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sexta-feira, 30 de junho de 2023

Hoje na História: 30 de junho - Dia Internacional do Asteroide


O Dia Internacional do Asteroide (ou ainda Dia Mundial ou Dia Internacional dos Asteroides) é uma data internacional estabelecida pela Assembleia Geral das Nações Unidas, como sendo o dia 30 de junho de cada ano e destina-se a alertar a comunidade planetária sobre a ameaça de um impacto catastrófico por um asteroide.

A data lembra o episódio ocorrido na Sibéria no dia 30 de junho de 1908, conhecido como Evento Tunguska, que destruiu oitenta milhões de árvores em uma área de dois mil quilômetros quadrados (veja matéria que será publicada neste Blog ainda hoje, às 17h00).

Histórico

A primeira realização da data ocorreu em 2015; na ocasião um de seus idealizadores Grigorij Richters declarou que “Asteroides são o único desastre natural que nós sabemos como prevenir. Proteger nosso planeta, nossas famílias e comunidades são o objetivo do Dia do Asteroide”, enfatizando que “Asteroides nos ensinam sobre as origens da vida, mas também podem afetar o futuro de nossa espécie e vida na Terra”.

Objetivo

Embora a probabilidade alguém morrer vitimado por um asteroide seja de uma para setecentas mil, uma taxa maior do que a possibilidade de ser atingido por um raio, é entretanto menor do que a de ser morto por tubarão; a Terra esporadicamente é atingida por grandes corpos celestes e, segundo Rüdiger Jehn, da Agência Espacial Europeia (ESA), a "taxa de detecção atual é de 200 asteroides por mês. 

Ao lado, Imagem do asteroide Ryugu.

Entre 3 e 5 são objetos que podem atingir a Terra. Por isso, existem 740 objetos sobre os quais não sabemos se irão atingir ou não a Terra"; a despeito disso a maioria dos asteroides maiores já foram identificados e não representam risco iminente, de modo que o foco do Dia Internacional é a descoberta de corpos menores, como o meteoro de Cheliabinsk, também na Rússia, em 2013.

Ações científicas

A ESA possui o telescópio Fly Eye, e coopera com a NASA no sentido de preparar missões futuras que visem o redirecionamento de asteroide, sendo este um dos tópicos debatidos nesta efeméride.

Já em janeiro de 2015 um imenso asteroide orbitou a 1,2 milhão de quilômetros da Terra, sendo esta a menor distância que um corpo assim até que o 1999 AN10 cruze o planeta, em 2027, e em junho daquele ano a NASA celebrou uma parceria com a agência nuclear dos Estados Unidos com o fim de facilitar o uso de explosões atômicas para o desvio eventual de tal ameaça; a ESA, por seu lado, cogita o desvio por meio de raio laser.

Por Jorge Tadeu com informações da Wikipedia

quarta-feira, 28 de junho de 2023

Naves espaciais da NASA se comunicarão por meio da interface AI no estilo ChatGPT

Ilustração dos astronautas Artemis na Lua (Crédito: NASA)
A NASA está pronta para fazer suas espaçonaves falarem, permitindo que os astronautas realizem manobras, conduzam experimentos e se envolvam em outras atividades usando uma interface de linguagem natural semelhante aos recursos do ChatGPT.

O projeto de levar Inteligência Artificial (IA) ao espaço foi confirmado pela Dra. Larissa Suzuki, diretora técnica do Google e pesquisadora visitante do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA.

“A ideia é chegar a um ponto em que tenhamos interações de conversação com veículos espaciais e eles [estão] também respondendo a nós sobre alertas, descobertas interessantes que eles veem no sistema solar e além”, disse o Dr. Suzuki durante uma palestra. Reunião do Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE) sobre comunicação espacial de última geração.

O principal objetivo da NASA é testar este sistema inovador para seu Lunar Gateway, uma estação espacial planejada para orbitar a Lua e fornecer suporte à tripulação da missão Artemis III prevista para 2024.

Além disso, em uma declaração publicada no site Small Business Innovation Research (SBIR) & Small Business Technology Transfer (STTR) , a NASA enfatizou a necessidade de uma tecnologia que pudesse operar sem intervenção humana durante missões não tripuladas de longo prazo.

Esta não é a primeira tentativa de implementação de IA para ajudar nas missões da NASA. Em 2022, Lockheed Martin, Amazon e Webex anunciaram que estariam colaborando em Callisto, uma tecnologia para a cápsula Orion da NASA muito parecida com a Alexa da Amazon.

Callisto foi lançada como parte da missão não tripulada Artemis I em 16 de novembro de 2022 e retornou à Terra em 11 de dezembro do mesmo ano. O teste demonstrou que o assistente de voz do Alexa e a videoconferência do Webex ajudaram efetivamente os astronautas durante as missões no espaço profundo.

No entanto, de acordo com a NASA, até agora as tecnologias só podem operar por conta própria até certo ponto, mas isso geralmente é limitado a uma função específica como a navegação e requer uma certa quantidade de envolvimento humano.

Apesar disso, ao apresentar o novo sistema de IA, a Suzuki delineou um cenário no qual corrigiria automaticamente falhas e ineficiências na transmissão de dados, juntamente com outros tipos de interrupções digitais.

“Não podemos enviar um engenheiro ao espaço sempre que um veículo espacial fica offline ou seu software quebra de alguma forma”, disse Suzuki.

Com informações do Aerotime

domingo, 11 de junho de 2023

Como o Ingenuity ajuda a NASA a criar novas aeronaves para Marte?

(Imagem: NASA/JPL-Caltech)
O excelente desempenho do helicóptero Ingenuity ao longo de seus voos em Marte vem inspirando a NASA a considerar ideias para futuras aeronaves enviadas ao planeta. Segundo Håvard Fjær Grip, engenheiro chefe de autonomia e voos aéreos do Laboratório de Propulsão a Jato, na NASA, a agência espacial já está trabalhando em um “irmão” do Ingenuity, que será usado para a campanha Mars Sample Return.

Até o momento, o helicóptero Ingenuity já completou 50 voos na atmosfera marciana e ensinou muito aos cientistas sobre como é voar em uma atmosfera tão fina quanto a do Planeta Vermelho. As lições serão aplicadas nas futuras aeronaves que devem ser enviadas ao planeta para uso na Mars Sample Return, uma empreitada conjunta da NASA e Agência Espacial Europeia.

Representação de um dos helicópteros para a campanha Mars Sample Return
(Imagem: Reprodução/NASA/JPL-Caltech)
As agências espaciais vão trabalhar juntas para coletar os tubos de amostras obtidas pelo rover Perseverance. Mas, caso aconteça algum imprevisto que o impeça de levá-los ao braço robótico que vai coletar o material, a ideia é usar dois helicópteros que vão pegar os tubos e levá-los a um foguete, que vai transportá-los à órbita marciana. Depois, eles devem ser coletados por outra nave e, depois, seguiriam para a Terra.

