagens e informações para funcionários da Nasa. Um cientista envolvido neste projeto e exploração, Bruce Banerdt, disse que estes robôs estão entre as tecnologias mais avançadas do Laboratório de Propulsão a Jato.
A agência especial ainda está trabalhando em outro protótipo, chamado Curiosity, que está programado para ser enviado a Marte em 2011. O robô é equipado com câmeras, instrumentos químicos, sensores ambientais e monitores de radiação para investigar a superfície do planeta. Assim como as outras duas sondas, a Curiosity está sendo projetada para trabalhar sozinha.
Para Fong, os robôs serão absolutamente essenciais para as futuras explorações. Eles poderiam trabalhar juntos e talvez até se comunicar uns com os outros, como os seres humanos.
Além disso, ele acredita que essa nova geração de robôs pode ser multiuso. “Estamos planejando mandar veículos e outros tipos de equipamentos para serem usados por seres humanos em qualquer lugar”.
Software
Ele também apontou que o desenvolvimento de software é a chave para o projeto já que os robôs terão que processar os comandos tanto do controle da missão na Terra como dos astronautas ao lado deles.
Outros desafios da engenharia é adaptar mais capacidade de processamento e incluir sensores 3D nos robôs, para que possam compreender melhor o mundo à sua volta.
O desenvolvimento desta nova geração de sondas robóticas vai de acordo com os planos propostos no orçamento do presidente Barack Obama.
O orçamento da administração de Obama para 2011 propõe à agência espacial dedicar mais tempo e dinheiro desenvolvendo robôs que possam ajudar em missões com ou sem tripulação.
Fong disse que está esperando para entender como este novo orçamento e a nova missão afetarão seu trabalho, mas ele está confiante de que a NASA vai manter o foco em criar robôs que possam trabalhar lado a lado com os seres humanos.
Fonte: Sharon Gaudin (IDG News Service) - Imagens: NASA
O sistema arremessou a cápsula a partir de uma base no deserto a uma distância de 1,6 km
Cápsula de salvamento
A NASA fez nesta quinta-feira o primeiro teste real de voo da cápsula Orion, projetada para salvar a tripulação no caso de algum acidente com os foguetes durante o lançamento.
O voo inaugural da Orion durou cerca de 135 segundos, do lançamento até a aterrissagem do módulo de salvamento da tripulação, que desceu de pára-quedas a cerca de um quilômetro e meio da plataforma de lançamento.
Abortagem de lançamento
O voo foi o primeiro ensaio totalmente integrado do projeto do sistema de abortagem de lançamentos.
Segundo a NASA, as informações obtidas com o teste ajudarão a refinar a análise e o projeto dos futuros sistemas de segurança no lançamento, levando a formas mais seguras e confiáveis de salvar a tripulação durante emergências no lançamento de foguetes.
Motores-foguete
O teste envolveu três motores-foguete.
O motor de arranque produziu um empuxo momentâneo de 230.000 kgf para retirar o módulo da tripulação para longe do que seria o topo do foguete de lançamento. Ele queimou por cerca de seis segundos, com o maior impulso nos primeiros 2,5 segundos.
O módulo da tripulação atingiu uma velocidade de aproximadamente 700 km/h nos primeiros três segundos, com uma velocidade máxima de 867 km/h, em sua trajetória ascendente de cerca de 1,2 quilômetro de altura.
O motor de controle de atitude foi acionado simultaneamente com o motor de abortagem e dirigiu o veículo utilizando oito propulsores. Foi este motor que ajustou a rota do módulo da tripulação para que ele saísse da área de risco.
O motor de fuga, o único dos três que será utilizado em todos os lançamentos normais, foi o responsável por arrancar o sistema de abortamento, distanciando-o do módulo da tripulação, abrindo o caminho para a abertura dos pára-quedas.
Futuro incerto
Concepção artística do veículo Orion em órbita lunar
Os para-quedas levaram o módulo da tripulação de volta para o solo, em segurança, caindo a uma velocidade de 26 km/h a cerca de 1,5 km da plataforma de lançamento.
O módulo Orion é parte do projeto Constelação, que deveria levar astronautas de volta à Lua por volta de 2020.
