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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Supervisores de tráfego aéreo depõem sobre acidente da Gol

Antônio Castro e Evair de Souza foram ouvidos em Brasília nesta quinta.

Acidente entre avião da Gol e jato particular completou 4 anos em setembro.


Duas testemunhas no caso do acidente no voo 1907 da Gol, que deixou 154 mortos em setembro de 2006 depois de se chocar no ar com um jato Legacy, prestaram depoimento na tarde desta quinta-feira (21) na 10ª Vara Federal de Brasília. O sargento da Aeronáutica Antônio Francisco Costa de Castro e Evair de Souza Júnior eram supervisores do controle de tráfego aéreo na época do acidente, respectivamente nas áreas de Brasília e São Paulo.

O processo que julga o caso está na fase de produção de provas, a etapa final de instrução. Segundo a Justiça Federal de Mato Grosso, uma testemunha de acusação já foi ouvida no estado.

No dia 29 de setembro de 2006, um Boeing da Gol, que fazia o vôo 1907, de Manaus para Brasília, chocou-se com um jato Legacy que seguia de São José dos Campos (SP) rumo aos Estados Unidos.

A denúncia do Ministério Público afirma que teria havido negligência dos controladores de tráfego aéreo a respeito do plano de voo traçado para o Legacy, principalmente no que se refere à faixa de altitude em que ele deveria permanecer.

O Boeing caiu em uma região de floresta no norte de Mato Grosso. O acidente deixou 154 mortos –todos passageiros e tripulantes da aeronave. O Legacy conseguiu pousar em uma base aérea no sul do Pará. Os sete ocupantes do jato sobreviveram. Foi o segundo desastre aéreo com mais vítimas ocorrido em solo brasileiro.

Os questionamentos abordaram principalmente a responsabilidade de alertar o controle de tráfego aéreo para o desligamento do dispositivo que identificava a posição e a altitude do jato e sobre o plano de voo traçado para o avião.

Evair de Souza Júnior, supervisor de tráfego na região de São Paulo na época do acidente, foi o primeiro a falar. Em 2006, ele era chefe de um dos controladores acusados de negligência no inquérito. Ele afirmou que trabalhou cerca de 18 anos no tráfego aéreo, mas que abandonou a área há dois anos. Por isso, segundo ele, teria esquecido muitos procedimentos e termos do controle de tráfego.

Souza disse que o voo do Legacy, do momento em que decolou de São José dos Campos até sair do espaço aéreo pelo qual ele era responsável, ocorreu em "completa normalidade".

Quanto à mudança na altitude do plano de voo, Souza atribuiu a responsabilidade de comunicar a alteração ao piloto da aeronave. "O piloto tem que informar se vai mudar de faixa de altitude, a não ser que haja alguma falha de comunicação. Nesse caso, ele deve permanecer no plano de voo", disse.

Antônio Francisco Costa de Castro, que em 2006 era supervisor de tráfego aéreo na região de Brasília, disse acreditar que a responsabilidade de comunicar a alteração no plano de voo é tanto do piloto quanto do controlador. "Não sei de quem é a obrigação primária. Acho que a responsabilidade é igual para o piloto e o controlador", disse em seu depoimento.

Perguntado sobre o baixo número de controladores responsáveis pelo tráfego aéreo no Brasil em 2006, Castro afirmou que o problema ainda existe. "A falta de controladores existia e ainda existe, com o tráfego aéreo aumentando a cada ano", declarou.

Ele também alegou que estava em seu horário de folga no momento em que houve a colisão. O supervisor responsável seria um homem de nome Alexander, que não foi ouvido e nem está programado para testemunhar no caso.

Advogados e investigador

Além do promotor Francisco Bastos, o advogado de defesa de Joseph Lepore e Jean Paul Paladino (que pilotavam o Legacy), Theodomiro Dias Neto, e o advogado dos familiares das vítimas no voo da Gol, Dante D'Aquino, fizeram perguntas às testemunhas. Outro advogado representou os quatro controladores de voo acusados no inquérito.

Dante D'Aquino comentou a ausência do outro supervisor de tráfego da região de Brasília como testemunha no caso. "Não temos interesse em ouvi-lo, temos convicção da culpa dos pilotos [do Legacy]", afirmou.

O investigador de acidentes aéreos Roberto Peterka, que fez a análise de perícia que sustentou o inquérito, também acompanhou a fala das testemunhas nesta quinta. "Eles (os pilotos do jato) começaram o voo sem fazer nenhum planejamento de voo. Eles receberam esse plano já dentro do avião, o que é muito errado. Infelizmente, o [avião da] Gol estava no local errado na hora errada. Ele não teve nada de errado [no plano de voo], estava tudo certinho", disse.

Pilotos do Legacy

Segundo a Justiça, os controladores de voo foram ouvidos no início do processo, porque esse era o procedimento vigente à época do acidente. Com a mudança de procedimentos, o interrogatório dos réus deve ocorrer em uma etapa final do processo. Portanto, os pilotos do Legacy ainda devem ser ouvidos pela Justiça, e há possibilidade de um novo depoimento dos controladores de voo.

“Eles [os pilotos do Legacy] ainda não foram ouvidos pela Justiça porque só devem prestar depoimento ao final do julgamento. Na verdade, o processo está caminhando na normalidade, porque processos de investigação de acidentes aéreos são lentos”, disse o advogado Theodomiro Dias, que representa os pilotos do Legacy, em entrevista ao G1 em setembro, quando o acidente completou 4 anos.

Dias explicou que foram apresentadas à Justiça sete testemunhas de defesa. Duas delas estavam no avião no momento do acidente e as demais são norte-americanos que trabalharam com os pilotos. “O juiz não permitiu essas testemunhas, mas estamos recorrendo porque esse me parece um indeferimento abusivo, estão cerceando a defesa deles”, disse.

Os dois pilotos, segundo o advogado, continuam com suas licenças de voo válidas e trabalham normalmente. “As autoridades americanas entenderam que não houve razão para suspender a licença deles. Ainda assim, é de nosso interesse a resolução desse caso, porque o acidente ocorreu por uma sucessão de erros de diversos controladores de voo”, afirmou Dias.

Fonte: Fábio Tito (G1)

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Juiz de MT autoriza testemunho de colegas de pilotos no caso Gol

Norte-americanos que trabalharam com réus poderão testemunhar no Brasil.

Lepore e Paladino respondem por acidente aéreo que ocorreu em 2006.

Colegas estrangeiros que trabalharam com os pilotos do jato Legacy, Joe Lepore e Jan Paladino, poderão depor como testemunhas de defesa no processo que julga os dois por responsabilidade no acidente com o voo 1907 da Gol, que ocorreu em 29 de setembro de 2006. A decisão foi divulgada nesta quarta-feira (29), pelo juiz Murilo Mendes, da Vara Única de Sinop (MT). O acidente, que deixou 154 mortos, completa quatro anos nesta quarta.

Lepore e Paladino e dois controladores de voo, Jomarcelo Fernandes dos Santos e Lucivando Tibúrcio de Alencar, são acusados de "atentado contra a segurança de transporte aéreo", com agravante pelas mortes, conforme denúncia do Ministério Público aceita pela Justiça. Outros dois controladores de voo, Leandro José Santos de Barros e Felipe Santos dos Reis, que chegaram a ser denunciados, foram absolvidos sumariamente no início do processo, segundo a Justiça Federal de Mato Grosso.

O Legacy se chocou em pleno voo com o Boeing, que seguiria de Manaus para Brasília, e caiu na selva amazônica, provocando a morte de passageiros e tripulantes.

Segundo disse ao G1 o advogado Théo Dias, que representa os pilotos, foram apresentadas à Justiça sete testemunhas de defesa. Duas delas estavam no avião no momento do acidente e as demais são norte-americanos que trabalharam com os pilotos. A Justiça, primeiramente, não permitiu o pedido de oitiva das testemunhas indicadas pela defesa dos pilotos.

Em decisão divulgada nesta quarta, no entanto, o juiz Murilo Mendes afirma que "quando o réu é estrangeiro, é mais que natural que as testemunhas por ele arroladas sejam também estrangeiras. Pode-se dizer, em resumo, que, em se tratando de réu brasileiro, a oitiva no estrangeiro de alguém por ele indicado configura, de regra, algo que foge da normalidade. Sendo estrangeiro o réu, as coisas mudam completamente de figura. Nesse último caso, o pedido de oitiva de pessoas residentes em seu país é algo que se situa, também de regra, no campo da mais completa normalidade", diz, em nota.

Segundo a Justiça Federal de Mato Grosso, a forma de realizar os depoimentos das testemunhas ainda não foi definida. Os advogados de defesa dos pilotos têm 48 horas para definir se estariam dispostos a reunir, em uma mesma cidade, as testemunhas indicadas, para que a audiência possa ser feita por vídeoconferência, como uma demonstração de que pretendem colaborar com a Justiça brasileira.

