terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Piloto morto em acidente de avião no Maine (EUA)

Um Cessna 172 caiu perto de Olamon Island em Greenbush, no Maine (EUA), na segunda-feira (4), matando o piloto.

O avião, o Cessna 172S Skyhawk SP, prefixo N5118J, registrado para a empresa American King Air Services Inc., partiu do Aeroporto Internacional de Bangor por volta das 11:00 (hora local) de segunda-feira, de acordo com o tenente Wesley Hussey da Polícia do Estado do Maine.

A aeronave perdeu contato com o controle aéreo logo após o piloto ter relatado que havia gelo sobre as asas do avião.

"Temos um chamado registrado às 11:06", informou o tenente Hussey. "A torre de Bangor nos ligou para dizer que um avião estava em perigo, que estava com gelo nas asas, e [o piloto] estava indo tentando chegar em Old Town. Então, eles o perderam de vista no radar."

Os destroços foram encontrados no início da tarde pelo Maine Guerraden Service, e as autoridades começaram a procurar o piloto. O cockpit estava completamente submerso, tornando a descoberta do corpo mais difícil.

"Nós tínhamos quase a certeza que ele estava no avião", disse Hussey. "Alguns bombeiros entraram na água com roupas de frio e puderam chegar perto e sentir que havia um corpo no cockpit." O corpo do piloto foi encontrado ontem à noite.

Equipes de resgate trabalhando sobre os destroços do avião

As equipes de resgate de Greenbush recuperaram o corpo do piloto James Beaton, 78, nascido no País de Gales, no Reino Unido, retirando-o de dentro do cockpit do avião que caiu em Olamon Island, em Greenbush na segunda-feira. O corpo foi levado para a perícia médica do estado, em Augusta, segundo a polícia do estado.

O piloto transportava o avião para o exterior, de acordo com Risteen Masters, um porta-voz do Aeroporto Internacional de Bangor. Masters disse que Beaton dirigia-se para a Base Aérea de Goose Bay, em Labrador, no Canadá.

O piloto ficou em Bangor, pelo menos, quatro dias à espera de melhores condições meteorológicas, disse Masters.

Acredita-se que o excesso de gelo sobre as asas tenha sido responsável pelo acidente.

Fontes: Mario Moretto e William P. Davis (The Maine Campus) / ASN - Fotos: Mario Moretto / Isaac Greenlaw, Down East Emergency Medical Institute

Piloto da United Airlines admite ter bebido além da conta

Um piloto da United Airlines admitiu em um tribunal nesta terça-feira que compareceu ao aeroporto de Heathrow, em Londres, para pilotar um avião até Chicago, com três vezes mais álcool que o permitido em seu organismo.

Erwin Washington (foto abaixo), de 51 anos, de Lakewood, Colorado, iria comandar um Boeing 767 com destino a Chicago em novembro passado, com 124 passageiros e 11 tripulantes a bordo, quando um colega sentiu cheiro de álcool em seu hálito.

O voo tinha partida "iminente" quando a polícia chegou e o prendeu. Um teste de bafômetro registrou 31 microgramas de álcool por 100 mililitros de ar. O limite legal é nove microgramas.

Quando foi detido, Washington, que tem passado militar, respondeu: "Ok, ótimo".

Na terça-feira, no Tribunal dos Magistrados Oxbridge, em Londres, ele se confessou culpado de ter estado com limite de álcool superior ao permitido para pilotar um avião, informou a Press Association. Seu advogado, Chris Humphreys, disse que o piloto estava "arrependido".

Humphreys disse ao tribunal que a legislação sobre o limite de álcool permitido para tripulantes de aviões só foi aplicada sete vezes até hoje.

"Felizmente, há pouquíssimos casos desse tipo", disse o advogado.

Washington será sentenciado em 5 de fevereiro. Ele foi libertado sob fiança incondicional.

A United Airways disse que o piloto foi suspenso enquanto o caso é investigado a fundo.

Fonte: Michael Holden (Reuters) via O Globo - Foto: PA

NASA descobre mais cinco planetas

Ilustração mostra planeta gasoso,de tamanho similar a Júpiter

Em sua missão de buscar locais similares à Terra, o telescópio Espacial Kepler descobriu cinco novos exoplanetas.

Chamados de Kepler 4b, 5b, 6b, 7b e 8b, eles orbitam estrelas maiores que o nosso Sol e foram anunciados ontem, pela NASA, a Agência Espacial Americana.

As descobertas representam um passo importante na missão, que tem como objetivo final encontrar planetas de tamanho próximo ao da Terra em regiões possivelmente habitáveis de estrelas similares ao Sol. Isso quer dizer que o telescópio procura por corpos a uma distância média das estrelas onde, possivelmente, as temperaturas seriam adequadas para o surgimento da vida como a conhecemos.

O Kepler localiza os corpos pela sombra que produzem ao passarem na frente das mais de 150 mil estrelas monitoradas simultaneamente. São necessárias três passagens para confirmar a descoberta de um planeta do tamanho da Terra – ou seja, três voltas do planeta ao redor da estrela.

Por enquanto, os planetas descobertos ainda são muito grandes e variam entre tamanhos similares a Netuno a maiores que Júpiter, com órbitas entre 3,3 e 4,9 dias. As temperaturas estimadas são de 1.200 a 1.650º C - muito quentes para a vida.

No entanto, para a NASA, as descobertas são animadoras: desde o lançamentos da Missão Kepler, em 6 de março do ano passado, os pesquisadores acreditam que estes grandes planetas quentes seriam mesmo os primeiros a serem detectados.

É, portanto, apenas uma questão de tempo para que planetas menores sejam descobertos, chegando cada vez mais perto de se encontrar o primeiro análogo à Terra.

O Kepler continuará ativo até, pelo menos, novembro de 2012.