Segundo Grip, o sistema de guia, navegação e controle do Ingenuity pode ser adaptado e estendido para os helicópteros da campanha, chamados Mars Sample Recovery Helicopters. O design geral do Ingenuity deve orientar a estrutura principal das novas aeronaves, mas elas vão precisar de componentes específicos para a operação de coleta das amostras.

Futuras aeronaves em Marte


“O desafio principal aqui é a massa, temos pouco ar para trabalhar em Marte”, observou ele, em uma entrevista. “Isso limita imediatamente a quantidade de massa que podemos levar”, acrescentou. Por outro lado, o design do Ingenuity e as dezenas de voos realizados até então sugerem que, talvez, as novas aeronaves exijam apenas ajustes e a acomodação de novos elementos, necessários para as tarefas que vão realizar no planeta.

Sombra do helicóptero Ingenuity, fotografada durante o 47º voo
(Imagem: Reprodução/NASA/JPL-Caltech)
Por enquanto, estes elementos ainda são incertos, mas é provável que incluam rodas e um pequeno braço robótico. “Tudo é conceitual”, destacou Grip, acrescentando que o planejamento da missão ainda não foi finalizado. “As novas partes vão exigir muito trabalho, e isso é o mais provável que mude conforme seguimos com o design”, explicou o engenheiro.

Para Grip, o futuro reserva boas surpresas para as futuras aeronaves enviadas a Marte, que têm grande potencial principalmente como ferramentas para tripulações no planeta. “O principal é que, agora, temos um novo sistema de mobilidade que está pronto e já foi provado em Marte. E agora [a pergunta] é, como você o usa?”, finalizou.

Via Danielle Cassita | Editado por Patricia Gnipper (Canaltech) com Space.com

quarta-feira, 7 de junho de 2023

Helicóptero da Nasa sumiu em Marte: o que aconteceu com o equipamento?

Enquanto o Perseverance continua com a tarefa de coletar amostras de solo marciano, o Ingenuity reúne dados valiosos sobre o planeta vermelho e seu próprio desempenho.

Enquanto o Perseverance continua com a tarefa de coletar amostras de solo marciano, o Ingenuity reúne dados valiosos sobre o planeta vermelho e seu próprio desempenho (Foto: Nasa/JPL-Caltech/ASU/MSSS)
Durante quase uma semana em abril, os cientistas do Laboratório de Propulsão a Jato da Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa) procuraram ansiosamente por sinais de vida em Marte.

Perdido em algum lugar no terreno ondulado do leito de um rio marciano estava o Ingenuity, o minúsculo e incrivelmente robusto helicóptero que acabara de completar seu 49º voo no planeta vermelho. A equipe procurou todos os dias por um sinal de rádio que pudesse confirmar que a aeronave estava bem.

Em 2 de abril, o Ingenuity subiu 52 pés (o equivalente a 15,8 metros) no céu marciano - altura recorde para o drone - para tirar uma foto suborbital da paisagem de Marte. Após o pouso, ele desapareceu. Quando os cientistas tentaram enviar instruções para um voo subsequente, o sinal de rádio do helicóptero havia sumido.

Os cientistas finalmente localizaram o Ingenuity após seis dias de buscas, enquanto o companheiro do helicóptero em Marte, o rover Perseverance, chegava ao topo de um cume e se aproximava de onde o helicóptero havia pousado.

O engenheiro da Nasa Travis Brown descreveu o episódio em um post de blog na semana passada, oferecendo uma visão dramática da exploração de Marte pela agência e a incrível resiliência do helicóptero Ingenuity. Sua resistência continua a surpreender a Nasa dois anos depois do prazo que os cientistas esperavam que a pequena nave quebrasse.

O helicóptero está voando novamente, disse o líder da equipe Ingenuity, Teddy Tzanetos, ao The Washington Post, e sua longevidade inspirou a equipe a incluir helicópteros modelados a partir dele em uma futura missão a Marte - prova de quão robusto o Ingenuity provou ser.

A engenhosidade desafiou as probabilidades no dia em que decolou pela primeira vez do solo marciano. A aeronave tem cerca de 19 polegadas de altura (o equivalente a 48 centímetros) e é pouco mais do que uma caixa de aviônicos com quatro pernas finas em uma extremidade, duas pás de rotor e um painel solar na outra. Realizou o primeiro voo motorizado por uma aeronave em outro planeta - o que a Nasa chamou de "momento dos irmãos Wright" -após chegar a Marte em abril de 2021.

Ele pegou carona para Marte com o Perseverance, um rover do tamanho de um SUV que realizaria a missão pretendida pela Nasa de estudar o solo marciano. O Ingenuity, controlado por sinais de rádio retransmitidos do Perseverance, completou sua missão de cinco voos - uma série simples para provar que o design do helicóptero funcionaria na fina atmosfera marciana - em maio de 2021.

Então, a equipe de Tzanetos recebeu a aprovação para continuar voando. "Nenhum dos mecanismos foi projetado para sobreviver por mais tempo do que isso", disse Tzanetos.

De alguma forma, eles fizeram - por meses e meses, mais dezenas de voos. Em maio do ano passado, parecia que a história milagrosa de Ingenuity finalmente tinha despencado. O inverno estava chegando e a Nasa temia que as temperaturas mais baixas fizessem com que as baterias carregadas com energia solar do Ingenuity falhassem ou até congelassem à noite.

O helicóptero entrou em um estado de baixa potência após seu 28º voo no fim de abril daquele ano, e os cientistas disseram ao The Washington Post, na ocasião, que não tinham certeza se ele voaria novamente.

Incrivelmente, as partes delicadas de Ingenuity resistiram ao frio marciano. Mas a Nasa ainda enfrentava o desafio de se reconectar com o helicóptero toda vez que seus componentes congelavam, disse Tzanetos.

A equipe do Ingenuity o ajustou usando dados sobre o nascer do sol marciano para calcular quando o helicóptero descongelaria todas as manhãs e recuperaria carga suficiente para ligar.

O resultado? Uma espécie de jogo de esconde-esconde, em que a Nasa enviava o Ingenuity em voos e usava seu modelo para calcular quando o helicóptero voltaria a ficar online para receber as próximas instruções. Foi o suficiente para levar Ingenuity e sua astuta equipe de missão durante o inverno marciano.

"Ainda precisamos 'praticar alguns desses jogos' de vez em quando, dependendo de como está frio ou com ventania durante a noite", disse Tzanetos. "Mas a equipe ficou muito boa nisso."

A Nasa entrou em seu 'jogo' mais estressante de esconde-esconde com o Ingenuity em abril, após o voo 49, quando o helicóptero acompanhou o Perseverance em um terreno acidentado que se pensava ser um antigo delta de rio.

"Os membros da equipe não ficaram preocupados quando não conseguiram se conectar com o helicóptero nos primeiros dias após o voo", escreveu Brown. Seu processo às vezes exigia vários dias para encontrar o Ingenuity. Mas seus medos aumentaram com o passar de quase uma semana.