O processo que julga o caso está na fase de produção de provas, a etapa final de instrução. Segundo a Justiça Federal de Mato Grosso, uma testemunha de acusação já foi ouvida, em Mato Grosso, e foram expedidas cartas precatórias para ouvir outras testemunhas de acusação, em outros estados. As audiências ainda não ocorreram. Os pilotos do Legacy ainda não foram ouvidos pela Justiça Federal.

Ainda segundo a Justiça, os controladores de voo foram ouvidos no início do processo, porque esse era o procedimento vigente à época do acidente. Com a mudança de procedimentos, o interrogatório dos réus deve ocorrer em uma etapa final do processo, portanto, os pilotos do Legacy ainda devem ser ouvidos pela Justiça, e há possibilidade de um novo depoimento dos controladores de voo.

Fonte: Nathália Duarte (G1)

Após tragédia da Gol, segurança na aviação ainda é alvo de críticas

Quatro anos depois do acidente entre o jato Legacy e o Boeing da Gol, que resultou na morte de 154 pessoas, entidades denunciam que boa parte dos problemas que vieram à tona na época, até hoje, não foram solucionados. Jornada de trabalho excessiva, controladores de voo pouco qualificados, equipamentos obsoletos e falhas no sistema de comunicação por voz entre pilotos e trabalhadores em terra são apenas algumas deficiências.

O diretor de segurança de voo do Sindicato Nacional dos Aeronautas, comandante Carlos Camacho, aponta o crescimento da frota de aviões no Brasil como um dos fatores de perigo para novos acidentes. "De lá para cá houve um incremento muito grande na frota das empresas aéreas. São quase 300 aeronaves só nas duas maiores empresas aéreas. O Brasil não está preparado para a frota que tem hoje", disse.

Camacho ainda critica o direcionamento de grande parte das conexões em voos nacionais para o aeroporto de Congonhas. "Congonhas é conexão de 21 grandes cidades. Basta olhar a pista para ver como está saturado. Você não consegue andar, não consegue sentar nas áreas de embarque e os testes de motor são realizados sobre a própria pista".

Para os que trabalham nas companhias aéreas, a jornada de trabalho é cada vez mais um motivo de preocupação. "A fadiga está hoje sofrendo um gerenciamento pelas empresas. Se isso ocorre, é porque tem algo acontecendo. O estresse laboral nas cabines é altíssimo e você não tem o menor controle no caso dos controladores de tráfego aéreo", relata o diretor.

Para Aeronáutica, voos estão mais seguros

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), ligado à Aeronáutica, destacou que muitas mudanças foram feitas para aumentar a segurança nos voos brasileiros. Segundo o órgão, o número de controladores de voo passou de 2.113, em 2006, para 2.828 hoje.

A formação dos controladores também foi qualificada nos últimos quatro anos. De acordo com o Decea, foi implantado o Programa de Elevação do Nível do Idioma Inglês com investimentos de R$ 4,5 a 5 milhões por ano.

O Decea destacou também a ampliação e atualização de radares e dos sistemas UHF e VHF, que auxiliam na navegação aérea. O departamento afirma que somente na região que engloba os Aeroportos de Viracopos, Congonhas e Guarulhos, em São Paulo, além de Galeão e Santos Dumont, no Rio de Janeiro, já foram investidos 150 milhões de reais. A previsão é de que esse valor seja dobrado até 2013.

Fonte: Tatiana Damasceno (Terra) - Foto: Reuters

Associação recolhe 36 mil assinaturas contra impunidade após acidente do voo da Gol em MT

A associação das famílias de vítimas do acidente entre o jato Legacy e o voo 1907 da Gol recolheu 36 mil assinaturas em uma campanha para cassar a autorização de pilotar dos norte-americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, tidos como os principais responsáveis pelo acidente - o jato pilotado por eles bateu contra o Boeing da Gol e deixou 154 mortos, em setembro de 2006.

Batizada de "190 milhões de vítimas", a campanha para a coleta de assinaturas conta com um site com informações sobre o acidente.

A campanha pretende pressionar as empresas American Airlines e Excelaire, que empregam os pilotos, a tomar medidas administrativas contra os dois. Investigação da Aeronáutica revelou que eles, além de outras irregularidades, desligaram o sistema anticolisão do avião que poderia ter evitado a tragédia.

Os dois pilotos são réus em um processo sobre o caso. Em decisão do começo de agosto, a Justiça determinou que este processo fosse unificado a um outro, relativo aos controladores de voo envolvidos no caso.

Nesta quarta-feira, quando o acidente completa quatro anos, a associação das famílias vai fazer também um ato simbólico de entrega das caixas pretas do Boeing e do Legacy para os representantes da American Airlines no Brasil, em São Paulo.

Em declarações anteriores, o advogado Theodomiro Dias Neto, que defende os pilotos no Brasil, havia dito que a associação é seletiva.

"Ela [a associação] elegeu os pilotos como os únicos responsáveis pelo acidente. Desconsiderando as conclusões do Cenipa e, principalmente, do relatório do NTSB, órgão de investigação de acidentes norte-americano, que aponta a responsabilidade primária do controle aéreo pelo acidente", disse.

"É absolutamente legítimo o pleito deles, mas as autoridades norte-americanas - após dois anos de investigação - não viram motivos que justificassem o cancelamento da licença deles", completou o advogado.

Fonte: 24 Horas News

Acidente no voo 1907 da Gol completa quatro anos com processos criminais estagnados

O acidente aéreo com o voo 1907 da companhia aérea Gol, no qual 154 pessoas morreram, completa quatro anos nesta quarta-feira (29) com os processos criminais ainda nas primeiras etapas. Até agora, ninguém foi responsabilizado pela Justiça, e os pilotos do jato Legacy, que se chocou com o Boeing da Gol e causou o acidente, permanecem livres, trabalhando em companhias aéreas dos Estados Unidos.

Para relembrar a data, familiares das vítimas realizam um ato hoje na sede paulista da American Airlines, empresa em que Jan Paul Paladino, um dos pilotos do jato, trabalha nos EUA.

Jan Paladino (esq.) e Joseph Lepore, que pilotavam o jato Legacy que se chocou no ar contra o Boeing da Gol, continuam voando normalmente nos EUA

A réplica de uma caixa-preta contendo as gravações dos equipamentos originais que estavam nas duas aeronaves será entregue aos representantes da empresa. Joseph Lepore, o outro piloto, também continua trabalhando no setor aéreo, na companhia ExcelAire.

Os parentes das vítimas querem pressionar as empresas a demitirem os dois pilotos. Eles são acusados por negligência e imperícia em dois processos sobre o acidente.

A Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo 1907, fundada pouco depois da tragédia, lançou no início desse mês a campanha “190 milhões de vítimas” para mobilizar a sociedade e exigir que a Justiça acelere os processos criminais contra ambos.

De acordo com a associação, nas últimas três semanas foram recolhidas, por meio do site da campanha e de redes sociais, 35 mil assinaturas para pedir a condenação dos pilotos. “Entendemos que pelo tempo que aconteceu o acidente e tudo que já foi apresentado à Justiça, esse processo já deveria ter sido concluído”, afirma Angelita Rosicler de Marchi, presidente da associação, que reúne cerca de 120 parentes e amigos das vítimas.

Angelita é viúva do executivo Plínio Luiz Siqueira Júnior, que morreu no acidente. “Para nós, todo brasileiro é uma vítima dessa situação, da falta de Justiça, da omissão dos órgãos responsáveis, enfim, de todos os pontos negativos que vêm se apresentando ao longo desse processo”, diz.

Entenda o processo

O acidente aconteceu a 37 mil pés de altitude, na região norte de Mato Grosso, próximo ao município de Peixoto de Azevedo. O avião da Gol fazia o voo de Manaus a Brasília e o Legacy ia de São José dos Campos (SP) em direção a Manaus, onde pousaria para, no dia seguinte, partir rumo ao exterior.

O relatório final do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), concluído em dezembro de 2008, apontou que uma série de fatores causaram o acidente, tais como o pouco conhecimento dos pilotos sobre a aeronave, ausência de planejamento de voo, falta de comunicação entre pilotos e o controle do espaço aéreo e falhas técnicas cometidas por controladores.

Os processos contra os pilotos foram instaurados na Justiça Federal de Sinop (MT) em 1º de junho de 2007, oito meses depois do acidente. Após mais de um ano e meio, em dezembro de 2008, o juiz Murilo Mendes absolveu, em primeira instância, os dois das acusações de negligência por não terem adotado procedimentos de emergência e de terem cometido falhas na comunicação com o os controladores. Foram mantidas, no entanto, as acusações de imperícia dos tripulantes e de não terem feito um planejamento de voo.