Mas o projeto Constelação foi cancelado recentemente pelo presidente Barack Obama. Com isto, é incerto o uso futuro do módulo de segurança testado na quinta-feira.
Fontes: Site Inovação Tecnológica / NASA - Fotos: Craig Fritz (AP) / NASA
O Boeing 727-2J7/Adv(F), prefixo PP-VQU, da VarigLog, realizando sua segunda de quatro passagens muito baixas no último dia do evento Expo Aero Brasil - EAB 2004, realizado no Centro Aeronáutico de Araras (SP), em 30 de maio de 2004.
A Nasa autorizou na quarta-feira o lançamento do ônibus espacial Atlantis (na foto acima, já pronta para o lançamento para a missão STS-132), marcando oficialmente para o dia 14 de maio, às 14H20 locais, a partida da nave até a Estação Espacial Internacional (ISS).
A decisão foi tomada após uma reunião dos líderes da missão no Centro Espacial Kennedy, afirmou a Nasa em um comunicado.
Se as condições meteorológicas permitirem, a Atlantis partirá em uma missão de doze dias destinada a entregar um pequeno módulo russo de busca MRM-1 (Mini Research Module-1) à ISS.
Reportagem do iG pediu orçamento para empresas que prestam serviços para José Serra e Dilma Rousseff e estimou os gastos
Com inicio da pré-campanha à presidência da República, os candidatos Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) passaram a viver uma rotina de viagens que, dadas às dimensões do país, exige a contratação de aeronaves executivas. Ao lado das despesas previstas para a realização dos programas de TV, o uso dos jatinhos constitui um dos itens mais caros da corrida presidencial.
Para estimar o tamanho desta despesa, o iG procurou as operadoras de táxi aéreo contratadas pelas duas campanhas e pediu o orçamento de um vôo com trecho entre Brasília e São Paulo. A consulta se referia a um vôo no dia 1º de maio deste ano. Foram ouvidas a TAM, que presta serviços para a campanha petista e a OceanAir, uma das empresas usadas pelo PSDB.
Segundo a TAM, o trajeto proposto pelo iG custaria R$ 44.190. A empresa oferece a aeronave 560XLS, com capacidade para até oito pessoas. A reportagem pediu um desconto e a companhia chegou a baixar o preço para R$ 41 mil. Para o uso de Lear-60, a OceanAir cobra R$ 39.300 para um voo entre Brasília e São Paulo.
Por um lado, os partidos não fretam aeronaves por vôo isolado, mas em pacotes fechados, o que proporciona descontos expressivos. Portanto, os valores repassados pelas empresas ao iG não traduzem as despesas reais. Por outro lado, as campanhas não fretam apenas uma aeronave para a campanha, mas algumas aeronaves. Além do jato dos candidatos há outros jatos voando, além de turboélices e helicópteros, quando necessário.
As contas feitas no curso desta reportagem servem, portanto, como referência de preço. Num exercício livre, se cada campanha realizar um vôo de ida e volta em cada um dos 150 dias de campanha, seriam contabilizados cerca de 300 trechos semelhantes aos orçados pelo iG. Desprezados tanto o desconto do pacote quanto as locações adicionais, o item "jatinho" poderia alcançar nas duas maiores campanhas algo como R$ 12 milhões.
O secretário de Finanças do PT e atual tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que as empresas prestadoras de serviços costumam abater uma parte do valor do aluguel “em contratos a longo prazo".
Para a candidata participar das caravanas nos Estados nestes três meses, o PT reveza o aluguel dos aviões entre as companhias TAM e Líder Taxi Aéreo. O partido optou por não contratar exclusivamente uma ou outra empresa para poder testar os modelos antes da campanha oficial. “Vamos ver qual atende melhor a necessidades da candidata. É como se fosse um período de experiência”, disse o presidente do PT, José Eduardo Dutra.
Os jatinhos usados nesta fase, segundo Dutra, são modelos simples. O avião da TAM, por exemplo, tem capacidade para seis a oito pessoas, mas o petista disse que não tem televisão nem frigobar. “Eu fui uma vez só. Tem isopor com gelo para latinhas de refrigerante. É um AeroDilma pé de boi”, brincou Dutra, que não quis falar em valores.