Tzanetos se perguntou se a sorte do destemido helicóptero finalmente havia acabado. "Cada dia é uma benção" para o Ingenuity, disse Tzanetos. "Você está sempre preparado para o fim da missão."

Finalmente, seis dias marcianos após perder contato com o Ingenuity, a equipe detectou um sinal de rádio "único e solitário", disse Brown. No dia seguinte, outro sinal apareceu - a confirmação de que o helicóptero estava vivo. A equipe finalmente concluiu que um cume havia impedido que os sinais dele chegassem ao rover.

O Ingenuity voou novamente pela 50ª vez em 13 de abril, subindo cerca de 59 pés de altura (o equivalente a 17,9 metros) para quebrar seu recorde de altitude mais uma vez.

Tzanetos disse que a equipe continuará superando os limites do Ingenuity. Enquanto o Perseverance continua com a tarefa de coletar amostras de solo marciano, o Ingenuity está livre para vagar pelos céus à frente do rover como um batedor, reunindo dados valiosos sobre o planeta vermelho e seu próprio desempenho como a primeira aeronave de Marte.

E o Ingenuity provavelmente não será o último. Em 2028, a Nasa planeja enviar um módulo de pouso a Marte para recuperar as amostras coletadas pelo Perseverance. A nave, então, lançaria de Marte - outra estreia astronômica para a agência - e devolveria as amostras à Terra para estudo.

Essa missão foi redesenhada após o sucesso do Ingenuity, disse Tzanetos. A Nasa agora planeja enviar dois helicópteros de design quase idêntico com o lander como backup para recuperar as amostras do Perseverance caso o rover quebre no momento em que o lander chegar em 2030.

É improvável que o Ingenuity ainda esteja voando até lá. Mas, por enquanto, o destemido helicóptero se recusa a morrer. "Dois anos atrás, se você me perguntasse o que esperava que acontecesse com o Ingenuity, eu diria: 'Bem, espero que nossos filhos ou netos possam construir isso'", disse Tzanetos. "Aqui estamos: o Ingenuity ainda está voando e estamos projetando a segunda geração."

Via The Washington Post

sábado, 3 de junho de 2023

Em meio às tensões com a Rússia e a China, os EUA estão prontos para um possível conflito espacial

(Imagem: edobric/Shutterstock.com)
Os Estados Unidos estão preparados para potenciais conflitos orbitais em meio a tensões crescentes com a Rússia e a China, disse um alto oficial militar dos EUA ao The Guardian, acrescentando que os EUA “estão prontos para lutar esta noite no espaço, se for necessário”.

A Força Espacial dos EUA (USSF) expressou inúmeras preocupações ao longo dos anos sobre a Rússia e a China desenvolvendo ativamente uma variedade de armas destinadas à segurança espacial dos EUA, incluindo guerra cibernética, plataformas de ataque eletrônico, tecnologia a laser capaz de cegar ou danificar sensores de satélite, mísseis que pode destruir satélites do solo e sistemas de engajamento orbital que podem atingir diretamente os satélites dos EUA.

Agora, diz o funcionário do US Space Command, o país está preparado para defender seus interesses no espaço. “Se alguém ameaçar os Estados Unidos da América ou qualquer um de nossos interesses, incluindo os de nossos aliados e parceiros com quem temos tratados de apoio mútuo de defesa, estamos prontos”, disse o Brig do Exército dos EUA. O general Jesse Morehouse, responsável pelas operações espaciais, disse à publicação.

A estratégia espacial da Rússia tornou-se cada vez mais agressiva, com um ataque cibernético à empresa de satélites americana Viasat lançada apenas uma hora antes de invadir a Ucrânia em 2022 e ameaças de atingir os EUA e outros satélites comerciais ocidentais envolvidos no conflito na Ucrânia. A Rússia também foi acusada de lançar um satélite “inspetor” Kosmos-2558 para coletar informações de ativos militares dos EUA.

A China, por outro lado, está avançando em suas ambições espaciais, com a estatal China Aerospace Science and Technology Corporation (CASC) com o objetivo de igualar as capacidades da SpaceX até 2025 e superá-la até 2030. Além disso, a China sozinha possui 262 inteligência, vigilância , e satélites de reconhecimento (ISR), quase tantos quanto o resto do mundo, incluindo os EUA, juntos.

O uso de satélites na guerra cresceu exponencialmente, levando as nações a não apenas desenvolver espaçonaves avançadas, mas também operações antiespaciais. A China lançou satélites equipados com braços robóticos capazes de agarrar outros satélites e desenvolveu explosivos secretos que podem simular o mau funcionamento do motor em satélites adversários, enquanto a Rússia testou a tecnologia antissatélite (ASAT) destruindo seu próprio satélite, prática proibida pelos EUA em 2022 devido aos detritos perigosos que produz.

Nos EUA, a crescente importância do espaço na segurança nacional levou ao aumento do foco na militarização do espaço, incluindo o estabelecimento da Força Espacial dos EUA e o restabelecimento do Comando Espacial dos EUA.

Com informações do Aero Time

quinta-feira, 1 de junho de 2023

Avião espacial da China teria capacidade de remover satélites em órbita

Investigação norte-americana aponta que avião espacial da China tem capacidade de remoção de satélites.

Representação artística do avião espacial da China Shenlong
(Crédito: Reprodução Twitter/Gaski Soares)
“O sucesso do experimento marca um avanço importante na pesquisa da China sobre tecnologias de espaçonaves reutilizáveis, que fornecerão métodos de ida e volta mais convenientes e acessíveis para o uso pacífico do espaço no futuro”, diz um breve comunicado da agência estatal de notícias Xinhua divulgado no dia que o veículo, chamado Shenlong, pousou no Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan.

Na época do lançamento, a agência informou que se tratava de um teste de reutilização da tecnologia e que o veículo permaneceria em órbita por um período não especificado.

Em 31 de outubro do ano passado, quase dois meses depois de decolar, o avião espacial chinês ejetou um objeto em órbita. Alguns especialistas especularam que seria um módulo de serviço, possivelmente indicando que a espaçonave estava se preparando para retornar à Terra.

Outros disseram que poderia ser um pequeno satélite projetado para monitoramento do veículo, como foi feito durante o primeiro voo, com duração de dois dias, feito em setembro de 2020. Esse parecia ser o palpite correto, tendo em vista o tempo que o objeto ainda permaneceu no ar.

Suspeita-se que o avião Shenlong se assemelhe ao avião espacial X-37B, da
Força Espacial dos EUA (USSF) (Imagem: Boeing/Força Espacial dos EUA)

Avião espacial da China pode ter capacidade de remoção de satélites


No entanto, um relatório do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS) dos EUA, que abriu uma investigação sobre o episódio, traz outra versão para o caso.

Segundo o documento, o objeto teria desaparecido dos radares em janeiro, voltando a ser detectado pelo sistema de rastreamento da Comunidade de Inteligência norte-americana em março. Especialistas acreditam que isso pode indicar que o avião espacial da China tem algum tipo de capacidade de captura e remoção de satélite, como um braço robótico.


