Em relação a outro fator apontado pelo relatório, a desatualização das informações meteorológicas concedidas para o vôo, Mourett assegura que o vôo do helicóptero não teria sido autorizado pelo Controle de Vôo do aeroporto caso as condições meteorológicas não estivessem favoráveis. Por isso, ele defende que, pelo menos no momento em que levantou vôo, o clima apresentava condições favoráveis.
O major cogita que, ao chegar nas proximidades da Serra de São Vicente, aí sim o helicóptero se deparou com clima adverso e teria tentado retornar. Neste momento, de noite e sem visibilidade (apesar dos pilotos terem experiência com vôo noturno), pode ter ocorrido um fenômeno chamado de desorientação espacial, que acabou levando o helicóptero a voar contra o próprio solo.
Por isso, o major considera que o ocorrido levanta a necessidade de se capacitar os pilotos para gestão em momentos de crise durante os vôos. De qualquer maneira, ele considera que vôos com finalidade de promover segurança pública e defesa civil não são vôos quaisquer, mas que acarretam riscos potenciais. Quanto à habilidade dos pilotos para operar em locais de condições adversas e sem visibilidade (operar por instrumentos), Mourett esclarece que não há oficiais no Ciopaer preparados para a tarefa, que nem seria autorizada por não haver instrumentos tecnológicos de orientação para tanto.
De maneira geral, o major não contestou a análise contida no relatório do Cenipa. Para ele, o documento é “pertinente” no sentido de apontar na corporação aspectos a serem reformulados. Atualmente, a comissão de segurança de vôo do Ciopaer estuda encaminhar adaptações. A jornada de trabalho dos oficiais poderá ser reduzida.
Fonte: Renê Dióz (Diário de Cuiabá) - Foto: Lorival Fernandes (DC)
MAIS
O acidente
Dois oficiais e um soldado morreram e um capitão ficou ferido durante uma operação de resgate. A queda do helicóptero Águia Uno da PM, ocorrida por volta das 19h40 do dia 4 de abril de 2005, matou na hora o sargento Joel Pereira Machado, o tenente Rodrigo Ribeiro e o soldado Júlio Márcio de Jesus. Todos faziam parte do Grupamento Aéreo da Polícia Militar (Graer). O comandante da aeronave era o capitão Henrique Corrêa da Silva Santos, único sobrevivente. Ele se recuperou e atualmente está destacado na Polícia Rodoviária Estadual (PRE).
Era noite de segunda-feira quando o helicóptero Águia Uno foi acionado na capital para fazer um resgate na BR-364, na Serra de São Vicente. Após os procedimentos de rotina, a decolagem ocorreu por volta das 19h. A previsão da equipe de investigação é de que o helicóptero caiu 40 minutos depois, em uma fazenda da região. A equipe enfrentava tempo nublado e provavelmente voava baixo, disse o capitão Henrique ao RMT Online. Além da perda irreparável com a morte dos policiais, a polícia também amargou prejuízos materiais com a destruição do helicóptero.
Segundo o capitão Henrique, ele foi informado de que é praticamente impossível determinar uma causa exata para a queda do helicóptero. É possível que uma série de fatores tenham provocado a queda. Entre eles, condições do tempo, a escuridão da noite, as dificuldades da missão, a altura em que a aeronave voava ou alguma manobra mal sucedida. Outra possibilidade é de que o helicóptero tenha tocado o chão.
Fonte: A Notícia Digital
Leia: Jornada excessiva provocou acidente
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sábado, 11 de julho de 2009
Polícia Militar de MT admite falhas que podem ter levado a acidente de helicóptero e estuda mudanças
Air France prepara estréia do seu primeiro A380
O grupo aéreo francês será o primeiro operador europeu a utilizar o avião gigante da Airbus e também será a primeira empresa a realizar vôos transatlânticos entre Europa e Estados Unidos com o maior avião comercial do mundo.
O A380 da Air France terá capacidade para 538 passageiros, com 80 na classe business e 9 na primeira classe. Serão 106 na categoria econômica do piso superior e 343 no andar inferior.
Este é o primeiro dos 12 Airbus A380 encomendados pela Air France, e outros três serão entregues para entrada em serviço ainda durante a temporada de inverno 2009 e primavera de 2010.
Fonte: Brasilturis - Imagem: divulgação
Astronomia do Infravermelho - O Telescópio Espacial Spitzer
Grande parte da radiação IV é bloqueada pela atmosfera terrestre, por isso, a necessidade de telescópios espaciais para detectar esta radiação.
As observações astronômicas no IV tiveram início na década de 1960, quando detectores desta radiação, a bordo de balões estratosféricos fizeram as primeiras medições a partir da alta atmosfera.
Na década de 1970, as observações passaram a ser feitas por detectores a bordo de aviões a jato, capazes de voar a grandes altitudes.
Nestas fases foram identificados alguns milhares de corpos celestes emitindo no IV.
Em janeiro de 1983, foi colocado em órbita o satélite IRAS (Abreviatura do inglês de Satélite Astronômico do Infravermelho), resultado do esforço conjunto dos Estados Unidos, Holanda e Inglaterra. Seu objetivo foi construir o primeiro catálogo de fontes com emissão no IV. Este observatório esteve em operação até novembro deste mesmo ano. Com suas observações aumentou o numero de fontes identificadas em cerca de 70%, reconhecendo aproximadamente 350 mil delas. Entre suas descobertas se destacam o disco de poeira em torno da estrela Vega, a emissão no IV de galáxias em interação e a distribuição do aquecimento da poeira em quase todas as direções do espaço. A imagem abaixo mostra o IRAS em órbita.