Fonte: Paula Rothman (INFO Online) - Imagem: NASA/JPL-Caltech/T. Pyle (SSC)

Avião agrícola cai em Lucas R.Verde (MT) e piloto fica ferido

O acidente aconteceu ontem (4) à tarde por volta das 16h50, na fazenda Irmãos Munaretto. O avião agrícola Embraer EMB 202 Ipanema, prefixo PT-URT, ano de fabricação 2004, estava pulverizando a lavoura de soja, quando perdeu altitude e caiu. Conforme informações do proprietário da fazenda o avião deslizou por aproximadamente 60 metros e "capotou".

Não foi confirmado se o piloto Antônio Carlos da Silva, 35 anos, tentou um pouso forçado no meio da fazenda ou se conseguiu levar a aeronave até a pista usada para pousos e decolagens. Antonio foi encaminhado para o Hospital Regional de Sorriso, onde permanece internado. O estado de saúde dele não foi informado.

As causas do acidente ainda não foram informadas. Há possibilidade de falha mecânica. A aeronave tem 2.800 horas de voo e o piloto é considerado experiente neste modelo.

Fonte: Altair Anderli (Só Notícias)

Contrariando Lula e Jobim, FAB opta por caças suecos

Aeronáutica recomenda compra do Gripen NG, o mais barato dos finalistas do FX-2

Relatório técnico contraria preferência pública pelos franceses manifestada pelo governo federal; decisão final cabe ao presidente


O caça francês Rafale, da empresa Dassault, ficou em terceiro e último lugar no relatório técnico que o Comando da Aeronáutica entregou ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, sobre o projeto FX-2, de renovação da frota da FAB. O Gripen NG, da sueca Saab, ficou em primeiro lugar na avaliação, e o F-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing, em segundo.

O resultado tende a gerar constrangimentos no governo e mais atrasos para a decisão final sobre o projeto de compra de 36 caças, ao contrapor a avaliação técnica da Aeronáutica pró-suecos à preferência política do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da área diplomática pela oferta que foi apresentada pelos franceses.

A decisão pró-Rafale chegou a ser anunciada em nota conjunta assinada pelos presidentes Lula e Nicolas Sarkozy, em setembro passado, mas o governo brasileiro recuou depois da repercussão negativa na FAB e entre os concorrentes, já que a avaliação técnica nem sequer havia sido concluída.

Agora, o governo está num impasse: ou passa por cima do relatório da FAB e fica com os Rafale, ou desagrada o governo francês e opta pelo Gripen NG. Formalmente, o presidente Lula está liberado para escolher qualquer um dos três.

Conforme a Folha apurou, o "sumário executivo" do relatório da FAB, com as conclusões finais das mais de 30 mil páginas de dados, apontou o fator financeiro como decisivo para a classificação do caça sueco: o Gripen NG, até por ser monomotor e ainda em fase de projeto (se baseia no Gripen atual, uma versão inferior em performance), é o mais barato dos três concorrentes finais.

A diferença de valores é tanto no quesito preço do produto como no custo de manutenção. A Saab diz que ofereceu o Gripen pela metade do preço do Rafale, ou seja, algo na casa dos US$ 70 milhões. Afirma que a hora-voo de seu avião é quatro vezes menor do que a do francês, o que a Dassault rejeita: como o Rafale tem duas turbinas, é mais caro de operar, mas teria melhor performance.

Quem vai arcar com todos esses custos, durante os cerca de 30 anos de vida útil do jato, é a FAB, que considera a questão prioritária.

Pesou também o compromisso de transferência de tecnologia. O Gripen NG é um projeto em desenvolvimento que oferece em tese mais acesso a tecnologias para empresas futuramente parceiras, como a Embraer. Há a promessa genérica de produção final no Brasil, mas de resto o Rafale também diz isso. O problema é que o francês é um produto pronto, supostamente com menor taxa de transferência de conhecimento de produção.

O relatório da FAB não considerou como negativo o fato de o jato sueco ser monomotor, já que em aviões modernos isso é visto com um problema menor na incidência de acidentes.

Já o Rafale apresentou três obstáculos, na análise da FAB:

1) Continuou com valores considerados proibitivos, ao contrário do que o presidente da França, Nicolas Sarkozy, havia prometido a Lula.

2) O prometido repasse de tecnologia foi considerado muito aquém da ambição brasileira. Trata-se de um "produto pronto", que teria, ou terá, dificuldades para ser vendido a outros países a partir do Brasil.

3) A Embraer, consultada pela Aeronáutica, declarou que, se fosse o Rafale, não teria interesse em participar do projeto, pois lucraria muito pouco em tecnologia e em negócios.

O relatório foi feito pela Copac (Comissão Coordenadora do Programa Aeronaves de Combate) e ratificado pelo Alto Comando da Aeronáutica no dia 18 de dezembro.

Jobim voltou ontem à noite a Brasília pronto para se reunir com o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito. Oficialmente, para ganhar tempo, a versão do governo é que a FAB ainda não lhe entregou o documento.

O ministro já sabe do resultado desde uma viagem que fez com Saito à China e à Ucrânia, no final do ano. Os dois aproveitaram uma escala justamente em Paris para discutir a questão com o presidente da Copac, brigadeiro Dirceu Tondolo Noro, que, conforme a Folha apurou, foi chamado de última hora a viajar à capital francesa para encontrá-los.

É uma das grandes compras em curso no mundo, e pode bater os R$ 10 bilhões.

Em entrevista à Folha em dezembro, Jobim admitiu que tinha interferido para mudar as regras do relatório da Copac, mas sem assumir que a intenção era evitar que a FAB indicasse um favorito que não batesse com o do Planalto.

Fonte: Eliane Cantanhêde (Jornal Folha de S.Paulo) - Imagem: IstoÉ

Embaixada americana no Iêmen reabre as portas


A embaixada dos Estados Unidos no Iêmen voltou a abrir nesta terça-feira, depois de passar dois dias fechada pelas ameaças da Al-Qaeda e 24 horas após uma operação antiterrorista das forças iemenitas.

Em um comunicado divulgado na internet, a embaixada explica que a decisão foi tomada depois das operações antiterroristas bem sucedidas executadas pelas forças de segurança iemenitas ao norte da capital.

