quarta-feira, 24 de março de 2010

Anac revoga resolução que limitava voos em Pampulha

Agência ainda vai estudar infraestrutura do terminal e possível ampliação para liberar rotas

Aécio Neves se irrita com decisão e avisa que vai barrar plano de expansão

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) revogou a portaria 993, de setembro de 2007, que limitava a operação de voos no Aeroporto da Pampulha para aviões turboélices de até 50 lugares. A medida abre a possibilidade da volta de voos nacionais, sem escala no interior de Minas, operados pelas médias e grandes companhias. A decisão, no entanto, não terá efeito imediato. Segundo a agência, "o movimento no aeroporto não sofrerá qualquer alteração até que a Anac realize estudos sobre a capacidade operacional do aeroporto, considerando o terminal, pista, pátio e questões de segurança. Não há prazo definido para que o estudo seja concluído e não há nenhum novo pedido de voo para aquele aeroporto", conclui a nota da agência.

Com a escolha de Belo Horizonte para ser sede da Copa de 2014, a Infraero, gestora do aeroporto, estuda ampliar o terminal. Há expectativa do mercado e até dos organizadores da Copa de que o Aeroporto da Pampulha tenha um papel estratégico durante o evento.

A revogação da portaria 993 foi tomada com base em parecer jurídico da Anac, pois contraria a lei de criação da agência. No artigo 48, a legislação assegura o direito de utilização da infraestrutura "observada exclusivamente a capacidade operacional de cada aeroporto e as normas regulamentares de prestação de serviço adequado expedidas pela Anac". A lei também estabelece que as companhias aéreas são livres para escolher as rotas, desde que seja respeitada a capacidade operacional dos aeroportos.

A medida da Anac, publicada no Diário Oficial da União, na última segunda-feira, revoltou o governador Aécio Neves. Ele acusou a agência de "desorganizar" o "processo de crescimento e desenvolvimento da aviação regional" em Minas e de atender apenas à demanda de companhias aéreas. O governo de Minas e a Prefeitura de Belo Horizonte admitem aumentar o limite de operação no Aeroporto da Pampulha para 70 a 75 passageiros, já que "existem turboélices modernos com essa capacidade", segundo o prefeito Marcio Lacerda.

Aécio reclamou da postura da presidente da Anac, Solange Vieira, e prometeu recorrer ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, "que é superior" à agência. Na quinta-feira passada, Solange Vieira participou do evento de inauguração de novo hangar do Centro de Manutenção da Gol, em Confins. No dia anterior, a presidente da Anac já havia assinado a decisão, mas não comunicou ao governador de Minas.

Companhias

A Gol Linhas Aéreas afirmou que a companhia tem interesse em operar voos comerciais no aeroporto. A empresa, no entanto, disse que aguardará as instruções necessárias dos órgãos regulatórios antes de entrar com pedido de rotas. O diretor de marketing da Azul Linhas Aéreas, Gianfranco, também confirmou o interesse da companhia em operar no aeroporto central. Segundo Beting, a companhia vai aguardar ainda o fim do dilema que envolve o Aeroporto da Pampulha onde existem "os que apoiam e os que atacam a decisão". "Aí a gente vai ver se faz sentido ou não ter voo na Pampulha", informou. A reportagem procurou a Air Minas, Trip, Oceanair, TAM e Webjet, que preferiram não se manifestar.


Mais espaço

Pistas

Outro indicativo de que a Anac pretende trazer os voos para Pampulha e ampliar o terminal é a mudança para Lagoa Santa do centro de formação de oficiais da Aeronáutica, que funciona ao lado.

Armas

Meio ambiente tenta barrar

A arma do governo Aécio Neves para impedir a abertura do Aeroporto da Pampulha é o Sistema Estadual do Meio Ambiente (Sisema). A ideia é impor uma série de condições para impedir a ampliação dos voos. A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Smad) informou que a Infraero foi notificada ontem para que não descumpra o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado em outubro do ano passado. Pelo termo, só está autorizado "o trânsito de aeronaves movidas a jato com capacidade até 75 passageiros". Segundo o órgão, qualquer alteração na infra-estrutura do Aeroporto da Pampulha deve ser objeto de comunicação prévia à secretaria, para análise de seus impactos ambientais.

O TAC impõe uma série de condições para a ampliação das operações no aeroporto. Na sexta-feira passada, Aécio Neves se encontrou com o ministro Jobim, em Itajubá. Na ocasião ele cobrou do ministro agilidade para o início das obras de ampliação do aeroporto de Confins, saturado há dois anos. O governador chegou a entregar ao ministro um dossiê com imagens do terminal de passageiros do Aeroporto da Pampulha totalmente alagado, em função da chuva que castigou a cidade em fevereiro.

Entidades são contra

A presidente da Associação Pró-Civitas, Juliana Renault Vaz, disse que recebeu a notícia com tristeza. "Nos preocupa a questão da segurança, do trânsito e a poluição sonora", afirmou. Já o coordenador da Associação Nacional dos Aeroviários (ANA), Walter de Assis Aguiar, também lamentou a decisão da Anac.

Segundo ele, a Infraero precisa apresentar um plano consistente de ampliação do Aeroporto da Pampulha.

Fonte: Zu Moreira (O Tempo) - Foto: Cristiano Trad

Aeroporto da Pampulha exige obras para receber aviões maiores

Para que o aeroporto da Pampulha opere com maior número de voos e aeronaves com capacidade para transportar mais de 50 pessoas, como prevê a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a estrutura do terminal terá que sofrer profundas mudanças. Especialistas apontam a necessidade de intervenções que garantam mais segurança a tripulantes, passageiros e moradores da região, enquanto usuários se queixam da precariedade dos banheiros, ineficiência do sistema de ar-condicionado na acanhada sala de embarque e falta de esteira rolante para bagagens. Quando chove forte, os alagamentos no hall de entrada são comuns. O impacto no trânsito é outro problema que demandará correções: vagas de estacionamento precisarão ser criadas, assim como soluções viárias para evitar retenções em pontos como encontro das avenidas Antônio Carlos e Pedro I, entre a Lagoa da Pampulha e a cabeceira da pista.

Segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), o aeroporto da Pampulha tem capacidade para receber 1,5 milhão de passageiros por ano, o equivalente a 125 mil por mês. Em fevereiro, passaram pelo terminal 102.334 pessoas, em 9.437 aeronaves, média de 58 voos por dia, de segunda a sexta-feira. Para o especialista em segurança de voo Carlos Conrado Pinto Coelho, a atual estrutura não é adequada para pousos e decolagens de aviões maiores. Ele ressalta que faltam equipamentos de segurança, como o moderno ILS, instrumento que permite aos pilotos verificar a direção da pista e o ângulo de descida. "Esse aparelho é instalado nas cabeceiras das pistas e, no caso da Pampulha, a barragem impossibilita seu uso", observa.

O especialista afirma que o aparelho de aproximação por instrumento usado no aeroporto, chamado VOR, é insuficiente para garantir segurança. "Não bastasse a falta do instrumento, a pista para taxiamento das aeronaves é limitada. Outro problema é o local para estacionamento de aviões, que não comportaria, por exemplo, mais de seis aeronaves maiores", alerta.

A professora Edna Helenice Almeida, de 43 anos, destaca que a segurança deve ser prioridade. “Chegar à capital pela Pampulha é muito mais cômodo. Porém, o aeroporto é cercado de áreas residenciais. Se for para colocar a vida das pessoas em risco, é melhor manter como está”, disse, enquanto aguardava para embarcar para Montes Claros, no Norte de Minas.

Outro problema apontado por Carlos Conrado diz respeito à falta de conforto dos passageiros. As salas de embarque e desembarque, ressalta, não comportariam um volume maior de pessoas. "Desde que foram transferidos voos para o aeroporto de Confins, há mais de quatro anos, o terminal da Pampulha não recebeu nenhuma obra de ampliação por parte da Infraero.” A mesma reclamação foi feita pelo gerente comercial Waldemar Sattin, de 56, que desembarca na Pampulha quando vem à capital. “Se querem aumentar o número de voos e colocar aviões maiores, é preciso melhorar as dependências do aeroporto. Os banheiros são ruins e o ar-condicionado da sala de embarque não funciona”, critica.

Trânsito

Em nota, a BHTrans informou que está preparada para promover as adequações para melhor atender as necessidades de deslocamento até o aeroporto da Pampulha. “Contudo, é necessário saber qual será o percentual de usuários a mais que o terminal vai receber para elaboração de um estudo de impacto na Avenida Antônio Carlos e nas vias que dão acesso ao aeroporto”, diz o texto. Ainda segundo a empresa municipal, com o aumento da demanda será necessário reestudar a área disponível no terminal para os táxis.