Crédito: NASA/IPAC
No dia 25 de agosto de 2003 foi lançado pela NASA o 'Observatório' Espacial Spitzer. Ele consiste de um telescópio refletor cujo espelho primário tem 85 cm de diâmetro e possui três detectores de IV para cobrir quase todo intervalo desta radiação no espectro eletromagnético. Além disso, possui também uma unidade de refrigeração (criostato) para manter os instrumentos em baixa temperatura. O observatório tem 4 m de altura e pesa quase 870 kg. As figuras abaixo mostram o diagrama interno à direita e o externo à esquerda.
Radiação IV é basicamente radiação de calor, por isso, o telescópio deve estar resfriado a temperaturas próximas do zero absoluto, para que seja possível detectar sinais provenientes do espaço sem a interferência do calor dele mesmo. Além disso, ele precisa estar protegido do calor do Sol, mas também tem de aproveitar esta radiação para gerar energia para suas baterias. E mais, deve também estar protegido da radiação IV emitida pela Terra. Estas e outras considerações indicaram a escolha da órbita. Esta escolha apontou para uma posição na nossa própria órbita - 'uma distância segura da Terra e boa do Sol'. A figura abaixo mostra a localização.
O Spitzer se desloca na órbita a uma velocidade de 0,1 UA/ano, uma Unidade Astronômica (UA) é a distância da Terra ao Sol e vale 150 milhões de km. Ele se encontra a uma distância de aproximadamente 70 milhões de km da Terra.
A expectativa em termos de pesquisa é que este telescópio espacial realize observações no IV, nas quatro seguintes áreas: formação de planetas e estrelas, origem de galáxias energéticas e quasares, distribuição de matéria em galáxias e formação e evolução galáctica.
O destaque fica por conta da descoberta mais recente e que apresenta estrelas recém nascidas nas proximidades do centro de nossa galáxia. Neste local existem estrelas, gás e poeira, sendo que no centro propriamente dito existe um buraco negro 'peso pesado'. As condições deste ambiente são bastante severas para a formação de estrelas. Aí, existem ventos estelares intensos, ondas de choque e pressão e outros fatores que dificultam o nascimento de estrelas. Para confundir ainda mais as observações existe uma grande quantidade de poeira entre nós e o centro da Via Láctea. Mesmo para o Spitzer com seu olhar infravermelho, que pode penetrar esta poeira, encontrar estrelas jovens nestas condições é como encontrar 'agulha no palheiro'. Os resultados destas observações revelaram três estrelas com características que indicam serem bem jovens. Elas têm menos de um milhão de anos de idade e estão envolvidas por 'casulos' de gás e poeira. A imagem abaixo mostra a região central de nossa galáxia no IV e em destaque as estrelas citadas.
O nome do telescópio espacial do IV é uma homenagem ao astrofísico americano Lyman Spitzer Jr., nascido em 1914 e falecido em 1997, cujas contribuições relevantes nas áreas de dinâmica estelar, física de plasma, fusão termonuclear e astronomia espacial foram de grande destaque.
Atualmente o Telescópio Espacial Spitzer se encontra em modo de 'espera' desde o dia 15 de maio deste ano, devido a um vazamento de Hélio líquido no sistema de refrigeração. Técnicos, engenheiros e cientistas estão trabalhando na calibração do sistema e em algumas semanas o telescópio deverá estar novamente em operação.
No artigo a seguir falaremos de telescópio espacial para observações no ultravioleta.
Leia mais sobre astronomia na coluna Olhar Longe.
Fonte: Túlio Jorge dos Santos (Portal Uai)
Internet Interplanetária começa a funcionar na Estação Espacial Internacional
Agora, os cientistas acabam de acionar o primeiro ponto de acesso da Internet Interplanetária a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS). O objetivo inicial é a automatização da transmissão dos dados científicos obtidos nos laboratórios da ISS para os controles em terra. Hoje o sistema é mais parecido com um sistema de rádio do que com um protocolo da Internet, como o TCP/IP.
Protocolo DTN
O protocolo usado pela internet interplanetária chama-se DTN ("Disruption-Tolerant Networking" - Rede Tolerante a Interrupções), onde cada computador da Internet Interplanetária mantém a informação pelo tempo que for necessário, até que seja possível estabelecer a comunicação de forma segura com o próximo nó da rede. Isto garante que não haverá perdas nos dados mesmo com as mais adversas situações encontradas no espaço ou quando uma sonda estiver escondida do outro lado de um planeta.
"A comunicação entre as espaçonaves e as estações terrestres é feita tradicionalmente por meio de uma conexão ponto-a-ponto, de forma muito parecida com um walkie-talkie," explica Kevin Gifford, um dos responsáveis pela desenvolvimento da Internet Interplanetária.
"Atualmente, as equipes das missões espaciais devem agendar manualmente cada conexão e gerar os comandos apropriados para especificar para onde os dados devem ser enviados, o tempo da transmissão e seu destino. Com o aumento do número de espaçonaves e conexões, e com o surgimento da necessidade da comunicação entre os diversos veículos, essas operações manuais se tornam cada vez mais complicadas e caras," disse ele.
Primeiro roteador espacial
A Internet terrestre não pode ser simplesmente transferida para o espaço porque lá em cima não se pode assumir que os computadores terão sempre uma conexão entre eles. Assim, o protocolo DTN pressupõe que os diversos nós da rede se comunicarão sempre que puderem. Quando não houver conexão, cada roteador deve segurar seus dados até ser possível fazer a transmissão.
O primeiro roteador da Estação Espacial Internacional foi instalado em um equipamento de pesquisa chamado CGBA (Commercial Generic Bioprocessing Apparatus) durante a última missão do ônibus espacial Atlantis. Os testes envolvem a transmissão dos dados científicos coletados pelo equipamento diretamente para o controle em terra.