Avião tucano
No caso de Serra há um diferencial importante. Ele costuma usar um jato Lear-60, cujo proprietário é o empresário Ronaldo Cezar Coelho, ex-deputado federal pelo PSDB do Rio de Janeiro. Em 2006, ele disputou sem sucesso uma cadeira no Senado e ficou conhecido como candidato mais rico do País.
A assessoria de Serra afirma que jato de Cezar Coelho é alugado por intermédio da OceanAir, operadora de táxi aéreo. Normalmente donos de aeronaves repassam para empresas especializadas a administração do frete. O objetivo é diminuir gastos com manutenção a fim de que o avião não fique parado.
A campanha de Serra tem preferência pelo uso do avião de Cezar Coelho porque obtém descontos. A assessoria do PSDB, no entanto, afirma que não pode revelar os valores, mas garante que os gastos constarão no futuro na prestação de contas. “Eu nem sabia de quem era o avião, mas é claro que isso vai estar na prestação de contas oficiais”, afirmou o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra ao iG.
Marina Silva
A pré-candidata do PV à Presidência, Marina Silva, faz a maior parte de suas viagens em voos de carreira. Segundo sua assessoria de imprensa, o uso de jatinhos é raro mas não pôde ser descartado. No dia 19 de abril, Marina foi a uma comemoração do Dia do Índio a Porto Velho (RR) em voo comum. Mas também já foi à Cuiabá (MT), em voo de fretado. A assessoria dela disse não ter descontos.
O uso de jatinhos é uma prática que teve inicio na primeira campanha presidencial após a redemocratização, em 1989. Num país do tamanho do Brasil, seria praticamente impossível cumprir uma agenda por todo território nacional usando apenas voos de carreira.
A Airbus conquistou mais uma empresa. Desta vez é a Hawaiian Airlines, com sede em Honolulu, no Havaí (Estados Unidos). A aérea recebeu no final do mês passado o primeiro A330-200, que oferece 294 assentos.
Segundo a fabricante europeia, o avião tem autonomia para voar do Havaí para vários destinos nos Estados Unidos continental e na Ásia.
A Hawaiian Airlines pretende ter na frota dez A330-200. A empresa é uma das mais antigas do mundo – opera há 81 anos. O site da aérea é www.hawaiianair.com.
A passagem de uma grande frente fria vai mudar o tempo no Rio neste fim de semana. A partir do fim da tarde de sábado, a nebulosidade vai aumentar e há previsão de pancadas de chuva. No restante do dia, vão predominar o sol e o calor. No domingo, dia da prova decisiva da Air Race, a chuva e o vento forte poderão afastar o público e prejudicar os pilotos, que treinaram em condições bem diferentes.
De acordo com o Climatempo, os ventos de sudoeste e sul vão chegar fortes, e os pilotos poderão ter dificuldade para fazer as manobras radicais com os aviões. Com o circuito que foi traçado, o vento da direção sul será o vento lateral, ou vento de corte, vento tesoura. Na aviação, esse vento é o que chega diretamente na lateral da aeronave, fazendo um ângulo de 90 graus.
O vento lateral, na hora de um pouso, por exemplo, pode desestabilizar o avião, jogando a aeronave para fora da pista. No caso do traçado da corrida aérea, esta direção de vento deve complicar muito o controle dos aviões em quatro curvas.
Austríaco tem desempenho impressionante e faz o tempo de 1m19s20, deixando Paul Bonhomme novamente em segundo lugar
O austríaco Hannes Arch (em voo na foto) mostrou que não veio ao Rio de Janeiro para passear. A exemplo do treino livre da manhã, quando estabeleceu a melhor marca, o piloto voltou a acelerar ao máximo seu avião e, no treino livre da tarde, no Aterro do Flamengo, fez novamente o melhor tempo entre os 14 pilotos que disputam a etapa carioca do Mundial de Corrida Aérea. Arch cravou 1m19s20, melhor marca de toda a etapa brasileira. Logo atrás, com o segundo tempo, chegou o britânico Paul Bonhomme, com 1m19s24. O também britânico Nigel Lamb fez o terceiro tempo da tarde: 1m20s74, e atingiu a maior velocidade dos treinos: 370km/h de pico.