A Infraero informou que só vai se pronunciar sobre as intervenções necessárias após analisar o impacto gerado pela portaria da Anac. Em setembro, o Estado de Minas mostrou que o Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (Ciaar), que funciona num terreno de 258 mil metros quadrados, anexo ao aeroporto, será transferido, em meados de 2011, para Lagoa Santa, na Grande Belo Horizonte. De acordo com o Ciaar, o espaço será incorporado pela Infraero, que vai aumentar a pista de taxiamento aéreo e o espaço para aeronaves.

Fonte: Daniel Antunes e Ernesto Braga (Estado de Minas) via Portal UAI - Foto: Beto Novaes (EM/DA Press)

Regulação do transporte aéreo

O setor aéreo alia a característica de ser de trabalho intensivo com a de também ser atividade de capital intensivo

O Brasil é um país de dimensões continentais onde o transporte aéreo constitui verdadeira necessidade.

O irônico, ao se rever a história desse meio de locomoção entre nós, brasileiros, é que o número de cidades servidas por aviões diminuiu em relação aos prevalecentes na década dos sessenta do século passado.

Essa redução se deveu a vários fatores, dentre eles o aumento da malha rodoviária. Mas um dos mais importantes motivos foi o da ausência (ou inadequação) de aeroportos, e o custo das passagens.

A indústria aérea apresenta enorme complexidade. Para que um avião decole e chegue com segurança no lugar de destino, um verdadeiro exército de pessoas se faz necessário, desde os que vendem passagens, os que atendem nos aeroportos, os que cuidam do abastecimento, da alimentação a bordo, da segurança do tráfego aéreo, para não dizer da tripulação e da sofisticação tecnológica do avião em si mesmo.

Sendo indústria de ponta com esse nível de exigências, ela é altamente suscetível a crises, a começar com o aumento do querosene, dependente do volátil mercado do petróleo.

Trata-se de setor que alia a característica de ser trabalho intensivo com a de também ser capital intensivo, com grande faturamento, mas com pequena lucratividade, que pode ser afetada por um sem número de fatores.

O Brasil não tem mostrado uma política pública adequada para com o segmento aéreo ao longo dos últimos anos.

As autoridades reguladoras têm um comportamento dúbio quanto à própria natureza jurídica da relação entre Estado e companhias aéreas. Existe uma resistência delas em reconhecer que se trata de uma verdadeira atividade dependente do "nada obsta" da autoridade para começar a atuar e conferir a isso todas as suas consequências.

Obtida essa permissão (aqui usada em seu sentido leigo), a companhia deve submeter-se às normas e regras do transporte tal como colocadas por essa mesma autoridade -dentre as quais uma das mais importantes é a de poder aterrissar em determinados horários e a de poder decolar em outros- deve atender aos princípios do direito do consumidor e deve pagar as taxas aeroportuárias que lhe forem impostas.

Não há hipótese jurídica de que uma companhia comece as suas atividades sem que se submeta a todo esse conjunto de obrigações.

Portanto, não se trata de atividade liberada para a livre iniciativa, mas de verdadeiro serviço público.

Apesar disso, em alguns aspectos cruciais para a indústria aérea as autoridades se omitem e não conferem todas as consequências ao fato de que a atividade se insere naquelas que constituem serviço público.

Citemos dois exemplos flagrantes.

Com as altas taxas de juros praticadas no Brasil, com reflexo na obtenção de empréstimos externos, o financiamento de aeronaves para companhias brasileiras é muito mais caro do que para as internacionais.

Acrescente-se a isso que no Brasil, por ter uma das cargas tributárias mais altas do mundo, o ônus fiscal sobre a atividade reduz substancialmente a competitividade das empresas nacionais. Esses dois fatores, facilmente comprováveis, têm sido ignorados quando as autoridades exigem das empresas um ambiente competitivo, quer entre elas, quer entre elas e suas congêneres externas, como se fossem empresas "privadas" normais a atuar em segmento sem regulação. Ou seja, ainda que serviço de interesse público, seu tratamento em nada difere daquele dispensado a atividades privadas.

A próxima consequência dessa dubiedade consiste na indução de que as companhias mantenham uma estrutura tarifária "barata" mediante o estímulo a que novas empresas atuem no setor. Atrás dessa política estão idéias como a de "popularizar" o transporte aéreo e exigir das companhias um constante ambiente de "competição" entre elas.

Disso resultam as seguidas "guerras tarifárias" que redundam em pesados prejuízos, e necessidades constantes de capitalização.

Por outro lado, no começo a entrada de novas empresas é sempre mais fácil, já que podem se endividar para o financiamento dos primeiros aviões, ou usados ou com prazos de carência, sem a sobrecarga de manterem uma malha aérea mais ampla, consistente e cumpridora de todas as exigências de pontualidade, segurança e eficiência.

Esse continuar de empresas combalidas sucedidas por outras, que ocupam o seu lugar, e assim por diante, é o que tem acontecido, infelizmente, no mercado.

Esse modelo, em qualquer outro serviço público -como energia, água, transporte urbano etc.-, levaria a uma situação de incerteza, cujo prejudicado final acaba sendo o usuário, aquele exatamente que se busca proteger.

Isso também ocorre com o transporte aéreo, e a melhor prova disso está na sobrevida das empresas do setor, que tem sido bastante breve ou tem sido pontilhada de sucessivas atuações de socorro financeiro.

No momento atual, depois da falência de várias empresas, assistimos a um momento raro de estabilidade no setor, com duas grandes e sólidas companhias que têm-se esforçado para atender a todas as exigências e que têm dado mostras de profissionalismo e seriedade, além de outras que se dedicam a linhas regionais, ou de menor porte.

Seria uma pena novamente ignorar a complexidade do setor, estimulando uma artificial e impossível competição no setor.

Barreiras de entrada, desde que conjugadas com exigências de eficiência e produtividade, constituem a solução ideal para preservar o setor de aventuras (que não decorrem dos participantes, mas das condições nas quais são obrigados a sobreviver).

Oxalá essas idéias prevaleçam agora que se discute um novo marco de regulação para o transporte aéreo.

Fonte: DCI

Ataques matam 27 membros do Taleban no Paquistão

Dois ataques perpetrados hoje contra o Taleban mataram pelo menos 27 militantes no Paquistão.

Primeiro, um avião não tripulado dos Estados Unidos disparou dois mísseis em um complexo no Waziristão do Norte, perto da fronteira afegã, matando ao menos seis supostos militantes. Depois, as Forças Armadas do país lançaram um ataque a esconderijos do Taleban no cinturão tribal do noroeste do país, matando pelo menos 21 militantes em confrontos e ataques com bombas, segundo funcionários.

As tropas paramilitares do Paquistão iniciaram as operações pouco depois da meia-noite de hoje (hora local) nas proximidades da principal cidade do distrito tribal, Orakzai, de acordo com altos funcionários do setor de segurança da região. Helicópteros também efetuaram disparos contra militantes na área de Orakzai, parte do instável cinturão tribal infestado de extremistas do Taleban e da Al-Qaeda.

"Nós temos informações de que 21 terroristas foram mortos na área de Anjani", perto de Orakzai, disse um alto oficial militar, na cidade de Peshawar, noroeste do país. "Um bunker, um depósito de munição e um centro de treinamento dos terroristas também foram destruídos pelas forças de segurança."

O major Fazal-ur-Rehman, porta-voz dos paramilitares, confirmou os confrontos na região de Orakzai e também a ocorrência de mortes de militantes, mas sem citar números. Um funcionário de inteligência em Peshawar citou um número ainda maior de mortos, afirmando que 12 militantes do Taleban foram mortos no confronto com tropas do Paquistão, enquanto 11 militantes morreram com o ataque do helicóptero.

Ações

Pressionado pelos EUA, o Paquistão aumentou desde o ano passado as ações contra militantes no noroeste do país, incluindo o cinturão tribal. A área tornou-se um refúgio para centenas de extremistas, que deixaram o Afeganistão após a invasão liderada pelos EUA no país.

Washington afirma que os militantes usam o cinturão tribal semiautônomo para tramar ataques contra as tropas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) posicionadas no Afeganistão. As informações são da Dow Jones.

Fonte: Agência Estado

euroAtlantic sai de Portugal e desloca operações para França

A transportadora aérea euroAtlantic, do grupo Pestana, anunciou esta noite que vai sair de Portugal, deslocalizando as suas operações para França, nomeadamente para a aeroporto de Châteauroux, infra-estrutura para onde já foi enviado um B767-300 Cargo da companhia aérea liderada por Tomaz Metello.

A companhia, em comunicado, atribuiu a sua decisão a “uma controversa decisão da ANA – Aeroportos de Portugal, que aumentou a meio de um exercício anual as tarifas dos serviços de assistência em escala, quarenta vezes”, acusam. Tal medida “obrigou companhias como a euroAtlantic (…) a sair da Portela, base da companhia nos últimos dezasseis anos”.