Na mesma decisão, o juiz absolveu completamente três dos quatro controladores de voo, mantendo apenas uma acusação contra Lucivando Tibúrcio de Alencar, de omissão na comunicação de frequência do console. Contudo, durante o processo, Mendes teve que se licenciar em razão de problemas de saúde, o que atrapalhou o andamento do julgamento, já que a Justiça Federal de Sinop encontrou dificuldades para encontrar substitutos.

Em fevereiro de 2009, o Ministério Público Federal (MPF) recorreu da decisão do magistrado e pediu que fossem mantidas as acusações contra os pilotos e controladores. A Procuradoria solicitou também que o processo fosse julgado no Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, alegando que a Justiça de Sinop não tinha condições de julgar o processo por não possuir estrutura nem material humano suficiente.

Em 11 de janeiro de 2010, o TRF suspendeu a absolvição aos pilotos do Legacy e manteve a mesma decisão da Justiça de Sinop sobre os controladores. Com isso, o processo voltou à primeira instância. Segundo Dante D'Aquino, advogado da associação de familiares, a próxima etapa do processo será uma audiência pública no dia 5 de outubro com o brigadeiro Jorge Kersul Filho, chefe da Cenipa na época do acidente.

Após essa audiência, segundo D'Aquino, o processo deve seguir para o interrogatório dos pilotos e do controlador. Depois, o TRF deverá proferir a sentença de primeira instância. A expectativa da acusação é que isso ocorra no primeiro semestre de 2011. Se forem condenados, a pena será de um a quatro anos de prisão. Caso recebam a pena mínima, o crime prescreverá em julho de 2011.

“Esperamos que essa prescrição não aconteça. Seria um caso de total descrédito, que seria muito prejudicial para o Poder Judiciário. Temos que alertar a sociedade para que cobre as autoridades”, afirma o advogado.

Fonte: Guilherme Balza (UOL Notícias) - Foto: Claudio Versiani (Folha Imagem)

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Acidente com avião da Gol completa quatro anos

Os dois pilotos do jato Legacy respondem pelo ocorrido, mas o processo pode prescrever em menos de um ano. Os familiares das 154 vítimas lutam para que o crime seja reconhecido.

Fonte: Globo News

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Tragédia da Gol: Campanha '190 milhões de vítimas' contra Lepore e Paladino

Está começando uma mega campanha publicitária bancada pela viúva de uma das 154 vítimas do acidente do Boeing da Gol em 29 de setembro de 2006. Criada pela agência WOW, o objetivo da campanha 190 milhões de vítimas é questionar a impunidade de Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, pilotos do jato Legacy que colidiu com a aeronave da Gol.

Além de propaganda na TV e internet, uma surpresa está sendo montada para constranger a American Airlines nos próximos dias. A empresa, que continua tendo Paladino entre os seus funcionários, vai receber dois modelos de caixa preta. Um terá o áudio desesperado dos pilotos da Gol no momento da queda do avião. O outro terá as falas de Lepore e Paladino admitindo que não sabem operar os sistemas do jato adequadamente.

Fonte: Lauro Jardim (Radar on-line - Veja.com)

MAIS

Vídeos da campanha:





Para conhecer melhor a campanha: 190milhoesdevitimas.com.br

domingo, 26 de setembro de 2010

Relatório mostra o que melhorou e o que ainda preocupa na aviação do Brasil

Foram necessárias 154 vidas para que o sistema aéreo brasileiro deixasse de ser uma caixa-preta para a sociedade. Trabalho excessivo e muito especializado para controladores de voo pouco qualificados, equipamentos reféns de zonas cegas e falhas no sistema de comunicação por voz entre pilotos e trabalhadores em terra são apenas alguns dos problemas graves escancarados com a tragédia do voo 1907 da Gol.

Quatro anos depois do acidente, que serão completados nesta semana, o funcionamento da aviação do país apresenta consideráveis mudanças. O próprio orçamento destinado pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) ao programa denominado segurança de voo, por exemplo, aumentou — enquanto em 2006 o valor pago (já contando os restos a pagar) pela rubrica atingiu R$ 128 milhões, neste ano já são R$ 189 milhões, de acordo com dados levantados pela ONG Contas Abertas a pedido do Correio.

Entretanto, questões cruciais do sistema, alvo inclusive de um estudo encomendado pelo governo federal depois do desastre, continuam em aberto. A pesquisa, finalizada este ano pela consultoria McKinsey, comparou a estrutura da aviação nacional com a de países desenvolvidos e em desenvolvimento (Alemanha, Austrália, Chile, China, Espanha, Estados Unidos, França e Reino Unido), constatando que só o Brasil não tem um planejamento integrado do setor — incluindo aeroportos, companhias aéreas e indústria. Outra diferença verificada é a subordinação da área ao Ministério da Defesa e não à pasta dos Transportes. O controle de tráfego aéreo para aviação civil vinculado a órgão militar também foi apontado como ponto fraco do país, além do fato de o órgão que investiga acidentes não ter independência, por estar ligado ao Comando da Aeronáutica, também responsável pelo controle de tráfego aéreo.

Ao fim, o relatório recomenda a transição da estrutura militar para civil, com o objetivo de ter qualidade técnica e independência no setor. O Ministério da Defesa foi procurado pela reportagem, mas não respondeu às perguntas encaminhadas sobre uma eventual desmilitarização. A Aeronáutica, por meio do Decea, destacou que houve aumento no número de controladores de voo, passando de 2.113, em 2006, para 2.828. A periodicidade do concurso para contratação também mudou. Antes acontecia duas vezes ao ano. Em 2007, houve quatro seleções. O ritmo até 2011, conforme o órgão, será de três concursos

anuais. Simulação real passou a ser feita na formação desses profissionais, após o acidente, bem como um programa de elevação do nível de inglês. O jato Legacy que se chocou com a aeronave da Gol, derrubando-a, era pilotado por americanos.

O Decea destacou também a modernização de radares e dos sistemas UHF e VHF, que auxiliam na navegação aérea. Para o comandante Ronaldo Jenkins, coordenador de Segurança de Voo do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas, a maior diferença se deu na atividade de controle do tráfego aéreo. “São as mudanças mais nítidas para nós. Houve modificações em relação às áreas monitoradas de Brasília e também dos setores amazônicos”, afirma

Jenkins. Há também recomendações relacionadas à utilização correta de equipamentos cruciais no acidente, como o transponder, que não foi ligado pelo jato Legacy e poderia ter evitado a tragédia, desviando o avião menor automaticamente ao perceber a aeronave da Gol em rota de colisão.

Fonte: Renata Mariz (Correio Braziliense)

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Voo 1907: STF nega trancar ação militar contra controladores

O Supremo Tribunal Federal (STF) negou, nesta quarta-feira, o pedido de trancamento da ação penal militar contra quatro controladores de tráfico aéreo. Os sargentos da Aeronáutica são acusados de responsabilidade no acidente entre o avião da Gol, que fazia o voo 1907, e o jato Legacy, que provocou a morte de 154 pessoas em setembro de 2006.

A solicitação ao STF foi feita pela Federação Brasileira das Associações de Controladores de Tráfego Aéreo (Febracta), que contestou a competência da Justiça Militar em julgar o crime. Processados pela 11ª Circunscrição Judiciária Militar por homicídio culposo, os militares alegaram que já respondem como acusados do mesmo crime na Justiça Federal.

O relator do caso, o ministro Joaquim Barbosa salientou que os controladores de voo não estão sendo processados na Justiça Federal e na Justiça Militar pela prática dos mesmos crimes. Segundo o ministro, apesar de tais ações penais terem se originado do mesmo fato, as imputações são distintas, por isso, "não há falar em conflito de competência ou bis in idem dupla punição pelo mesmo crime".

Quatro controladores de voo foram denunciados junto à Justiça Federal, com base no Código Penal, por atentado contra a segurança de transporte aéreo. Na ação em curso na Auditoria Judiciária Militar, três dos controladores de voo foram denunciados por crime previsto no artigo 324 do Código Penal Militar (inobservância de lei, regulamento ou instrução), delito previsto exclusivamente no diploma militar. Ainda na mesma auditoria da Justiça Militar, um dos sargentos responde por homicídio culposo, que tem igual definição na lei penal comum e na castrense.

Fonte: Terra

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Famílias vítimas do voo 1907 protestam contra impunidade de pilotos do Legacy

A associação das famílias vítimas do acidente da Gol lançou nesta segunda-feira em Curitiba (PR) uma campanha para protestar contra a falta de punição aos pilotos envolvidos no acidente do voo 1907 que deixou 154 mortos.

Entre terça e quarta-feira, estão previstas panfletagens em 23 locais (em especial aeroportos) de quatro capitais - São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Brasília.

Batizada de "190 milhões de vítimas", o principal objetivo da campanha é cassar a autorização para pilotar dos norte-americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, tidos como os principais responsáveis pelo acidente.