A prova classificatória terá início às 12h deste sábado, quando os 14 pilotos terão duas chances para estabelecer seus melhores tempos. O primeiro colocado garante bônus de um ponto na classificação, e os 10 melhores se classificam para as finais da etapa do Rio de Janeiro, no domingo. Os quatro últimos disputam uma repescagem por duas vagas restantes entre os top 12 que disputarão a final.
- Estou feliz com o resultado de hoje, dia que foi encarado como se fosse o da corrida. Estivemos lentos na quinta-feira, mas hoje pude dar o meu melhor e mostrar até onde podemos chegar. Estou muito satisfeito - declarou Hannes Arch, creditando a melhoria de desempenho de sua aeronave Edge 540 ao trabalho realizado por sua equipe.
Vencedor da primeira corrida realizada no Rio, em 2007, Paul Bonhomme diz que ainda pode surpreender.
- Será divertido tentar recuperar os quatro centésimos de diferença para o Hannes. Já sei exatamente onde ele obteve essa vantagem e onde eu posso evoluir - garantiu.
Atualmente em terceiro lugar no Mundial de Corrida Aérea com 14 pontos, Arch precisa de um bom resultado na etapa carioca, para diminuir a diferença para o líder Bonhomme, atualmente com 22 pontos.
A etapa do Rio do Mundial de Corrida Aérea acontece neste sábado e domingo, a partir das 10h (de Brasília) e terá transmissão do SporTV e da TV Globo, dentro do Esporte Espetacular.
Confira os três melhores tempos do dia:
1) Hannes Arch (AUS) - 01m19s20 2) Paul Bonhomme (GBR) - 01m19s24 3) Nigel Lamb (GBR) - 01m20s74
Fonte: Igor Christ (Globo Esporte) - Foto: Divulgação/Red Bull
O príncipe Harry foi selecionado para treinar em helicópteros Apache após receber, nesta sexta-feira, seu distintivo de piloto das mãos de seu pai, o príncipe Charles, herdeiro da coroa britânica. Filho mais novo da falecida princesa Diana, Harry, que tem 25 anos, disse que está muito "determinado" porque não quer decepcionar pessoas que confiaram em sua habilidade para pilotar.
"Ainda haverá uma grande montanha para eu subir se eu passar pelo curso de treinamento Apache", disse Harry, em um comunicado. "Para ser honesto, acho que esse será um dos maiores desafios em toda a minha vida".
A cerimônia foi acompanhada pela namorada de Harry, Chelsy Davy. Conhecido no Exército como tenente Harry Wales, ele encerrou seu treinamento básico no mês passado. Além dele, outros oito pilotos receberam seus distintivos das mãos do príncipe Charles.
- Vocês está parecendo muito esperto - disse Charles ao cumprimentar o filho.
O Apache é usado para perseguir e destruir tanques. O modelo foi muito usado no Afeganistão, onde Harry já esteve, em 2008, como militar e para onde ele diz que gostaria de voltar. Ele foi impedido de ir ao Iraque porque o Exército considerou muito arriscado. Além dele, há outros pilotos na família: seu irmão, William, está em treinamento, seu pai se graduou como piloto de helicóptero em 1974, e seu tio Andrew chegou a pilotar durante a Guerra das Malvinas.
A juíza em exercício da 15ª Vara Federal, Marcella Nova Brandão, fixou o prazo de 90 dias para que a Dufry Duty Free Shop (foto abaixo) deixe a área que ocupa no Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio. Caso a decisão seja descumprida, a empresa terá que pagar multa diária de R$ 500 mil. A decisão liminar é do dia 30 de abril e decorre de uma ação civil pública proposta pelo Ministério Público Federal e pela Infraero em novembro de 2009, após a Dufry se recusar a assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) proposto aos lojistas irregulares do aeroporto. O prazo começará a ser contado após a empresa ser notificada judicialmente.
Com o termo, o MPF e a Infraero tinham como objetivo regularizar a exploração dos espaços comerciais do Galeão. Vinte e cinco lojistas irregulares poderiam permanecer por cerca de dois anos, enquanto se fazia a licitação prevista em lei, da qual eles poderiam participar. Segundo o MPF, a Dufry não aceitou o termo e, mesmo após uma audiência especial na Justiça, não houve acordo, o que motivou a liminar.