"As ameaças de ataques terroristas contra alvos americanos continuam sendo importantes", completa o comunicado, que também pede aos americanos no Iêmen que permaneçam vigilantes e adotem medidas de segurança.

Dois membros da Al-Qaeda foram mortos na ação de segunda-feira.

O ministério iemenita do Interior também anunciou a prisão de cinco terroristas, afirmando que Sanaa é capaz de garantir a segurança das embaixadas e dos estrangeiros no país.

Por sua parte, os funcionários da embaixada britânica na capital iemenita se reintegraram à missão que, no entanto, continua fechada ao público.

A embaixada francesa também permanece fechada, enquanto que outras representações diplomáticas prosseguiam limitando o acesso a suas dependências por causas das ameaças da Al-Qaeda na Península Arábica (AQAP), que reivindicou o fracassado atentado contra um avião americano no Natal.

Na véspera, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, havia informado que Estados Unidos reabririam sua embaixada no Iêmen quando as condições de segurança o permitirem.

A embaixada dos Estados Unidos no Iêmen fechou suas portas domingo devido a ameaças de atentados da Al-Qaeda contra os interesses americanos neste país da península arábica. As autoridades britânicas fizeram o mesmo pouco tempo depois, seguidas pelas autoridades francesas.

A secretária de Estado ainda denunciou a "dura repressão" das recentes manifestações no Irã, e disse que Washington "iniciou as discussões" com seus aliados para estudar novas "pressões e sanções" contra a República Islâmica por causa de seu programa nuclear.

"Iniciamos as discussões com nossos aliados e os países que compartilham nossa posição sobre pressões e sanções", declarou Hillary, depois de uma reunião com o primeiro-ministro e chanceler do Qatar, xeque Hamad Ben Jassem Ben Jabr al-Thani.

"Não podemos continuar assim, quando os próprios iranianos falam em aumentar sua produção de urânio enriquecido", justificou.

"É claro que a porta continua aberta para que o Irã tome a decisão certa e respeite suas obrigações internacionais" em matéria nuclear, destacara mais cedo um porta-voz da Casa Branca, Bill Burton.

Hillary Clinton também afirmou que "o duplo caminho do diálogo e da pressão" segue aberto ao Irã, se o país resolver cooperar sobre seu programa nuclear.

"Nosso objetivo é pressionar o governo iraniano, principalmente a Guarda da Revolução, sem contribuir para o sofrimento do povo iraniano", explicou.

A secretária de Estado denunciou "os sinais crescentes da dura repressão" conduzida pelo poder contra os manifestantes "que expressam uma opinião diferente da que os dirigentes iranianos querem ouvir".

Também na segunda-feira, o presidente iemenita Ali Abdullah Saleh recebeu dois emissários sauditas que declararam, segundo a versão da imprensa oficial, que a segurança do Iêmen fazia parte da segurança da Arábia Saudita.

Um dos emissários era o príncipe Mohammed ben Nayef ben Abdel Aziz, chefe da luta antiterrorista saudita e que recentemente foi alvo de um atentado cometido por um camicase saudita chegado do Iêmen.

O presidente americano Barack Obama acusou a AQAP, com base no Iêmen, de ter planejado e treinado o jovem nigeriano Umar Faruk Abdulmutallab, acusado pela tentativa de atentado contra um avião da companhia americana Northwest Airlines que seguia de Amsterdã para Detroit no dia de Natal.

A AQAP reivindicou o atentado frustrado e pediu novos ataques às embaixadas no Iêmen.

A embaixada dos Estados Unidos na capital iemenita foi alvo em setembro de 2008 de um atentado com carro-bomba que matou 19 pessoas fora da área diplomática.

Apoiadas por Estados Unidos e Grã-Bretanha, as forças de segurança iemenitas passaram à ofensiva em dezembro contra os supostos membros da Al-Qaeda.

Washington e Londres concordaram recentemente em fundar a Unidade de Contraterrorismo no Iêmen, uma força especial com treinamento e assistência americana.

O conselheiro antiterrorismo de Obama, John Brennan, qualificou a decisão de "esforço determinante e coordenado", mas destacou que Washington não abrirá uma nova frente bélica no Iêmen, depois do Afeganistão e Iraque, enviando tropas para lutar contra os insurgentes islâmicos.

A Administração de Segurança dos Transportes (TSA) americana anunciou no domingo que "qualquer pessoa que viaje aos Estados Unidos de qualquer lugar do mundo com origem ou escala por nações que respaldam o terrorismo ou outros países de interesse serão submetidos a controles adicionais".

Entre os países figuram Iêmen, Cuba, Irã, Sudão, Síria, Afeganistão, Líbia, Nigéria, Paquistão e Somália.

Fonte: France Presse via G1

Iata defende controles reforçados com outras medidas nos aeroportos

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) considerou hoje que uma das lições que pode ser tirada da fracassada tentativa de atentado aéreo em 25 de dezembro é a importância de combinar controles reforçados com informações provenientes dos sistemas de inteligência.

Neste sentido, pediu ao Departamento de Segurança Nacional e à Agência de Segurança do Transporte (TSA) dos Estados Unidos a colaborar com suas entidades homólogas em outros países para idealizar uma "nova geração" de sistemas de segurança.

Segundo a entidade internacional, essa colaboração deveria dar aos responsáveis por aplicar os controles adicionais nos aeroportos a possibilidade de fazer isso em função de uma avaliação eficaz do risco.

A Iata afirmou também que entende a adoção de medidas de urgência extras adotadas pelo Governo americano, após a tentativa de explodir um avião da companhia Northwest que fazia a rota Amsterdã-Detroit.

Lembrou que a posição da Iata, como entidade que representa mais de 200 companhias aéreas, foi a de incentivar a cooperação entre as autoridades dos EUA e do resto do mundo para melhorar a segurança, deixando claro que o sistema de transporte aéreo não pode suportar revisões corporais minuciosas de todos os passageiros a longo prazo.