"Se eles continuam pilotando, continuam colocando em risco a vida de muitas outras pessoas. Eles precisam ter o brevê cassado para não matar mais ninguém", disse a diretora da associação Rosane Gutjahr, que perdeu o marido no acidente.

Os dois estavam no Legacy que se chocou com o Airbus da Gol. Investigação Aeronáutica revelou que eles, além de outras irregularidades, desligaram o sistema anticolisão do avião que poderia ter evitado a tragédia.

A ação, que utilizará atores vestidos de pilotos com máscaras de terror representando os norte-americanos, faz parte da programação do quarto aniversário do acidente ocorrido em 29 de setembro de 2006.

Nos panfletos e cartões de visita dos "pilotos assassinos" distribuídos nesses locais haverá o endereço do site criado pela associação (www.190milhoesdevitimas.com.br).

Além de todas as informações sobre o acidente, a página funcionará como uma espécie de abaixo-assinado online para tentar pressionar o governo norte-americano a cassar a autorização.

O advogado Theodomiro Dias Neto, que defende os pilotos no Brasil, diz que a associação é seletiva.

"Ela [a associação] elegeu os pilotos como os únicos responsáveis pelo acidente. Desconsiderando, as conclusões do Cenipa e, principalmente, do relatório do NTSB, órgão de investigação de acidentes norte-americano, que aponta a responsabilidade primária do controle aéreo pelo acidente", disse.

"É absolutamente legítimo o pleito deles, mas as autoridades norte-americanas - após dois anos de investigação - não viram motivos que justificassem o cancelamento da licença deles", completou o advogado.

Fonte: Rogério Pagnan (Folha.com) - Foto: Folhapress

Controladores querem trancar ação na Justiça Militar por acidente com avião da GOL

A Federação Brasileira das Associações de Controladores de Tráfego Aéreo (Febracta) ajuizou, no Supremo Tribunal Federal, Habeas Corpus em que pede, liminarmente, o trancamento de Ação Penal em curso contra quatro sargentos da Aeronáutica controladores de voo. Eles são acusados de serem responsáveis pelo acidente entre um avião Legacy e um avião Boeing 737-800 da Gol que provocou a morte de 154 passageiros e tripulantes do avião comercial, no dia 29 de setembro de 2006.

Processados na Justiça Militar (Auditoria da 11ª Circunscrição Judiciária Militar) por homicídio culposo, os militares, por meio de sua entidade de classe, alegam que já respondem como acusados do mesmo crime na Justiça Federal, na Vara Única da Subseção Judiciária de Sinop (MT).

Neste HC, eles se insurgem contra decisão da 3ª Seção do Superior Tribunal de Justiça, que rejeitou conflito de competência suscitado pelo juiz federal de Sinop. A Turma endossou voto do ministro Paulo Gallotti, que se fundamentou no enunciado da Súmula 90/STJ, segundo a qual “compete à Justiça Militar processar e julgar o policial militar pela prática do crime militar e, à comum, pela prática do crime comum simultâneo àquele”.

A Febracta lembra que também a juíza auditora da 11ª Circunscrição da Justiça Militar, Zilah Maria Callado Fadul Petersen, inicialmente suscitou conflito de competência, porém acabou apreciando a denúncia, mas a rejeitou e declarou-se sob suspeição, afastando-se do caso.

Da mesma forma, conforme lembra a entidade, o Ministério Público Federal questionou a decisão do STJ por meio de Recurso Extraordinário no Supremo Tribunal Federal, mas o recurso não foi apreciado em seu mérito por ausência de pré-questionamento.

A Febracta alega que seria inconstitucional o julgamento de um fato civil por um tribunal de exceção, e violação ao princípio do non bis in idem (julgamento duplo pelo mesmo crime).

Ao contestar o verbete que da Súmula 90/STJ, invocado pela 3ª Seção daquela Corte para admitir o duplo julgamento, ela observa que aquele verbete se refere a crime cometido por policial militar. Ademais, contesta o enquadramento por crime militar, sustentando que se trata de “conduta praticada em serviço de controle de tráfego aéreo da aviação civil”.

“A missão de um controlador de tráfego aéreo civil é assegurar que aeronaves decolem e pousem em segurança”, observa. “A missão do militar é orientar voos para alvos, interceptações e ataques, situações bélicas excepcionais em que aeronaves e pilotos podem ser até sacrificados.”

Segundo ela, “em todos os países da Europa e da América e, nos demais continentes, em expressivas nações como Japão, Austrália, China, Índia, e mesmo em países onde se registra um volume pequeno de tráfego aéreo, a administração da atividade é conduzida por civis, sob estritas regras voltadas para a segurança dos que voam e são sobrevoados”.

“Neste campo”, assinala, “falhas são registradas e tornadas públicas, providenciando-se rápida disseminação das informações a elas relativas, como estratégia de prevenção, de modo a que não venham a se repetir”.

Em direção contrária a eles, segundo a defesa, “o Brasil alinha-se ao Togo, Gabão e Eritréia, confundindo a administração da aviação civil com a defesa do espaço aéreo, onde a lógica militar impõe sejam ocultadas falhas na atividade, porquanto representariam fragilidade bélica em face de possíveis inimigos”.

Assim é que o artigo 18 da Lei Complementar 97/1999, regulamentando o artigo 142, parágrafo 1º da Constituição Federal, que trata das atividades das Forças Armadas e de sua regulamentação, relaciona, entre as atribuições da Aeronáutica, a de “orientar, coordenar e controlar as atividades de aviação civil (inciso I do artigo 18) e a de “prover a segurança da navegação aérea”(inciso II).

Entretanto, em sentido contrário a essa disposição, o artigo 178 da CF, “que efetivamente dispõe sobre a ordenação do transporte aéreo, aquático e terrestre, está inserido no capítulo “dos Princípios Gerais da Atividade Econômica”, afirma a Febracta.

Erros não sanados

A entidade alega que, em virtude da dupla função da Aeronáutica, falhas (por exemplo de radar e de radiocomunicação), “todas conhecidas e relatadas por mais de uma década”, deixaram de ser corrigidas e já quase provocaram outros acidentes. E tais falhas são conhecidas, segundo ela, pelo menos desde 1996, quando o avião presidencial “Força Aérea 01” “envolveu-se em um incidente de quase colisão com um avião de passageiros”.

Segundo a Febracta, tais falhas “foram identificadas, registradas. Comunicadas ao Alto Comando (da Aeronáutica) e, de modo absurdo, nunca foram corrigidas”. Em função do relatório do incidente com o avião presidencial em 1996, a Febracta intentou, inclusive, uma Ação Penal de iniciativa privada subsidiária da pública, contra os comandantes da Aeronáutica.

Por outro lado, como o órgão responsável pela prevenção é também o órgão responsável pela investigação, conforme a entidade, os comandantes da Aeronáutica, aos quais ela responsabiliza, “não adotaram medida preventivas, a despeito de todas as informações relativas às falhas de que dispunham”. E questiona: “Como esperar que investiguem com isenção a si mesmos?”

Ela afirma, ainda, que também o Ministério Público Militar é omisso em relação aos crimes cometidos por oficiais da Aeronáutica. “Por tudo acima exposto, é de se entender que a tipificação das condutas dos pacientes, segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público, projeta-se sob licenciosa tolerância à flagrante inconstitucionalidade de exercício de atividade econômica por Força Armada”, afirma, para concluir que “não há qualquer previsão legal para a especificidade da matéria, no Código Penal Militar”.

Por fim, a Febracta pede a suspensão da ação em curso na Justiça Militar e de todos os atos persecutórios em desenvolvimento naquela esfera judicial, até o julgamento do mérito do HC pelo Supremo. Com informações da Assessoria de Imprensa do STJ.

HC 105.301

Fonte: Revista Consultor Jurídico

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Perito: "comprovo que equipamentos do Legacy estavam desligados"

O perito e especialista em acidentes aéreos Roberto Peterka prestou depoimento nesta quarta-feira ao juiz federal substituto em Sinop, Fabio Henrique de Moraes Fiorenza, sobre dois laudos técnicos que demonstraram que o TCAS e Transponder (equipamentos de segurança de voo) estavam desligados, antes da decolagem dos pilotos americanos no jato Legacy que se chocou com o avião da Gol, em 2006. O acidente matou 154 pessoas no norte de Mato Grosso. O depoimento do perito levou cerca de três horas.

Segundo Peterka, no depoimento ele ressaltou ao juiz que, na caixa preta, não havia registros que o TCAS estava ligado. "Se um deles estivesse ligado (TCAS ou o Transponder) o acidente não teria ocorrido". A perícia foi entregue para a Justiça Federal em 2009, mas ela demorou 8 meses para ser concluída e possui mais de mil páginas.

"Eles (Joseph Lepore e Jan Paul Paladino) afirmaram que ligaram os equipamentos, mas eu comprovei que eles não ligaram. Essas informações foram confirmadas pelos dados da caixa preta e nos autos do processo. Eu estou convicto disso e comprovo", disse o perito.