“A China tem trabalhado muito com braços robóticos em outros contextos, como a estação espacial chinesa”, disse Jonathan McDowell, astrofísico do Centro Smithsonian de Astrofísica de Harvard, à revista científica Nature.

Se esse for o caso, o objetivo principal do avião pode ser reparar satélites danificados ou remover detritos orbitais. No entanto, segundo McDowell, isso não descarta capacidades militares – embora nada disso ainda possa ser provado.

Com base no tamanho e peso das cargas que os foguetes Long March geralmente carregam, o misterioso avião espacial da China é provavelmente parecido com o avião espacial X-37B da Força Espacial dos EUA (USSF).

Igualmente envolto em mistério, o veículo robótico norte-americano tem 8,8 metros de comprimento e fez seis voos orbitais até o momento, com a missão mais longa tendo durado 908 dias.

Via Flavia Correia, editado por Lucas Soares (Olhar Digital)

terça-feira, 30 de maio de 2023

Missão Shenzhou-16 leva primeiro astronauta civil da China ao espaço

Segundo a Agência Espacial Tripulada da China, o cientista Gui Haichao vai conduzir uma variedade de experimentos no laboratório orbital.

Lançamento da missão Shenzhou-16 rumo à estação espacial Tiangong, da China (Crédito: CCTV)
Conforme noticiado pelo Olhar Digital, na noite de segunda-feira (29), a China lançou a missão Shenzhou-16, seu quinto voo tripulado à estação espacial Tiangong. Um foguete Long March 2F decolou do Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan às 22h31 (pelo horário de Brasília), levando três astronautas a bordo – entre eles, o primeiro cientista civil do país a ir para o espaço.

De acordo com a Administração Espacial Nacional da China (CNSA), o comandante Jing Haipeng era o único veterano dos membros, já tendo participado de outras três missões anteriores ao laboratório orbital.

“É uma grande honra para mim servir como comandante pela terceira vez. Desta vez, sou o principal responsável pela organização e coordenação, incluindo a comunicação espaço-Terra e o comando da missão”, disse ele em uma conferência de imprensa realizada na véspera do lançamento, quando a tripulação foi apresentada ao público.


Além dele, estavam o engenheiro Zhu Yangzhu e o pesquisador Gui Haichao, que é professor de Aeronáutica e Astronáutica na Universidade Beihang e único taikonauta (designação para astronautas da China) que não faz parte do Exército Popular de Libertação.

Tripulação da missão Shenzhou-16: o comandante Jin Haipeng (centro), oprimeiro astronauta civil da China, professor Gui Haichao (esquerda), e o engenheiro de voos espaciais Zhu Yangzhu (direita). Crédito: CMSA

Segundo o diretor adjunto da Agência Espacial Tripulada da China (CMSA), Lin Xiqiang, o professor será responsável por conduzir “experimentos de larga escala em órbita, para estudar novos fenômenos quânticos, sistemas espaciais de tempo-frequência de alta precisão, a verificação da relatividade geral e a origem da vida”.

(Fotos: CMSE)
Cerca de seis horas após a decolagem, os três chegaram à estação em forma de T, onde vão morar e trabalhar durante aproximadamente seis meses. “O lançamento foi um sucesso completo, e os astronautas estão em boas condições”, declarou Zou Lipeng, diretor do espaçoporto de Jiuquan.

Eles foram recebidos pelos membros da missão Shenzhou-15, Fei Junlong, Deng Qingming e Zhang Lu, que estão lá desde novembro e devem retornar à Terra nos próximos dias.

China pretende levar astronautas à Lua até 2030


Com 20% da massa total da Estação Espacial Internacional (ISS), Tiangong tem uma vida útil estimada em 10 anos, que poderá ser estendida por mais cinco anos com upgrades futuros, segundo a CNSA.

Ainda de acordo com a agência, a China planeja manter seu laboratório orbital constantemente ocupado durante esse período, não apenas por taikonautas, como também para astronautas de outras nacionalidades e até mesmo visitas turísticas.

Vale destacar que a China, segunda maior economia do mundo, tem investido pesado para superar a Rússia e os EUA na corrida espacial, tendo como um dos principais objetivos enviar humanos à Lua até 2030.

segunda-feira, 29 de maio de 2023

Antigo Boeing 747 “Cosmic Girl” ganha nova função com a Stratolaunch

A Stratolaunch com sede em Mojave está expandindo sua frota com um Boeing 747 modificado da massa falida da Virgin Orbit e apresentou a nova função para o quadrijato.


O Tribunal de Falências dos EUA para o Distrito de Delaware concedeu a aprovação necessária. A aquisição está prevista para ser concluída até 31 de julho de 2023.

Após a conclusão da aquisição, a aeronave adicional será reaproveitada como plataforma de lançamento para o veículo de teste hipersônico reutilizável Talon-A da Stratolaunch e espera-se que esteja totalmente operacional em 2024. A expansão da frota Stratolaunch aumentará a capacidade de teste de voo e a capacidade de oferecer suporte a clientes governamentais e comerciais em todo o mundo.

“Embora o Roc continue sendo nossa aeronave principal, um 747 adicional traz recursos e flexibilidade aprimorados para nossa plataforma. Seremos capazes de aumentar nossa capacidade e alcance de teste de voo para nos tornarmos um parceiro ainda mais forte para clientes globais”, disse o Dr. Zachary Krevor, presidente e CEO da Stratolaunch.

A aquisição está sujeita às condições habituais de fechamento. Após a conclusão da aquisição, a aeronave passará por manutenção e modificação para prepará-la para sua nova missão de teste hipersônico. A plataforma de lançamento também será renomeada nos próximos meses.

De acordo com Krevor, “A necessidade de testes hipersônicos nunca foi tão grande… Após a recente tentativa bem-sucedida de lançamento do Talon-A, estamos ansiosos para nos prepararmos para nosso primeiro voo hipersônico com a nave de teste TA-1.” Este experimento está programado para ocorrer no final do verão de 2023.

sábado, 27 de maio de 2023

Meteoro 'cruza' trajetória de avião que seguia de Porto Alegre para Lisboa no céu do RS

Imagem passa a impressão de que o corpo celeste passa próximo da aeronave, mas distância entre os dois era de 25 km. Fenômeno foi visto sobre Tramandaí na quinta-feira (25).

À direita, imagem do meteoro. À esquerda, a aeronave que partiu de Porto Alegre com
destino a Lisboa (Foto: Observatório Heller & Jung/Divulgação)
O observatório Heller & Jung, de Taquara, cidade a 80 km de Porto Alegre, registrou a passagem de um meteoro sobre o Rio Grande do Sul, Tramandaí, no Litoral, na noite de quinta-feira (25).

De acordo com o professor Carlos Fernando Jung, responsável pelo observatório, a imagem dá a impressão de que o corpo celeste, à direita na imagem, "cruza" bem de perto a trajetória da aeronave, mas é só impressão.