Por outro lado, certa porcentagem dessas revisões corporais, junto com a tecnologia adequada, pode reduzir os atrasos e cobrir os requerimentos de segurança, afirmou a Iata.

Fonte: EFE via G1

Anac lança site

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) lançou o site Hora de Viajar – Dicas para o Passageiro. O argumento para colocar o site no ar é o fato de que, em 2009, com a queda nos preços das passagens aéreas, os aeroportos receberam pessoas de menor poder aquisitivo, muitas vezes na sua primeira viagem de avião, cenário que aumenta a necessidade de informação.

O acesso é feito pelo endereço:

www.anac.gov.br/horadeviajar.

Fonte: Zero Hora

Cientistas tentam criar avião à prova de explosão

No combate ao terrorismo, a tecnologia tem sido uma forte aliada. No desenvolvimento de novas armas e até na construção de um avião à prova de explosões.

Depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, o mundo não imaginava que o terrorismo chegasse bem perto de explodir aviões em pleno voo.

As medidas de segurança tomadas nos aeroportos nos últimos anos não foram capazes de deter o nigeriano Umár Farúq Abdul-Mutálab. No dia 25 de dezembro de 2009, em pleno Natal, ele conseguiu embarcar em um voo da Europa para os Estados Unidos com material explosivo escondido na cueca. A explosão não deu certo. Passageiros e tripulantes conseguiram conter o terrorista.

Falhas na segurança dos aeroportos levaram ao desenvolvimento da última barreira contra o terror a bordo. Uma defesa de altíssima tecnologia: aviões à prova de explosão.

Os Estados Unidos estão pesquisando materiais capazes de conter os efeitos de explosões dentro das aeronaves. A primeira linha de pesquisas é a da segurança no compartimento de carga. Uma espécie de tecido feito de fibra sintética embrulha o contêiner que guarda a carga. Esse tecido consegue absorver a explosão e impede que a estrutura da aeronave seja atingida.

Mas o grande desafio dos pesquisadores americanos é desenvolver um material que proteja o avião de explosões detonadas por um passageiro. A ideia é evitar que buracos sejam abertos na fuselagem depois da explosão. Assim, os pilotos podem pousar o avião e evitar uma tragédia ainda maior. O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos não permite divulgar a composição do material nem o tipo e a quantidade de explosivos empregados nestes testes.

A primeira experiência é com uma placa menos resistente, que não suporta a explosão. É claro que, nesta era de atentados, ela não será usada na construção de aviões.

Depois, os técnicos testam um outro tipo de placa. Um especialista acompanha pelo computador a explosão. Ele diz que a deformação do material foi bem pequena, longe de representar perigo de ruptura e, portanto, de expansão da explosão. O teste é um sucesso.

Outra linha de pesquisas busca a proteção de uma aeronave atacada por foguetes disparados por lançadores portáteis. Os lançadores são pequenos, mas nem por isso menos perigosos. São precisos e mortais.

Essas armas estão disponíveis no mercado clandestino do terror. Um vídeo gravado por terroristas no Iraque mostra um ataque a um avião de carga nos céus de Bagdá. Os pilotos conseguiram pousar. Parte do avião pegou fogo, mas ele não explodiu.

Uma animação mostra uma tecnologia já usada em aviões militares. Sensores na barriga da aeronave detectam o calor do foguete e disparam um raio laser. O raio desvia o foguete. Os foguetes têm curto alcance e por isso só podem ser usados quando o avião pousa ou decola.

Assim, umas das ideias do governo americano é usar aviões controlados à distância, sem tripulantes, na patrulha do espaço aéreo dos aeroportos. Outras pesquisas tentam aperfeiçoar o sistema, para que ele seja viável na aviação comercial.

Os aviões civis ainda não usam esse sistema por causa do custo da tecnologia, do peso do equipamento e do aumento do consumo de combustível, que é maior quando a aeronave carrega o aparelho. Existem ainda problemas tecnológicos.

Um teste feito com um avião especial avalia se o sistema de laser que desvia os foguetes funciona a uma altitude de 15 mil metros. Essa é a altitude usada pelos mais modernos aviões de passageiros e também pelos militares. O teste mostra que, nessa altitude, o laser detecta os foguetes, mas não consegue desviar o perigo. Essa tecnologia, portanto, ainda não está pronta. Essas são pesquisas para a defesa de última hora.

Estudos estão sendo feitos também para detectar a intenção terrorista ainda no aeroporto, antes do embarque. Você conheceu uma delas aqui no Fantástico: a tecnologia de leitura da frequência cardíaca e do ritmo da respiração de um passageiro sem encostar nele. Raios que não fazem mal ao organismo são capazes de ler esses sinais a partir da artéria carótida. Se os sinais forem de nervosismo, o passageiro poderá ser interrogado pelos agentes de segurança e até mesmo perder o voo.

Se essa tecnologia já estivesse sendo usada nos grandes aeroportos do mundo, haveria menos chance de o terrorista do Natal conseguir embarcar.

Fonte: Fantástico (TV Globo) - Foto: AP

Máfia das passagens aéreas envolve 39 gabinetes de parlamentares

A Comissão de Sindicância da Câmara encontrou indícios para processar administrativamente 45 servidores por supostamente fazer comércio ilegal de passagens aéreas dos deputados. Um deles faleceu e seu caso acabou arquivado. Os funcionários pertencem a 39 gabinetes de parlamentares. A maioria dos congressistas demitiu os subordinados temendo "contaminação" com a farra das passagens. As informações são do site Congresso em Foco.

A máfia das passagens consistia em obter créditos de passagens para uso exclusivo dos deputados a trabalho em agências de turismo, que os comercializam a terceiros se valendo de descontos. Para dar os descontos, os agentes obtinham deságios na compra, empréstimo ou antecipações desses créditos com intermediários ou funcionários dos gabinetes. Como mostrou o Congresso em Foco, pelo menos um deputado tentou, ele mesmo, negociar seus créditos acumulados.