Ao ser questionado sobre a conduta dos pilotos, Roberto Peterka, disse que não gosta de fazer juízo de valor e quem decidirá sobre a postura dos dois será a Justiça. O advogado e assistente de acusação no processo criminal, Dante D'Aquino, disse que a audiência com o juiz federal foi esclarecedora. Ele relatou que o processo está em seu curso normal e que agora é o momento da produção das provas.

O juiz irá ouvir o depoimento de mais duas testemunhas. "Depois dessa fase, será feito o interrogatório dos pilotos que podem ocorrer de três formas: carta precatória; pessoal (o que acho improvável) ou interrogatório por vídeo conferência. Havia uma tentativa por parte da defesa dos pilotos em atrasar o processo apresentando inúmeras testemunhas no exterior. Ainda bem que o juiz afastou a possibilidade desses depoimentos, pois entendeu que eles eram dispensáveis", diz Dante D'Aquino.

Na decisão do juiz federal tomada no dia 10 de agosto, ele pediu ao Comando da Aeronáutica e à Universidade de Brasília (UnB) a indicação de um profissional para prestar esclarecimentos sobre o sistema de controle de tráfego aéreo no Brasil. Além disso, será ouvido por carta precatória, o brigadeiro Jorge Kersul Filho, chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

Fonte: Juliana Michaela (Terra)

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Justiça de MT ouvirá perito sobre acidente com o voo 1907 da GOL na 4ª

Nesta quarta-feira (25), às 14h, na Vara Única de Sinop (500 Km ao norte de Cuiabá, MT), o juiz Fabio Henrique Rodrigues de Moraes Fiorenza, realizará a oitiva da testemunha técnica, Sr. Roberto Peterka, indicado pela Procuradora Federal, Analicia Trindade nos processos criminais que correm contra os pilotos norte-americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, pilotos do do jato Legacy, acusados pelo acidente ocorrido em 29 de setembro de 2006, com o boeing da Gol que deixou 154 vítimas.

Os pilotos norte-americanos são acusados de causar o acidente por não saberem operar a aeronave, não acionarem o equipamento TCAS, desligarem o equipamento transponder e, ainda, não cumprir o plano de voo e não seguir as regras internacionais da aviação civil.

O acidente, prestes a completar quatro anos no próximo mês de setembro, vem sendo julgado pela Justiça Federal, na Vara Única de Sinop, desde 2007. Durante esse tempo, os familiares das vítimas acompanham com ansiedade o desenrolar das investigações, a atuação do Ministério Público Federal e da Justiça Federal.

O perito em acidentes aéreos, Roberto Peterka e o assistente de acusação, Dr. Dante D’Aquino, que representa as famílias das vítimas, estarão em Sinop e poderão atender a imprensa após a oitiva da testemunha, marcada para às 14h, do dia 25.

Fonte: Gazeta Digital

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Juiz dispensa perícia e testemunhas sobre queda de avião da Gol

Para magistrado, não há necessidade de perícia no jato Legacy.

Trâmite para ouvir testemunhas no exterior é demorado.

O juiz Fabio Henrique Rodrigues de Moraes Fiorenza, substituto em exercício da Vara Única de Sinop, desistiu de ouvir testemunhas sobre a queda do avião da Gol, em 2006.

O Boeing da companhia aérea Gol, que viajava de Manaus para Brasília, foi atingido pelo jato Legacy, que seguia de São Paulo para os Estados Unidos, em setembro de 2006. Após a colisão, o avião da empresa brasileira caiu no norte de Mato Grosso, matando 154 pessoas. O jato Legacy pousou em uma base aérea, na Serra do Cachimbo, no Pará.

O juiz indeferiu o pedido de inquirição de testemunhas, porque seria um processo muito demorado. De acordo com a Justiça, seria necessário o envio de carta rogatória para outro país para ouvir testemunhas que são meramente abonatórias e falariam sobre as habilidades dos pilotos. Nenhuma presenciou o acidente.

O magistrado também decidiu que não há necessidade de realização de perícia no jato Legacy. Inicialmente, o procedimento foi solicitado porque poderia oferecer algum dado técnico importante sobre o acidente.

O juiz determinou ainda a expedição de carta precatória para a oitiva do chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), brigadeiro Jorge Kersul Filho, que é testemunha de acusação. Determinou também uma audiência em Sinop (MT) com o perito Roberto Peterka para o dia 25 de agosto.

A Justiça ainda determinou a expedição de ofícios para o Comando da Aeronáutica e para a Universidade de Brasília (UnB) para que sejam escolhidos profissionais dessas instituições para falar sobre o sistema de controle de tráfego aéreo no Brasil.

Fonte: G1

sábado, 3 de julho de 2010

Devolução obedeceu a padrão, afirma FAB

OUTRO LADO

Para Aeronáutica, não há irregularidade, pois a devolução das peças ocorreu dentro dos padrões internacionais

A Aeronáutica informou, por meio de notas, que a devolução dos equipamentos aos proprietários do Legacy ocorreu dentro dos padrões internacionais adotados pelo Cenipa e, por isso, não houve nenhuma irregularidade.

De acordo com a Aeronáutica, o equipamento foi entregue quando ainda não se sabia da decisão da Justiça de nomear o Cenipa como responsável legal pela guarda (depositário fiel).

Asa danificada do jato Legacy que se chocou no ar, em setembro de 2006, com o Boeing que fazia o voo 1907 da Gol

Ainda segundo ela, a guarda dos equipamentos ocorreu em tempo bem superior ao normalmente adotado, até mesmo pela importância do caso. "Durante todo esse período, não houve qualquer requisição oficial desse material", diz nota assinada pelo Centro de Comunicação Social da Aeronáutica.

O órgão também afirmou desconhecer o telefonema feito pelo juiz de Sinop, Murilo Mendes, ao chefe do Cenipa, informando sobre a guarda, conforme relatório do Ministério Público Federal.

A entrega, ainda conforme a nota, atendeu ao pedido feito por Sérgio de Almeida Sales, representante legal da ExcelAire Service no Brasil.

"Cabe informar que o material do Legacy [...] foi exaustivamente analisado e que os dados resultantes dessas análises constam do relatório final, documento este tornado público no dia 12 de dezembro de 2008."

A nota informa ainda que, no final de 2009, quando a Justiça "determinou a entrega do material", ele já havia sido enviado à empresa.

Ainda de acordo com a Aeronáutica, em maio deste ano, o chefe do Cenipa informou à Justiça sobre a recusa do encargo de fiel depositário. "Com base em jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça."

De acordo com a Aeronáutica, a função do Cenipa é investigar acidente (para evitar novos) e não fazer a guarda de peças de aeronaves. Isso porque, por ano, cerca de cem acidentes aéreos são registrados no país. "Mas [o Cenipa] permanecerá fiel ao cumprimento de todas as decisões emanadas pelo Poder Judiciário", diz trecho da nota.

Fonte: Rogério Pagnan/Folha.com - Foto (4.out.2006): Sérgio Lima/Folhapress

Aeronáutica entrega peças do Legacy a dona do jato

Repasse de equipamentos a investigada no caso pode prejudicar processo

Novas perícias perdem valor com o ocorrido; procuradora pediu explicações ao Cenipa para possível ação


Os principais equipamentos do Legacy (foto acima) envolvido no acidente com o Boeing da Gol, em 2006, foram entregues pela Aeronáutica à empresa norte-americana Excel Aire Service -dona do jato- sem autorização da Justiça.

Essa entrega, segundo o Ministério Público Federal, ocorreu de forma ilegal e pode prejudicar o andamento dos processos na Justiça porque praticamente inviabiliza novas perícias.

Os dois processos na área criminal, que buscam os culpados pelo acidente que deixou 154 mortos, estão na fase de produção de provas -etapa em que a Justiça pode determinar novas perícias.

As peças entregues à empresa -como a placa de rádio, o sistema anticolisão e a caixa-preta- são pontos centrais da investigação.

O material foi recuperado em maio passado pela Polícia Federal, em cumprimento à ordem da Justiça, depois de ficar cerca de sete meses em poder da ExcelAire.

Para a procuradora Analícia Ortega Trindade, responsável pelos casos, não há garantia de que nada foi alterado. Ela pediu explicações oficiais à Aeronáutica e pode entrar com ação por crime de fraude processual e improbidade administrativa.

Também pediu à Justiça que as peças fiquem em poder da polícia de Cuiabá.

A procuradora diz que a entrega foi injustificável, já que o chefe do Cenipa (órgão da Aeronáutica), o brigadeiro Jorge Kersul Filho, foi informado oficialmente da necessidade de guardar os equipamentos cinco meses antes de entregá-los.

