Brasília C-97 foi interceptado no ar por dois caças F-5 na simulação.
Esquema aéreo para grandes eventos foi divulgado nesta quarta-feira (29).
Aviões escoltam outra aeronave, com o Maracanã ao fundo
Foto: Alba Valéria Mendonça/G1
A Força Aérea Brasileira (FAB) fez nesta quarta-feira (29) a simulação de como será uma abordagem a uma aeronave não identificada no espaço aéreo brasileiro nas capitais onde serão realizados os jogos da Copa das Confederações, em julho. Num voo que partiu do Aeroporto Santos Dumont, o avião do modelo Brasília C-97 foi interceptado no ar por dois caças F-5. A aeronave simulava estar com o transponder dessligado.
Ao detectar a entrada da aeronave no espaço aéreo, a torre de controle entra em contato com o avião. Não obtendo resposta em três minutos, caças passam a escoltar a aeronave. Caso as determinações de utilização do espaço aéreo continuem sendo desrespeitadas, a aeronave é conduzida até uma área remota da Base Aérea de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, onde depois de pousar passará por rigorosa revista de tripulantes, passageiros e da própria aeronave.
Durante os jogos todo o espaço aéreo vai ficar restrito a partir do Aeroporto Santos Dumont e do Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão) num raio de 100 km. Somente aeronaves das forças de segurança e o helicóptero que vai filmar o estádio terão permissão para voar neste perímetro. Apesar das restrições, os voos comerciais tanto do Santos Dumont quanto do Tom Jobim não sofrerão qualquer tipo de alteração.
Nos dias de jogos, o patrulhamento do espaço aéreo nas cidades-sede vai começar a ser feito uma hora antes da partida e até quatro horas após o término, com caças voando durante todo esse tempo. O treinamento para o patrulhamento aéreo começou a ser feito em outubro de 2012.
FAB fez simulação nesta quarta-feira (29) no Rio
Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo
O planejamento da FAB para o controle do espaço aéreo e as ações de defesa durante a Copa das Confederações foi divulgado nesta quarta. As informações foram transmitidas durante coletiva no Departamento de Controle do Espaço Aérea (DECEA), no Centro.
De acordo com os critérios de segurança, que também servirão para outros eventos como Jornada Mundial da Juventude, Copa do Mundo e Olimpíadas, a FAB vai operar com áreas de exclusão (reservada, restrita e proibida) em determinadas porções do espaço aéreo com tamanhos e níveis de acessos diferentes. As regras também valem para outros estados.
Coronéis durante coletiva - Foto: Renata Soares/G1
Para o coronel Ary Rodrigues, chefe do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea, desta maneira, a segurança do público, dos atletas, das autoridades e dos participantes em geral, será tranquila.
"Estamos aqui para garantir a segurança do espaço aéreo e logo, das pessoas envolvidas nesse evento. Com as aeronovaes, a FAB irá monitorar o impacto ambiental e também a localização. Esperamos realmente que tenhamos um evento calmo e sem maiores problemas", disse.
O coronel explicou ainda que as áreas de exclusão serão separadas por cor. A reservada será branca, a restrita será marcada pela cor amarela e a proibida, vermelha. "Nosso objetivo é denominar a área no entorno do estádio do Maracanã com este planejamento minucioso. Temos 2.600 controladores com 120 horas de voo para que tenhamos um bom desempenho", explicou.
Na simulação, caças escoltam aeronave que invadiu espaço aéreo restrito
até a Base Aérea de Santa Cruz - Foto: Alba Valéria Mendonça/G1
Aeronaves
Durante o evento, a FAB também vai contar com nove aeronaves que irão monitorar a cidade. São elas: duas F5 (alta performace), duas Super Tucano, dois helicópteros, uma Eco 99, uma de abastecimento e uma F5 extra que ficará em alerta na base de Santa Cruz, na Zona Oeste.
"As medidas de segurança serão adotadas durante os eventos em todos os estados", concluiu o coronel Ary Rodrigues Bertolino.
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Fonte: Alba Valéria Mendonça e Renata Soares (G1 Rio)