Após análise do relatório da comissão de sindicância, que é mantido em sigilo pela Mesa da Câmara, a direção da Casa decidiu abrir processo contra 44 servidores.

Da mesma forma, a Corregedoria abriu processo apenas contra alguns dos 39 parlamentares que chefiavam os funcionários. A reportagem identificou que pelo menos oito parlamentares (20% do total) são investigados pelo órgão comandado por Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA). Até agora, apenas Eugênio Rabelo (PR-CE) teve o caso arquivado.

Paulo Roberto (PTB-RS) aguarda uma decisão da Mesa. O licenciado Paulo Bauer (PSDB-SC) e seu suplente, Acélio Casagrande (PMDB-SC), estão sendo investigados por uma comissão de deputados.

Márcio Junqueira (DEM-RR), Raymundo Veloso (PMDB-BA), Roberto Rocha (PSDB-MA) e Aníbal Gomes (PMDB-CE) são alvo de apurações preliminares do corregedor. A reportagem apurou que Francisco Rossi (PMDB-SP) também prestou informações a ACM Neto, mas não é possível dizer se há uma investigação contra ele.

O secretário parlamentar Wendell Victor da Silva Costa, que trabalhava com Fernando Chucre (PSDB-SP), já é falecido. Por isso, só há processo administrativo contra 44 servidores.

Desse total, apenas 15 continuam trabalhando na Câmara, ou seja, pouco mais de um terço. Os deputados depositaram confiança nos servidores e os mantiveram na Casa, inclusive concedendo-lhes aumentos salariais conforme apurou o site. Uma funcionária, porém, teve o ordenado reduzido em dezembro.

Outros 19 funcionários – ou 43% – foram demitidos em meio à publicação das reportagens do Congresso em Foco sobre o uso indiscriminado, por senadores e deputados, de passagens aéreas pagas com dinheiro público (leia mais). Um servidor conseguiu um novo trabalho como Cargo de Natureza Especial (CNE) na Mesa Diretora, mas acabou demitido novamente.

Um grupo de 10 servidores deixou a Câmara antes do escândalo. Eles representam 23% do total de processados. A reportagem encontrou o caso de uma servidora defendida ardorosamente pelo deputado. O ex-chefe não queria sequer passar os contatos da ex-servidora para não atrapalhar seus estudos.

A listagem dos servidores mostra uma curiosidade. Boa parte dos acusados trabalha no 6º andar do Anexo IV da Câmara. As investigações da comissão de sindicância, da Polícia Legislativa e entrevistas obtidas pelo site mostram que os deputados e seus servidores vizinhos de gabinete tinham o hábito de emprestar a cota de bilhetes aéreos entre si. Em algumas ocasiões, a devolução desses créditos era intermediada por agentes.

No sexto andar fica o gabinete de Márcio Junqueira. Lá trabalhava o servidor Marco Aurélio Vilanova, um operador de passagens no mercado ilegal, segundo relatório da comissão de sindicância. Ele foi demitido.

Nada menos que dez servidores de nove gabinetes estão envolvidos nos processos de comércio de bilhetes. Todos estão no sexto andar do Anexo IV. É o andar com mais pessoas citadas no relatório. O 6º e o 7º andares reúnem mais de um terço dos envolvidos no caso.

No mês passado, vários funcionários começaram a apresentar suas defesas às comissões de processo que teve até 27 de dezembro para concluir seus trabalhos. Entretanto, houve suspensão dos prazos por conta do recesso do Natal e do Ano Novo.

Além disso, é possível que sejam dados mais 30 ou 60 dias para que as comissões concluam seus trabalhos. Se nem isso for necessário, a Câmara pode recriar os grupos com os mesmos membros para encerrarem o julgamento dos casos.

Fonte: Eduardo Militão (Site Congresso em Foco) via JB Online

Japan Airlines estuda por aliar-se à norte-americana Delta Airlines

A principal companhia aérea japonesa, Japan Airlines (JAL), estuda a formação de uma aliança estratégica com a americana Delta Airlines, o que ajudaria a companhia japonesa a passar a fazer parte do grupo Skyteam, segundo informou hoje o diário "Yomiuri".

A JAL, que atravessa grave crise, aposta na formação de uma aliança de capital com a Delta Airlines, maior companhia aérea mundial, ao invés de se aliar à American Airlines, que também ofereceu a injeção de dinheiro na companhia, segundo fontes anônimas citadas pelo diário.

Um acordo com a Delta faria com que a JAL abandonasse a aliança OneWorld e passasse a fazer parte da SkyTeam, da qual também participam a franco-holandesa Air France-KLM, a italiana Alitalia e a sul-coreana Korean Air.

Além disso, a nova estratégia facilitará a JAL pôr em prática seu plano para reduzir significativamente o número de suas rotas internacionais, com a adoção de voos de code-share, diminuindo, assim, o risco de quebra.

Segundo o "Yomiuri", a American Airlines está perto de dar por fracassadas as negociações, o que obrigaria a companhia aérea americana a reduzir suas operações no Japão.

A Delta, por sua parte, ofereceu à JAL uma ajuda financeira no valor de US$ 1,02 bilhões, que incluem US$ 500 milhões em investimento e US$ 300 milhões para cobrir uma queda da receita devido à mudança para a SkyTeam.

A JAL deve fechar o atual ano fiscal, que termina em março, com suas quartas perdas anuais em cinco anos.

A Delta tem uma fração de 32% do mercado dos voos entre Japão e Estados Unidos, enquanto a JAL tem 22%.

Em dezembro, Japão e EUA chegaram a um acordo de "céus abertos" para liberalizar o tráfego aéreo entre os países, o que facilitará as operações entre as companhias aéreas japonesas e americanas.

Fonte: EFE via iG

Ryanair: aérea cobra extra por bilhete on-line. Britânicos criticam

A política de negócios draconiana da companhia aérea irlandesa Ryanair criou problemas com o Office of Fair Trade (OFT), o equivalente britânico ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O diretor-executivo da entidade, John Fingleton, criticou, na segunda-feira, abertamente a decisão da empresa de instituir uma cobrança extra para praticamente todas as compras on-line de passagens, classificando a medida como infantil e de legalidade duvidosa.

