As principais notícias sobre aviação e espaço você acompanha aqui. Acidentes, incidentes, negócios, tecnologia, novidades, curiosidades, fotos, vídeos e assuntos relacionados. Visite o site Desastres Aéreos, o maior banco de dados de acidentes e incidentes aéreos do Brasil.
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021
Aconteceu em 3 de fevereiro de 1959: Voo 115 da Pan Am - Mergulho no Atlântico
Morte de suspeito de ser D.B. Cooper enterra pista sobre único sequestro de avião sem solução nos EUA
Sheridan Peterson afirmou em 2007 que “o FBI tinha boas razões” para acreditar que ele era o criminoso que escapou de paraquedas com 200.000 dólares em 1971.
Morreu em 8 de janeiro Sheridan Peterson, considerado um dos principais suspeitos de ser Dan B. Cooper, identificado como o autor do único sequestro aéreo sem solução na história dos Estados Unidos. O FBI nunca deteve esse veterano de guerra, ex-funcionário da empresa aeronáutica Boeing, com sede em Seattle. A agência de investigações arquivou o caso em 2016, após 45 anos de investigações envolvendo cerca de 1.000 suspeitos. As teorias sobre a identidade do sequestrador continuam dando voltas, mas agora com a versão de Peterson sob a terra. Ele morreu aos 94 anos, por causas ainda desconhecidas, na sua Califórnia natal, segundo o site Legacy.com.Retrato-falado de D.B. Cooper no arquivo do FBI (Reprodução/FBI)
Há quase meio século, em 24 de novembro de 1971, um homem vestindo terno e gravata comprou com dinheiro vivo uma passagem para viajar de Portland a Seattle pela Northwest Orient Airlines. Usava o nome de D.B. Cooper. Instalado em seu assento, o 18C, o homem pediu um bourbon e uma 7-Up a uma das comissárias. Depois, entregou-lhe um bilhete dizendo ter uma bomba em sua mala de mão. Para não deixar dúvidas, abriu ligeiramente a tampa da maleta, revelando fios que pareciam ser de explosivos. Segundo o FBI, imediatamente em seguida a comissária levou ao comandante um escrito com as seguintes exigências: quatro paraquedas e 200.000 dólares em notas de 20.
D.B. Cooper permitiu que o voo 305 da Northwest Orient aterrissasse em Seattle e liberou os 36 passageiros a bordo em troca do dinheiro em espécie. Depois, ordenou ao comandante da aeronave que tomasse o rumo da Cidade do México, mas que não voasse a mais de 10.000 pés de altitude (3.000 metros, cerca de um quarto do habitual). A última coisa que se soube dele é que saltou de paraquedas com o dinheiro em uma zona florestal entre Seattle e Reno, no Estado vizinho de Nevada. Os investigadores nunca o encontraram vivo ou morto, nem conseguiram determinar sua verdadeira identidade. O caso inspirou livros, documentários, filmes e canções.
Em 2004, o FBI colheu um depoimento de Sheridan Peterson, então com 77 anos. Tratava-se de um ex-marinheiro aficionado em paraquedismo, que tinha servido na Segunda Guerra Mundial e trabalhado como técnico da Boeing. Testemunhas disseram que o suspeito do sequestro tinha entre 35 e 45 anos. Peterson tinha 44 anos no momento do crime. Dois agentes interrogaram-no e colheram uma amostra de DNA, que o FBI nunca publicou, apesar de ter descartado publicamente outros suspeitos do caso pelos resultados desse tipo de exame. Oficialmente a agência acredita que D.B. Cooper, fosse quem fosse, provavelmente morreu a noite do assalto.
Eric Ulis, empresário de Phoenix, que investigou o caso por sua conta durante anos e escreveu o livro DB Cooper: The Definitive Investigation of Sheridan Peterson, disse estar “98% seguro” de que Peterson era o famoso “sequestrador dos céus”. “Na verdade, o FBI tinha boas razões para suspeitar de mim”, escreveu Peterson em uma revista publicada pela Associação Nacional de Paraquedismo, em 2007. “Amigos e outras pessoas vinculadas a mim estavam de acordo em que sem dúvida eu era D.B. Cooper. Havia muitas circunstâncias envolvidas para que fosse só uma coincidência”, admitiu. Além disso, o veterano de guerra se parecia muito com os retratos-falados do sequestrador feitos com base na descrição das testemunhas.
As suspeitas sobre Peterson não o impediram de viver uma vida pública lutando por causas que considerava justas. Nos anos sessenta, foi um ativista dos direitos civis, depois se mudou para o Sudeste Asiático para ajudar refugiados durante a Guerra do Vietnã, e em 1989 protestou contra o massacre da praça Tiananmen, em Pequim.
Leia, também: Fuga inacreditável - D.B. Cooper e o misterioso sequestro do voo 305.