O Cenipa diz que a devolução das peças à empresa ocorreu dentro dos padrões internacionais que adota.

Famílias

O advogado Dante D'Aquino, representante da associação das famílias das vítimas, disse que vai se reunir com a procuradora para tomar conjuntamente uma medida contra os oficiais do Cenipa.

"Qual motivo levaria o chefe do órgão que investiga o acidente a entregar os equipamentos ao dono da aeronave? Isso cheira muito mal", diz D'Aquino.

As peças foram apreendidas pela Polícia Federal em janeiro de 2007 e entregues ao Cenipa para perícias e investigação do acidente.

Para a Procuradoria, o Cenipa deveria devolver os equipamentos à Polícia Federal, e não a uma parte interessada no fim do processo.

A ExcelAire é dona do jato e empregadora dos pilotos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, acusados de causar o acidente ao desligar o sistema anticolisão da aeronave.

Fonte: Rogério Pagnan/Folha.com - Foto: FAB

terça-feira, 22 de junho de 2010

Voo 1907: defesa dos pilotos americanos pede oitiva de testemunhas

A defesa dos pilotos norte-americanos Joseph Lepore e Jan Paladino apresentou manifestação ao pedido da juíza federal Vanessa Gasques para esclarecimentos sobre a necessidade de ouvir tantas testemunhas no exterior nos dois processos criminais que respondem perante da Justiça brasileira, decorrente do acidente da Gol, ocorrido em 2006, na região de Peixoto de Azevedo.

Em sua decisão, de 11 de maio deste ano, a juíza destacou que, com as testemunhas da defesa dos pilotos, que foram indicadas e que residem fora do país, a lei processual "prevê que as ‘as cartas rogatórias só serão expedidas se demonstrada previamente a sua imprescindibilidade"". Complementou a juíza dizendo que os réus se limitaram apenas a indicar o nome e o endereço das testemunhas, sem informar a relevância de sua oitiva para a solução da causa. Por este motivo, Vanessa determinou a intimação dos réus para, no prazo de cinco dias, justificar a imprescindibilidade da oitiva das testemunhas residentes fora do país, sob pena de indeferimento.

Essa decisão foi dada pela juíza dias após assumir o caso que já está há mais de três anos na Justiça Federal e que poderá levar ainda mais tempo para ouvir todas as testemunhas da defesa, uma vez que todas as pessoas indicadas para serem ouvidas residem no exterior. Em resposta à decisão, a defesa dos pilotos insiste em realizar essas oitivas no exterior. Em sua manifestação, avaliada como insuficiente pelo advogado que representa as famílias das vítimas, Dante D"Aquino, a defesa resumiu-se a informar que as testemunhas "poderão testemunhar sobre os fatos relacionados ao voo e a qualificação dos réus".

Assistente de acusação no processo, D"Aquino afirmou que "há excesso de testemunhas para um fato que não deixou sobreviventes". Segundo o advogado, "a defesa tem o direito de arrolar testemunhas, mas o Poder Judiciário deverá controlar a pertinência e a necessidade de serem ouvidas dez pessoas no exterior sobre um fato que não deixou testemunhas".

"Nós acreditamos que ouvir essas testemunhas no exterior será prejudicial para o andamento do processo, não trará novidades para auxiliar no julgamento da causa e poderá retardar o andamento do caso, contribuindo para o sentimento que o povo tem sobre a morosidade da Justiça Brasileira".

A decisão sobre a necessidade de oitiva das testemunhas da defesa no exterior, fica agora a cargo da juíza Vanessa Gasquez. Os pilotos desistiram, apenas, das testemunhas residentes no Brasil, mantendo o pedido de oitiva das testemunhas do exterior, o que pode arrastar ainda mais o andamento do processo, pondo-o em risco de prescrição. "Pelo prazo que temos, entendemos que há risco de prescrição dos crimes, pois se for levado em consideração a pena mínima para o caso, que é de quatro ano, a prescrição ocorrerá em julho de 2011", diz Dante D"Aquino, representante das famílias das vítimas.

Como já informou Só Notícias, o acidente no Nortão, em 29 de setembro de 2006, foi o segundo maior da aviação civil brasileira. O boeing da Gol fazia o voo 1907, oriundo de Manaus (AM) com destino a Brasília (DF). Ao mesmo tempo o jato executivo Legacy vinha de São José dos Campos (SP) em direção a Manaus, onde pousaria para, no dia seguinte, partir rumo ao exterior. A 37 mil pés de altitude, na região de mata próxima ao município de Peixoto de Azevedo, a ponta da asa esquerda do jato Legacy colidiu com o boeing da Gol provocando danos que acarretaram a desestabilização e a queda do avião. O jato Legacy com todos os passageiros conseguiram pousar em uma base na serra do Cachimbo (PA).

Fonte: Só Notícias com assessoria

sábado, 29 de maio de 2010

TJ-MT: dona do Legacy deve depositar R$ 500 mil como garantia

A Justiça do Mato Grosso determinou que a empresa americana ExcelAir Service Inc, proprietária do jato Legacy 600 que colidiu com Boeing 747 da Gol Linhas Aéreas, matando 154 pessoas, em setembro de 2006, deverá depositar R$ 500 mil como garantia por uma eventual condenação por danos morais e materiais às famílias da vítimas, informou a corte nesta sexta-feira.

O pedido de caução apresentado pelos familiares estipulava a garantia em R$ 1,5 milhão, valor considerado excessivo pela corte. A 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Mato Grosso justificou que o depósito deveria ser feito pela falta legislação específica no Brasil que possa garantir a indenização dos familiares, no caso de uma condenação.

Para a relatora do processo, a juíza substituta Marilsen Andrade Addario, os familiares podem ser lesados no caos de condenação porque a empresa não possui patrimônio no Brasil. Na decisão, a magistrada citou a repercussão do acidente e o relatório final do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, que apontou indícios de responsabilização da empresa.

Fonte: Jornal do Brasil

Saiba mais sobre os passageiros e tripulantes que estavam no voo 1907

Confira abaixo mais informações sobre alguns dos passageiros e os tripulantes que estavam no voo 1907 da Gol, que caiu na sexta-feira (29) em Mato Grosso com 154 pessoas a bordo. Os nomes foram organizados por ordem alfabética.

Inicialmente, a Gol havia divulgado uma lista com 155 nomes, mas nesta quinta-feira descobriu-se que um erro havia incluído o mesmo passageiro sob dois nomes, Carlos Sousa e Carlos Souza Junior. Com isso, o número caiu para 154.

A



Adair de Melo Rodrigues gerente operacional, 41, tinha um filho e morava em Brasília.

Agamenon Araújo - Funcionário de cartório, 40, morava em Manaus. Ele visitava familiares em Brasília uma vez por mês.

Alexandre dos Santos - engenheiro florestal, 34, doutor em ecologia pela Universidade de Brasília. Trabalhava no Experimento da Grande Escala Biosfera-Atmosfera na Amazônia, sediado no Inpa. Coordenava um projeto em São Gabriel da Cachoeira e liderava pesquisas sobre micrometeorologia.


Ana Claudia Brito

Ana Maria Caminha Maciel Silva - médica, ela ia ver o filho, que fez aniversário no domingo, e depois viajaria para Recife, para encontrar familiares.

André Luis Carneiro da Fontoura Pereira - 31, casado, sem filhos, representante comercial.

Andreas Friendrick Kowalski - antropólogo, 48, estava no Amazonas a trabalho com comunidades indígenas.


Ângela Maria Conte Leite - bióloga, 54, tinha três filhos. Um deles, Mário Lleras, também morreu no acidente. Era de Brasília e morava em Manaus.

Antônia Carla Oliveira - babá de João Ariano, 1, que também estava no vôo. Morava em Manaus.

Antônio Jesus Armindo - cidadão português de Matosinhos.

Antonio Carlos de Mattos - engenheiro mecânico, presidente da Breitener Energética S/A, coligada do grupo Petrobras, residia no Rio.

Antônio Gregório da Costa Pessoa - empresário, 58, foi a Manaus a negócios. Morava na cidade de Americana, no interior de São Paulo.

Antonio Rodrigues Filho - era pastor da Igreja Evangélica Assembléia de Deus, 59, era casado e tinha dois filhos. Foi inaugurar uma obra missionária no Amazonas.

Átila Antônio Assad Rezende - 24, estudante de medicina da Ufam (Universidade Federal do Amazonas).

Augusto Mendes - casado, 42, era gerente da Xerox na Bahia e tinha dois filhos.

C



Carlos Cruz - casado, 26, um filho, morava em Goiás.


Carlos Souza Jr.

Charlie Oliveira

Claudemir Cardoso Rosa - soldador, era casado, tinha dois filhos. Era baiano e estava em Manaus havia dois meses, a trabalho.