A medida, tomada no fim de novembro pela aérea, exclui apenas uma administradora de cartões pré-pagos da taxa , e isso só é revelado para os consumidores na última etapa do processo de compra.

Conhecida pela combinação de preços baixos e desconforto (as poltronas dos aviões não reclinam para economizar na manutenção), a Ryanair, que também cobra para despachar bagagens e recentemente ventilou a hipótese de instituir acesso pago aos banheiros de suas aeronaves, alegou que sua política de preços (o custo médio de seus voos para Europa e norte da África é 33) ainda é muito mais justa que a das aéreas tradicionais.

- Nossa companhia não é para sujeitos endinheirados como John Fingleton - disse o diretor de comunicações da Ryanair, Steve McNamara.

Em 2009, 58 milhões de pessoas voaram pela Ryanair.

Fonte: Fernando Duarte (O Globo)

Tribunal rejeita recurso de condenado por participação em atentados de 11 de setembro

Um tribunal de apelações rejeitou ontem um recurso apresentado por Zacarias Moussaoui, condenado à prisão perpétua por envolvimento nos atentados de 11 de setembro de 2001.

Os advogados de Moussaoui argumentaram que seus direitos constitucionais foram violados durante o julgamento, pois não teve acesso a informações confidenciais do Governo que poderiam ter ajudado em sua defesa.

No entanto, a corte de apelações, composta por três juízes e sediada em Richmond, no estado americano da Virgínia, rejeitou esse argumento e reafirmou a condenação.

Moussaoui (foto), um cidadão francês de ascendência marroquina, é a única pessoa condenada nos Estados Unidos por participar dos atentados de 2001. Ele foi detido pelo FBI (Polícia federal americana) três semanas antes dos ataques após despertar suspeitas em um instrutor de voo do estado de Minnesota.

Em 2005, Moussaoui se declarou culpado de participar do plano da rede terrorista Al Qaeda para os ataques contra Nova York, Washington e Pensilvânia em setembro de 2001.

Moussaoui afirmou no julgamento que, segundo o plano, ele deveria ter assumido o controle de um quinto avião para jogá-lo contra a Casa Branca.

A defesa alegou que Moussaoui não pôde escolher o advogado que desejava para seu julgamento e que "somente pôde escolher entre declarar-se culpado ou enfrentar um julgamento de pena de morte injusto. Esta foi uma escolha inconstitucional e, como resultado, sua declaração de culpabilidade foi involuntária".

Por isso, a defesa pediu à corte de apelação para que ordenasse um novo julgamento.

Por outro lado, a Promotoria argumentou que Moussaoui insistiu em se declarar culpado, contra a opinião de seus advogados, e que conhecia as linhas básicas da informação restrita do Governo americano.

Fonte: EFE via EPA

EUA ampliam lista de suspeitos de terrorismo proibidos de voar para o país

O Governo dos Estados Unidos ampliou a lista de suspeitos de terrorismo proibidos de embarcar em voos para o país como parte da revisão dos sistemas de segurança após a tentativa de atentado em um voo da Northwest Airlines no último dia 25, disse hoje a Casa Branca.

"Milhares e milhares de nomes foram retirados e provavelmente dúzias foram colocados em listas diferentes", afirmou hoje Bill Burton, porta-voz da Casa Branca, em declarações à imprensa.

Segundo Burton, como parte desse processo, nomes da lista conhecida como TIDE (Terrorist Identities Datamart Environment), que inclui mais de 500 mil nomes, foram passados para uma categoria mais restrita que impede os integrantes da listagem de embarcar em voos americanos.

As mudanças fazem parte do processo iniciado no final do mês passado depois que um jovem nigeriano de 23 anos tentou detonar, sem sucesso, um explosivo que levava aderido ao corpo quando o avião no qual viajava, que havia decolado de Amsterdã e se preparava para aterrissar em Detroit.

Umar Farouk Abdulmutallab estava na lista de vigilância "genérica" de terroristas.

O presidente dos EUA, Barack Obama, prepara-se para se reunir amanhã com o alto escalão de seu Governo para avaliar os erros que permitiram o incidente.

Durante o encontro, Obama receberá informações sobre as mudanças empreendidas pelas distintas agências de segurança e transporte para evitar casos similares, disse Burton.

"As medidas de segurança estão mudando na medida em que o processo de revisão avança", afirmou o porta-voz.

Hoje, Obama se reuniu com altos funcionários da CIA (Inteligência americana), assim como com seu assessor de contraterrorismo, John Brennan, que lidera o processo de revisão em andamento.

A Casa Branca espera divulgar novas informações sobre o processo amanhã.

As novas regras do Governo americano exigem que os cidadãos de 14 países, incluindo Irã, Nigéria e Iêmen, sejam submetidos a uma revista adicional antes de embarcar um voo para os EUA.

O Comitê de Inteligência da Câmara de Representantes anunciou hoje que realizará uma audiência no próximo dia 13 sobre o atentado fracassado.

A tentativa de atentado, que para os EUA contou com o respaldo de uma ramificação do grupo terrorista Al Qaeda no Iêmen, fez com que Washington decidisse fechar sua embaixada nesse país diante do temor de que possa ser alvo de um ataque terrorista.

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse hoje que a sede diplomática será reaberta "quando as condições o permitirem" e assegurou que o Iêmen representa uma "ameaça" para a estabilidade global.

Fonte: EFE via G1 - Imagem: Reprodução

Controle de segurança em aeroportos dos EUA é paranoia, diz Cuba

O jornal do Partido Comunista cubano descreveu na segunda-feira como "paranoia antiterrorista" os novos controles de segurança impostos nos Estados Unidos a viajantes de 14 países, entre eles Cuba, incluída por Washington entre as nações patrocinadoras do terrorismo.