A NASA espera dotar todos os laboratórios da Estação Espacial Internacional de seus próprios roteadores para que os dados científicos sejam transferidos para os respectivos controladores de cada experimento, muitos deles localizados em laboratórios de universidades ou nos centros de controle das agências espaciais europeia, russa e japonesa.
O novo protocolo da Internet Interplanetária foi desenvolvido sob o comando de Vint Cerf, atualmente no Google, e considerado um dos pais da Internet terráquea.
Pode ler mais sobre esta iniciativa na página oficial da NASA.
Fonte: Site Inovação Tecnológica - Foto: Glenn Asakawa/University of Colorado
Aeroporto de Boston testa radar para aves
Instrumento pode detectar aves pequenas a uma distância de até cinco quilômetros - Clique na foto para ampliá-la
O Aeroporto Internacional Logan, em Boston, começou a testar um sistema de radar especializado que a Força Aérea dos Estados Unidos utiliza para proteger seus pilotos e que a Nasa usa nos lançamentos de seus ônibus espaciais para prevenir choques com aves. O local conta com uma equipe de controle de fauna silvestre que inclui cinco empregados em turno integral e tem realizado um intenso programa de prevenção de choques contra aves que têm na região sua rota migratória.
Os operadores do Logan passaram a estudar o problema depois que uma aeronave da US Airways foi atingida por um bando de gansos em janeiro, obrigando o piloto a pousar o avião no Rio Hudson, em Nova York. Agora, avaliam o Radar Aviar Merlin, fabricado pela empresa DeTect Inc., com sede em Panama City, na Flórida. O instrumento pode detectar, em tempo real, aves pequenas a uma distância de até cinco quilômetros.
Fonte: AP via Zero Hora - Foto:Josh Reynolds
Empresa aérea paga indenização por sumiço de Iphone
De acordo com os autos, em viagem aos Estados Unidos em 2008, os passageiros teriam se apresentado no aeroporto de Miami, local que embarcaram num voo de rota Miami-Manaus-Belém-São Luiz-Fortaleza-Natal. Na ocasião, a passageira levava uma mala de mão, onde guardava um casaco e um aparelho celular Iphone, enquanto o outro passageiro levava um outro volume de mão. Chegando ao balcão de embarque, foram advertidos de que a mala de mão deveria ser despachada, pois as autoridades da TAM não permitiam que fosse acondicionada nos bagageiros do avião, sob a alegação de falta de espaço nas aeronaves que faziam aquela rota.
A maleta do outro cliente, no entanto, seguiu com ele para o interior da aeronave. Chegando a Belém, os dois foram orientados a desembarcar do avião, recolher as bagagens e passar pela alfândega. Após algum tempo, e sem localizar suas malas, foram abordados por um funcionário da empresa, o qual informou que as malas seriam liberadas pela Receita Federal e colocadas nas "esteiras". Mas não foi isso o que ocorreu. As malas não chegaram e eles abriram um o processo de reclamação, através do qual noticiaram o extravio de quatro volumes.
No aeroporto de Belém, receberam a informação de que as malas haviam ficado em Miami. Após cinco horas, já próximo ao horário do vôo seguinte, receberam ligação dando conta de que a bagagem extraviada havia sido localizada em Fortaleza. Nesta cidade, receberam a notícia de que a bagagem já se encontrava no avião, seguindo para Natal, onde chegaria juntamente com eles.
Ao desembarcar em Natal, os dois efetivamente receberam as malas, inclusive com lacre da TAM. Para recebê-las, tiveram que assinar um documento e devolver a cópia da reclamação feita em Belém. Já em sua residência, o casal autor foi tomado de surpresa quando, ao abrir a mala, o aparelho celular Iphone não foi encontrado.
A empresa destaca ainda que o contrato de transporte aéreo é regido por diversas regras e, no que toca às bagagens despachadas, tais normas encontram-se especificadas no próprio bilhete de passagem e que no campo "bagagens - avisos importantes" dos bilhetes aéreos, consta expressa proibição de transporte de telefones celulares na bagagem despachada, ressaltando que levar, a título de bagagem comum, bens frágeis ou de grande valor, constitui inadimplemento contratual que isenta de responsabilidade a companhia aérea. E ainda que o celular que teria sido extraviado deveria ter sido transportado como "carga especial", com pagamento de taxa específica e contratação de seguro com cobertura para avarias ou extravio dos bens.
Fundamento da decisão
O juiz concluiu que a empresa não comprovou que o extravio do objeto Iphone não ocorreu, ou que o mesmo se deveu a fato de terceiro, ou à culpa dos passageiros. “Em que pese a TAM alegar inobservância de regras contratuais e desobediência às instruções contidas nos bilhetes de passagem, a análise dos documentos deixa óbvio que os requerentes a nada desobedeceram”.
Além disso, há o fato de a bagagem ter sido despachada em função de uma ausência de espaço no guarda volume daquele vôo. O juiz também concluiu pela indenização por danos morais. “Não me parece constituir mero dissabor ou simples aborrecimento a situação daquele que se vê em terra estranha à sua, desprovido de seus pertences, sem saber se os mesmos estão nos Estados Unidos ou no Brasil, recebendo reiteradas informações desencontradas e contraditórias, como ocorreu com os autores. É situação aflitiva e constrangedora, agravada pela frustração de não encontrar bem de precioso valor que havia sido presente de pessoa da família”, destacou o juiz.
Fonte: TJRN via Tribuna do Norte
'Senhor das Armas' tinha bases em Minas Gerais e Goiás
Nas duas últimas décadas, Antônio Jorge de Carvalho, 40 anos, se perpetuou como o responsável pelas bocas de fumo de boa parte das favelas de Niterói. Mas as 20 comunidades que controla não renderam tanto quanto passou a ganhar com a mudança de ramo. Desde que deixou a cadeia, há cinco anos, Tony, ou Baixo, como é conhecido, passou a investir no tráfico de armas e tornou-se o principal fornecedor de 60% das favelas do Rio, todas controladas pela facção Comando Vermelho.