Cláudio Murilo Gonçalves Cardoso - capitão-de-mar-e-guerra de reserva da Marinha, 53, era casado e tinha dois filhos. Ele era diretor de segurança de voo do Aeroclube de Brasília e estava em Manaus a trabalho.

Claúdio Avanci da Rocha - piloto de helicóptero da empresa de Aeróleo Táxi Aéreo, 39, era solteiro. Ele voltava de trabalho na base da Petrobras de Urucú.

D



Daniel Lleras - 5, filho de Mário Lleras.


Daniel Silva

Divino Silva

Dornélio Prado - funcionário público do Ministério da Fazenda, 51, era casado e tinha três filhos. Ele morava em Brasília e havia viajado a trabalho.

Douglas Hancock - cidadão norte-americano.

E



Eduardo Ribeiro de Souza - gerente regional do HSBC, 41, era casado e tinha três filhos.

Élcio Luiz Gonçalves de Anchieta - tenente-coronel intendente do Exército.

Eleta Cordero Pivoto - contadora, 54, ela ocupava o cargo de chefe da Divisão de Contabilidade da Copol (Coordenação-Geral de Programação e Logística), unidade gerencial responsável pela contabilidade e administração de recursos orçamentários e materiais da Receita Federal. Ela era servidora pública havia 22 anos. Ela havia ido a Manaus (AM) para ministrar um curso para colegas de unidades daquele Estado.

Elisabeth Barbosa da Costa - 22 anos.

Emanuelle Márcia dos Santos - tinha 22 anos e estava em projeto do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia).

Ênio de Oliveira - major do Exército, 39.

Erthelviane Bortolozo Nunes - auditora ambiental, morava na Grande Vitória, no Espírito Santo.


Esdras Lucas - coordenador de relacionamento com o mercado da Infraero.

Eteuvino Lins - morador da Grande Vitória no Espírito Santo, viajou para pescar.



Eugênio Carlos Lesqueves - engenheiro agrônomo aposentado, 58, era casado e tinha duas filhas. Havia viajado com um grupo de 12 amigos para pescar em rios do Amazonas. Morava em Cachoeiro de Itapemirim, no interior do Espírito Santo.



F



Fabiana Honorato Granjeiro Calandrini - médica radiologista, 35, morava em Manaus. Era casada e viajava com o filho, João Ariano, 1.


Felipe Silva

Francielle Ferreira Mendes de Rezende - 22, estudante de medicina da Ufam. Natural de Goiânia, viajava para visitar a família.


Francisco Alves de Oliveira - chefe da Divisão de Manutenção de Rádio da Radiobrás. Era casado e tinha três filhos. Ele voltava de uma viagem para Tabatinga (AM), onde visitou uma rádio local.

Francisco Augusto Marques Garcia Júnior - Tinha 34 anos.

Francisco Cavalcante

Francisco das Chagas Moura Loiola - gerente regional do HSBC, 44. Era casado e tinha três filhos.

Francisco Carlos Nart - docente do Instituto de Química da USP em São Carlos, 48, foi contratado pela universidade em 1987. Viajou com destino a Manaus para participar de avaliação de programas de pós-graduação. Era pai de dois filhos.

Francisco Anderson Geraldi de Farias - diretor financeiro da Breitener Energética S/A, administrador de empresas, diretor da Skanska Infra-Structure Development (Brasil) e residia em Sorocaba, interior de São Paulo.

Frederick Michel - gerente da H.Stern, 36, era casado e tinha duas filhas.

G



Gilcley Silva da Costa - técnico de informática, 27, seguia para Brasília para pedir a namorada, Ana Carolina da Silva Gomes de Sá, em casamento.

Gilson Iglesias Azeveredo - casado, tinha uma filha e trabalhava no Ministério do Planejamento.

Glécio Morais - casado, 24, uma filha, morava em Goiânia.


Gustavo Cabrerizo - piloto de helicóptero da empresa Aeróleo Taxi Aéreo, 40, era casado e tinha dois filhos. Voltava de trabalho na base da Petrobras em Urucú.

H



Hamilton Vianna de Almeida Júnior - Tinha 47 anos.

Helen Cristina Corrêa Garcia - empresária de Manaus, 35, era casada com Mario Braule Silva e mãe de Pedro, que também estavam no voo.

Hélio Antônio Godoy - dono de um loja de caça e pesca, 50, estava no grupo de pesca do Espírito Santo que foi ao rio Madeirinha.


Henrique Dias Barbosa - primeiro-sargento do Exército.

Huederfidel Viana - médico anestesista, 46, estava no grupo de pesca do Espírito Santo que foi ao rio Madeirinha. Era casado e tinha dois filhos.


Hugo Otto Beyer - professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 45, morava em Porto Alegre (RS). Voltaria sábado de uma palestra, mas antecipou o retorno. Era casado e tinha dois filhos.

I



Inez Marques

Ismar Rezende - microempresário de Goiânia, 57, era casado com Maria Rezende, que também estava no voo. O casal tinha dois filhos.

Ivan Copat - gerente de uma transportadora, 38, morava em Bento Gonçalves (RS). Estava no Amazonas, na matriz da empresa, havia 20 dias. Era casado e tinha filhos.

Izélia Monteiro de Melo - Tinha 59 anos.

J



Jaques Acker - gerente comercial de uma empresa de transportes, estava a trabalho no Amazonas e retornava para Bento Gonçalves (RS).


Janine Padilha - psicóloga, 30, moradora de Recife.

Joana D'Arc Ribeiro - pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, 53, era doutora em ecologia e ministrava aulas na Universidade do Estado do Amazonas. Tinha três filhos.

Joana Batalha Ignácio - agente da Polícia Federal, trabalhava em Manaus.

João Ariano Granjeiro Calandrini - filho de Fabiana Calandrini, 1.

João Eloi Ramos - casado, 49, dois filhos, prestador de serviços de Osasco.

João Leal - sócio-proprietário da agência Pantanal Turismo, João Leal era o responsável pela excursão que levou o grupo de pesca do Espírito Santo ao Amazonas.


José Barato

José Luis Coelho - Tinha 43 anos.

José Inácio Ferreira Trindade - analista de finanças do Tesouro Nacional.

Josenilda Ferreira Costa - casada, tinha uma filha e era musicoterapeuta. Trabalhava no Centro de Defesa da Criança e do Adolescente da Bahia e foi a Manaus fazer palestras para um programa de combate ao tráfico de seres humanos.

Joseane Falcão - analista de sistemas, 29, morava em Manaus, era casada e tinha um filho. Ela era coordenadora de teste de alta tecnologia da Quality Software Ltda., com unidades em Manaus, Rio de Janeiro e São Paulo.


Júlio Guidi - empresário do setor de mármore e granito, 39, estava no grupo de pesca do Espírito Santo que foi ao rio Madeirinha. Era casado e tinha dois filhos.

Júlio Mendes

Juvêncio da Silva - funcionário da Infraero, trabalhava como tesoureiro. Estava com o grupo de funcionários da empresa.

K



Karla Rejane de Almeida Neres - técnica, 29, trabalhava havia dois anos na Copol (Coordenação-Geral de Programação e Logística), unidade gerencial responsável pela contabilidade e administração de recursos orçamentários e materiais da Receita Federal. Ela havia ido a Manaus (AM) para ministrar um curso para colegas de unidades daquele Estado.

Keila Bressan - médica, 31, ia se casar com Oscar de Jesus, que também estava no voo.

Kelison Branco - engenheiro, 45, era casado e tinha uma filha.

L



Lavoisier de Souza Maia - segurança, 30, era casado e tinha um filho. Ele era irmão de Maria Zilda Maia, que também estava no voo.

Lazaro Gonçalves Sobrinho - engenheiro eletrônico, era professor da Universidade do Estado do Amazonas e tinha quatro filhos.

Leonardo Rodrigues Alves - casado, 44, dois filhos, trabalhava no Ministério da Defesa.

Lourdes Balbinotte Panizzi - comerciante, 53, era de Passo Fundo (RS) e foi a Manaus acompanhar a gravidez da filha.

Luana Freixo - consultora, Luana Freixo, 23, solteira, morava em São Gonçalo, no Rio, com os pais e a irmã de 27 anos. Formada em administração de empresas, estava em Manaus a trabalho para uma empresa multinacional. Luana fazia auditoria externa.



Lucas Lemos - primeiro-tenente do Exército, lecionava química no Colégio Militar de Manaus. Era casado, tinha uma filha e ia a Brasília ver a família.



Luiz Albano Vieira Custódio - dentista aposentado, 68, era casado e tinha cinco filhos. Estava no grupo de pesca do Espírito Santo que foi ao rio Madeirinha.



Luiz Antônio Pereira de Carvalho - empresário, 53, era casado e tinha dois filhos. Ele era sócio da empresa Petcon de Brasília.

Luiz Fabiano Bonaroski - programador do Banco ABN Amro, 33, era solteiro e não tinha filhos. Estava de mudança de Manaus para Curitiba, depois de ser transferido da empresa a pedido. Ficou um ano em Manaus.