Os Estados Unidos disseram no domingo que as pessoas provenientes de Nigéria, Iêmen, Paquistão, Afeganistão, Arábia Saudita e de outras nove nações deverão se submeter a inspeções mais rigorosas antes de embarcarem em aviões depois da tentativa frustrada de um nigeriano de explodir uma aeronave da Northwest Airlines no dia de Natal.

"Como parte de sua paranoia antiterrorista, o governo dos Estados Unidos anunciou neste domingo o reforço das medidas de segurança nos terminais aéreos do país (...) a viajantes de 14 países, entre eles Cuba", disse o Granma, jornal oficial do governo cubano.

Cuba, Irã, Sudão e Síria estão incluídos na lista negra como patrocinadores do terrorismo e seus cidadãos deverão ser submetidos a inspeções mais rigorosas, segundo o governo norte-americano.

"Não acho que Cuba seja um país terrorista, nem que apoie o terrorismo. O controle para nós, cubanos, é sempre normal, sempre fazem isso", disse Carmen, uma moradora da Flórida pouco antes de tomar um avião de volta a Miami pela companhia aérea Gulfstream.

Fonte: Nelson Acosta (Reuters) via O Globo

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Boeing da Ryanair faz pouso de emergência após alerta de incêndio

Na foto acima, o mesmo avião envolvido no incidente, fotografado em 06/12/09, no Aeroporto Wroclaw, na Polônia

Um avião da Ryanair que fazia hoje (4) à tarde o voo FR-4021 entre Liverpool, na Inglaterra e Agadir, em Marrocos, com 116 passageiros e seis tripulantes a bordo teve que aterrissar de emergência no Aeroporto Liverpool-John Lennon de onde decolara cerca de 25 minutos antes.

Segundo informação oficial, uma luz de incêndio a bordo se acendeu no cockpit do Boeing 737-8AS, prefixo EI-EFW, em razão do mau funcionamento do indicador. O avião regressou a Liverpool cerca das 16h00 (hora local).

A imprensa britânica diz que o aeroporto John Lennon, em Liverpool, ficou fechado cerca de uma hora devido ao incidente.

A Ryanair também confirmou a informação de que o incidente teria sido causado apenas uma avaria no indicador e salientou que a política da companhia é colocar a segurança dos passageiros e tripulantes como primeira prioridade.

A imprensa britânica noticiou que as equipes de segurança vistoriaram o avião com equipamentos térmicos para detectarem se havia algum indício de fogo.

Passageiros e tripulantes saíram do avião através das rampas infláveis (slides) nas saídas de emergência.

“A aterrissagem de emergência foi feita em segurança e nós afastamos os passageiros do avião o mais rapidamente possível”, disse um porta-voz do aeroporto.

Os passageiros seguiram num voo de substituição, na aeronave Boeing 737-800, prefixo EI-EFX.

Fontes: PressTur / Aviation Herald - Foto: Piotr Olechnowicz (JetPhotos)

Air France pagará US$ 9,5 milhões por acidente ocorrido em 2005 no Canadá

Finalizando um processo iniciado após um acidente ocorrido em agosto de 2005, quando um avião da Air France varou a pista do aeroporto de Toronto, a companhia aérea e outras empresas que estavam sendo processadas aceitaram fazer um acordo com os passageiros no qual se comprometeram a pagar US$ 11,5 milhões aos envolvidos, informou a United Press International.

A companhia francesa arcará com a maior parte da quantia, ficando responsável por pagar aos reclamantes US$ 9,5 milhões em dinheiro mais uma soma em ações, enquanto a Airbus e a Goodrich desembolsarão US$ 1,58 milhão.

Segundo a Canadian Transport Safety Board, que investigou o acidente, o avião chegou para pouso com velocidade e altura acima do que deveria e a tripulação não calculou a distância de pouso requerida pela condição climática (chuva torrencial), fazendo com que o avião varasse a pista.

Todos os passageiros sobreviveram ao acidente, mas 33 precisaram ser hospitalizados devido aos ferimentos sofridos.

Fonte: Portal CR

MAIS

O acidente

Em 2 de Agosto de 2005, o voo 358, do um Airbus A340-313X, prefixo F-GLZQ, ultrapassou a pista em Aeroporto Internacional Toronto Pearson durante uma tempestade. O avião continuou por 300 metros antes de parar no fundo de um barranco, no final da pista adjacente a Highway 401. Todos os 297 passageiros e 12 tripulantes sobreviveram, mas o avião foi completamente destruído pelo fogo.


Fotos: AirDisaster.Com

Opinião: Ocidente cai na armadilha de radicais islâmicos

Depois da guerra no Afeganistão, eventual intervenção no Iêmen é uma nova aventura militar indesejada para o Ocidente. Peter Philipp traça paralelos entre atentado de Abdulmutallab e 11 de Setembro.

O atentado fracassado contra um avião de passageiros em Detroit poderá ter consequências abrangentes. Embora oficialmente o presidente estadunidense, Barack Obama, não pretenda enviar tropas ao Iêmen, ele prometeu perseguir os mentores do ato e dar-lhes o castigo merecido. Porém este é justamente o tipo de encadeamento de eventos que pode levar a uma aventura involuntária.

Até agora, o Iêmen não tem sido capaz de garantir de forma satisfatória a própria segurança e de deter os grupos terroristas. Algumas palavras decididas pronunciadas da Casa Branca pouco deverão alterar esse fato, tão pouco como todo o empenho demonstrado agora pelo premiê britânico, Gordon Brown: no final de janeiro ele pretende convocar uma conferência internacional sobre o Iêmen, a fim de deliberar as medidas a tomar.

No futuro próximo, o país não será capaz, sem apoio direto de fora, de fazer jus às tarefas que se lhe apresentam. E essa intervenção já existe, pelo menos no que concerne aos Estados Unidos: há já algum tempo eles treinam as forças de segurança iemenitas, e o programa deverá ser ampliado. Caso esses treinadores encontrem dificuldades, se estará a apenas um pequeno passo de uma intervenção militar direta e aberta.

