O sistema híbrido-elétrico tem potencial para reduzir as emissões de poluentes dos aviões em 95% (Imagem: Steven Barrett Lab/MIT) - Clique na imagem para ampliá-la |
Poluição na aviação
Voando em altitude de cruzeiro, os aviões emitem um fluxo constante de óxidos de nitrogênio na atmosfera, onde esses produtos químicos podem permanecer para produzir ozônio e partículas finas, ou aerossóis.
Na verdade, os óxidos de nitrogênio, ou NOx, são a principal fonte de poluição do ar e têm sido associados à asma, doenças respiratórias e distúrbios cardiovasculares.
Agora, engenheiros do MIT, nos EUA, criaram um conceito para a propulsão de aviões que eles estimam ser capaz de eliminar 95% das emissões de NOx da aviação, "eliminando o problema de poluição do ar da aviação," segundo eles.
O conceito é inspirado nos sistemas de controle de emissões usados em caminhões e outros veículos pesados. Muitos veículos de transporte terrestre a diesel possuem sistemas de controle de emissões pós-combustão para reduzir o NOx gerado pelos motores.
Os pesquisadores estão propondo um projeto semelhante para a aviação, só que com um toque elétrico.
Aviões sem emissões de poluentes
Os aviões de hoje são movidos por motores a jato pendurados abaixo de cada asa. Cada motor abriga uma turbina que aciona uma hélice para mover o avião através do ar, enquanto o escapamento da turbina flui pela parte traseira. Devido a essa configuração, não tem sido possível utilizar dispositivos de controle de emissões, uma vez que eles interfeririam no empuxo produzido pelos motores.
No novo design híbrido-elétrico, ou "turboelétrico", a fonte de energia do avião continua sendo uma turbina a gás convencional, mas ela é integrada ao porão de carga do avião.
Em vez de movimentar hélices ou ventiladores diretamente, a turbina a gás aciona um gerador elétrico, também no porão do avião, que então aciona eletricamente as hélices ou ventiladores montados na asa do avião.
As emissões produzidas pela turbina a gás são injetadas em um sistema de controle de emissões, amplamente semelhante aos dos veículos a diesel, encarregado de limpar o ar de escape antes de ejetá-lo na atmosfera.
"Ainda há tremendos desafios de engenharia, mas não há limitações físicas fundamentais," disse o professor Steven Barrett, coordenador da equipe. "Se você deseja chegar a um setor de aviação com emissões líquidas zero, esta é uma forma potencial de resolver a parte da poluição do ar, o que é significativo, e de uma forma que é tecnologicamente bastante viável."
Via inovacaotecnologica.com.br
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