A presença dos bombeiros nos aeroportos é uma exigência internacional e têm a missão de executar, como atividade principal, os serviços especializados em salvamento e combate a incêndios em aeronaves e, de forma acessória, sem prejuízo da atividade principal, quando possível e conveniente, iniciar o combate a incêndios em instalações na área de atuação ou em outras instalações nas adjacências, onde o fogo ameace ou possa interferir nas atividades de vôo, até a chegada do Corpo de Bombeiros urbano. Executar ainda, o resgate ou o socorro de pessoas ou animais, vitimados por incêndio ou outros acidentes, ocorridos com aeronaves na área de atuação.
Tratar da segurança aeroportuária, que passa por pousos e decolagens e também da presença dos bombeiros nesses terminais para atuarem na prevenção e segurança dos vôos partindo desses aeroportos passa a ser uma condição de operacionalidade do aeroporto. As providências iniciais para os aeroportos de Mato Grosso necessitam de investimento dentro de um plano de segurança exigido pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
O governador do Estado Blairo Maggi defendeu que o governo federal reveja os critérios exigidos para a operacionalidade dos aeroportos no Estado. Blairo se posicionou em uma sujeição para os aeródromos que compõe a Amazônia Legal, onde estes seriam submetidos à inspeção aeroportuária diferenciada dos maiores aeroportos como os de São Paulo. De acordo com o governador, isso causaria uma viabilidade para um aeroporto que recebe apenas dois vôos diários.
Dentre a lista citada por Maggi para a adequação dos aeroportos, ele destaca a falta de caminhão AP2 contra incêndio, especial em atendimento de aeronaves, que é uma determinante para as cidades receberem aeronaves de grande porte. “O que discutimos com o Ministério da Defesa e Anac é a possibilidade de retirada da região Amazônica de algumas obrigações que estão sendo colocadas para pousos nessas regiões. Acreditamos não ser possível que o aeroporto de Sinop tenha as mesmas obrigações que os de São Paulo”. “O caminhão AP2 é muito caro e o Estado precisaria no mínimo de uns dez, e não temos esse recurso, nem o governo federal”, conclui.
O caminhão contra incêndio necessário para a atuação em aeroportos é um item de segurança com maior valor do aeroporto. O modelo mais simples custa aproximadamente R$1,3 milhão.
O Corpo de Bombeiros apresentou propostas às prefeituras municipais para diminuir custos e tornar viável a operação de segurança aeroportuária dentro da área de atuação. Em Sinop, a providência estabelecida no aeroporto João Figueiredo, requer no primeiro momento, a presença de um bombeiro devidamente capacitado, para atuar com uma viatura contra incêndio, que também é a mesma utilizada em atendimento na cidade, para atuação com um único operador/condutor, além de equipamentos contra incêndio dentro do aeroporto.
Em Alta Floresta, durante os pousos e decolagens os Bombeiros fazem o acompanhamento com o caminhão contra incêndio utilizado nas ocorrências da cidade, programados para duas vezes ao dia. Medidas que contemplem os dois casos podem ser mais bem estudadas, para uma possível apresentação da nova proposta, com a devida aprovação da Anac, para uma melhor operacionalização dos aeroportos de Mato Grosso.
Fonte: Eneídes Martins/Bombeiros-MT / Karen Cristine (Folha da Várzea Grande)