"O airbus da TAP estava a uma altitude de quatro quilômetros e novecentos metros. E o meteoro a uma altitude de trinta quilômetros, uma distância de cerca de vinte e cinco quilômetros", explica Jung.


A aeronave partiu de Porto Alegre por volta das 20h e tinha como destino Lisboa, em Portugal.

Jung explica que o meteoro visto sobre Tramandaí faz parte de um asteroide ou cometa que ainda não é conhecido.


Via g1 e Canaltech

Avião espacial da Virgin Galactic decola em voo tripulado

Do lançamento ao pouso, a viagem da Virgin Galactic durou cerca de 90 minutos, com cerca de cinco minutos em microgravidade.

VSS Unity da Virgin Galactic durante um voo livre na atmosfera da Terra em 26 de abril de 2023
 (Crédito da imagem: Virgin Galactic)
O Unity 25, quinto voo espacial tripulado da Virgin Galactic, decolou na quinta-feira (25) por volta do meio-dia (horário de Brasília). Essa é a primeira vez que a empresa voa em quase dois anos.

Oito tripulantes voaram na missão, todos funcionários da empresa. Seis deles foram ao espaço suborbital e outros dois ficaram no porta-aviões VMS Ev. Eve decolou com o Unity sob suas asas para liberar a espaçonave a aproximadamente 15 mil metros de altitude.

Do lançamento ao pouso, a viagem durou cerca de 90 minutos, com cerca de cinco minutos em microgravidade. O voo é chamado de suborbital por não atingir velocidade suficiente para alcançar a órbita da Terra.


Virgin Galactic não voava há tempos


A última vez que a Virgin Galactic fez essa viagem foi em 11 de julho de 2021, tendo o próprio Branson como um dos passageiros. De acordo com o site Space.com, os últimos dois anos foram gastos em atualizações e testes de solo dos veículos, em preparação para o serviço.

Segundo a empresa, se tudo sair conforme o planejado, os voos comerciais para passageiros pagantes terão sinal verde. Inclusive, muitos assentos já foram vendidos, com centenas de pessoas na fila de espera. As passagens mais recentes foram vendidas por US$450 mil cada (mais de R$2,24 milhões, na cotação atual).

Este é o último voo de turismo espacial da Virgin Galactic antes da viagem comercial ao espaço denominada Galactic 01, prevista para o final de junho. De acordo com a empresa, a Unity 25 serve como “avaliação final do sistema de voo espacial completo e da experiência do astronauta”.

A Virgin Galactic usa um avião transportador, VMS Eve, e a espaçonave VSS Unity para voos espaciais. Aqui a dupla é vista durante o voo de teste Unity 24.(Crédito da imagem: Virgin Galactic)

Quem são os tripulantes do último voo de teste?


Todos os oito membros da missão Unity 25 são funcionários da Virgin Galactic. Mike Masucci, piloto veterano da empresa, comandará o VSS Unity, o veículo que realmente vai para o espaço suborbital, e C.J. Sturckow, que é ex-astronauta da NASA, será o piloto. Já na condução do porta-aviões VMS Eve, estarão Jameel Janjua no comando e Nicola Pecile como piloto.

Os quatro tripulantes que voam na cabine do Unity são Beth Moses (instrutora-chefe de astronautas, que já esteve no espaço duas vezes), o instrutor de astronautas Luke Mays, além de Christopher Huie e Jamila Gilbert como especialistas da missão.

quinta-feira, 18 de maio de 2023

Especialistas dizem que objeto que caiu do céu e atingiu carro em SP pode ser lixo espacial e que poderia matar pessoa

O site g1 conversou com o analista de planejamento de manutenção de aeronaves e professor no curso de manutenção de aeronaves da ETEC Eduart Macena e com Daniel Mello, que é astrônomo do Observatório do Valongo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Objeto não identificado cai em carro e temperatura assusta morador em Santos, SP (Foto: Arquivo Pessoal)
O objeto cilíndrico de metal e com temperatura bastante quente que atingiu um carro em Santos, no litoral de São Paulo, pode ser lixo espacial, segundo especialistas ouvidos pelo g1. Com a velocidade da queda, o artefato amassou e disparou o alarme do veículo, que estava estacionado.

Em entrevista ao g1 nesta terça-feira (16), o analista de planejamento de manutenção de aeronaves e professor da ETEC Santos Dumont, Eduard da Macena, afirmou acreditar se tratar de um objeto que veio do espaço. "Pela altura que caiu, é bem provável. Lixo espacial cai praticamente todo dia na Terra".

Daniel Mello, que é astrônomo do Observatório do Valongo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), segue a mesma linha de raciocínio. "É muito válida essa possibilidade [de lixo espacial]".

Segundo ele, há muito lixo espacial orbitando a Terra e a tendência é que problemas dessa natureza aconteçam com mais frequência. "Hoje, você olha para o céu e consegue detectar a olho nu, no começo da noite ou no final da noite, duzentos satélites fazendo órbita em torno da Terra", Ele destacou que muitas dessas máquinas são desativadas e, consequentemente, viram lixo espacial.

"Vai se tornar cada vez mais comum esses fragmentos despencarem em direção à superfície da Terra. Para nossa sorte, nossa atmosfera consegue barrar os pequenos fragmentos, mas os maiores pedaços acabam caindo [ inclusive em área urbana]", disse Mello.

Formato cilíndrico que ficou no carro após queda de objeto em Santos, SP (Foto: Arquivo Pessoal)
Mello e Macena não acreditam que o elemento seja de alguma aeronave. Para o professor da ETEC, inclusive, as possibilidades são quase inexistentes. "Eu acho muito improvável. Para ter certeza, teria que fazer uma pesquisa, mas as chances são bem baixas", explicou.

Temperatura


Com relação a temperatura muito alta, o analista disse que isso ocorre devido a queda ser de altíssima velocidade junto ao atrito do ar. "Se tivesse atingido a cabeça de alguém poderia matar. Ainda bem que não atingiu ninguém", comentou Macena.

O professor explicou que atualmente há diversos estudos para diminuir o lixo espacial que está em órbita. "Esse objetos estão atrapalhando tanto lançamento de foguetes como novos satélites. E quando caem, costuma ser no mar, onde temos a maior porção de espaço", finaliza.

O caso


Um objeto cilíndrico de metal e com temperatura bastante quente atingiu um carro em Santos, no litoral de São Paulo. Com a velocidade da queda, o artefato amassou o teto e disparou o alarme do veículo, que estava estacionado na garagem de uma residência. De acordo com o bancário Marcel de Camargo, o objeto estava fervendo e não foi possível pegá-lo com a mão.

Em entrevista ao g1, Marcel afirmou que estava em casa, localizada no bairro do Embaré, quando escutou um barulho semelhante a uma explosão.

"Estava comendo dentro de casa e escutamos um estrondo muito forte. Na sequência, o alarme do carro disparou. Quando olhei na garagem vi o teto do meu carro amassado e um pouco fundo. Achei que alguém pudesse ter jogado algo pelo lado de fora, mas acabei observando o desenho de um círculo marcado e, no mesmo momento, conclui que a peça deve ter caído do céu", afirma.

