Os socorristas lutavam neste sábado contra o clima para resgatar os corpos calcinados das 46 vítimas, que morreram quando viajavam de Mérida para Caracas.
No local da tragédia estão 36 funcionários, que devem permanecer na zona "por mais de 48 horas", disse o diretor nacional da Defesa Civil, general Antonio Rivero. "Lamentavelmente, as condições meteorológicas não nos permitem um maior número de operações aéreas".
Rivero acredita que ainda hoje serão trasladados os primeros corpos, para sua identificação e "entrega progressiva a seus familiares".
Operação resgate
A operação de busca e resgate dos 43 passageiros e três tripulantes começou na manhã de sexta-feira (22) nos Andes.
Uma fonte do governo venezuelano informou que não havia sobreviventes. A informação foi dada pelo general Ramón Viña, do Instituto Nacional de Aeronáutica Civil da Venezuela.
O aparelho da Santa Bárbara Airlines foi declarado desaparecido no final da tarde de quinta-feira pelo Serviço de Resgate Aéreo (SAR) venezuelano.
O avião, um bimotor turboélice ATR42, de fabricação franco-italiana, partiu da cidade de Mérida, 500 km a sudoeste de Caracas, e seguia para o aeroporto Simón Bolívar, na capital venezuelana. O vôo teve início às 17h45 local (19h45 Brasília) e deveria ter chegado a Caracas após uma hora e 20 minutos, mas se desviou da rota devido ao mau tempo.
"Neste momento, os grupos de resgate estão a caminho para confirmar a informação", disse o diretor da Proteção Civil (PC) de Mérida, Noel Márquez, antes de informar que o local fica 4.750 metros sobre o nível do mar, próximo ao lago La Pernada.
O alerta de desaparecimento foi emitido depois que o avião da Santa Bárbara Airlines não respondeu aos sinais dos controladores de vôo. "Imediatamente ativamos a operação de busca e resgate", acrescentou Márquez. Helicópteros também serão usados na missão. A área do acidente, um terreno íngreme, registrava temperaturas entre dois e quatro graus Celsius no momento da queda.
Imagem do local exato do acidente mostra que choque com montanha reduziu a aeronave a pó. (Foto: Reuters)
Fontes: G1 / AFP / El Universal