“Iniciámos o processo de deslocalização”, refere ainda Tomaz Metello, “para o aeroporto de Châteauroux, uma antiga base da força aérea americana que está a ser adaptada a um pólo de carga e charters”. Este local dista 250 quilómetros de Paris e, sublinha a companhia aérea, está “numa bela paisagem de 400 castelos familiares”. Quanto aos trabalhadores da euroAtlantic, cerca de 300 pessoas, alguns já rumaram à região francesa e, segundo a transportadora, “estão agradados com a tranquilidade da região e o custo de vida”.

Este aeroporto francês nasceu em homenagem a Marcel Dassault, fundador de uma fabricante de aviões francesa, cujo ex-libris reside no Mirage e que foi ainda responsável pelo Dassault Mercure, avião que acumulou 360 mil horas de voo, 44 milhões de passageiros e 440 mil voos, além de nenhum acidente. Esta aeronave esteve em serviço de Maio de 1971 a Abril de 1995.

Fonte: Filipe Paiva Cardoso (i-Online - Portugal)

terça-feira, 23 de março de 2010

Colisão entre dois aviões britânicos de acrobacia fere piloto na Grécia

Acidente ocorreu durante treinamento na ilha de Creta.

Aeronave do esquadrão Red Arrows ficou destruída.


Um piloto do esquadrão Red Arrow da RAF (Royal Air Force), ficou ferido após uma colisão no ar entre dois aviões de exibição BAE Systems Hawk T1A em um exercício de treinamento na base aérea de Kastelli, na ilha grega de Creta.

Militares da aeronáutica analisam destroços de avião do esquadrão britânico Red Arrows

O Tenente Mike Ling caiu de paraquedas no chão após ejetar-se de seu avião de 5 milhões de libras, a uma altura de 300 metros, momentos antes de a aeronave cair e ficar "totalmente destruída".

A polícia da ilha grega, disse que o Tenente Ling escapou com apenas um ombro deslocado.

Escapou: o Tenente Mike Ling, com sangue escorrendo de suas feridas, é levado às pressas para um hospital de Creta, com o pescoço imobilizado depois de sobreviver a queda de paraquedas de seu jato

Horror: um homem, que se acredita ser um engenheiro da RAF, examina os destroços do avião

As cenas dramáticas ocorreram nesta terça-feira (23) quando a equipe acrobática da RAF realizava treino em sua pré-temporada anual.

Testemunhas relataram que o avião pareceu tocar a ponta da asa de outro avião do esquadrão britânico Red Arrows antes de cair sobre a pista do aeroporto militar Kastelli.

O piloto do segundo avião, o Tenente Dave Montenegro, pousou em segurança ao lado de outros sete aviões do esquadrão no Aeroporto de Heraklion - cerca de 22 quilômetros do local do acidente.

O esquadrão é formado por 11 pilotos, dos quais nove, voam no famosa formação "Diamond Nine", que já foi realizada mais de 4.200 vez.

A primeira mulher a voar com as "setas vermelhas", a tenente Kirsty Moore, ingressou na equipe este ano.

Durante os últimos quatro meses, a equipe de acrobacia esteve envolvida no treinamento intensivo para a temporada de show aéreo.

O esquadrão é geralmente baseado em Scampton, em Lincolnshire. Sua formação no exterior é chamada de "Operação Springhawk" e é dividida entre as Bases de Creta e Akrotiri, no Chipre.

Danos: O outro jato Hawk que sobreviveu ao acidente. A ponta da cauda e a ponta da asa traseira parecem ter sido arrancadas

Paramédicos levam o piloto para o hospital. Ele escapou com um ombro deslocado

O grupo estava na Grécia para apenas três dias de treinamento quando o acidente aconteceu e não retornaria para o Reino Unido até 25 de maio.

Um funcionário da embaixada britânica disse inicialmente que especialistas gregos e britânicos da Força Aérea acreditavam que o avião tinha caído devido a falha do motor. No entanto, a rádio grega alegou que testemunhas disseram que o acidente foi causado quando dois aviões tocaram as asas.

A suposta colisão pode ter sido registrada em câmera, já que as sessões de treinamento do "Red Arrows" são muitas vezes filmadas para ajudá-los a aprimorar sua exibição antes da intensa temporada de verão.

Sorte em escapar: o tenente Mike Ling, esquerda, sofreu uma luxação no ombro durante o acidente, enquanto o tenente David Montenegro pousou em segurança, sem ferimentos

Perigo no ar: o Esquadrão Acrobático Red Arrows da British Royal Air Force realizando treinamento na segunda-feira em Creta

Uma comissão de inquérito será convocada para identificar a causa do acidente.

O Red Arrows, incluindo a primeira mulher piloto Kirsty Moore, posam para uma foto em Creta, antes do acidente

O "Red Arrows", foi formado em 1965, e completou mais de 4.000 exibições em 53 países e são famosos por suas acrobacias espetaculares.

Muitos pilotos do "Red Arrows" e pessoal de apoio retornaram recentemente de operações no Afeganistão e no Iraque.

O grupo de acrobacias aéreas costuma passar horas afiando sua exibição antes que ela seja vista por centenas de milhares de pessoas a cada verão.

A equipe ostenta o lema 'Eclat", do francês "excelência".

Na véspera (foto), o esquadrão havia feito uma apresentação para jornalistas na base

Fontes: Daily Mail / G1 / AP - Fotos: AP / Reuters / D Legakls / AFP

Um rali diferente para quem não tem medo de altura

Diferentes modalidades de esportes radicais surgem com tanta rapidez que fica difícil acompanhar o ritmo. Uma dessas novas categorias, ainda pouco difundida, mas que já começa a ganhar seus adeptos, é o RallyAir. Trata-se de uma espécie de corrida maluca nas alturas. Está se perguntando como isso acontece? Veja só.

O RallyAir é uma competição aérea feita com aviões executivos ou experimentais – e, claro, cumprindo todas as regras de aviação. Para experimentar a fantástica adrenalina que esse esporte oferece é preciso ser piloto, aluno, instrutor de pilotagem ou piloto de rally terrestre. A disputa é subdividida em categorias e a potência e a performance das aeronaves influenciam a posição em que cada uma pode participar. Na hora da competição há um circuito a ser cumprido, e a equipe que atinge a trajetória final sem sair das médias de velocidade e do trajeto é a ganhadora.

O campeonato teve sua primeira edição realizada no ano passado. O RallyAir provocou grande repercussão entre os que participaram e os que ainda não conheciam o esporte. Para 2010, as datas do Campeonato Brasileiro de RallyAir ainda estão sendo definidas, mas, se você quiser, já pode ir se preparando para embarcar nessa aventura.

Agora, se a segurança do solo fala mais alto, você pode procurar um lugar ao sol e assistir às aeronaves brigando pelo título da terra mesmo. O trajeto elaborado para o percurso da competição leva em conta as paisagens dos pontos turísticos da cidade em que é realizada a competição. Um grande barato!

Serviço

RallyAir
Rua XV de Novembro, 7.050
Guarapuava (PR)
Tels.: (42) 3626-3344 / (42) 3623-0014

Fonte: Custom Editora (Especial para o site Terra)

190 paraquedistas portugueses partem para o Kosovo

Cento e noventa paraquedistas portugueses partiram esta terça-feira, do aeroporto militar de Figo Maduro, com destino ao Kosovo integrados na brigada de reacção rápida.

Partiram esta terça-feira para o Kosovo 190 militares da 2.ª Brigada de Pára-quedistas/Brigada de Reacção para render o contingente que está no território desde Setembro de 2009.

Também esta terça-feira partiram para o Afeganistão, um grupo de 57 militares dos três ramos das Forças Armadas, que ficam no país durante seis meses, para prestar assessoria ao exército nacional Afegão.

Segundo nota militar, o objectivo é a rendição «as actuais equipas OMLT (Operational Mentor Liaison Team), bem como o seu Módulo de Apoio, que se encontram a prestar assessoria ao Exército Nacional Afegão». «Estas novas equipas, cuja orgânica e composição obedece aos requisitos definidos pela NATO, são comandadas pelo Coronel Moura Pinto (OMLT Divisão), Tenente-Coronel Pereira (OMLT Guarnição) e o Tenente-Coronel Lapa (Módulo de Apoio) e irão permanecer no Afeganistão nos próximos seis meses».

Fonte: PNN - Portuguese News Network via Jornal Digital

Aeroporto Leite Lopes (SP) sob investigação

Cadê o dinheiro?

MPF apura onde foi parar R$ 1,4 mi pago pela Infraero ao Leite Lopes para instalação de aparelho que nunca chegou


O Ministério Público Federal (MPF) abriu inquérito para apurar a falta de um equipamento de navegação de aviões no Aeroporto Leite Lopes. Segundo o MPF, a Infraero pagou em 2005 cerca de R$ 1,4 milhão a uma empresa pela instalação e manutenção do aparelho, que aumenta a segurança nos pousos e decolagens feitos o aeroporto, mas até hoje ele não foi instalado.