Via El Pais
Filhos na cabine, cigarro e vírgula: 5 acidentes aéreos com causas absurdas
Um cigarro causou a queda de um Boeing 707 da Varig em Paris (Reprodução) |
Apesar dos rígidos padrões que devem ser seguidos por companhias aéreas e suas tripulações, alguns acidentes surpreendem pelas causas mais estranhas. Já houve casos de acidente causado pelo filho do comandante que estava brincando na cabine dos pilotos, uma bituca de cigarro jogada na lixeira do banheiro, um piloto suicida, uma vírgula que causou erro no sentido do voo e até por uma carga mal amarrada a bordo.
Em todos os casos, esses acidentes serviram também de exemplo para mostrar como todos os detalhes são importante para garantir a segurança do voo. Eles também causaram mudanças para evitar que novas tragédias banais ocorressem.
Veja cinco acidentes com causas banais:
Aeroflot 593 - filhos na cabine
Comandante deixou filho brincar na cabine e derrubou o avião (Michel Gilliand/Wikimedia) |
Mais de quatro horas após a decolagem, os filhos do comandante Yaroslav Kudrinsky resolveram visitar o pai na cabine de comando do Airbus A310. O avião voava no piloto automático, mas quando Eldar, o filho mais velho de 16 anos, sentou na poltrona do comandante os problemas começaram.
Ao simular que pilotava o avião, Eldar forçou demais os comandos do avião, causando o desligamento do piloto automático. Os verdadeiros pilotos só percebem o problema quatro minutos depois, quando o avião já estava em uma situação incontrolável.
Varig 820 - cigarro na lixeira
Boeing 707 da Varig caiu a apenas cinco quilômetros do aeroporto de Orly (Wikimedia) |
Pouco antes do pouso na capital francesa, teve início um incêndio em um dos banheiros localizados na parte traseira do avião. O fogo se espalhou para a fiação elétrica, causando uma enorme nuvem de fumaça a bordo. As investigações concluíram que o incêndio começou com uma bituca de cigarro que foi jogada acesa na lixeira do banheiro.
Mesmo com o incêndio a bordo, os pilotos tentaram pousar o avião, mas a fumaça que tomou conta da cabine impedia a visão dos pilotos. O Boeing 707 fez um pouso de emergência em uma plantação próxima ao aeroporto. Houve 123 mortes e 11 sobreviventes, sendo um passageiro e dez tripulantes.
Germanwings 9525 - copiloto suicida
Destroços do avião da Germanwings nos alpes franceses - Y.Malenfer |
Lubitz já havia sido tratado por tendências suicidas, porém não informou à companhia sobre isso. Quando ficou sozinho na cabine, o copiloto decidiu se matar e levar junto com as outras 143 pessoas que estavam a bordo. O avião desceu cinco quilômetros de altitude em oito minutos até se chocar com os alpes franceses.
Depois do acidente, diversos órgãos reguladores da aviação pelo mundo passaram a exigir a presença constante de, pelo menos, dois tripulantes na cabine de comando. Caso um dos pilotos precise sair, um comissário deve ficar na cabine.
National 102 - carga solta a bordo
Boeing 747 da National momentos antes da queda (Reprodução) |
As investigações mostraram que o acidente foi causado por um erro na hora de amarrar a carga a bordo do Boeing 747. O avião levava cinco veículos militares. Após a decolagem, um deles se soltou e se deslocou para a parte traseira, alterando o centro de gravidade do avião.
Com a cauda mais pesada, o nariz foi jogado para cima, causando a perda de sustentação do avião e o mergulho em direção ao solo. O Boeing 747 explodiu ao cair, matando os sete tripulantes a bordo.
Varig 254 - uma vírgula errada
Direção do voo Varig 254 era diferente da rota que foi efetivamente feita (Alexandre Saconi/UOL) |
Em seu último trecho do voo, o Boeing 737-200 decolou de Marabá (PA) com destino a Belém. O avião deveria seguir no rumo 027 da bússola (ao norte), mas os pilotos direcionaram o avião para o 270 (ao oeste). O erro foi causado por uma falha do plano de voo emitido pela Varig.
A Varig havia começado a disponibilizar planos de voo computadorizados meses antes do acidente. Até aquela época, utilizavam-se apenas três dígitos para inserir a orientação do rumo que a aeronave deveria seguir. Com os novos planos computadorizados, esse campo passou a contar com uma casa decimal, ficando com quatro dígitos ao todo.
O plano de voo apontava que os pilotos deveriam seguir o rumo 0270. Como o último numeral era uma casa decimal, o rumo correto era o 027, mas os pilotos interpretaram como rumo 270. Com isso, o voo Varig ficou perdido sobre a floresta amazônica durante a noite, voando até acabar o combustível e cair. Das 54 pessoas a bordo, 12 passageiros morreram em decorrência da queda e 17 ficaram gravemente feridos. Os outros tiveram ferimentos menores.