Na tarde de domingo, o ‘Senhor das Armas’ foi preso num shopping da cidade de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, por agentes da Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos (Drae), e desembarcou no Galeão na madrugada de quarta-feira, sob forte escolta.
Como medida de proteção, Tony montou bases em cidades do interior de Minas e Goiás e não tinha endereço fixo. Era de Uberlândia que ele seguia para cidades como Ponta-Porã, próximo à fronteira paraguaia, e Corumbá, quase na Bolívia, onde estavam seus principais abastecedores. Contra ele havia dois mandados de prisão, um por tráfico internacional de drogas, e outro da 77ª DP (Icaraí), por homicídio.
Um dos principais homens do esquema é Eduardo Herculano, o Avião da Mineira, um dos principais traficantes do Morro da Mangueira. Outro é conhecido pelo apelido de Pará: os dois negociavam e recebiam o dinheiro das vendas para Tony.
Cadeia para o Senhor das Armas
Por meio do esquema de Tony, cerca de 500 novas armas chegavam anualmente às mãos de traficantes cariocas. Desde 2007, quando começou a investigação, cresceu o número de armas apreendidas oriundas da Bolívia e do Paraguai.
Só no ano passado, 12 metralhadoras antiaéreas do Exército boliviano foram encontradas no Rio. “Verificamos a procedência dessas armas e começamos o trabalho”, afirmou o delegado Carlos Antônio Oliveira, subchefe operacional da Polícia Civil.
A metralhadora ponto 30, antiaérea, era uma das especialidades de Tony. Na Bolívia, ele comprava a US$ 10 mil e a revendia a R$ 60 mil no Rio. O bandido também negociava munição, pistolas, metralhadoras e fuzis. “Só em junho ele negociou 39 fuzis com traficantes do Rio, em especial dos Complexos da Penha e do Alemão”, disse a coordenadora da investigação, delegada Márcia Beck, titular da Drae.
A prisão do bandido foi mantida em sigilo para que se desse sequência à investigação. Segunda-feira, a Drae fez incursão no Morro do Beltrão, em Niterói, e encontrou um dos artefatos enviados por Tony para ser revendido aqui: um míssil antitanque, de fabricação argentina, capaz de furar o blindado usado pela polícia carioca. Na ação, um casal foi preso. Paulo Roberto Aquino Maciel Júnior, o Juninho, 25, e Tatiana de Azevedo Maciel tinham prisão decretada. Ele era gerente de uma das favelas, enquanto ela depositava o dinheiro do tráfico de drogas em diversas contas bancárias de Tony.
Fonte: Leslie Leitão (O DIA)
Caças russos Stealth destruidores
Mas, e os russos? Pouco ou nada se ouve falar de seus aviões após o pop star MiG-29 chegar às linhas de produção. O motivo é um só: o campo militar para os russos é completamente secreto, e isso não mudou com a queda da União Soviética. Bem da verdade é que existe um programa secreto do governo russo - intitulado Pak-fa T-50, que significa Perspektivnyi Aviatsionnyi Kompleks Frontovoi Aviatsyi, ou seja Futuro Complexo Aéreo para as Forças Aéreas Tácticas - que está criando a nova geração da aviação militar do país, grande parte dela stealth.
O programa é liderado pela melhor fábrica russa, a Sukhoi, e a idéia é a substituição dos MiG-29 e dos Sukhoi, além de fazer frente aos badalados F-22 e F-35. O detalhe é que o Brasil estava no programa como parceiro internacional, mas desistiu, pois os russos não fariam repasse de tecnologia (vão pesquisar, brasileiros), apenas entregariam os aviões.
Bom, fora isso e alguns outros detalhes, o resto do programa é totalmente desconhecido. As especulações quanto a capacidade dos aviões são baseadas nos melhores caças russos do momento: o Su-35 e o Su-37 (para se ter uma idéia de como os projetos militares são avançados, esses aviões ainda entraram em serviço no fim do ano, de acordo com as previsões do Ministério da Defesa Russo). Eles constituíram grande avanço no estilo russo de construir aviões, que eram bastante dependentes de potentes radares de estações terrestres, e dificilmente podiam operar a noite.
Com o Su-37, a coisa avançou (também, foram mais de 20 anos de pesquisas e projetos). Basta dizer que ele foi o primeiro avião com turbinas de empuxo vetorado do mundo (cada turbina pode ser controlada independentemente uma da outra, resultado em grande manobrabilidade, como voar para frente com o bico apontado para cima), radar de alcance de mais de 360 Km tanto para alvos aéreos quanto terrestres, e com capacidade de monitorar até 20 deles e atacar 8, tudo ao mesmo tempo. Fora isso ele atira mísseis para trás, guiados por uma radar N012, com alcance de 80 Km, aliado a um sistema que detecta alvos a 45º do bico da aeronave a mais de 100 Km. Em resumo: não dá para pegar um desses desprevenido.
Agora imagine o seguinte: o Su-37, que é considerado um dos melhores caças da atualidade, já tem quatro anos desde que ficou pronto, estando agora sob intensos testes e início de produção… e são inferiores a toda a quinta geração de caças russos, que deve incluir os novos Sukhoi, novos MiGs, os novos bombardeiros táticos Yakovlev, e os bombardeiros estratégicos Tupolev.
Mas, especular mais que isso é partir para absurdos, o lance é esperar até algum dia entre 2012 ou 2015 (isso se nosso mundo não entrar em colapso) e ver o que os russos vão aprontar. Antes disso, fique com as artes feitas pelo designer russo Aleksander Dultsev. É bonito demais…
Fonte: Duler via Gizmodo
Voo AF447 foi um "fracasso" para nossa empresa, diz Air France
A investigação sobre as causas do acidente ainda está em curso.