O equipamento, que deveria ser instalado pela empresa Tecnyt Eletrônica Ltda. há cinco anos, é um instrumento de navegação chamado DVOR, usado para auxiliar voos. De acordo com o procurador da República Andrey Borges de Mendonça, a instalação foi adiada por vários motivos como falta de segurança, presença de raios e de pássaros no local, e em 2007 foi aberto um processo de apuração. “O problema é que consta em um contrato, fornecido pela Infraero, que o valor para a instalação e a manutenção do equipamento foi pago em 2005, mas o equipamento ainda não estava funcionando. Como nada foi feito, instauramos o inquérito.”

Segundo o procurador, em 2008, uma equipe de técnicos do Comando da Aeronáutica veio a Ribeirão e constatou irregularidades no caso. “Eles vieram fazer o chamado voo de homologação para certificar a instalação do DVOR. Mas irregularidades foram encontradas. Vou pedir à Infraero informações sobre quais são e onde foram encontradas essas irregularidades”, disse. Mendonça disse ainda que vai pedir novas informações à Infraero sobre o contrato feito com a Tecnyt. “A Infraero não é a única culpada, pois temos a informação que ocorreu uma falha da empresa, porém ela repassou o valor e tem de cobrar pelo serviço.”

Empurra

A Gazeta tentou contato com a Tecnyt, com sede em Diadema, mas não obteve resposta. Apesar de fornecer documentos do caso ao MPF, a Infraero informou, por meio de assessoria de imprensa, que a instalação e manutenção de equipamentos é de responsabilidade do Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp). Já o Daesp disse que a responsabilidade é apenas da Infraero.

Ausência do DVOR não oferece risco

A instalação do DVOR não é obrigatória e sua falta não põe em risco a operação de um aeroporto, de acordo com o piloto Diego Santos Doria, da Fly Center Escola de Aviação Civil de Campinas. Segundo o piloto, o equipamento aumenta a segurança na pista. “É um instrumento de navegação que orienta os pilotos nos pousos e decolagens”, disse. Ainda de acordo com Doria, a maioria dos aeroportos do País não possuiu o aparelho. A Agência Nacional de Aviação Civil do Brasil (Anac), que também é citada no inquérito por regular o setor aeroviário, informou à Gazeta que o acompanhamento da instalação e manutenção do DVOR é feito pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), organização subordinada ao Comando da Aeronáutica. A reportagem entrou em contato com a Força Aérea Brasileira (FAB), mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.

Fonte: Raissa Lopes (Gazeta de Ribeirão) - Foto: almanakut10.files.wordpress.com

Boeing elogia decisão da OMC sobre subsídio europeu à Airbus

A fabricante de aviões Boeing qualificou a decisão da OMC sobre a ajuda europeia à Airbus de "uma boa notícia" para a aviação dos Estados Unidos, afirmando que valida a posição americana em "todos os temas principais".

A Boeing "publicou este comunicado, após as informações da imprensa que citam fontes que indicam que os Estados Unidos ganharam a causa sobre todas as questões principais na decisão final da Organização Mundial do Comércio", escreveu a empresa americana.

Isto "confirma a decisão intermediária anterior à solicitação dos Estados Unidos contra as subvenções para a Airbus", acrescentou a Boeing.

A decisão anunciada pela OMC, na terça-feira, é "uma decisão forte que estabelece precedente e uma boa notícia para os trabalhadores da aeronáutica nos Estados Unidos que, durante décadas, tiveram que competir com uma Airbus fortemente subvencionada", comemorou a Boeing.

A OMC entregou nesta terça-feira, à União Europeia e aos Estados Unidos, seu veredicto sobre as supostas subvenções acertadas durante mais de 20 anos pelos europeus à Airbus, consideradas ilegais pelos americanos.

A OMC se limitou a destacar que "foram entregues as cópias do informe às partes envolvidas", sem dar maiores detalhes sobre este documento confidencial.

Fonte: AFP

O Governo britânico acredita que país está sob ameaça nuclear

O Reino Unido está exposto à crescente possibilidade de ser atacado com material radioativo por terroristes da Al Qaeda que teriam construído uma "bomba suja", segundo um relatório governamental.

Fabricantes de bombes ativos no Afeganistão podem ter desenvolvido a capacidade de produzir uma bomba desse tipo utilizando conhecimentos adquiridos na internet, segundo o jornal "The Daily Telegraph", que cita o relatório.

Acredita-se que alguns terroristes poderiam transportar um engenho nuclear de fabricação caseira pelo rio Tâmisa para fazê-lo explodir no centro de Londres, diz o jornal, segundo o qual, além da capital, há outras cidades vulneráveis, como Bristol, Liverpool, Glasgow, Newcastle e Belfast.

O Governo diz estar tão preocupado que bai criar um centro de comando para investigar os navios que despertem suspeitas.

As autoridades britânicas elevaram o nível d'alerta terrorista em janeiro, depois do atentado fracassado contra um avião que voava de Amsterdã a Detroit (EUA), no dia de Natal de 2009.

Fonte: EFE via EPA - Foto: PA

Pilotos da TAP cancelam greve

A direcção do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), anunciou oficialmente a decisão de desconvocar a greve anunciada para o período da Páscoa.

«Na sequência da disponibilidade demonstrada pela Administração da TAP para desenvolver um processo negocial sério e responsável, (...) a Direcção do SPAC decidiu desconvocar a greve que estava prevista para o período compreendido entre os dias 26 e 31 de Março», informou o sindicato, em comunicado citado pela edição online do Público.

No mesmo documento, o SPAC explica que o acordo estabelecido com a administração da TAP está relacionado com «a partilha dos ganhos de produtividade proporcionados pelo modelo de operação proposto pelos pilotos no âmbito da revisão do Acordo de Empresa».

Ainda não são conhecidos os contornos específicos do acordo.

Fonte: A Bola (Portugal)

Onda de greves em companhias aéreas "varre" a Europa

Os passageiros aéreos de toda a Europa estavam se preparando para o caos, à medida que as tripulações da British Airways entravam em seu terceiro dia de greve na segunda-feira e os protestos trabalhistas se espalhavam a outras companhias de aviação.

A greve da British Airways deveria se encerrar à 0h da segunda-feira e depois seria retomada por mais quatro dias a partir do sábado. Os pilotos da TAP Air Portugal convocaram greve de cinco dias que começará na sexta-feira. A Alitalia cancelou voos na segunda-feira devido a uma greve de quatro horas da parte de seus tripulantes.

A Air France anunciou na segunda-feira que havia evitado por pouco uma greve, depois que os sindicatos que estavam planejando uma paralisação de quatro dias a começar no domingo aceitaram retomar as negociações.

Os duelos com os sindicatos surgem em um momento no qual as companhias europeias de aviação, prejudicadas por uma queda de receita e incertas quanto às perspectivas da economia, estão impondo medidas firmes de corte de custos. As companhias de aviação estatais que foram privatizadas enfrentam problemas para concorrer com rivais de baixo custo como a Ryanair e a easyJet nas operações regionais, e enfrentar rivais do Oriente Médio e da Ásia nas rotas internacionais.

"A questão mais séria para as companhias de aviação europeias é a dos custos de mão de obra", disse Stephen Furlong, analista de transporte aéreo da Davy Stockbrokers, em Dublin. "Só o combustível consome proporção maior de sua receita. Para reduzir os rombos, elas precisam se reestruturar ou passar por uma consolidação". Mas as companhias de aviação haviam chegado a um ponto, disse ele, no qual "os sindicatos estão começando a contra-atacar".

Os defensores dos passageiros dizem que estes se veem apanhados entre as duas partes. "Somos reféns em disputa alheia", disse Simon Evans, presidente do Conselho dos Usuários de Transporte Aéreo, no Reino Unido. "Não temos poder algum, e eles sabem".

A British Airways anunciou na segunda-feira que, nos dois primeiros dias de greve, conseguiu realizar 78% de seus voos internacionais e 50% de seus voos de curta distância.

A companhia estimou o custo da greve em US$ 10,6 milhões ao dia, mas acrescentou que antecipava que seus resultados anuais para o ano fiscal que se encerra em 31 de março "não mudem demais". Um porta-voz da empresa em Londres se recusou a informar o número de voos cancelados na segunda-feira.

"Nosso plano é transportar mais de 60% de nossos passageiros, hoje", disse o porta-voz, que não se identificou devido às normas da companhia. "Os planos de contingência estão funcionando como deviam".

Fonte: David Jolly (The New York Times) - Tradução: Paulo Migliacci via Terra

Voos no aeroporto da Pampulha continuarão limitados, diz Aécio

Estado cumprirá Termo de Ajustamento de Conduta firmado com Infraero

O governador Aécio Neves afirmou, nesta terça-feira, que o Governo de Minas cumprirá o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que limita os voos no Aeroporto Carlos Drumond de Andrade, na Pampulha. O governador afirmou que a decisão nº 49 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), publicada no dia 17 deste mês, que torna nula a portaria nº 993 e, consequentemente, libera todos os voos no aeroporto da Pampulha, é nula e inócua.