Via Vinícius Casagrande (UOL)
Aviões com mais de dez motores foram uma realidade no passado
Múltiplos motores foram uma necessidade em tempos que havia pouca potência disponível |
Dornier Do X - Um aerobote gigante com 12 motores
Convair B-36 Peacemaker - Seis motores queimando e quatro girando
Boeing B-52 Stratofortress - Um dos ícones da Guerra Fria ainda ativo
Caproni Ca.60 - Um quase indescritível hidroavião
Antonov An-225 Mriya - São 640 toneladas de peso máximo de decolagem
North American XB-70 Valkyrie - Projetado para voar três vezes mais rápido do que o som
Boeing B-47 Stratojet - Um discreto bombardeiro estratégico
britânico está transformando um Boeing 737 abandonado num trailer familiar
A flecha mostra onde Jones, com a ajuda de amigos, cortou a fuselagem do Boeing 737 |
terça-feira, 2 de fevereiro de 2021
A Boeing agora não entregará seu primeiro 737 MAX 10 até 2023
O MAX 10 da Boeing não chegará até 2023. Foto: Boeing |
Atrasos para novas variantes de corpo estreito
O primeiro MAX 10 foi revelado aos funcionários em 2019. Foto: Boeing |
Uma longa espera pelos clientes da Boeing
A United é o maior cliente do 737 MAX 10. Foto: Boeing |
A Lion Air ainda tem pedidos para alguns do tipo. Foto: Boeing |
Conheça museus aeronáuticos espalhados pelo mundo
Museus aeronáuticos pelo mundo trazem um rico acervo da tecnologia da aviação aos visitantes (Foto: Divulgação/Smithsonian Institution) |
Musal - Rio de Janeiro (Brasil)
Avião de treinamento T-33, em exposição no Musal (Foto: Sargento Johnson/Força Aérea Brasileira) |
Museu Imperial de Guerra - Duxford (Inglaterra)
Diversos tipos de aviões, históricos e atuais, podem ser encontrados no Museu Imperial de Guerra, na Inglaterra (Foto: Divulgação/Museu Imperial de Guerra) |
Museu Nacional do Ar e Espaço - Washington D.C (EUA)
Avião militar SR-71 Blackbird, que voava a mais de 3.500 km/h, em exposição no Museu Nacional do Ar e Espaço (Foto: Dane Penland/Smithsonian Institution) |
Museu Aeroespacial do Aeroporto de Paris - Le Bourget (França)
Museu aeroespacial localizado no Aeroporto Le Bourget, em Paris (França) tem desde aviões históricos até foguetes (Foto: Frédéric Cabeza/Museu Aeroespacial do Aeroporto de Paris - Le Bourget) |
Museu Nacional da Força Aérea dos Estados Unidos - Dayton (Ohio)
Está em exibição no Museu Nacional da Força Aérea dos EUA o polêmico B-29 Bockscar, que lançou a bomba atômica em Nagasaki (Japão), em 1945 (Foto: Divulgação/Ken LaRock/NMUSAF) |
Memorial Aeroespacial Brasileiro - São José dos Campos (São Paulo)
Memorial em São José dos Campos (SP) armazena os destaques da indústria aeroespacial nacional (Foto: Divulgação/Lucas Mauro/Força Aérea Brasileira) |
Outros museus
- Museu de Aviação da Ucrânia, em Kiev [http://aviamuseum.com.ua/en]
- Museu de Aviação e Espaço do Canadá, em Ottawa [https://ingeniumcanada.org/aviation]
- Museu do Voo, em Seattle (EUA) [https://www.museumofflight.org/]
- Museu da Aviação Naval, em São Pedro da Aldeia (Rio de Janeiro) [https://www.marinha.mil.br/comforaernav/museu_naval]
- Museu da Força Aérea Central da Rússia, em Monino, na capital Moscou [http://monino.ru/]
- Museu da EAA, em Oshkosh (Wisconsin, EUA) [https://www.eaa.org/eaa-museum]
- Museu aeroespacial Pima, em Tucson, no Arizona (EUA) [https://pimaair.org/]
- Museu da Aviação Carolinas, em Charlotte, na Carolina do Norte (EUA) [https://www.carolinasaviation.org/]
- Museu de Aeronáutica e Astronáutica, em Madrid (Espanha) [https://ejercitodelaire.defensa.gob.es/EA/museodelaire/index.html]
- Museu do Voo da Delta, em Atlanta, na Geórgia (EUA) [https://www.deltamuseum.org/]
Aconteceu em 2 de fevereiro de 2016: Atentado a bomba no voo Daallo Airlines 159
Aeronave
Incidente
Mapa da Somália com o Aeroporto Internacional Aden Adde (MGQ), Aeroporto Internacional Djibouti-Ambouli (JIB) e Balad, o local onde o corpo queimado foi encontrado |