O presidente do conselho de administração da Air France-KLM, Jan-Cyril Spinetta, afirmou nesta quinta-feira (9)que o acidente do voo AF 447 entre Rio e Paris, que caiu no Atlântico e matou todos os 228 ocupantes, foi "uma tragédia" e representou "um fracasso" para a empresa.
"É uma tragédia para nós e a comunidade nacional. É uma tragédia para a comunidade internacional, é uma tragédia para a comunidade aeronáutica mundial, que deseja compreender o que aconteceu, e é uma tragédia para a Air France", disse ele durante discurso na assembléia geral anual dos acionistas da empresa, antes de convidar o público a fazer um minuto de silêncio.
"Mas é também um fracasso para nossa empresa. A segurança de nossos voos falhou. Precisamos entender o que aconteceu", acrescentou.
"Infelizmente, houve duas outras tragédias na empresa antes de minha chegada à Air France: a catástrofe do monte Saint-Odile (em 1992) e a do Concorde (em 2000). Existem feridas que nunca cicatrizam e que carregamos conosco. Apesar disso, a empresa precisa permanecer unida, suportando as provações", disse ele.
O voo AF447, que fazia o trajeto entre o Rio de Janeiro e Paris, caiu no oceano Atlântico após decolar em 31 de maio. A investigação sobre as causas do acidente ainda está em curso.
Em entrevista concedida ao jornal "Le Figaro" na quinta-feira, o diretor-geral da empresa aérea franco-holandesa, Pierre-Henri Gourgeon, negou que disponha de uma "gravação secreta" do piloto do avião. Os rumores sobre as circunstâncias do acidente vêm se multiplicando nas últimas semanas.
Fonte: Reuters via G1
Jatinho de Nicolas Sarkozy leva o nome de Carla Bruni
Destroços do voo 447 devem chegar à França na terça
O Bureau de Investigação e Análises (BEA) francês, encarregado da investigação técnica na França, confirmou que "as peças do A330 encontradas frente ao litoral do Brasil serão examinados neste centro de investigações sob controle da gendarmeria e do BEA".
O transporte dos 640 pedaços encontrados desde que a aeronave caiu no mar em 1º de junho é realizado a bordo do navio mercante "Ville de Bordeaux", um dos três navios utilizados normalmente pela Airbus para trasladar as partes do avião gigante A380 das diferentes plantas europeias para a montagem em Toulouse.
O BEA indicou que não localizou qualquer vestígio de incêndio ou explosão em um primeiro exame visual dos pedaços encontrados.
"Os elementos identificados proveem do conjunto das zonas do avião", explicaram, citando, em particular, os 'galeys' (encaixes para as bandeiras de comida), pedaços do chão do aparelho e coletes salva-vidas não utilizados.
Fonte: AFP
Projeto de balizamento e iluminação do Aeroporto Regional de Concórdia (SC) foi entregue ao secretário regional
Mauri Maran confirma que o projeto prevê o balizamento e iluminação, a necessidade de instalação de um farol e ainda o PAPI, equipamento que têm por objetivo informar os pilotos sobre a altitude correta em que se encontra o avião, quando este faz a aproximação à pista.
Mauri Maran diz que após a entrega do projeto ao governado, que deve ocorrer no próximo dia 13, o documento será analisado pelo Agencia Nacional de Aviação Civil - ANAC.
O valor total do investimento é de R$ 977 mil, sendo que o projeto está dividido em três etapas.
Fonte: Rádio Rural AM
Brasil é o eldorado das aéreas dos EUA
Com isso, as áreas norte-americanas resolveram incrementar as suas parcerias, como no caso da líder American Airlines, que acaba de fechar parceria entre programas de milhagem com a nacional Gol Linhas Aéreas Inteligentes, que também mantém a marca Varig. Mesmo ainda cautelosa em lançar novas rotas entre os dois países, concentrando assim os seus esforços em manter a ocupação dos voos existentes, a vice-líder Delta Air Lines, bancou o lançamento, este mês, de um novo voo entre São Paulo e Los Angeles. Já a United Airlines informou que suas aeronaves voltaram a ter bons níveis de ocupação, e com isso a empresas espera garantir a volta de um voo sazonal a partir do Rio de Janeiro.
"Vimos a demanda cair depois da crise, mas gradativamente a recuperamos e agora estamos com níveis de ocupação na casa dos 80%. Voltamos ao patamar do ano passado ", revelou ao DCI Luiz Camillo, gerente de Vendas da United Airlines no Brasil. O executivo colocou ainda que a flexibilização das tarifas, permitindo maiores descontos por lei, deu um impulso para elevar a comercialização de bilhetes. "As tarifas caíram 20%", incluiu. No auge da retração econômica, o número de passageiros chegou a retrair 35%.
A United transporta cerca de 400 passageiros por dia, entre o Brasil e o território norte-americano. O que dá cerca de 280 mil passageiros por ano. Patamar que dentro de um cenário otimista, deve permanecer estável em 2009. Ao todo são 14 vôos semanais que permitem ligar o País com as cidades de Chicago e Washington.
Camillo contou que o principal foco de atuação da companhia aérea está no passageiro de negócios - hoje mais de 60% dos clientes. Assim, a United pretende atrair mais executivos ao lançar por aqui a classe Economy Plus, com 13 centímetros de espaço entre as poltronas e a assentos que reclinam 180º graus. A United possui acordos comerciais no Brasil com a TAM Linhas Aéreas e ambas fazem parte da maior aliança mundial de companhias áreas, a Star Alliance.
Desde o ano passado, a empresa trouxe um avião com capacidade 25% maior, e promete mantê-la até o final de 2009. Ela também deve manter entre novembro e fevereiro o vôo sazonal do Rio. Camillo comentou que se houver melhora no cenário, talvez este vôo possa se tornar permanente, sem prazo definido para isso.
