Ministro da Defesa falou em comissão do Senado nesta quarta-feira (16).
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, falou à Comissão de Relações Exteriores do Senado nesta quarta-feira (16)
Jobim lembrou que o prazo final para a apresentação das ofertas é 21 de setembro e que todas as empresas estão apresentando novas propostas e detalhando as existentes. "Todas as empresas estão apresentando novas ofertas, e tudo isso é ótimo. Chega de o Brasil ser um mero comprador de "a", "b" ou "c", ou de ainda receber instruções de "A", afirmou.
Jobim referia-se às restrições como as que os Estados Unidos fizeram ao Brasil em 2005 quando impediram a venda de super tucanos para a Venezuela. Jobim lembrou que é advogado e, como tal, trabalha com antecedentes. Na sua avaliação, os antecedentes dos Estados Unidos nesse tipo de negociação não são bons.
Segundo o ministro, as empresas terão que dizer o que é transferência irrestrita (oferta da França) e o que é transferência necessária (oferta das autoridades americanas). Segundo Jobim, a França informou que a transferência irrestrita é total. No caso das conversas com as autoridades americanas, ele disse que foi mencionada a dificuldade de integração do sistema de armas, o que para o Brasil é considerado um problema.
O ministro informou que durante as conversas ocorridas há dez dias, o presidente da França, Nicolas Sarcozy, garantiu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a redução do preço da hora de voo do caça Rafale para 9,8 mil euros o custo total. Segundo o ministro, esse número foi calculado com base em fórmula francesa e, o valor que superar esse custo, o governo Francês banca. Ele não mencionou o valor da proposta anterior mas, segundo fontes do mercado, a oferta inicial da França previa o custo total da hora de voo em 14 mil euros.
Na conversa, relatou Jobim, o governo brasileiro informou que não seria possível fechar o negócio com os franceses em 7 de setembro exatamente por causa do preço, considerado muito alto, o que levou Sarcozy a apresentar uma nova oferta.
Fonte: Agência Estado via G1 - Foto: José Cruz/Agência Senado