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quinta-feira, 24 de setembro de 2020
Caça Gripen da FAB realiza primeiro voo no Brasil
Você já parou para pensar como é construído um avião?
Desde os tempos mais antigos da humanidade, voar como as aves é uma ambição que não sai da mente dos homens e mulheres. Nos primórdios da vida em sociedade, inventamos lendas e mitologias com homens capazes de voar, seja por “poderes” especiais, seja por engenhosidade, mas nunca tiramos da cabeça a vontade de dominar os ares.
No começo do século XXI, pela primeira vez na história, um veículo mais pesado do que o ar decolou com passageiros que o controlavam e voltou à terra firme em segurança – estava inventado o avião. Quem realmente o inventou – se os norte-americanos Irmãos Wright ou o brasileiro Santos Dumont – não vem ao caso agora, mas você pode conferir um pouco nessa história clicando neste link.
Nas asas da História
Com a invenção do avião, o ser humano se mostrou um verdadeiro mestre dos ares: basta pensarmos que as primeiras aeronaves saíram do chão em meados dos anos 1910 e durante a Primeira Guerra Mundial, que aconteceu de 1914 até 1918, já havia aviões de guerra usados para reconhecimento estratégico da movimentação dos inimigos. Mais impressionante ainda: apenas 66 anos após a invenção do primeiro avião, Neil Armstrong pisava no solo lunar conduzido por toda a tecnologia desenvolvida nesse período.
O processo de desenvolvimento e criação de um avião é complexo, extenso, exige uma evolução constante da tecnologia, além de envolver milhares de profissionais dedicados
Acho que já consegui convencer o leitor de que a habilidade que desenvolvemos para conseguir voar e toda a aviação em si é algo impressionante e muito importante. E se vocês, assim como eu que vos escrevo, sempre que viajam pelos ares por aí ficam se questionando como se constrói um veículo daquele tamanho, com aquela complexidade e que ainda é capaz de flutuar pelos ares como se fosse um pássaro, confira como é fabricado um avião de grande porte.
A Apollo 11 voou até a Lua apenas 66 anos após a invenção do avião
O início de tudo
O processo de desenvolvimento e criação de um avião é complexo, extenso, exige uma evolução constante da tecnologia, além de envolver milhares de profissionais dedicados. A fabricação de um avião passa por diferentes etapas desde o desenho, produção, transporte das peças de grande porte, montagem, testes de todos os sistemas, até a entrega da aeronave para o cliente.
Para entender melhor esse processo, conversamos com a Airbus, uma das maiores fabricantes de aeronaves civis e militares do planeta e responsável por criar o maior avião comercial de passageiros do planeta, o A380, capaz de conduzir até 853 passageiros em suas viagens. A empresa nos informou que tudo começa pelo desenho geral da aeronave, que é concebido pelos centros de engenharia da companhia.
Neles, os desenhos são avaliados e temas de integração são trabalhados na arquitetura, no desenho geral e no cálculo estrutural, tudo isso pensando naquilo que o cliente da Airbus precisa em suas aeronaves. Tomando a natureza como inspiração, mais especificamente os tubarões nesse caso, a companhia desenvolveu superfícies texturizadas que foram aplicadas na fuselagem e nas asas dos aviões.
O transporte é realizado por meio do serviço de uma frota de cinco aviões A300-600ST modificados, denominados 'Beluga'
As peças que vão formar o avião são fabricadas em instalações espalhadas por todo o planeta, indo dos Estados Unidos até a China e passando por vários países da Europa e da Ásia. As peças prontas são transportadas dos seus locais de produção até a linha de montagem final nas plantas de Toulouse, na França, e Hamburgo, na Alemanha. O transporte é realizado por meio do serviço de uma frota de cinco aviões A300-600ST modificados, denominados “Beluga”, pela sua curiosa estrutura que parece uma baleia e que permite a carga de asas completas da fuselagem.
O avião que transporta partes de aviões tem a cara de uma baleia fofinha
Hora de juntar tudo
Depois do transporte das peças maiores, as fuselagens dianteira e traseira devem passar por um processo de climatização a fim de evitar expansões ou contrações no material. Tais seções são unidas aplicando a técnica de rebitagem orbital. Os cabos e encanamentos de cada fuselagem são conectados e acoplados com seus homólogos, processo onde cada peça deve encaixar com precisão.