Entre todas as estratégias adotadas para aquecer a vendas, está a de manter parceria com todas a agências de viagens que atendem a esse mercado. O executivo da United contou que outro passo que foi tomado e que deve da maior impulso as viagens é uma maior facilitação para a obtenção dos vistos de viagem, antes muito restritos.
Parceria
A American Airlines, que faz o maior número de vôos entre os aeroportos brasileiros e os da América do Norte - ao todo são quase 60 -, encerrou junto à Gol uma negociação que durou quase cinco anos e assinou um acordo de milhagem recíproca entre as duas empresas, pelo qual os clientes poderão compartilhar vantagens entre o Smiles, da aérea brasileira, e o AAdvantage, da norte-americana.
"Com isso, os mais de 60 milhões de clientes AAdvantage terão acesso a mais destinos no Brasil e na América do Sul", afirmou Peter J. Lara, vice-presidente sênior da American para México, Caribe e América Latina, explicando que o acordo deve aumentar significativamente a flexibilidade de horários e dos preços aos clientes, além, é claro, da possível troca de milhagem.
Nos próximos meses a parceria entre as duas empresas deve evoluir para uma do tipo cold share, que possibilita uma integração ainda maior entre as empresas, com a unificação de sistemas. A Gol possui um acordo desse tipo com a Air France.
A nova parceira da Gol voa aqui no Brasil para os aeroportos de cinco cidades brasileiras: Guarulhos (São Paulo), Rio de Janeiro (Galeão), Recife, Belo Horizonte e Salvador. De acordo com Peter Lara, não há no momento previsão de lançamento de mais vôos para cá. "Acabamos de entrar em novas regiões, mas estamos estudando com atenção o mercado regional", disse.
Novas rotas
A Delta Air Lines garantiu uma nova rota entre São Paulo e Los Angeles, na Califórnia, este mês - por enquanto, trata-se de um vôo sazonal. A Delta oferece voos entre Atlanta e São Paulo (Guarulhos), além de conectar a cidade norte-americana às cidades do Rio de Janeiro, de Manaus, de Recife e de Fortaleza. Ela também possui um vôo direto entre Nova York e o Estado de São Paulo.
"Continuamos a apostar no mercado brasileiro. Esta rota reflete a importância de investir neste país", disse Luiz Teixeira, diretor da Delta do Brasil.
Por fim, a nova empresa dos Estados Unidos a atuar por aqui, a US Airways, vai ligar o Aeroporto Internacional do Galeão a Charlotte, na Carolina do Norte.
A United Airlines diz ter recuperado ocupação, que chegou a 80%, e lança nova classe, atenta à entrada da concorrente US Airways.
Fonte: DCI
Dois anos depois, investigação ainda não foi concluída
O relatório da Polícia Civil de São Paulo foi concluído em dezembro do ano passado e tem 40 mil páginas. Roberto Gomes, assessor de imprensa voluntário da Associação dos Familiares das Vítimas do Acidente da TAM (Afavitam), explicou que ainda faltam as conclusões da Polícia Federal e do Centro Nacional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
"Nós estamos acompanhando, falta ainda a concretização das investigações da Polícia Federal de São Paulo e do Ministério Público Federal em São Paulo, que ainda estão em abertas, e falta a divulgação do relatório do Cenipa. Segundo o próprio Cenipa, o relatório está pronto, aguardando os técnicos estrangeiros, que participaram da investigação, apresentarem seus laudos, porque eles estão revisando a parte das suas atuações.
De acordo com Roberto Gomes, que é irmão de uma das vítimas do acidente, o inquérito da Polícia Federal está sob segredo de Justiça, por decisão do Ministério Público Federal, enquanto o do Cenipa é confidencial por norma internacional.
A informação que os familiares têm é que o processo na Polícia Federal está parado, porque o delegado responsável foi afastado do caso. No Cenipa, o processo está em fase de conclusão e será divulgado primeiro para os familiares das vítimas.
Roberto Gomes lembrou que as investigações da 27ª Delegacia de Polícia de São Paulo pediu o indiciamento de 13 pessoas da TAM, da Agência Nacional de Avião Civil (Anac) e da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), além da empresa Airbus, fabricante do avião.
"A Airbus, porque ela não colocou um alarme para as manetes, que era um item recomendado por ela, que é um alarme que alertaria se as manetes estivessem assimétricas. A TAM, porque descumpriu a norma da Anac, que proibia o pouso de aeronaves em Congonhas sem o reverso total, com excesso de combustível em dias de chuva, e a Anac, porque não obrigou as empresas a cumprir as regulamentações nem fiscalizou", disse o assessor.
Para Roberto Gomes, a morte das vítimas foi anunciada, já que nos dois dias anteriores ao acidente, foram emitidos 13 relatórios de perigo em Congonhas, sem nenhuma providência das pessoas e autoridades responsáveis.
"Antes daquele acidente, um dia antes, um outro piloto quase não conseguiu pousar aquela mesma aeronave que se acidentou, e fez um relatório de perigo, que foi encaminhado para a TAM e por sua vez para a Anac. Resultado: nada, não fizeram nada. Cerca de treze relatórios de perigo envolvendo a pista foram emitidos. Na minha concepção, eu digo em alto e bom som, que o meu irmão e mais as outras 198 vítimas foram assassinadas. Havia várias questões que poderiam ser evitadas, bastava as autoridades terem a competência e não serem negligentes, bastava as empresas aéreas não serem gananciosas e respeitarem a normatização.