Em nota, a Dufry garantiu estar segura quanto à validade dos contratos de concessão, celebrados dentro da legislação vigente e confirmados pelo Tribunal de Contas da União (TCU), segundo a empresa. O texto diz ainda que as lojas do Galeão continuarão sendo operadas normalmente. A empresa divulgará oportunamente um comunicado ao mercado. A Dufry não informou se entrará ou não com recurso contra a decisão imposta pela liminar.
Na sentença, a juíza lembra que duas decisões do Tribunal de Contas da União condicionaram a concessão de áreas de aeroportos à abertura de uma licitação pela Infraero, conforme determina o Código Aeronáutico.
Segundo o MPF, os novos contratos deveriam incluir dados como o tempo de vigência e o limite de prorrogações admitidas. Desde que foi cobrada pelo MPF pela ilegalidade, em janeiro de 2009, a Infraero vem atuando com o órgão para adequar-se à lei. A assessoria de imprensa da Infraero informou apenas que vai cumprir a decisão judicial.
Em nota divulgada nesta sexta-feira, o procurador da República Alexandre Ribeiro Chaves, coautor da ação, disse que "a Dufry vinha explorando uma área pública como se fosse uma propriedade particular, frustrando a obrigatoriedade de licitação prévia e os prazos máximos previstos em lei. Apesar desta situação completamente irregular e, também, das várias propostas oferecidas para uma solução pacífica da questão, ela manteve-se inflexível. Por isso, a ordem de desocupação é justa e legítima".
O Free Shop ocupa essa área do aeroporto desde o fim dos anos 1970, quando venceu uma licitação. A concessão originária esgotou-se em 1987. Segundo o MPF, em vez de devolver a área para uma nova licitação, a empresa continuou ocupando o espaço com seguidas renovações de contrato, até 2015, quando poderia ser buscada uma nova renovação.
A ANAC participa nos dias 10 e 11 de maio da Conferência Internacional sobre Regulação no Setor da Aviação Civil e Prestação de Serviços de Navegação Aérea, em Lisboa (Portugal). O Superintendente de Segurança Operacional da ANAC, Carlos Eduardo Pellegrino, apresentará a palestra Programa Brasileiro para a Segurança Operacional da Aviação Civil (PSO-BR).
A apresentação será focada nos requisitos de implantação do Programa de Segurança Operacional previstos pela Organização da Aviação Civil Internacional (Oaci). Durante a palestra, será descrito como o Brasil elaborou o seu próprio programa, bem como uma atualização das ações da ANAC para melhorar o nível de segurança operacional no Brasil. Este programa foi introduzido no Brasil em 2009 e atualmente está na sua segunda etapa de implantação.
Depois de um ano inteiro fazendo críticas ao Tribunal de Contas da União (TCU) e às auditorias que chegaram a paralisar obras federais, por causa de irregularidades nos contratos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou, para um cargo de diretoria na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Ricardo Maia Bezerra, filho de Valmir Campelo, ministro do tribunal. Nos embates com o TCU, ano passado, ministros e líderes governistas no Congresso Nacional sempre se queixavam de que a maioria dos ministros do TCU foi indicada por partidos que hoje fazem oposição ao governo Lula.
Outros dois nomes que faltavam para compor a diretoria do órgão também foram escolhidos por Lula: Rubens Vieira e Carlos Pellegrino. Os nomes constam de mensagem publicada nesta quinta-feira no Diário Oficial da União, enviada ao Senado, onde todos serão sabatinados antes de assumirem suas funções. Rubens Vieira é procurador da Fazenda e ocupa atualmente o cargo de corregedor da Anac; Pellegrino é militar da reserva da Aeronáutica e também trabalha na área operacional da agência.
José Múcio teria feito lobby para a indicação de Bezerra
Segundo técnicos do governo, o ministro do TCU José Múcio Monteiro - que foi ministro de Relações Institucionais no governo Lula e um dos poucos nomeados pelo presidente no tribunal - teria trabalhado pela indicação de Bezerra. Derrotou a presidente da Anac, Solange Vieira, que defendia o nome de seu assessor Sílvio Holanda. Também perdeu a briga o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que queria a recondução ao cargo do ex-presidente da Anac Marcelo Guaranys.
