A troca de mensagens ou e-mails e o acesso à internet é ilimitado.
O Brasil está pronto para permitir o uso de telefone celular a bordo de aviões em voo, depende de aprovação da Anac, a Agência Nacional de Aviação Civil.
Esse seria o elo que falta para a revolução da conexão móvel. O Jornal da Globo caiu na estrada e continua conectado.
“Estou conversando com meus amigos que estão no Rio. Estou em São Francisco conversando com eles pela internet dentro do automóvel”, relata o jornalista Jorge Pontual.
O segredo está no porta-malas: um roteador de sinal para carros. O aparelho funciona conectado a rede de telefonia celular 3G.
Três montadoras já oferecem o aparelhinho como item de série ou opcional em alguns carros.
A velocidade de conexão é bem razoável. O fabricante promete sinal o tempo todo, mas não é bem assim.
O roteador tem as suas curiosidades. Precisa estar sempre conectado a uma fonte de energia. Ele permite 20 aparelhos conectados. Difícil é achar utilidade para tudo isso em um carro só.
Como transmite sinal em um raio de 45 metros sem bloqueio por senhas, qualquer um pode pegar uma caroninha virtual.
Banda larga móvel
O acesso à internet já extrapolou há muito tempo os limites da casa, da escola, do escritório. No final de 2010, o país terá mais usuários de banda larga móvel do que fixa, estima o Yankee Group, consultoria especializada em pesquisa sobre tecnologia.
O publicitário Guto Cappio está sempre conectado. Até no bar, o publicitário aprova campanhas usando um notebook com penmodem.
“O vídeo está perfeito. Agora a gente dá um responder aqui e vamos embora”, diz o publicitário.
Antes de dirigir, uma última checada nos e-mails que chegam a toda hora no smartphone. Eles são a sensação do mercado. Em apenas um ano, as vendas aumentaram quase 40%.
“Se você é um alto executivo, você não tem o direito de não ter um smartphone, porque as pessoas vão te mandar um e-mail urgente à meia-noite e, às vezes, acham que você tem que responder à 1h”, conta o publicitário.
O mundo tecnológico continua girando e trazendo novidades. Um roteador ultraportátil, por exemplo, custa o equivalente a R$ 200,00 e exige a assinatura de um plano de R$ 100,00 ao mês.
O aparelhinho também é conectado à rede 3G e consegue emitir o sinal em um raio de 30 metros. A conexão é rápida.
Se você achou essa a oitava maravilha do mundo digital, se acalme. O ponto fraco do equipamento é a bateria, que dura em média 3 horas.
Celular durante voos
Imagina você poder falar ao telefone, trocar mensagens, trocar e-mails, acessar sites, trabalhar, estudar, se divertir dentro de um avião em pleno voo. Essa é a grande novidade da aviação brasileira. Alguns aviões já estão equipados e prontos para receber esse serviço.
O sistema via satélite é ativado quando os sinais de desatar os cintos aparecem. Ele permite que 12 passageiros falem ao telefone ao mesmo tempo. O resto fica em modo de espera até que alguém desligue. A troca de mensagens ou e-mails e o acesso à internet é ilimitado.
“O próprio passageiro vai receber a conta na sua conta de telefone. Então, para ele é como se estivesse em roaming e a tarifa é definida pela companhia de celular”, explica o supervisor geral de marketing da TAM, José Racowski.
A empresa aérea pode ser a primeira das Américas a permitir telefone celular dentro de aviões. A internet já é liberada em algumas partes do mundo.
Na área de embarque do aeroporto de São Francisco, o sinal não deixa dúvida: tem internet no avião.
Na classe econômica encontramos a concentrada e conectada estudante Thereza Smith. Ela tem motivo. “Eu estou terminando um trabalho e espero que consiga mandar por e-mail antes do pouso”, conta a estudante.
O serviço é oferecido nos estados há pouco mais de um ano.
“Eu queria conversar com um amigo aqui do avião usando o Skype através da internet, mas não é permitido porque existe uma etiqueta a bordo. Você não pode falar no celular então também não pode falar através do computador. Passando por cima de Los Angeles a conexão é bem razoável. Custa de R$ 8 por voo de menos de hora e meia a R$ 20 reais por voo de mais de três horas. Daqui do alto, posso ver um vídeo tranquilamente”, constatou o jornalista Jorge Pontual.
“Pelo site da Globo.com eu vou agora ver o Jornal da Globo, mas sem áudio, com headphone. É o Willian Waak a 10 mil metros de altitude”, concluiu o jornalista.
Fonte: G1 (com Jornal da Globo)