Ainda de acordo com o bancário, o metal estava caído no chão, ainda extremamente quente. "Não dava para encostar com a mão. Ainda bem que não pegou na cabeça de ninguém, pois poderia ser fatal. Mas isso não aconteceu e estamos bem", diz.

Dia seguinte


O bancário explica que, no dia seguinte ao aparecimento da peça, a esposa dele foi ver o objeto e notou que o metal estava com cheiro bastante forte. "A ponta estava amassada, com um óleo preto saindo. Além disso, tinha um cheiro podre de ovo".

O bancário conta ainda que conversou com amigos que trabalham na área de engenharia para tentar descobrir o que poderia ser o metal. "Ninguém conseguiu me explicar, então eu estou tentando ver como vou resolver o prejuízo e a quem recorrer", finaliza.

Via g1

sábado, 13 de maio de 2023

Turismo espacial: Virgin Galactic revela tripulação de próximo voo


A Virgin Galactic quer lançar um novo voo suborbital tripulado no dia 25 de maio, que promete levar quatro pessoas a bordo do avião espacial VSS Unity. Quando acontecer, a nova missão vai marcar o retorno da empresa ao turismo espacial após um intervalo de quase dois anos desde seu último voo tripulado, lançado em julho de 2021.

Chamada Unity 25, em provável referência ao 25º voo já realizado pelo avião espacial da empresa, a missão vai ser lançada do espaçoporto America, no Novo México. A tripulação vai contar com Jamila Gilbert, uma das especialistas da missão que vai estar acompanhada de Christopher Huie, engenheiro de ciências de voo na empresa.

Além deles, a tripulação vai ter também Luke Mays, que foi responsável pelas operações de cargas úteis científicas da NASA na Estação Espacial Internacional e, hoje, é instrutor de astronautas na Virgin Galactic. Ele vai estar junto de Beth Moses, que esteve nas missões anteriores da empresa. Já os pilotos serão Mike Masucci e C.J. Sturckow.


Esta vai ser a última missão de avaliação do sistema de voo e da experiência dos tripulantes antes da inauguração do serviço comercial com um voo tripulado por oficiais da Força Aérea Italiana, programado para junho. Futuramente, a Virgin Galactic espera realizar 400 voos a cada ano, com cada assento custando aproximadamente US$ 425 mil.

Para colocar estes planos em prática, a companhia vem trabalhando em algumas atualizações no porta-aviões VMS Eve. Durante os voos, ele leva a nave VSS Unity em sua “barriga” e, depois que alcança cerca de 15 km de altitude, esta é liberada e segue viagem por conta própria ao espaço suborbital. Depois, ela plana de volta à Terra.

Mais



quarta-feira, 10 de maio de 2023

Avião espacial da China completa nova missão

O avião espacial reutilizável da China pousou na segunda (8), após passar mais de 200 dias em órbita durante sua segunda missão.


O avião espacial reutilizável da China completou sua segunda missão após passar mais de 200 dias em órbita. A estatal Corporação de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da China (CASC) afirmou que o veículo pousou na segunda (8), sem divulgar detalhes do local ou horário do retorno da espaçonave.

Desta vez, a missão durou 276 dias, ao longo dos quais o avião realizou diferentes manobras orbitais; já nas últimas semanas, ele começou a se preparar para descer. Em seu último voo, realizado em agosto do ano passado, a missão durou apenas quatro dias.

Não há informações sobre o local de pouso, mas é provável que o avião tenha descido à base militar Lop Nur, na região de Xinjiang. A estimativa vem do astrofísico Jonathan McDowell, que identificou dados que indicavam a passagem do avião espacial no início da madrugada do dia 8.

A missão parece ter sido um sucesso, e sugere um avanço importante no desenvolvimento de tecnologias para veículos espaciais reutilizáveis no país. O avião em questão parece ser similar ao X-37B, operado pela Força Espacial dos Estados Unidos, e o projeto do veículo recebeu apoio financeiro da Fundação de Ciência Natural da China no ano passado.


Este não é o único avião espacial em desenvolvimento na China. Em setembro de 2022, a Academia Chinesa de Tecnologias de Veículos Lançadores (CALT) aprovou o desenvolvimento de uma espécie de aeronave hipersônica, que promete realizar entregas em todo o mundo em apenas uma hora.

Via Canaltech com SpaceNews

segunda-feira, 1 de maio de 2023

SpaceShipTwo: Virgin Galactic faz teste suborbital após incidente há 2 anos

Quase dois anos após o primeiro teste, a Virgin Galactic realiza um novo voo suborbital com o SpaceShipTwo, a 14 km de altitude.

O avião espacial VSS Unity da Virgin Galactic é liberado de sua nave-mãe VMS Eve em
um voo planado no Novo México em 26 de abril (Crédito: Virgin Galactic)
Na quarta-feira, 26 de abril, o SpaceShipTwo da Virgin Galactic realizou um novo voo de teste, preparando-se para seus planos de turismo espacial. O veículo suborbital partiu do Spaceport America no Novo México e atingiu uma altitude de 14,3 km, até os limites da troposfera.

Para esse teste, o VSS Unity (nome do veículo utilizado que faz parte da classe dos SpaceShipTwo) foi carregado pelo avião-pai chamado VMS Eve, do qual se soltou para planar e pousar com segurança na pista do espaçoporto nove minutos depois.

Os pilotos CJ Sturckow e Nicola Pecile controlavam o VSS Unity durante o voo de teste, enquanto Kelly Latimer e Jameel Janjua assumiram o comando do VMS Eve. Este foi o primeiro voo da dupla de veículos em quase dois anos.

No teste de julho de 2019, o SpaceShipTwo levou o fundador da Virgin Galactic, Richard Branson, e outros funcionários da empresa ao voo suborbital. Embora o voo em si tenha sido um sucesso, os pilotos viram luzes de alerta amarelas e vermelhas indicando que o veículo se desviou da rota planejada.

Para o controle do tráfego aéreo, a Federal Aviation Administration (FAA), agência reguladora de voos nos Estados Unidos, precisa de todos os dados dos voos com antecedência e alertar quando uma rota é alterada. Isso é fundamental para evitar acidentes aéreos que podem colocar em risco a tripulação e a população em solo.

Tanto o Unity quanto o Eve passaram por investigação e extensas revisões desde aquele voo e algumas atualizações para atingir voos em maiores altitudes. O Eve estava em revisão na fábrica da Virgin Galactic na Califórnia e voltou ao espaçoporto da empresa apenas no dia 27 de fevereiro.

O próximo passo será um voo de teste motorizado do VSS Unity "para avaliar a experiência do cliente [os turistas que no futuro pagarão pelos voos suborbitais] e o treinamento em solo", disse a empresa. Ainda não há data prevista para esse teste, já que a Virgin ainda deve analisar os dados do voo da quarta-feira nas próximas semanas.