Em entrevista coletiva concedida na Cidade Administrativa, ao lado do prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, Aécio Neves disse que comunicará a decisão ao ministro da Defesa, Nelson Jobim. O TAC que está em vigor, firmado entre a Infraero e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, proíbe qualquer alteração no limite de aeronaves no aeroporto da Pampulha sem que os problemas ambientais e de segurança, apontados no TAC, sejam solucionados.

“Portanto, na verdade, a liberação por parte da Anac se torna inócua, porque nós respeitaremos esse Termo de Ajustamento de Conduta que foi assinado pela Infraero e o Governo do Estado de Minas Gerais. Apenas lamento que a direção da Anac não tenha tido a oportunidade de conhecer o aeroporto da Pampulha, porque se conhecesse o estado hoje desse aeroporto, porque ali não recebe há muitos e muitos anos qualquer investimento por parte da Infraero, certamente não tomaria esta medida”, afirmou Aécio Neves.

Planejamento estratégico

Além de inadequações técnicas de segurança e de respeito ao meio ambiente, a limitação de voos no Aeroporto da Pampulha faz parte de uma série de ações estratégicas adotadas pelo Governo do Estado para o desenvolvimento do Vetor Norte da capital. Esse planejamento inclui também a retomada de voos internacionais no Aeroporto Internacional Tancredo, a construção da Linha Verde, com investimentos de R$ 350 milhões, e a instalação da Cidade Administrativa, investimento de R$ 948 milhões.

“Fiz questão de, ao lado do prefeito, deixar aqui essa manifestação, porque trata de algo extremamente relevante para Minas Gerais e não aceitamos que o Estado possa ser tratado à distância, dessa forma, sem uma conversa mais profunda conosco, sem a avaliação das razões técnicas por parte de pilotos; econômicas por parte de todas as entidades que atuam em Minas Gerais, no turismo, no comércio, no serviço, na indústria”, afirmou Aécio Neves.

Aditivo

O TAC para o aeroporto da Pampulha limita os voos permitidos a aeronaves com até 50 lugares. O governador afirmou que será assinado um aditivo a esse TAC, ampliando o limite para 75 passageiros em turboélices, que são aeronaves mais modernas e seguras.

“A partir daí, não pode haver autorização. Seria um passo seguinte para essa, vamos chamar, nulidade da portaria assinada pela presidente da Anac. O Governo do Estado está junto à Advocacia Geral e à área do Meio Ambiente fazendo cumprir este Termo de Ajuste de Conduta, mas esperamos que possa haver um entendimento e uma manifestação clara por parte da Anac e por parte da própria Infraero”, afirmou o governador.

Fonte: Agência Minas via Portal UAI - Foto: aeroportobrasil

Pampulha: entenda por que a decisão da Anac é contraditória

A portaria nº 993, de 2007, que a Anac decidiu tornar nula, limitava os voos do aeroporto da Pampulha até 50 passageiros em razão de questões de operacionalidade técnica da pista, problemas ambientais, de segurança e a incapacidade do terminal de receber um número maior de passageiros.

A Anac, em audiência pública convocada pela Comissão Especial dos Aeroportos da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais (ALMG), em agosto de 2008, apontou as limitações à retomada de voos diretos do Aeroporto da Pampulha para outras capitais.

Os representantes da Anac, Anderson Ribeiro Correia e Job Gâmbaro, durante a audiência pública, declararam que de acordo com a capacidade do Aeroporto da Pampulha, nem a Infraero e nem a Anac poderiam liberar voos além dos que estão autorizados lá. Os dois representantes da agência reguladora ressaltaram, durante a reunião, que a maior parte dos componentes do aeroporto não permite acréscimo na capacidade.

Em ofício encaminhado ao Governo do Estado, a Anac reconhece “que o Aeroporto da Pampulha apresenta severas limitações operacionais para a operação freqüente de aeronaves com mais de cem assentos”.

A audiência pública convocada pela ALMG, além de deputados e representantes da Anac, contou com a presença de representantes de entidades de classe, do turismo e das comunidades de bairros. Ao final da reunião, chegou-se à conclusão unânime (gravada nos anais da Assembleia Legislativa) pelo não ao retorno dos voos com aeronaves de grande porte para o Aeroporto da Pampulha.

Essa audiência resultou em um Manifesto, já encaminhado à presidente da Anac, Solange Vieira, solicitando a manutenção das regras que consolidem o Aeroporto da Pampulha dedicado à aviação regional, concentrando no Aeroporto Internacional Tancredo Neves toda a conectividade de Belo Horizonte com a malha aérea nacional.

Transferência de voos

Quando 130 voos nacionais foram transferidos do Aeroporto da Pampulha para Confins, em 2005, o Aeroporto Tancredo Neves, inaugurado em 1984, com capacidade para 5 milhões de passageiros/ano e estrutura moderna, estava sub-utilizado, com apenas 388 mil passageiros por ano. Em 2008, o Aeroporto Internacional atingiu a marca de 5 milhões de passageiros/ano, sendo cerca de 160 mil em voos internacionais.

Já o Aeroporto da Pampulha vivia uma situação de saturação. Com capacidade para 1,5 milhão de passageiros por ano, a Pampulha tinha volume superior a 3 milhões, com 90 mil pousos e decolagens, em 2004.

“O que é importante hoje e é essa resposta que Minas aguarda, é sobre investimento da Infraero no Aeroporto Tancredo Neves, em Confins, que está saturado e o único investimento, infelizmente, anunciado até agora, foi de um estacionamento, que é necessário sim, mas que na verdade é pago com recursos como da taxa de embarque da própria Infraero”, disse o governador.

Fonte: Agência Minas via Portal UAI - Foto: bhvirtual.net

Anac cancela restrições para o Aeroporto da Pampulha, Aécio não concorda

O Diario Oficial desta segunda (22) trouxe uma importante decisão , com a eliminação da Portaria 993, que regulava as operações no Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte. O aeroporto central da capital mineira terá de volta as operações com aeronaves de qualquer tamanho, sem necessidade de pousos intermediários nas ligações de capitais e outras cidades.

O processo nº 60800.004686/2010-02, deliberado e aprovado na Reunião Deliberativa da Diretoria realizada em 17 de março de 2010, avalia as condições da Pampulha por critérios técnicos, cancelando as restrições aplicadas desde 18 de setembro de 2007.

Hoje (23), o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), anunciou que o governo de Minas não vai cumprir a portaria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) - que liberou o Aeroporto da Pampulha para receber aviões de maior porte. "Parece-me uma decisão totalmente inadequada", considerou o governador que tem sido neste período, um intransigente defensor do incremento nas operações em Confins.

Fonte: Brasilturis - Foto: Fábio Remy

Anac autoriza formalmente operação de nova aérea

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou formalmente a operação da Boliviana de Aviación (BoA) no Brasil. A decisão, tomada no dia 17 passado, foi publicada na edição de ontem (segunda, dia 22) do Diário Oficial da União.

A companhia “de nacionalidade boliviana, com capital destacado de US$ 50 mil, que pretende operar serviço de transporte aéreo internacional regular de passageiros, carga e mala postal”, diz o texto da Anac no jornal. Na liderança da empresa por aqui está Victor Palenque, ex Avianca.

Fonte: Portal Panrotas

Anac oferece bolsa de estudo para piloto até a próxima quinta-feira (25)

Programa vai formar 139 pilotos privados e 74 comerciais em aeroclubes de todo país

Encerram na próxima quinta-feira (25) as inscrições para uma bolsa de estudos oferecida pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) em parceria com o Ministério da Defesa. A oportunidade é boa porque os custos para a formação de um piloto são extremamente altos – e esse é o principal fator que impede que mais profissionais ingressem no mercado.

A agência informa que os preços para a formação de piloto privado podem chegar a R$ 14 mil. Para piloto comercial "esse custo pode chegar até mais de R$ 70 mil", diz o site.

A Anac fez convênio com alguns dos aeroclubes existentes no país para conseguir oferecer a bolsa de estudos. Eles vão formar 139 pilotos privados e 74 pilotos comerciais.

Segundo a agência, existem cerca de 300 instituições educacionais responsáveis por 1.700 cursos relacionados à aviação civil no Brasil.

Segundo o sindicato nacional dos aeronautas a média mensal de salários é de R$ 2.300 para comissários; R$ 5.000 para copiloto e R$ 9.000 para comandantes.

Serviço:

Por quê uma bolsa para ser piloto

A formação de um piloto de avião requer investimento bastante elevado. Considerando apenas as aulas práticas, para um aluno se tornar piloto privado – primeira etapa antes de iniciar na carreira – é preciso desembolsar por volta de R$ 14 mil. Para a formação de um piloto comercial – que já pode exercer a profissão – o custo pode chegar até mais de R$ 70 mil.