Nas homenagens aos dois anos, a Afavitam vai decorar os tapumes do local do acidente na manhã do dia 17, uma sexta-feira, terá um manifestação no Aeroporto de Congonhas, às 18h50, hora do acidente, um minuto de silêncio e depois um ato ecumênico. No sábado, dia 18, será celebrada uma missa e no domingo, dia 19, um pequeno concerto, Tributo Pela Vida. A prefeitura de São Paulo deve construir um memorial em homenagem às vítimas, com projeto do arquiteto Ruy Otake.
Fonte: DCI
Sobrevivente não sabe como saiu do avião
Houzaimata, de xaile castanho-escuro nos ombros em sinal de luto pela morte de Aziza, a mãe de Baya que a acompanhava na viagem de férias para as Comores, onde a jovem deveria festejar, em Agosto, o seu 13° aniversário, acredita sinceramente num milagre. O pai da rapariga, Kassim, também. "Foi o bom Deus que a salvou", diz ele ao grupo de jornalistas que o assedia à porta do hospital. "Estou contente porque Baya está viva, doente mas viva, e triste porque a minha mulher morreu", acrescenta no meio do tumulto que a sua presença provoca.
Houzaimata, que desde terça-feira toma conta dos três irmãos de Baya - Badian, de 10 anos, Badrou, de 7, e Badawy, de 2 -, informa que toda a família se prepara para um período de luto de quatro meses, "no respeito das tradições". E relata com gravidade o que sabe sobre o "milagre" que salvou Baya, uma das 153 pessoas que seguiam no avião iemenita: "Falei com ela ao telefone, na quarta-feira, quando estava hospitalizada nas Comores e ela disse-me que só se lembra de uma grande agitação, de ter ouvido um estrondo, e não sabe como saiu do avião... acordou no escuro, na água, agarrada, segundo disse, a 'uma coisa', até ver uma barca... disse que teve frio e sede, que as pernas lhe ardiam e que ouviu vozes de pessoas a pedirem socorro, mas que não viu ninguém na escuridão".
A jovem, estudante em Cordeil-Essonnes, na região parisiense, protagonizou uma história extraordinária - conseguiu aguentar-se durante mais de 10 horas a boiar no mar revolto, agarrada a um destroço do airbus, a 20 km da costa do arquipélago das Comores. Até os políticos franceses e os especialistas em aeronáutica evocam um acontecimento inexplicável que a tornou a única e improvável sobrevivente.
"Foi um milagre, porque o choque deve ter sido terrível e é difícil explicar como ela conseguiu sair do avião, talvez através de uma brecha que se abriu ao nível da sua cadeira, depende de como o avião caiu", explica Gérard Feldzer, ex-piloto e director do Museu do Ar do aeroporto de Bourget, na região parisiense.
Aos médicos, em Moroni, capital das Comores, Baya disse ter sentido, antes de desmaiar, uma espécie de "descarga eléctrica". Um dos clínicos que a tratou disse que ela teve a sensação de ter sido "propulsada para fora do aparelho".
"Achei-a espantosamente serena, é muito doce e gentil, e estou muito impressionado pelo combate extraordinário que ela levou a cabo pela vida", acrescenta Alain Joyandet, secretário de Estado francês da Cooperação.
Este governante confirma que o avião A310 apresentava "diversos problemas de segurança" e que estava proibido de viajar para França desde há dois anos. De luto, a comunidade de origem comoriana residente em França revolta-se contra a Yemenia e o que chama "os seus aviões-caixotes de lixo". "Os aviões que não podem viajar em França voam em África, porque é sempre na escala em Sana que somos mudados para aparelhos todos podres", diz um franco-comoriano.
Em França foi aberto um processo judicial para averiguar as causas da tragédia. O Presidente Nicolas Sarkozy visitou Baya, no hospital, na quinta-feira à noite, antes de participar numa cerimónia religiosa na Mesquita de Paris. 66 dos 152 mortos tinham a nacionalidade francesa.
Fonte: Daniel Ribeiro - (Expresso - Portugal) - Foto: AFP
Problema jurídico emperra investigação sobre voo AF 447
As autoridades brasileiras, no entanto, afirmam que peritos franceses tiveram acesso ao procedimento realizado no Instituto Médico Legal do Recife.
"Do ponto de vista das autoridades brasileiras, elas não podem, por essa razão, fazer uma troca de informações judiciárias", explicou esse magistrado a jornalistas. Na França, os inquéritos judiciário e administrativo acontecem em paralelo.
Os juízes francesas dizem que os resultados das autópsias ainda não foram transmitidos à investigação do país, mais de um mês após o acidente no qual morreram as 228 pessoas que estavam a bordo do avião, que decolou do Rio em 31 de maio.
Esses exames são importantes para a investigação, já que não existem muitos elementos materiais para determinar as causas do acidente do Airbus A330 da Air France.
Numa coletiva de imprensa em 2 de julho, os responsáveis franceses do Escritório de Investigações e Análises (BEA), encarregado do inquérito administrativo, se disseram estarrecidos por não poderem ter acesso às autópsias, apesar da negativa brasileira.
Essa não é a única divergência entre a França e o Brasil. Enquanto a Aeronáutica e a Marinha brasileira suspenderam as buscas no mar em 26 de junho, as Forças Armadas da França continuam a levá-las adiante.
Ainda existe a esperança de encontrar as "caixas pretas" do avião, que jazem no fundo do mar, a milhares de metros de profundidade, numa cadeia montanhosa submersa. Nelas estão registradas as conversas dos pilotos e as informações técnicas sobre o vôo.
"Sem as caixas pretas, ficamos na conjetura, sem nem sequer uma hipótese científica", disse o magistrado francês. O BEA fixou a data de 10 de julho para o encerramento das buscas.
Com base no exame dos destroços, o BEA concluiu que o avião não se fragmentou em pleno voo, mas se chocou com o mar horizontalmente, perdendo altitude em grande velocidade.
