Alinhado com a expansão da economia e do mercado de aviação chineses, a Embraer prevê a entrega de 975 novos jatos regionais para os próximos 20 anos: 15 com 30 a 60 assentos, 440 com 61 a 90 assentos e 520 com 91 a 120 assentos, o que representa cerca de 13% da demanda global. As estimativas foram divulgadas em uma conferência de imprensa realizada nesta quarta-feira em Beijing, China, no primeiro dia da 14ª Exposição de Aviação de Beijing, que acontece de 21 a 24 de setembro.
O relatório indica que a aviação mundial mostrou sinais de recuperação em 2010, após a crise econômica de 2008, com a China se destacando como um dos mercados de transporte aéreo mais importantes e com crescimento mais rápido.
"A China possui uma das economias que mais cresce no mundo, o que estimula o forte desenvolvimento do mercado de aviação. Após mais de dez anos de dedicação, a Embraer é hoje o maior fornecedor de aeronaves de até 120 assentos neste país. Temos plena confiança que as aeronaves comerciais da Embraer, que possuem versatilidade de configurações internas e podem ser utilizadas em diferentes modelos de negócios, atenderão às demandas deste mercado", afirmou Guan Dongyuan, Presidente da Embraer China.
O estudo traz ainda uma análise detalhada de como a aviação regional transformará a economia e a conectividade da Região Autônoma de Xinjiang Uyghur, onde dois operadores chineses de E-Jets utilizam frotas com aeronaves EMBRAER 190, demonstrando a capacidade dos E-Jets de explorar o enorme potencial desta região, que poderá ser um marco no desenvolvimento do transporte aéreo em outras regiões da China.
No primeiro semestre de 2011, a Embraer captou duas companhias aéreas chinesas como clientes de E-Jets: a China Southern Airlines e a Hebei Airlines. Desde a entrega da primeira aeronave neste mercado, em 2000, a Empresa entregou cerca de 90 jatos comerciais para esta região, o que representa mais de 70% das aeronaves com até 120 assentos no mercado chinês.
Produção
A crise que está atingindo principalmente os Estados Unidos e a Europa preocupa, mas a fabricante brasileira de jatos Embraer não está vendo sinais de que isso possa afetar a carteira de pedidos da companhia. A Embraer descarta a possibilidade de reduzir a produção em 2012, segundo o vice-presidente de aviação comercial da fabricante, Paulo Cesar de Souza e Silva.
Na terça-feira, a canadense Bombardier, anunciou que diminuirá a fabricação de jatos regionais modelo CRJ a partir de janeiro do ano que vem. "Não temos necessidade de ter planos de reduzir a produção", disse o vice-presidente da Embraer após evento de entrega de um avião Embraer 190 à Alitalia, em São José dos Campos (SP). "Não estamos vendo sinais (de queda de demanda). A demanda da aviação continua boa."
O executivo afirmou ainda que em 2012 a empresa deve ter volume maior ou pelo menos manter as entregas de jatos comerciais na comparação com 2011. Para este ano, a estimativa é de entregas de cerca de 100 aeronaves a companhias aéreas.
Alitalia
A Embraer entregou o primeiro jato Embraer 190 para a Alitalia. A aeronave é parte da encomenda da companhia aérea italiana anunciada em março de 2011 para cinco jatos Embraer 190 e quinze Embraer 175 e será operada por meio de um acordo de leasing com a Air Lease Corporation, dos EUA.
"A entrega do E190 para a Alitalia é uma forte demonstração de que esta aeronave é o modelo preferido neste segmento", disse Paulo César de Souza e Silva, Vice-Presidente Executivo da Embraer para o Mercado de Aviação Comercial. "O alto grau de semelhança entre o E175 e o E190 aumentará a eficiência e reduzirá os custos ao longo do processo de modernização da frota desta companhia aérea."
O jato da Alitalia possui 100 assentos em classe única. A aeronave será utilizada em rotas domésticas e européias da malha aérea da empresa, que inclui sete aeroportos: Fiumicino (Roma), Linate e Malpensa (ambos em Milão), Turim, Veneza, Nápoles e Catânia.
Os 20 novos aviões substituirão progressivamente a atual frota de jatos regionais da empresa e terão um papel fundamental no desenvolvimento de vôos sem escalas em rotas de curto e médio alcance, garantindo alta eficiência, baixo nível de emissão de poluentes e serviço da melhor qualidade.
Fonte: Monitor Mercantil