O que é a bolsa

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) aceita até o dia 25 de março inscrições para o processo seletivo de 213 bolsas de estudos para pilotos de avião. São 139 bolsas para os cursos práticos de piloto privado e 74 para piloto comercial.

Processo seletivo

O processo seletivo terá início com uma prova objetiva, no dia 18 de abril, às 9h, realizada na cidade escolhida pelo candidato no momento da inscrição: Belo Horizonte (MG); Curitiba (PR); Florianópolis (SC); Fortaleza (CE); Porto Alegre (RS), Porto Nacional (TO); Rio Claro (SP) e São Luís (MA).

Quem pode participar

Os candidatos devem ter entre 18 e 35 anos, apresentar certificado de aprovação no curso teórico, documento de aprovação no exame da Anac e comprovar ter realizado pelo menos 25% da carga horária de voos necessária para a categoria: 9 horas para piloto privado e 29 horas para piloto comercial.

Onde estudar

As aulas acontecerão em 19 aeroclubes de oito Estados (São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Ceará, Maranhão e Tocantins).

Quem é aprovado

O candidato com aproveitamento igual ou superior a 70% na prova objetiva e classificado dentro do número de vagas deverá realizar o Exame de Proficiência Técnica a partir do resultado da prova até o dia 30 de maio, no aeroclube escolhido. Após a etapa, os aprovados podem agendar aulas práticas nos aeroclubes credenciados no projeto.

O que a bolsa paga

Além das aulas práticas e do voo de cheque ao final do curso, a bolsa também inclui as despesas de hospedagem do aluno na cidade escolhida.

Quem paga a bolsa

O investimento do Governo Federal nas bolsas de estudo soma R$ 3 milhões, com recursos do Programa de Desenvolvimento da Aviação Civil do Ministério da Defesa.

Fonte: R7 - Foto: Getty Images

Mulheres conquistam mais espaço na aviação civil, diz Anac

O mercado de trabalho na aviação civil não é mais exclusivo dos homens, já que a participação feminina vem aumentando ao longo dos anos. Mesmo assim, elas representam apenas 0,8% do total de licenças válidas.

Para as mulheres, foram emitidas 793 licenças para pilotos, das quais 163 habilitações estão válidas, ou foram renovadas de acordo com a regulamentação. Entre as profissionais com licenças válidas, foram habilitados 51 pilotos privados de avião, 65 pilotos comerciais e 15 de linha aérea. De helicópteros, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) emitiu licenças para seis pilotos privados, 20 pilotos comerciais e seis de linhas áreas.

Em 2009

Somente no ano passado, o País passou a contar com mais 2,6 mil novos pilotos no espaço aéreo do País. Segundo dados divulgados pela Anac, a maior parte deles, 1,2 mil, é de pilotos privados de avião, primeira etapa para iniciar na carreira ou voar apenas em aeronaves particulares.

Entre os profissionais homens e mulheres, foram habilitados 513 pilotos comerciais de avião e 230 pilotos de linha aérea. De helicópteros, foram 224 licenças para pilotos privados, 105 para pilotos comerciais e outras 41 de linha aérea. O restante das licenças foi para pilotos de planador, balão e aviação experimental (piloto de recreio).

Bolsas de estudo

A Anac oferece 213 bolsas de estudo do projeto Jovens Pilotos para Aviação Civil e apenas 10 mulheres estão inscritas para concorrer à bolsa que cobre 75% das horas de voo necessárias para a formação de pilotos.

Os interessados em participar podem se inscrever até a próxima quinta-feira (25). Os candidatos devem ter entre 18 e 35 anos, apresentar certificado de aprovação no curso teórico, documento de aprovação no exame da Anac e comprovar já terem realizado pelo menos 25% da carga de voo necessária para a categoria: nove horas para piloto privado e 29 horas para piloto comercial.

As aulas acontecerão em 19 aeroclubes de oito estados: São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Ceará, Maranhão e Tocantins.

Como se tornar um piloto?

Segundo a Fly-Escola de Aviação, para se tornar um piloto comercial de avião, são necessários oito meses de aulas teóricas e 150 horas de prática, sendo que os quatro primeiros meses de aulas teóricas e as 35 primeiras horas de prática equivalem aos requisitos necessários para se tornar um piloto privado, quando o aluno deverá fazer a primeira prova para concessão de licença na Anac.

No caso dos pilotos de helicópteros, são quatro meses de aulas teóricas e 35 horas de prática para os pilotos privados e mais quatro meses de aulas teóricas e 65 horas de prática para os profissionais, o que dá, para estes últimos, um total de oito meses de aulas teóricas e 100 horas de prática. Além disso, no caso dos pilotos comerciais, é exigida a conclusão do Ensino Médio e a idade mínima de 18 anos.

Apesar de exigir uma quantidade de horas práticas menor, a hora aula para quem quer pilotar um helicóptero, ainda conforme a Fly, varia de R$ 600 a R$ 800, enquanto que a hora aula dos pilotos de aviões fica entre R$ 250 e R$ 400. O alto investimento, contudo, pode valer a pena, já que o salário de um piloto vai de R$ 6 mil a R$ 15 mil.

Fonte: InfoMoney - Foto: lu4.org

Município de Luís Eduardo Magalhães (BA) vai sediar feira internacional de aviação

Entre os dias 3 e 6 de setembro, Luís Eduardo Magalhães (abaixo, em destaque no mapa da Bahia) vai receber o que há de melhor em termos de aviação civil, com a realização do primeiro Aero Centro Brasil 2010 (Feira Show). O lançamento do projeto aconteceu no último sábado, 20, no Hotel Solar Rio de Pedras, e contou com a presença de pilotos, hoteleiros e donos de restaurante do município.

Segundo o idealizador da feira, Cleber Rangel, a ideia é incluir a feira, a partir de 2011, no calendário oficial de eventos do município. A principal justificativa para a realização do evento é o grande déficit existente no país em relação a eventos deste tipo. “As outras feiras de aviação realizadas no país não atendem as reais necessidades dos aviadores de nossa região. Estamos realizando esta feira em Luís Eduardo Magalhães, justamente para suprir essas lacunas existentes”, explicou.

O renomado piloto paulista Tike Basaia, consagrado pelos shows acrobáticos que realiza no país prestigiou o lançamento. Para ele a realização da feira em Luís Eduardo é de suma importância para a categoria e tem tudo para se consolidar na cidade. “Eu tenho certeza que vai dar muito certo”, comentou ao final do evento.

Já o anfitrião da festa, o prefeito Humberto Santa Cruz, aproveitou para falar da importância de uma feira como esta para o desenvolvimento econômico da cidade.

“Além de incrementar a geração de receita para o município, em especial aos donos de hotéis e restaurantes, pelo que vi e ouvi dos organizadores, tenho certeza que este evento será mais uma oportunidade de lazer para nossa população”, finalizou.

Fonte: Ascom/LEM via Jornal Nova Fonteira - Mapa: Wikipédia

Chuvas em SP obrigaram Congonhas a fechar mais este ano que em 2009

Em janeiro e fevereiro, o aeroporto de Congonhas fechou 14 vezes para pousos e decolagens, por conta dos temporais que atingiram São Paulo. O terminal mais movimentado do país ficou quase 16 horas sem operar neste ano.

Se comparado com o mesmo período de 2009, é o dobro do tempo registrado. Além disso, o período é equivalente a quase um dia inteiro de operação do aeroporto, 17 horas (das 6h às 23h).

Desde novembro, quando começaram as chuvas, até fevereiro, 64 voos foram desviados para Guarulhos.

Fonte: Destak Jornal - Foto: estadao.com.br

Avião espião da Guerra Fria é reformado e evita aposentadoria

O avião U-2, que detecta explosivos nas estradas do Afeganistão, foi salvo da aposentadoria após reforma

O avião de espionagem americano U-2, um aparelho construído para operar em altitudes elevadas que esteve envolvido em muitos dos momentos de maior suspense da Guerra Fria, parece estar desfrutando de um novo momento de glória.

Quatro anos atrás, o Pentágono parecia decidido a iniciar sua aposentadoria. Mas o Congresso bloqueou a medida, alegando que o aparelho ainda tinha serventia. E tem. Devido a atualizações e mudanças no uso de seus poderosos sensores, o U-2 se tornou o mais requisitado avião em uma guerra muito diferente, no Afeganistão. Alterando sua missão da caça de mísseis nucleares para a detecção de minas explosivas nas estradas, ele vem superando os aviões não tripulados na coleta de ampla gama de informações usadas no combate ao Talibã.

Tudo isso representa notável mudança ante os dias iniciais do U-2 como participante no jogo de espionagem entre a União Soviética e os Estados Unidos. Projetado para localizar mísseis soviéticos, o modelo se tornou famoso quando Francis Gary Powers foi abatido pilotando um deles sobre a União Soviética, em 1960, e de novo quando um U-2 tirou as fotos que deflagraram a crise dos mísseis soviéticos em Cuba, dois anos mais tarde. Versões mais novas do aparelho vêm recolhendo informações em todas as guerras desde então, e continuam a monitorar países como a Coreia do Norte.