Os operários se encarregam do piso do avião, empregando painéis leves fabricados de materiais compostos, que posteriormente são revestidos com um material plástico
Depois da montagem dos grandes elementos estruturais, os esforços se concentram na conexão de cabos e encanamentos dos diferentes sistemas do avião. Os maços de cabos devem se unir e se estruturar de maneira lógica, de acordo com o desenho e com as indicações que cada cabo contém e está presente na etiqueta. Em seguida, esta quilométrica conexão multicor de cabos é recoberta com painéis e revestimentos térmicos e acústicos.
Montagem da aeronave
Quase um avião
Os operários se encarregam do piso do avião, empregando painéis leves fabricados de materiais compostos, que posteriormente são revestidos com um material plástico adequado para protegê-los. Na cadeia de produção, depois de montar os diferentes elementos estruturais, como a fuselagem, as asas e os estabilizadores horizontais e vertical, a aeronave avança no hangar pelas diferentes estações de trabalho.
O próximo passo é a montagem do trem de pouso: o principal e o de nariz
Ali se instalam e revisam diversas vezes os sistemas do avião (hidráulico, elétrico, combustível, entre outros) e as superfícies de controle. Logo, se colocam os pilões, que são as estruturas que servem de ancoragem dos motores à asa.
O próximo passo é a montagem do trem de pouso: o principal e o de nariz. Este sistema permite que o avião pouse no chão e, junto com os freios, absorva a energia cinética gerada durante o pouso, a partir deste momento, o avião pode se mexer com facilidade dentro do hangar.
A350 da então TAM em fase final de montagem
Mais parte importantes
Para continuar com a montagem do avião, prossegue-se com as superfícies de controle, como o leme direcional (vertical), e o profundor (horizontal) que tem a função de subir ou descer o avião; os ailerons, cuja missão combinada com o leme direcional, permite a aeronave fazer giros compensados, e os flaps, que aumentam a sustentação das asas, mudando sua aerodinâmica durante as decolagens e pousos.
Nesse ritmo de produção, a Airbus consegue produzir um A320 a cada sete horas em suas linhas de montagem
Depois disso, o cone da calda do avião, elemento importante para reduzir a resistência aerodinâmica da fuselagem, é colocado. Segue-se com o radome ou nariz do avião que esconde o radar e antenas, indispensáveis para a navegação. Para finalizar a fase de construção, os profissionais da Airbus equipam o interior da estrutura dos banheiros, cozinha, as cadeiras de 18 polegadas e os compartimentos para malas. Nesse ritmo de produção, a Airbus consegue produzir um A320 a cada sete horas em suas linhas de montagem.
Falta apenas o nariz e mais algumas partes
Finalização e acabamento
Finalmente, o propulsor é instalado e, posteriormente, os Sharklets, dispositivos aerodinâmicos na ponta das asas. Depois, começa um processo de testes dos sistemas de encanamento, hidráulico, a condutividade elétrica e o bombeamento de ar comprimido na cabine (necessário para garantir oxigênio suficiente aos ocupantes quando o avião alcança uma grande altitude). Também é realizado testes minuciosos para o funcionamento das asas e do leme.
Com tudo isso realizado, basta o cliente verificar se está tudo conforme seu gosto para que a entrega seja feita
Nesta fase, também é realizada a pintura do avião com materiais resistentes aos raios UVA e as cores da linha aérea compradora ou com o tema escolhido pelo cliente. Depois de todo esse processo, o avião passa para a fase de certificação. Neste momento, a aeronave deve superar rigorosas provas preparatórias de voo, como potência de frenagem, flexão máxima de asa em carga limite, testes de pressão de fuselagem e fadiga, desempenho em condições extremas de calor e frio, decolagens em baixa velocidade, entre outros.
Tudo pronto para viajar!
Com tudo isso realizado, basta o cliente verificar se está tudo conforme seu gosto para que a entrega seja feita. E assim uma nova aeronave é fabricada e está pronta para cruzar os ares levando passageiros para seus destinos ou cargas para seus destinatários em qualquer canto do mundo.
Fonte: Mega Curioso - Imagens: Reprodução
quarta-feira, 23 de setembro de 2020
Aconteceu em 23 de setembro de 1983: 112 mortos em explosão por bomba em voo da Gulf Air
Na sexta-feira, 23 de setembro de 1983, o Boeing 737 -2P6, prefixo A4O-BK, da Gulf Air (foto acima), partiu do Aeroporto Internacional de Karachi, no Paquistão, para realizar o voo 771 com destino a Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos, levando a bordo cinco tripulantes e 107 passageiros.
Entre os passageiros, havia 96 cidadãos paquistaneses, muitos retornando aos empregos em Abu Dhabi e Bahrein depois de passar o feriado de Eid al Adha com suas famílias no Paquistão. Havia também sete passageiros do Reino Unido, um dos Estados Unidos e um do Irã.