Via Canaltech com SpaceNews

segunda-feira, 24 de abril de 2023

Hoje na História: 24 de abril de 1990 - Ônibus Espacial Discovery decola levando o telescópio Hubble

Ônibus Espacial Discovery (STS-31) decola Pad 39B com o Telescópio Espacial Hubble.
O ônibus irmão Columbia aguarda no Pad 39A (Foto: NASA)
Em 24 de abril de 1990, às 12h33min51s (UTC), o Ônibus Espacial Discovery, em sua missão STS-31, decolou do Complexo de Lançamento 39B no Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral, na Flórida, em uma missão para colocar o Telescópio Espacial Hubble na órbita da Terra.

A tripulação de voo STS-31 era Loren J. Shriver, Comandante; Charles F. Bolden, Jr., Pilot; Steven A. Hawley, Especialista da Missão; Kathryn D. Sullivan, Especialista da Missão; Bruce McCandless II, Especialista da Missão.

Tripulação de voo do Discovery (STS-31): Sentados, da esquerda para a direita: Coronel Charles F. Bolden, Jr., Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA; Coronel Loren J. Shriver, Força Aérea dos EUA; Tenente Comandante Kathryn D. Sullivan, Marinha dos EUA. De pé, da esquerda para a direita: Capitão Bruce McCandless II, Marinha dos EUA; Sr. Steven A. Hawley (Foto: NASA)
O telescópio espacial Hubble tem o nome de Edwin Hubble, um astrônomo do início do século 20 que descobriu galáxias além de nossa própria galáxia, a Via Láctea. É um telescópio óptico Ritchey-Chrétien (um refletor Cassegrain aprimorado). 

A luz da estrela entra no telescópio e é coletada por um grande espelho hiperbólico de 7 pés e 10,5 polegadas (2.400 metros) de diâmetro na extremidade posterior. A luz é refletida para frente em um espelho hiperbólico menor, que focaliza a luz e a projeta de volta através de uma abertura no refletor principal. A luz é então recolhida pelos sensores eletrônicos do telescópio espacial. Esses espelhos estão entre os objetos mais precisos já feitos, tendo sido polidos com uma precisão de 10 nanômetros.

O Telescópio Espacial Hubble sendo implantado do compartimento de carga do Discovery (Foto: NASA)
O Telescópio Espacial Hubble, que foi colocaco em órbita no dia 25 de abril de 1990, tem 43,5 pés (13,259 metros de comprimento. O tubo de luz tem um diâmetro de 10 pés (3,048 metros) e a seção do equipamento de ré tem 14 pés (4,267 metros) de diâmetro. A espaçonave pesa 27.000 libras (12,247 quilogramas).

O HST orbita a Terra a cada 97 minutos a uma altitude de 320 milhas náuticas (593 quilômetros). O telescópio teve sua última manutenção em 2009. Originalmente projetado para operar por 15 anos, o HST está agora em seu 26º.

O telescópio espacial Hubble em órbita terrestre (Foto: NASA)
O coronel Bolden alcançou o posto de Major General do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos, antes de se aposentar em 2003. Ele foi Administrador, Aeronáutica Nacional e Administração do Espaço, 17 de julho de 2009-20 de janeiro de 2017

A Tenente Comandante Sullivan deixou a NASA em 1993 e se aposentou da Marinha dos EUA com o posto de Capitão, em 2006. Ela serviu como Subsecretária de Comércio para Oceanos e Atmosfera/Administradora da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), 28 de fevereiro de 2013 –20 de janeiro de 2017.

Edição de texto e imagens por Jorge Tadeu

sábado, 22 de abril de 2023

Novo helicóptero pode explorar Marte

O helicóptero vai ser responsável por resgatar as amostras marcianas coletadas pelo Perseverance.


O Ingenuity Mars completou no dia 14 deste mês seu 50° voo, o que ajudou os pesquisadores da NASA a compreenderem melhor o funcionamento de veículos aéreos em Marte e planejar um novo helicóptero para o planeta vermelho.

O rover da missão Perseverance da NASA vem coletando amostras do solo marciano desde que chegou ao planeta e devem ser recolhidas em 2033, numa campanha em parceria com a ESA chamada Retorno das Amostras de Marte ou Mars Samples Return, e que envolverá o resgate usando helicópteros.

O novo veículo aéreo está sendo projetado pelo Laboratório de Propulsão a Jato da NASA e é semelhante ao Ingenuity, de acordo com Håvard Fjær Grip, engenheiro-chefe de autonomia e voo aéreo da divisão.

Atualizações no helicóptero


O design geral do helicóptero Mars Sample Return vai ser o mesmo do Ingenuity, mas serão necessárias atualizações para dar suporte a recuperação das amostras, principalmente nas questões de orientação, navegação e controle do veículo.

Os detalhes do projeto ainda são incertos e muita coisa pode mudar nos próximos anos. É especulado, por exemplo, que o helicóptero conte com rodas ou um braço robótico, mas por enquanto tudo é conceitual, segundo Grip.

Um dos principais desafio de como os novos acomodar novos ajustes e elementos é a massa que do veículo. Marte tem pouquíssimo ar, o que limita a quantidade de massa que o Mars Sample Return poderá carregar.

"O que está bastante claro é que a configuração fundamental do helicóptero e como o controlamos foi elaborado e é uma herança na qual podemos confiar. As novas peças exigirão muito trabalho e é provável que isso mude à medida que avançamos com o design", declarou Håvard Fjær Grip, em conferência da American Astronautical Society (AAS)

Futuro dos veículos aéreos em Marte


O desenvolvimento de novos helicópteros para Marte tem um papel importante no futuro da exploração espacial. Esses veículos poderão ser utilizados como ferramentas em futuras expedições tripuladas ao planeta para realizar missões de reconhecimento longe dos locais de pouso.

É até onde sua imaginação vai. O principal é que agora temos um novo sistema de mobilidade que está pronto e comprovado em Marte… e agora é como usá-lo?", disse Håvard Fjær Grip.

Por Mateus Dias, editado por Lucas Soares (Olhar Digital) - Imagem: NASA

quinta-feira, 20 de abril de 2023

Foguete Starship explode após lançamento considerado bem-sucedido pela SpaceX

A empresa ressaltou, durante a transmissão, que o objetivo do teste era possibilitar que o foguete saísse da base de lançamento.


A SpaceX, empresa do bilionário Elon Musk, lançou, nesta quinta-feira (20), o Starship, o foguete mais poderoso já construído, em um voo teste do solo. A nave explodiu pouco depois de deixar a base.

Uma transmissão ao vivo da SpaceX da decolagem mostrou o foguete subindo da torre de lançamento para o céu da manhã enquanto os 33 motores do propulsor Super Heavy ganhavam vida em uma bola de chamas e nuvens ondulantes de exaustão e vapor d’água.

No entanto, em menos de quatro minutos de voo, a nave do estágio superior do foguete não conseguiu se separar conforme projetado do propulsor Super Heavy do estágio inferior, e o veículo foi filmado virando de ponta cabeça antes de explodir.