Apesar de todas as assertivas de Washington, os EUA – da mesma forma que alguns de seus aliados no extremo sul da Península Árabe – encontram-se diante da ameaça de um novo foco de crise, o qual é quase impossível evitar, se não se quiser renunciar inteiramente ao combate aos grupamentos terroristas. A mesma "lógica", que anteriormente levou George W. Bush a atacar o Afeganistão e Obama a intensificar a guerra naquele país ameaça – pelo menos a médio prazo – transformar também o Iêmen num palco internacional de guerra.

Mesmo antes dos presentes acontecimentos, o país já era um palco de guerra local: rebeldes ao norte e ao sul, grupos terroristas e clãs descontentes o tornaram cada vez mais inseguro; e o governo central mostrou-se cada vez menos capaz de conter a situação.

Macabro é o fato de que a comunidade internacional conhecia esses fatos, porém preferia ignorá-los, contanto que não fosse atingida. O atentado frustrado à aeronave da Delta Airlines mudou a situação de um golpe. Do mesmo modo como o 11 de Setembro modificou a postura diante do Afeganistão, embora antes já se soubesse que Osama Bin Laden e seus adeptos haviam se refugiado no Hindu Kush.

O ex-ministro alemão da Defesa Peter Struck afirmou certa vez que o Ocidente democrático estava sendo defendido no Hindu Kush. Na Alemanha, cada vez menos pessoas aceitam essa afirmativa. Por outro lado, entretanto, não se está disposto a aceitar uma ameaça planejada e preparada a partir do Afeganistão, do Iêmen, ou de qualquer outra parte da Terra, sem levar os responsáveis à Justiça, não importa onde se escondam.

Isso pode ser compreensível do ponto de vista humano, porém é extremamente arriscado, do ponto de vista político e militar, como tem demonstrado o desenrolar da "luta contra o terrorismo". Pior de tudo: é provável que não haja qualquer alternativa convincente, pois contenção por parte da comunidade internacional seguramente não será recompensada pela Al Qaeda, mas sim interpretada como fraqueza, levando a novos ataques.

É justamente o que esperam os fanáticos: eles precisam que o Ocidente proceda com rigor, demonstrando uma ideologia supostamente anti-islâmica e anti-árabe. E a comunidade internacional está tateando o caminho que leva direto para dentro dessa armadilha. Mesmo que, na verdade, não o queira.

Fonte: Peter Philipp - Revisão: Roselaine Wandscheer (Deutsche Welle)

Saiba mais: redes do terror internacional

Temor a atentados força fechamento de mais embaixadas no Iêmen

Alemanha, França e Japão seguiram o exemplo dos Estados Unidos e do Reino Unido e anunciaram hoje o fechamento temporário ou parcial de suas embaixadas no Iêmen, pelo temor a ataques terroristas.

A embaixada da Alemanha argumentou que fecharia sua representação diplomática por "motivos de segurança", como disseram à Agência Efe diplomatas alemães no Iêmen.

Fontes da Chancelaria japonesa, por sua vez, revelaram que sua embaixada no Iêmen também fecharia, seguindo o exemplo de outros países.

Em Paris, o Ministério de Assuntos Exteriores francês confirmou o fechamento ao público de sua embaixada e indicou que seus cidadãos receberam instruções para restringir ao máximo seus movimentos.

As medidas seguem os fechamentos anunciados ontem das embaixadas dos EUA e do Reino Unido, que receberam informações sobre possíveis ataques contra suas representações no Iêmen.

Em comunicado em seu site, a embaixada americana assinala que fecha suas portas, porém sem esclarecer por quanto tempo, enquanto o Reino Unido anunciava a mesma decisão.

Em torno desses prédios, as medidas de segurança aumentaram notavelmente e as ruas adjacentes permanecem bloqueadas.

Em Roma, o ministro de Assuntos Exteriores italiano, Franco Frattini, pediu hoje à alta representante de política externa da União Europeia (UE), Catherine Ashton, uma ação coordenada da Europa no Iêmen.

A Itália, por enquanto, mantém aberta sua embaixada no país árabe, enquanto a Espanha restringiu o acesso a seu edifício.

Fontes das forças de segurança iemenitas afirmaram hoje terem matado dois supostos terroristas, que relacionaram com as ameaças aos EUA e outras embaixadas ocidentais no país, um dos mais pobres do Oriente Médio e que enfrenta vários desafios devido à violência.

O alerta chega depois de um jovem nigeriano radical ter tentado explodir uma bomba em um avião americano com destino a Detroit (EUA) em 25 de dezembro e confessado que foi treinado pela Al Qaeda no Iêmen, onde teria recebido explosivos e treinamento.

O presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou que a Al Qaeda estava por trás do ataque frustrado, algo que também foi confirmado pelo grupo terrorista em comunicado.

Obama decidiu intensificar a luta contra a Al Qaeda no Iêmen, que nos últimos anos tinha se tornado refúgio do grupo terrorista.

Nas últimas semanas houve vários ataques aéreos da aviação iemenita, embora com a ajuda dos EUA, contra possíveis esconderijos de membros da Al Qaeda.

Já o primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, convocou, com apoio de Washington e da UE, uma cúpula global para discutir a situação no Iêmen, prevista para o próximo dia 28 de janeiro em Londres.

Os EUA anunciaram que a partir de amanhã todas as pessoas procedentes do Iêmen ou que tenham nascido nesse país deverão ser revistadas exaustivamente antes de entrar em seu território.

O Iêmen enfrenta também outros dois grandes desafios, nos campos de segurança e unidade territorial.

Na província de Saada, no norte, rebeldes xiitas travam uma luta que já dura mais de cinco anos e que envolveu também o Exército da Arábia Saudita, que tenta evitar que insurgentes se infiltrem em seu território.

Já no antigo Iêmen do Sul, as tensões separatistas provocam distúrbios e mortes de maneira periódica.

Fonte: EFE via G1