Luiz Felipe Raphael dos Santos

Luiz Rogério Benedito Lobato - empresário da concessionária da Volkswagen, separado, três filhos. Estava no grupo de pesca do Espírito Santo que foi ao rio Madeirinha.



M



Marcelo Artur Madureira Azevedo - Tinha 45 anos.

Marcelo Ferreira Machado - morador da Grande Vitória (ES). Estava no grupo de pesca do Espírito Santo que foi ao rio Madeirinha.

Marcelo Lopes - casado, 25, tinha uma filha e morava em Anápolis (GO).


Marcelo Eduardo Fontes Lopes - Tinha 35 anos.

Marcelo Paixão Lopes - supervisor de negócios do HSBC, 29, solteiro.

Marcelo Rigueira Torres - funcionário de um laboratório farmacêutico, morava em Recife (PE). Deixou três filhos.

Marcio Aquino de Oliveira - empresário, 56, era casado e tinha dois filhos.

Maria Auxiliadora Cardoso Macena - Tinha 60 anos.

Maria das Graças Rickly - casada, 58, duas filhas, consultora, viajou a trabalho.

Maria José de Oliveira Rodrigues - 35, era babá de Pedro Henrique Garcia.

Maria das Dores Machado de Rezende - professora aposentada de Goiânia (GO), 57. Ela viajava com o marido, Ismar Rezende.

Maria Terezinha Benjamim - consultora de recursos humanos, 64, estava havia uma semana em Manaus, ministrando cursos. Ligou na sexta de manhã dizendo que chegaria ao Rio às 19h. Morava no Rio de Janeiro, era casada e tinha dois filhos.

Maria Valéria Cruz - especialista em qualidade total na Saúde, trabalhava na Fundação Osvaldo Cruz, no INCQS (Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde), órgão de referência nacional para as questões tecnológicas. Junto com o colega Nilo Duarte Doria, passou a semana trabalhando em Manaus, dando consultoria a um laboratório da Secretaria de Saúde do Amazonas.

Maria Zilda Maia - autônoma, 41, tinha dois filhos. Ela viajava com o irmão, Lavoisier Maia.

Marilene Leão Alves Bovi - engenheira agrônoma do Instituto Agronômico de Campinas, 58, estava em Manaus para participar de uma banca acadêmica. Chegou à cidade na quinta e voltaria no sábado, mas antecipou o voo. Morava em Campinas (SP).



Marina Padilha da Motta Mendes - Tinha 24 anos.

Mário Braule Silva - casado, 46, dois filhos, procurador-chefe do Incra. Seu filho Pedro também estava no voo.



Mário André Leite Lleras - publicitário, viajava com o filho, Daniel, e com a mãe, Ângela Leite.



Mário Malafaia - engenheiro agrônomo, 68, estava trabalhando em Manaus e costumava viajar para Brasília (DF) para ficar com a família. Era casado e tinha três filhos.

Marlon Machado - secretário Municipal de Serviços Urbanos de Cachoeiro do Itapemirim, 44, estava no grupo de pesca que foi ao rio Madeirinha.



Mauro Romano - casado, 50, engenheiro, fazia auditoria na Panasonic, em Manaus.

Michel Guimarães Rondini - consultor, 25, estava em Manaus a trabalho. Era de Hortolândia (125 km a noroeste de São Paulo).

Mozart Sant'Anna Junior - radiologista, 56, estava no grupo de pesca do Espírito Santo que foi ao rio Madeirinha.



N



Nelson Colognese

Nilo Duarte Doria - sanitarista, 47, era funcionário da Fundação Osvaldo Cruz e prestava consultoria a um laboratório da Secretaria de Saúde do Amazonas junto da colega Maria Valéria Cruz. Dória era especialista em hemodiálise.

O



Olga Macedo Tinha 76 anos.

Oscar de Jesus - dono de uma empresa de transportes em Manaus, ia a um casamento no Rio com a noiva, Keila.

Osman de Oliveira Mello - chefe do Departamento de Manutenção de Rádio da Radiobrás, 50. Ele voltava de uma viagem para Tabatinga (AM), onde montou uma rádio local. Era casado e tinha dois filhos.

Otto Bernard Witt Azevedo - primeiro-sargento da Aeronáutica, tinha sido transferido recentemente para o setor de resgate e salvamento da FAB. Era solteiro e não tinha filhos.

P



Patrícia Moreira

Paulo Cesar Felippe

Paulo Santos

Pedro Henrique Garcia - 3, filho de Helen Garcia e Mario Braule Silva, que também estavam no voo.

Pedro Magalhães Peixoto - 3, filho de Rosana Magalhães.

Plínio Luiz de Siqueira Júnior - executivo da Bombardier em Campinas, 38, viajava a cada duas semanas para tratar de negócios. Tinha filhos.



Q



Quezia Moreira - participava de projeto do Inmetro.

R



Rafael Barreto - técnico em informática, 28, estava noivo.

Rayssa Geovana Costa Naranjo - Tinha 2 anos.

Regina Gomes

Ricardo Leandro de Souza - dono da revista Sociedade Capixaba, 33, estava no grupo de pesca do Espírito Santo que foi ao rio Madeirinha.


Ricardo Radesca - engenheiro, 49, morava no Rio de Janeiro. Era casado e tinha um filho.

Ricardo Luis Bastos Tarifa - engenheiro agrônomo, era especialista em Floresta do Banco Mundial e viajava freqüentemente para Manaus para acompanhar um projeto-piloto de proteção de florestas tropicais. Mestre em Floresta e Meio Ambiente pela universidade de Yale (EUA), ele trabalhou durante cinco anos no Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia, período em que morou na Amazônia e realizou pesquisas. Não tinha filhos.


Rogério Barboza da Silva - Tinha 32 anos.

Rolf Ferdinando Giutjhar - diretor da GK & B Indústria e Componentes da Amazônia, 50, morava em Curitiba (PR). Ia freqüentemente a Manaus a trabalho. Era casado e tinha uma filha.

Ronaldo Noé - proprietário de uma ótica, 53, estava no grupo de pesca do Espírito Santo que foi ao rio Madeirinha. Era casado e tinha três filhos.



Ronivon Alves - funcionário da Yamaha, 29, foi a uma convenção da empresa em Manaus.

Rosana Karine Campos Magalhães - natural de Goiânia (GO), 27, era residente de medicina em Manaus, no Hospital Universitário Getúlio Vargas.

Rossana Raimondi Cavalcante

Ruth de Jesus - Natural de Teresópolis, era mãe de Oscar de Jesus, que também estava no voo.

S



Salustiano Rocha - Tinha 47 anos, era casado e tinha dois filhos.

Samantha Xavier Reis - psicóloga do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente da Bahia, 31, foi a Manaus fazer palestras para um programa de combate ao tráfico de seres humanos. Era casada e tinha um filho.

T



Thalita Lima

Tiago dos Santos Eustáquio - empregado da empresa Imunotec, 31, viajou para montar um equipamento da empresa.



V



Valdinei Roberto Barbero - bancário, morava em Monte Azul Paulista, no interior de São Paulo. Era casado e tinha filhos.



Valdomiro Henrique Machado - 61, consultor aposentado da Eletronorte.

Vandemir Ferreira de Oliveira - geofísico, gerente da Tecnologia da Informação. Entrou na Petrobras em 1977. Foi gerente, gerente-geral e chefe de divisões da empresa.

Vanessa Colli

Viviane Rossetti Carvalho - 22, estudante de medicina da Ufam.

W



Walter Pimentel

Tripulantes


Décio Chaves Júnior - comandante do voo 1907 da Gol, Décio Chaves Júnior, 44, registra 15 mil horas de vôo, segundo a Gol. Apenas pilotando Boeing 737 são 4.000 horas, de acordo com o vice-presidente técnico da Gol, David Barioni. Chaves ingressou na Gol em 22 de outubro de 2001. Ele iniciou sua carreira em 1980 e já foi piloto da Transbrasil. Chaves também assumiu o posto de instrutor da empresa.

Thiago Jordão Cruso - copiloto do avião, Tiago Jordão, 29, iniciou sua carreira em 1999 e ingressou na Gol em 2002. Ele registra 4.000 horas de voo como copiloto.


Renata Souza Fernandes - comissária - admitida na Gol no dia 1º de janeiro de 2001.

Rodrigo de Paula Lima - comissário - admitido na Gol em 12 de setembro de 2005, ele morava em Colombo (região metropolitana de Curitiba - PR) e fazia seu último voo antes das férias.


Sandra da Silva Martins - comissária - admitida na empresa no dia 13 de outubro de 2004.

Nerisvan Dackson Canuto da Silva - comissário - admitido na empresa em 15 de fevereiro de 2006.


Fonte: Folha de S.Paulo