Agora, o U-2 e seus pilotos, isolados em seus trajes espaciais em missões realizadas a 23 mil metros de altitude, têm contato direto via rádio com as tropas em terra no Afeganistão. E em lugar de seguir um trajeto fixo, agora são desviados frequentemente em meio ao voo para vasculhar estradas adiante de comboios americanos, e para auxiliar soldados envolvidos em combates.

De certas maneiras, o U-2, que voou sua primeira missão em 1956, se assemelha a um brinquedo do passado perdido na era dos jogos de computadores de alta tecnologia. "Mas ao que parece, depois de todos esses anos em voo, agora o U-2 está de volta ao seu melhor momento", disse o tenente-coronel Jason Brown, comandante de um esquadrão de inteligência que planeja as missões dos aparelhos e analisa boa parte dos dados recolhidos. "Eles podem realizar missões que ninguém mais pode".

Uma dessas coisas, por mais improvável que pareça, é que mesmo a 20 quilômetros de altitude, seus sensores são capazes de detectar pequenas perturbações na terra, o que representa um novo modo de localizar minas improvisadas que matam muitos soldados.

Nas semanas que antecederam a atual ofensiva em Marjah, informaram oficiais das forças armadas, diversos dos 32 U-2 que continuam em operação localizaram quase 150 possíveis sítios minados em estradas e áreas de pouso de helicópteros, o que permitiu que fuzileiros navais explodissem as armadilhas antes de se aproximarem da cidade.

Os oficiais dos fuzileiros navais afirmam que usaram fotos das velhas câmeras fotográficas do U-2, que obtêm imagens panorâmicas de tamanha resolução que enxergar as posições dos insurgentes se torna possível. Enquanto isso, as câmeras digitais mais recentes que os aviões também carregam enviavam atualizações frequentes sobre 25 posições que os fuzileiros navais consideravam como potencialmente vulneráveis.

Como o avião voa a 23 mil m de altitude, os pilotos precisam usar trajes espaciais. Sem a roupa especial, o sangue dos pilotos literalmente ferveria caso tivessem de se ejetar

Além disso, a altitude de operação do U-2, no passado proteção contra mísseis antiaéreos, permite que ele capte sinais de conversas telefônicas entre os insurgentes, que de outra forma seriam bloqueadas pelas montanhas.

Como resultado, diz Brown, o U2 é muitas vezes capaz de recolher informações que sugerem para onde devem ser enviados os aviões sem piloto Reaper e Predator, que registram imagens em vídeo e podem disparar mísseis. Ele afirmou que as informações mais confiáveis surgem quando os U-2 e aviões sem piloto se concentram em uma mesma área, o que vem sendo cada vez mais o caso.

O U-2, um jato pintado de preto, com asas longas e estreitas que o ajudam a percorrer o ar rarefeito, é uma visão impressionando ao ascender pelo céu. O modelo opera duas vezes mais alto que um jato comercial de passageiros, e permite que pilotos vejam coisas como a curvatura da Terra.

Mas o U-2, conhecido também pelo apelido Dragon Lady, é difícil de pilotar, e suas missões são estafantes e perigosas. Os aparelhos usados a cada dia sobre o Afeganistão e o Iraque têm base perto do Golfo Pérsico, e suas missões podem durar de nove a 12 horas. Os pilotos se alimentam por meio de tubos e usam trajes espaciais, porque seu sangue literalmente ferveria caso tivessem de se ejetar sem proteção a tamanha altitude.

O U-2 realizou sua primeira missão em 1956

O modelo desenvolvido para substituir o U-2 também pode ser visto na mesma base trata-se do Global Hawk, um avião pilotado por controle remoto que pode voar quase tão alto quanto o U-2 e tipicamente tem autonomia de até 24 horas de voo. Os primeiros Global Hawk estão realizando missões de reconhecimento fotográfico no Iraque e Afeganistão.

Mas um modelo maior que poderia interceptar comunicações foi postergado, e a força aérea dos Estados Unidos está estudando como adicionar a outros aparelhos sensores que permitam detectar minas improvisadas nas estradas. Os funcionários da força aérea dizem que o U-2 não poderá ser aposentado antes de 2012.

"Precisamos manter a agilidade, para continuarmos relevantes", disse o major Doug McMahon, piloto que opera um U-2 há três anos. "Mas todos sabemos que a hora deles terminará por chegar".

Fonte: The New York Times - Tradução: Paulo Migliacci via Terra - Fotos: The New York Times

Companhias de porte menor já incomodam gigantes do setor aéreo

Cabine de comando de um dos aviões da Azul, no Aeroporto da Pampulha (MG)

Pouco a pouco, as companhias aéreas de menor porte começam a ganhar mercado. Juntas, a Azul, a Webjet, a Trip e a Passaredo detêm hoje 13,70% do total de passageiros no mercado doméstico de transporte aéreo regular. Os números são de fevereiro e representam o dobro da participação no mercado em relação ao mesmo mês de 2009, quando tinham 6,94% do total, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Atualmente, a cada 100 passageiros de voos domésticos, 16 voam em companhias menores, revela o levantamento da Anac.

O aumento de renda da população brasileira, as tarifas mais competitivas das novatas e a entrada dessas companhias em mercados pouco explorados elevaram a demanda de passageiros nos voos. Mesmo que de leve, a participação maior de mercado das companhias menores afetou as gigantes do setor, Gol e TAM. Em fevereiro, as duas tinham juntas 84,03% do mercado doméstico de aviação, contra 90,02% em fevereiro de 2009.

A participação de mercado da TAM no número de passageiros transportados despencou em fevereiro, passando de 49,82% no mês em 2009 para 42,42% este ano. Mas isso não significa que o número de passageiros da empresa caiu no período. Ao contrário, cresceu 21,66%. O resultado da fatia menor do mercado é explicado pelo salto no tráfego aéreo nos voos domésticos no mês passado, que registrou crescimento de 43% sobre fevereiro de 2009. Foi o maior crescimento percentual já registrado desde setembro de 2003, quando os dados começaram a ser computados. Já a Gol apresentou alta na participação do mercado em fevereiro: 41,61%, contra 40,20% no mesmo mês de 2009. O número de passageiros transportados no período aumentou 47,91%.

Novata

A novata Azul, que iniciou as operações em dezembro de 2008, conecta hoje 17 cidades com cerca de 100 voos por dia. A frota da empresa é composta por 15 jatos – e mais seis aeronaves vão chegar até dezembro. Para este ano, a companhia aérea pretende conectar 25 cidades em todo o país. “A Azul trouxe diferenciais importantes. Primeiro, usamos um aeroporto que estava abandonado, que é o de Viracopos (SP). Depois, passamos a atuar em cidades que não estavam sendo atendidas”, afirma Pedro Janot, presidente da Azul.

O baixo custo do bilhete aéreo é outro atrativo da companhia. “Quem compra com 30 dias de antecedência, paga o preço da passagem de ônibus na Azul. Dessa forma, trouxemos mais pessoas para o transporte aéreo. O passageiro largou o sofá de casa e foi voar. Os pequenos empresários também passaram a viajar de avião com mais frequência”, diz Janot. A companhia aérea transportou 2,2 milhões de passageiros em 2009 e este ano quer dobrar o número, para 4 milhões. “O mercado aéreo cresce como um todo, mas acredito que as companhias aéreas menores devem crescer mais. A tendência é que os grandes percam mercado”, observa Janot. Segundo ele, de 15% a 20% dos passageiros da Azul são pessoas que nunca viajaram de avião.

A Trip Linhas Aéreas também tem metas ambiciosas para 2010. Em 2009, a empresa aérea transportou 1,5 milhão de passageiros e, este ano, pretende transportar 2,4 milhões nas 78 cidades em que opera no país. Em Minas Gerais, são 11 municípios. “O nosso crescimento acontece pelo aumento de renda do brasileiro e da demanda maior de passageiros no interior”, ressalta Evaristo Mascarenhas de Paula, diretor de Marketing e Vendas da Trip. Até o fim do ano, a companhia espera estar presente em 86 cidades no país e 14 em Minas. “Apesar das obras nos aeroportos, nem todos estão prontos para decolar”, observa Mascarenhas. Nos próximos meses, a empresa pretende inaugurar voos em mais três cidades mineiras: Varginha, Manhuaçu e Paracatu.

O presidente da Gol Linhas Aéreas, Constantino de Oliveira Júnior, afirma que a entrada de novatas no segmento aéreo traz uma nova dinâmica à competição nos ares. “As iniciativas das companhias menores estimulam a demanda. A nossa política é de preços baixos. Os passageiros que estreiam nas menores, em uma nova oportunidade vão escolher a Gol”, diz.