Mesmo assim, a decolagem foi considerada um sucesso pela SpaceX. A empresa ressaltou, durante a transmissão, que o objetivo do teste era possibilitar que o foguete saísse da base de lançamento.

“A Starship acabou de passar pelo que chamamos de uma rápida desmontagem não planejada”, disse a empresa no Twitter. “Em um teste como este, o sucesso vem do que aprendemos, e o teste de hoje nos ajudará a melhorar a confiabilidade da Starship.”


A SpaceX é conhecida por minimizar contratempos como explosões durante o processo de desenvolvimento de foguetes. A empresa afirma que tais acidentes são a maneira mais rápida e eficiente de coletar dados. Uma abordagem bem diferente da Nasa, que prefere testes lentos e metódicos ao invés de dramáticos.

Musk tuitou após o lançamento, dando os parabéns para a equipe da SapceX e disse que “aprendeu muito para o próximo teste de lançamento em alguns meses”.


O primeiro voo teste da Starship foi cancelado ainda na plataforma de lançamento no sul do Texas, nos EUA, na manhã de segunda-feira (17) devido a um problema técnico, atrasando a histórica primeira tentativa de lançamento do veículo.

O foguete mais poderoso do mundo



Levar o veículo ao espaço pela primeira vez representaria um marco importante na ambição da SpaceX de enviar humanos de volta à lua e, finalmente, a Marte.

Tanto o foguete de propulsão Super Heavy que fica na parte inferior da nave, quanto o compartimento na parte superior que irá para o espaço são projetados como componentes reutilizáveis, capazes de voar de volta à Terra com pousos suaves – uma manobra que se tornou rotina para o menor foguete Falcon 9 da SpaceX.

Em fevereiro, a SpaceX fez um teste de disparo do propulsor, acendendo 31 de seus 33 motores por aproximadamente 10 segundos com o foguete aparafusado verticalmente no topo de uma plataforma.

Conforme projetado, o foguete Starship é quase duas vezes mais poderoso que o próprio Sistema de Lançamento Espacial (SLS) da Nasa, que fez seu primeiro voo sem tripulação para a órbita em novembro, enviando um compartimento chamado Orion em uma viagem de 10 dias ao redor da lua.

Publicado por Fernanda Pinotti (CNN) com informações de Reuters

quarta-feira, 19 de abril de 2023

Satélite de 300 quilos cai em direção à Terra com chance de atingir humanos

As estimativas oficiais apontam que o satélite, que pesa cerca de 300 kg, deve colidir com
a Terra por volta das 22h30 no horário de Brasília. (Crédito: Divulgação/Nasa)
Não é um avião, pássaro ou sapo, é um satélite de 300 quilos voando em direção à Terra – e está pronto para fazer seu pouso forçado nesta quarta-feira.

A NASA informou na segunda-feira que a espaçonave aposentada Reuven Ramaty High Energy Solar Spectroscopic Imager, também conhecida como RHESSI, entrará novamente na atmosfera da Terra na quarta-feira, após mais de duas décadas em órbita.

Embora a maior parte do satélite deva queimar durante sua descida, algumas partes têm chance de sobreviver ao retorno ardente. “O risco de danos a qualquer pessoa na Terra é baixo – aproximadamente 1 em 2.467”, disse a agência em um comunicado.

As estimativas oficiais apontam que o satélite, que pesa cerca de 300 kg, deve colidir com a Terra por volta das 22h30 no horário de Brasília. Há, no entanto, uma margem de erro de 16 horas para mais ou para menos. A Nasa não revelou qual será a zona de impacto do satélite.

Lançado pela primeira vez em sua órbita baixa da Terra em 2002, o RHESSI observou erupções solares e ejeções de massa coronal que ajudaram na investigação dos cientistas sobre a física das explosões de energia do sol.

Usando seu espectrômetro de imagem, RHESSI registrou 100.000 eventos de raios X, de acordo com a agência, bem como imagens de raios gama. Ele marcou a primeira vez que imagens de raios gama e raios-X de alta energia de explosões solares foram capturadas.

Até sua desativação em 2018 devido a “dificuldades de comunicação”, a espaçonave também ajudou nas descobertas relacionadas à forma do sol e aos “flashes de raios gama terrestres”, que são explosões que ocorrem durante tempestades com raios na Terra.

Com 300 quilos, o RHESSI é um satélite relativamente leve em comparação com os outros que foram lançados ou retornaram da órbita. A NASA estimou em 2021 que cerca de 27.000 pedaços de lixo espacial estão flutuando em órbita – sem incluir os detritos potencialmente perturbadores e destrutivos que permanecem “pequenos demais para serem rastreados”.

Viajando a uma velocidade incrivelmente alta, o perigo do lixo espacial é reservado principalmente para espaçonaves em órbita , já que não houve lesões ou mortes confirmadas como resultado de detritos espaciais em queda livre .

De acordo com a NASA, quanto mais alto estiver o detrito orbital , mais tempo levará para cair de volta à Terra. Leva “vários anos” para que os detritos retornem a altitudes de 600 quilômetros ou menos, mas séculos para que o “decaimento orbital” ocorra a 800 quilômetros.

A 1.000 quilômetros, “os detritos orbitais normalmente continuarão circulando a Terra por mil anos ou mais”.

Via Diego Sousa (IstoÉ Dinheiro)

segunda-feira, 17 de abril de 2023

Primeiro teste de voo do Starship é adiado devido a anomalia


O primeiro teste de voo dos protótipos do Starship e Super Heavy, da SpaceX, foi adiado. Devido a uma anomalia no primeiro estágio do sistema, a empresa decidiu realizar somente o chamado “ensaio molhado” e não prosseguiu com a tentativa de lançamento.

A SpaceX planejou lançar o Starship em seu primeiro teste de voo durante a manhã de segunda-feira (17). Contudo, quando faltavam menos de dez minutos para o lançamento, a empresa informou a anomalia na pressurização do protótipo do Super Heavy, o primeiro estágio do sistema.

Elon Musk, CEO da empresa, mencionou o ocorrido em uma publicação no Twitter. “Uma válvula pressurizadora parece estar congelada, então a menos que ela comece a funcionar logo, não haverá lançamento hoje”, escreveu ele.

Assim, as equipes da SpaceX decidiram seguir com o “ensaio molhado", um procedimento em que são realizadas todas as operações envolvidas em um lançamento propriamente dito. Durante a transmissão da tentativa de lançamento, funcionários da SpaceX afirmaram que deve levar pelo menos 48 horas para tentarem outra vez.

Quando o teste de voo acontecer, o protótipo do Super Heavy lançará o do Starship e deve se separar dele após três minutos, retornando para pousar no Golfo do México. Enquanto isso, o Starship deve alcançar velocidade quase orbital e seguirá viagem ao redor da Terra, pousando no litoral do Havaí no fim do voo. Ainda não há data para a nova tentativa de lançamento.