Segundo fontes do governo e do setor, também pesou a favor de Bezerra o fato de ele ser ligado ao senador Gim Argello (PTB-DF) e próximo à ministra da Casa Civil, Erenice Guerra. Bezerra já trabalhou na procuradoria jurídica da Infraero, que, em determinado período, se transformou num dos maiores cabides de emprego da área federal, para acomodar apadrinhados políticos, através de contratos especiais.
Bezerra e vários outros comissionados foram demitidos da Infraero quando Sérgio Gaudenzi assumiu a estatal, no auge da crise do setor aéreo. Também perdeu o emprego na Infraero o irmão da ministra Erenice Guerra, Antônio Eudacy Alves Carvalho, que seria amigo de Bezerra.
A indicação de Bezerra para a diretoria da Anac foi vista dentro do próprio governo como uma tentativa de buscar apoio do TCU, que tem acompanhado com lupa as obras federais e paralisado aquelas com irregularidades, algumas incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Anac estava sem quorum para tomar decisões
Caso os três indicados passem pela sabatina do Senado, a Anac terá quórum para decidir sobre questões importantes do setor aéreo, que afetem diretamente a vida dos passageiros e das companhias aéreas, diante de infraestrutura aeroportuária deficiente para atender a demanda. Reportagem publicada pelo GLOBO mostrou que a Agência estava esvaziada, nas mãos apenas da presidente e de um diretor, Claudio Passos Simão, ou seja, sem quorum para decisões.
Das três diretorias que faltavam, uma estava vaga desde meados de 2009 e as outras desde março deste ano. A diretoria colegiada da Anac é composta por cinco diretores, contando a presidente Solange Vieira.
Em matéria divulgada neste site, nesta sexta-feira, o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) diz que a ANAC prevê a redução do número de comissários por voo para apenas um a cada grupo de 50 assentoso que, segundo o sindicato, diminuiria a segurança nos voos.
A ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil – com sede em Brasília (DF), entrou em contato com nossa redação e solicitou a divulgação da nota que segue abaixo, na íntegra:
“Missão da ANAC: Promover a segurança e a excelência do sistema de aviação civil, de forma a contribuir para o desenvolvimento do País e o bem-estar da sociedade brasileira.
Com relação à matéria publicada na edição de hoje, a ANAC esclarece que não houve redução do número de comissários de bordo e sim adequação da regulamentação brasileira às normas internacionais de certificação aeronáutica e segurança operacional.
A lei que criou a ANAC (nº 11.182/2005) determina que a Agência revise e atualize toda a regulação do setor, que antes era feita pelo Departamento de Aviação Civil (DAC), da Aeronáutica. Em 22 de março de 2010, a ANAC publicou no Diário Oficial o Regulamento Brasileiro de Aviação Civil nº 121 (RBAC 121), que foi revisado de acordo com as normas brasileiras e também harmonizado com os regulamentos mundiais, da Organização de Aviação Civil Internacional (Oaci) e Federal Aviation Administration (FAA), dos Estados Unidos.
Os estudos técnicos do número de comissários começaram no segundo semestre de 2008, a pedido da Embraer, que opera mundialmente e solicitou à ANAC para revisar o critério para definição do número de comissários a bordo.
As principais autoridades de aviação civil no mundo determinam os requisitos de evacuação de emergência estabelecidos nos regulamentos de certificação e de segurança operacional: para aeronaves com mais de 50 passageiros, o número mínimo de comissários deve ser definido em função do número máximo de passageiros e da demonstração real de evacuação em condições simuladas de emergência.
Essa demonstração, que é acompanhada por inspetores da ANAC, é feita com pessoas desconhecidas da empresa aérea ocupando a aeronave e, simulando uma situação de emergência, a aeronave deve ser totalmente evacuada em, no máximo, 90 segundos. Se a empresa não comprova essa condição, não está apta a voar.
A ANAC aceitou o argumento da Embraer e posteriormente revisou o Regulamento que trata do assunto, adequando-o às normas mundiais do setor”.