Mercado

O engenheiro Cristiano Silva da Fonseca viaja de duas a três vezes por semana para o interior de Minas com a Trip. Ele também já usou os serviços da Azul. “Acredito que algumas novatas estão focando um mercado que as grandes ainda não atingiram, que é o interior”, afirma Fonseca.

A médica Maria de La Gracias estreou na semana passada com um voo de Confins para Viracopos (Campinas/SP) pela Azul. Ela comprou a passagem com apenas um dia de antecedência e pagou R$ 600, ida e volta. “O valor foi alto, mas comprei em cima da hora”, diz. A justificativa é válida. Ela foi se encontrar com o filho que acabou de passar no vestibular.

O médico carioca Leandro Duarte usou a Webjet pela primeira vez para a viagem do Rio de Janeiro a Belo Horizonte, em um congresso. “O preço estava melhor e achei que, para uma viagem doméstica, o voo não deixa nada a desejar. Só o espaço entre as poltronas que é pequeno. Em uma viagem mais longa pode ser desconfortável”, diz. O voo foi de Confins para Santos Dumont (RJ). “E ainda vou ter a vantagem de chegar no Santos Dumont, que é mais central do que o Galeão”, diz.

Fonte: Geórgea Choucair (Estado de Minas) via Portal UAI - Foto: Jair Amaral (EM/DA Press)

Aqces transporta combustível de aviação à Shell

Com foco na gestão de contratos e nas soluções integradas para logística da cadeia de suprimentos, chamada de alta performance, em meio ao otimismo do setor logístico no País, a empresa Aqces Logística fechou um contrato de R$ 30 milhões com a distribuidora de combustíveis Shell, para gerir a operação logística de combustível de aviação para 8 aeroportos no Brasil - cinco no nordeste, dois no sudeste e um no Distrito Federal.

A operação começou a vigorar menos de dois meses depois do início das conversas sobre o projeto. Segundo o diretor presidente da Aqces, Roberto Vidal, ter a Shell como cliente reforça o comprometimento com o resultado dos serviços prestados. "A Shell é uma empresa com padrão de rigidez altíssimo. O fato de eles terem escolhido nossa empresa como parceira mostra que o mercado realmente confia no nosso time e que temos o conhecimento e as ferramentas necessários para montar um desenho logístico de alta qualidade, confiabilidade e segurança", explica Vidal.

Para essa operação, a empresa incorporou aproximadamente 112 profissionais e adquiriu 43 conjuntos de equipamentos, como carretas, para movimentar aproximadamente 24 milhões de litros de combustível.

Fonte: DCI

Portugal: falhas mecânicas explicam quedas fatais de aeronaves

Inquérito em Castelo Branco foi aberto e queda a pique indicia avaria. No caso da morte do capitão de Abril Costa Martins, uma falha no motor causou o acidente, diz o relatório.

Os dois acidentes de queda de aeronaves mais recentes, em Montemor-o-Novo e Castelo Branco, terão sido originados por falhas mecânicas. No primeiro caso, com duas vítimas mortais, a investigação apurou que houve uma falha no motor. Na situação de domingo, o inquérito foi iniciado, mas a queda a pique do aparelho ultraleve também indica que o mais provável é ter havido uma avaria mecânica. Desde início de 2010 já ocorreram três acidentes aéreos, e em 2009 foram registados 13 acidentes com aeronaves, que provocaram nove mortos.

Em Castelo Branco, os dois ocupantes da aeronave foram encontrados já sem vida, uma hora depois do alerta, por dificuldades no acesso ao local onde tinha caído o aparelho. Os cadáveres foram encontrados nos respectivos bancos, com os cintos colocados. O fogo de alarme e os pára-quedas não foram accionados.

Com a luz do dia, foi possível verificar a zona onde caiu a aeronave, cedida pela Vodafone ao Aeroclube de Castelo Branco para vigilância da floresta. Encontrava-se mergulhada no mato, com o cockpit aberto na estrutura superior, por onde foram retirados os corpos e transportados em maca pelos bombeiros até à zona onde ficaram estacionados os veículos de socorro, um percurso de 500 metros só possível a pé.

"Foi uma queda vertiginosa, aliás, o mato à volta não está pisado nem nada", apontava na manhã de ontem o capitão João Brito, da GNR de Castelo Branco.

Os técnicos do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves (GPIAA) estiveram no local durante a tarde.

Norberto Grancho, arquitecto e técnico superior na Câmara de Castelo Branco, e Armindo Fernandes, engenheiro e funcionário da Concessionária Scutvias, foram as vítimas mortais do acidente da queda da aeronave, que ocorreu ao final da tarde de domingo.

Já o acidente de aviação que, no dia 6, provocou a morte a duas pessoas, uma delas o antigo capitão de Abril Costa Martins, terá sido causado por uma falha de motor, indica o relatório preliminar do GPIAA, a que o DN teve acesso. Os peritos dizem que o facto de os comandos do motor se encontrarem em "potência máxima" e os danos sofridos pelas pás da hélice, que sugerem falta de tracção, indiciam a ocorrência de uma falha de motor "pouco depois da descolagem".

Desta forma, o acidente terá ocorrido pouco depois das 16.30, hora a que Sousa Monteiro, antigo comandante da TAP com mais de 20 mil horas de voo, se dirigiu para o Alon Aircoupe A2-A, uma aeronave ligeira de dois lugares de que era proprietário e que se encontrava estacionada num hangar junto à pista de voo na Herdade do Pinheiro e Cavaleiro, próximo de Ciborro. Embora apontando para a existência de uma "provável falha de motor", os peritos dizem ser necessário efectuar uma "inspecção minuciosa ao motor e ao sistema de alimentação de combustível, para esclarecer melhor a sequência dos factos". Ainda segundo o relatório, a inspecção ao painel de instrumentos e controlos de voo confirma que o acidente terá ocorrido pouco depois de o Alon Aircoupe A2-A, construído em 1968 e com mais de 1200 horas de voo, ter levantado voo pela última vez.

Fonte: Célia Domingues (Diário de Notícias - Portugal)

TACV renovou certificado IOSA de segurança

A companhia aérea de Cabo Verde renovou a sua Auditoria de Segurança Operacional (IOSA), reforçando assim a suam posição na IATA, Associação Internacional de Transporte Aéreo.

Com esta renovação os TACV – Cabo Verde Airlines asseguram novamente a certificação mais exigente em termos operacionais, e reforçam o recentemente adquirido estatuto de membro de pleno direito da IATA. Esta é a primeira vez que a companhia conjuga as suas situações, uma vez que aquando da sua primeira auditoria IOSA não era ainda membro de pleno direito da IATA, o que aconteceu em Novembro do ano passado. Esta segunda certificação é válida até Dezembro de 2011, ocasião em que terá que ser renovada. A primeira teve a validade de um ano.

Para lá da certificação propriamente dita, atestando a segurança operacional da companhia, a IOSA tem no reconhecimento geral pela indústria uma mais-valia para os TACV, uma vez que que facilita, por exemplo, processos como a obtenção de “code-shares” com outras companhias, ao eliminar a necessidade de outras auditorias.

Segundo informação da companhia à imprensa de Cabo Verde, trata-se de mais uma prova de que os TACV estão empenhados em satisfazer todas as exigências e padrões internacionais, e “a atingir patamares cada vez mais altos no mundo da aviação comercial”.

Fonte: Turisver (Portugal)

Veja filmagem de erupção do Sol feita por sonda espacial

A Stereo, da Nasa, captou as imagens em ultravioleta.

‘Cuspes solares’ são formados por hélio ionizado a 60.000°C.




A sonda Stereo filmou uma região específica de erupção solar que “cuspiu fogo” uma dúzia de vezes em menos de dois dias de observação. Como é possível observar na filmagem, as explosões são estreitas, em forma de línguas de fogo, e muito direcionadas, por causa da intensa atividade magnética na região. As línguas são, na realidade, plasma, matéria superaquecida composta por partículas eletricamente carregadas em movimento.

Leia também: Sonda Stereo capta imagens de erupção solar atípica.

As ejeções já foram registradas inúmeras vezes, mas essa frequência testemunhada pela Stereo é rara, e chamou a atenção dos cientistas. No comprimento de onda da luz ultravioleta captada pela Stereo, o que se vê são explosões de hélio ionizado, a cerca de 60.000°C.

Ejeções de massa coronais podem causar problemas na Terra. As partículas de energia podem danificar satélites, causar problemas de comunicação e navegação em aviões e interromper o fornecimento de energia em residências e indústrias.

Para entender os efeitos da atividade solar sobre a Terra, a Nasa mantém 18 missões de observação da estrela. O último reforço é a sonda SDO (Solar Dynamics Observatory), lançada em 11 de fevereiro. A SDO vai tirar fotos detalhadas do Sol a cada 0,75 segundo. A cada dia, enviará à Terra 1,5 terabyte de informação.

Fonte: G1