O BEA avalia que, na ausência de elementos concretos, não é possível apostar na hipótese de falha das sondas "Pitot" que medem a velocidade do avião, um defeito que já foi constatado.
Fonte: Reuters via IG
Corpos e destroços de Airbus iemenita são achados na Tanzânia
O representante do distrito de Mafia, Manzie Mangochei, disse que cerca de 13 corpos foram vistos no início desta semana. As autoridades recuperaram oito até agora.
Um pequeno objeto de metal com as palavras "Deutsche Airbus GmBH" (Airbus Alemão GmBH) estava cravado nos escombros brancos encontrados na remota ilha de Mafia, a leste do país africano Tanzânia, a cerca de 500 quilômetros do local do acidente.
A Tanzânia disse na terça-feira que corpos que pareciam ser da queda do Airbus 310-300 iemenita tinham sido avistados flutuando perto da ilha de Mafia, ao lado de destroços do avião.
Apenas um sobrevivente entre as 153 pessoas a bordo - uma menina franco-comorense - foi encontrado. Bahia Bakari, que mal sabe nadar, se agarrou a um escombro flutuante por mais de 12 horas antes das equipes de resgate terem avistado seu esforço no mar agitado.
A procura por outros sobreviventes foi encerrada esta semana. Equipes de resgate no arquipélago de Comores detectaram um sinal da caixa-preta do avião, mas disseram que pode levar um tempo para alcançar o objeto que deve estar na profundidade do oceano.
Tentativas de recuperar os corpos do oceano próximo à ilha de Mafia foram impedidas pela agitação do oceano.
"Estamos trabalhando sob condições muito difíceis", disse o representante distrital Mangochei à Reuters, acrescentando que as ondas altas tornavam a situação quase inacessível.
A companhia aérea informou que havia 75 passageiros comorenses a bordo, junto de 65 cidadãos franceses, 1 palestino e 1 canadense. A tripulação era formada por 6 iemenitas, 2 marroquinos, 1 indonésio, 1 egípcio e 1 filipino.
Equipes de resgate em Comores suspeitam que muito corpos continuam presos dentro do avião e disseram que as buscas tem como foco as partes do avião, que acreditam estar no oceano a 500 metros de profundidade.
Fonte: George Obulutsa (Reuters - Reportagem adicional de Tim Hepher) via G1 - Foto: Thomas Mukoya (Reuters)
Britânico é atingido por gelo caído de avião
Um homem de Bristol, no sudoeste da Inglaterra, disse que foi atingido por um pedaço de gelo caído de um avião no início da semana.
David Gammon, 76, que vive sob a rota por onde passam as aeronaves que chegam ao aeroporto internacional da cidade, disse que estava sentado em seu jardim quando o episódio ocorreu.
"Ouvi um avião voando sobre a minha cabeça e logo em seguida um som de assobio. E de repente um pedaço de gelo do tamanho de uma laranja caiu na minha coxa", contou.
"Me disseram que, se tivesse caído na minha cabeça, eu não estaria mais com vocês", afirmou.
Em um comunicado, o aeroporto de Bristol não rejeitou a hipótese de que o gelo tenha caído de um avião usando as suas instalações, mas ressalvou que tampouco há provas para comprovar que isto ocorreu.
"Variáveis como a altitude da aeronave, força dos ventos, temperatura do ar e outros fatores indicam que o gelo poderia ter vindo de uma aeronave voando a uma distância de aproximadamente cinco milhas (cerca de oito quilômetros)", disse o comunicado.
"Isto inclui vôos transatlânticos para o aeroporto de Heathrow, a Alemanha e o norte da Europa, e aeronaves com saída ou destino no aeroporto internacional de Bristol."
O aeroporto disse que "proverá todo apoio possível" às autoridades de aviação para investigar o episódio.
Assista a reportagem da BBC (em inglês)
Fonte: BBC Brasil - Fotos e Arte: The Sun
Algar Aviation recebe Phenom 100
A Algar Aviation incorporou à frota uma das aeronaves executivas mais modernas do mundo. Trata-se do Phenom 100, fabricado pela Embraer. O avião, entregue à empresa do grupo Algar na sexta-feira, tem capacidade para quatro passageiros e dois tripulantes. Inicialmente, o avião ficará dedicado ao atendimento da demanda das empresas Algar.
Além da tecnologia embarcada e do conforto da cabine, o principal destaque da aeronave é o baixo custo operacional. O diretor-presidente da Algar Aviation, Rogério Montalvão Elian, afirma que enquanto a maioria dos jatos entra em manutenção a cada 150 horas de voo, em média, o Phenom 100 voa até 500 horas entre as paradas para manutenção. “Isto significa maior disponibilidade e menor custo de manutenção.”
O Phenom 100 voa mais tempo sem depender de manutenção e gasta menos durante as viagens. “No geral, a economia operacional chega a 30%, em média, numa comparação com outros jatos. Em um momento de crescimento da aviação executiva no País, a aquisição cumpre um papel estratégico importante para a empresa”, afirmou Elian.
O presidente da Algar Aviation conta que a negociação para a aquisição do Phenom começou em 2006 quando a empresa assinou a opção de compra perante a Embraer. “Mesmo com a crise, mantivemos nossos planos por entender que o novo equipamento traria ainda mais competitividade à empresa.”
Os jatos Phenom (em inglês, pronuncia-se fi-nom) foram lançados em maio de 2005 para expandir o portfólio de aeronaves executivas da Embraer. Foram lançadas as versões Phenom 100 (Very Light) e o Phenom 300 (Light). Com a chegada do Phenom, a Algar Aviation, que atua em táxi aéreo e venda e manutenção de aeronaves há mais de 30 anos, passa a contar com seis aviões próprios. Além da nova aquisição, a empresa contava com quatro Xingus e um Learjet.
Fonte: Correio de Uberlândia