Responde na esfera civil, com a aplicação de sanção por danos morais, a empresa aérea que extravia a bagagem de passageiro, sendo este ato passível de causar constrangimento, sofrimento e humilhação à vítima do dano. Apoiado nesse entendimento jurisprudencial, a Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Mato Grosso acolheu parcialmente a Apelação nº 81757/2009, no sentido de determinar às companhias TAM Linhas Aéreas e British Airways o pagamento de indenização a um passageiro de Cuiabá que teve sua única mala extraviada em um aeroporto de Londres (Inglaterra). O passageiro deverá receber R$ 10 mil a título de reparação pelos danos a ele causados.
Conforme os autos, o passageiro estava na capital inglesa para passar uma semana de férias, porém, ao desembarcar, foi informado pelas autoridades locais de que sua entrada no país havia sido negada. Foi detido e obrigado a aguardar sua deportação para o Brasil, mas a espera se tornou mais angustiante assim que percebeu que sua bagagem fora enviada equivocadamente para o Canadá. Até o retorno a Cuiabá, transcorreram quatro dias, período em que o passageiro se viu impedido de fazer sua higiene pessoal e trocar de roupa, já que todos os pertences estavam na mala extraviada. Na ação, ele disse ter se sentido como um “mendigo” e, com base nos transtornos sofridos, pediu indenização por danos materiais e morais.
Em Primeira Instância, a ação foi julgada improcedente, o que acarretou a apelação interposta pelo passageiro. As empresas aéreas alegaram que o extravio da bagagem não trouxe nenhum prejuízo ao passageiro, pois, segundo as apeladas, ainda que estivesse ele de posse de sua bagagem não poderia praticar livremente os atos de higiene que alega ter sido privado, já que estava detido pelas autoridades do Serviço de Imigração. Assim, segundo as apeladas, se o autor da ação se sentiu humilhado, constrangido, ou colocado em situação vexatória perante as pessoas, não foi pelo fato de ter sido extraviado sua única bagagem, mas pelo fato de, inesperadamente, ter sido detido e convocado a se retirar da Inglaterra.
Ao analisar a questão, o relator, desembargador Jurandir Florêncio de Castilho, observou que o entendimento jurisprudencial caminha para o consenso de que o extravio de bagagens de passageiros, ainda mais quando em viagem internacional, acarreta o dever de indenizar. “O ocorrido não acarreta ao consumidor apenas meros aborrecimentos ou percalços do cotidiano, pois o fato de se ver privado do acesso aos seus pertences, por si só, acarreta intranqüilidade na alma, em constrangimento, sofrimento, humilhação e aborrecimentos passíveis de indenização por dano moral e emerge a reparação civil pelas empresas causadoras do dano”, definiu o magistrado.
Quanto ao dever de indenizar, a conclusão do desembargador foi de que a responsabilidade pelo extravio deve ser compartilhada entre as duas empresas, uma vez que o passageiro utilizou os serviços de uma delas para se dirigir até o continente europeu e de outra em determinado trecho específico do percurso. “Em caso de extravio de bagagens, como no caso ora historiado, é irrelevante o ponto em que o sinistro tenha efetivamente ocorrido, ou se o extravio se deu por culpa desta ou daquela empresa aérea, já que a responsabilidade será sempre objetiva e solidária entre todas as empresas envolvidas no transporte”, acrescentou o relator. No que se refere aos danos materiais, no entendimento do magistrado, tal tese não se confirmou, uma vez que a mala foi encontrada e devolvida com todos os pertences intactos dias depois. Acompanharam o seu voto o desembargador Juracy Persiani (vogal) e o juiz substituto de Segundo Grau, José Mauro Bianchini (revisor).
Aviões precisam voar a altitudes maiores para desviar das cinzas. Cerca de 600 voos diários estão sendo obrigados a levar combustível extra
Uma enorme nuvem de cinzas vulcânicas que se estende por 2 mil quilômetros pelo Atlântico Norte está forçando a maioria dos voos entre a América do Norte e a Europa a se desviar para uma altitude maior, onde existe intenso tráfego aéreo, informaram autoridades aéreas irlandesas e europeias nesta sexta-feira.
Meteorologistas disseram que a nuvem de cinzas, que se espalha rapidamente a partir do vulcão islandês Eyjafjallajokul, deve chegar ao sul da Groenlândia e ao noroeste da Espanha no sábado. A nuvem já está forçando cerca de 600 voos diários, operados por mais de 40 companhias aéreas, a levar combustível extra porque os desvios estendem os voos em até duas horas.
Autoridades de segurança aérea destacaram que a nuvem não representa nenhuma ameaça imediata que possa levar ao fechamento dos aeroportos ou a fazer com que os aviões permaneçam em terra novamente.
Mas eles disseram que sua expansão pode forçar voos transatlânticos a usarem corredores que passam pelo sul da Espanha ou pelo norte do Ártico.
Companhias aéreas norte-americanas e europeias disseram que estão lidando calmamente com o problema, embora cada hora a mais sobre o Atlântico signifique consumir mais de US$ 5 mil em combustível, ou cerca de 8.500 litros por avião.
O porta-voz da American Airlines, Tim Smith, disse que seus voos transatlânticos estão demorando, na média, de uma hora e meia a duas horas a mais.
Ele disse que um voo para o aeroporto de Heathrow, em Londres, teve de ser cancelado porque não chegaria antes do fechamento noturno do aeroporto.
A Delta Air Lines disse que entre 20 e 25 voos transatlânticos diários estavam chegando entre 30 minutos e uma hora mais tarde por causa dos desvios causados pelas cinzas.
O porta-voz da Delta, Anthony Black, disse que a empresa está trabalhando com outras companhias para evitar que os passageiros percam suas conexões.
Na Irlanda, a Aer Lingus cancelou dois voos do sábado e um que partiria de Boston, dando como justificativa as tortuosas rotas para contornar a nuvem. A empresa planeja colocar os passageiros dos dois voos num só.
A Irlanda foi o alvo da pior parte da invasão das cinzas no espaço aéreo europeu. O país fechou seis aeroportos na parte oeste do país nesta sexta-feira, mas rapidamente os reabriu, já que a nuvem se manteve a uma distância suficiente de sua costa atlântica.
A Autoridade de Aviação irlandesa produziu mapas interativos que ilustram como a nuvem deve crescer, indo da Groenlândia para a Espanha, no prazo de 24 horas. A entidade disse que os voos chegando e partindo dos Estados Unidos devem operar no sábado, mas devem sofrer atrasos por causa das mudanças de rota, que aumentam o tempo de voo.
Em Bruxelas, a gerenciadora europeia de tráfego aéreo, a Eurocontrol, disse que voos transatlânticos não são mais seguros porque a nuvem de cinzas atingiu a altitude de 35 mil pés (10 500 metros), a típica altitude de cruzeiro dos aviões. Até esta semana, as cinzas continuavam abaixo dos 20 mil pés (6 mil metros).
A Eurocontrol disse que a nuvem de cinzas de expandiu para o sul, diminuindo o espaço aéreo disponível para voos transatlânticos, criando um congestionamento no espaço aéreo espanhol.
A nuvem de cinzas vulcânicas está a afectar o espaço aéreo português e a obrigar ao desvio de alguns voos transatlânticos, ainda assim, não há restrições às descolagens e aterragens em todo o território.
Segundo um comunicado da NAV – Navegação Aérea, durante a madrugada e manhã de sábado, uma nuvem com maior densidade irá atingir a parte Norte do território continental português.
Entretanto, com base nas informações recebidas de Londres, o Instituto de Meteorologia fez um ponto de situação. Isabel Soares deixa ainda as previsões para as próximas horas.
Uma parte da pluma vai deslocar-se para o Sul de Portugal e acabará por desaparecer no espaço de 12 horas.
“Aquilo que nós temos depois é uma incursão é uma incursão pela região Norte da Península Ibérica, a afectar também toda a parte Norte das nossas zonas de informação de voo e, inclusivamente, a parte mais a Norte do território do continente”, explica Isabel Soares, do Instituto de Meteorologia.
Nesta altura há então duas zonas afectadas pela pluma de cinzas Islandesas, uma no mar e outra no continente, mas as ligações aéreas prosseguem.