Quando a aeronave estava se aproximando do Aeroporto Internacional de Abu Dhabi , uma bomba explodiu no compartimento de bagagem.
O avião caiu no deserto perto de Jebel Ali entre Abu Dhabi e Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Todos os cinco membros da tripulação e 107 passageiros morreram.
A investigação foi realizada pelo American National Transportation Safety Board (NTSB), e eles divulgaram um relatório de 400 páginas sobre suas descobertas, que não foi publicado imediatamente na região do Golfo Pérsico.
O relatório foi revelado em setembro de 1987 pelo político britânico Sir Dudley Smith, sob pressão dos pais da aeromoça britânica Lyn Farthing, que morreu no acidente.
O relatório incluiu uma descrição dos últimos momentos na cabine, incluindo uma descrição do capitão de Omã Saoud Al Kindy orando enquanto o avião mergulhava no deserto.
A reportagem mencionou que tudo a bordo do voo estava perfeitamente normal e transcrições de voz mostravam a tripulação conversando entre si. Um perguntou ao outro se estava de serviço no dia seguinte, ao que ele respondeu "Não, amanhã tenho um dia de folga". Isso foi seguido por uma interrupção repentina e a gravação mostrou os pilotos fazendo uma tentativa frenética de controlar o avião.
Foi relatado que um passageiro que despachou a bagagem em Karachi, mas nunca embarcou no avião.
A bomba foi aparentemente plantada pela Organização Abu Nidal (em homenagem ao próprio Abu Nidal), para convencer a Arábia Saudita a pagar dinheiro de proteção a Nidal, a fim de evitar ataques em seu solo.
Certificados de óbito emitidos para os passageiros a bordo mostraram a causa da morte como asfixia .
Fontes: Wikipedia / ASN - Imagens: Reprodução
Hoje na história: 23 de setembro de 1913 — Roland Garros efetua a primeira travessia do Mediterrâneo em um avião
No dia 23 de setembro de 1913, o pioneiro da aviação francesa, Roland Garros, entrou para a história ao realizar a primeira travessia aérea, sem escalas do Mediterrâneo, em 7h53m, apesar de problemas com o motor quando sobrevoava a Córsega.
A aventura dele começou na cidade de Fréjus, na costa sul da França. Restavam-lhe cinco litros de combustível quando pousou em Bizerte, na Tunísia.
Tenista e ciclista amador, naquele mesmo ano (1913) conseguiu estabelecer um novo recorde de altitude, atingindo 18.410 pés, e um ano depois, com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, alistou-se voluntariamente nas forças aéreas do exército francês.
Sua perícia nas nuvens não impediu que realizasse em 1915 um pouso de emergência na Alemanha, onde foi capturado. Permaneceu durante três anos em um campo de prisioneiros, mas conseguiu fugir usando um uniforme do inimigo.
Depois de passar pela Holanda e pelo Reino Unido, voltou a Paris e retomou o combate. Pilotava um SPAD S.VII, mas um Fokker D VII das forças inimigas o abateu e ele morreu em 1918, quando não tinha completado 30 anos.
Pioneiro também no desenvolvimento de um sistema de metralhadoras que permitia disparar através das hélices o avião, após a morte foi ganhando reconhecimento. Mort pour la France – distinção nacional em honra aos caídos em combate e oficial da Legião de Honra, em 1928 foi homenageado para sempre.
Um ano antes, seus compatriotas René Lacoste, Henri Cochet, Jacques Brugnon e Jean Borotra – conhecidos como Os Quatro Mosqueteiros do tênis francês – derrotaram os Estados Unidos na Copa Davis, em uma série decidida na Filadélfia.
Para sediar a final, a Federação Francesa de Tênis (FFT) decidiu construir um estádio em menos de um ano, muito perto da Porte d’Auteuil, que recebeu o nome de Roland Garros.
Fontes: history.uol.com.br / El Pais - Foto: Wikimedia Commons
Avião é consumido pelo fogo após pouso forçado em fazenda de Novo Progresso (PA)
O acidente ocorreu em uma propriedade rural aproximadamente 1km da pista da pedreira no município de Novo Progresso, no estado do Pará.
Conforme apuração da reportagem do Jornal Folha do Progresso que esteve no local , a aeronave da empresa “Metralha” tinha acabado de decolar da pista da pedreira, carregado de óleo diesel, houve falha mecânica, o piloto teve que pousar na pastagem, saiu ileso, não teve vítimas. Um animal (bovino) foi decolado pela hélice do avião.
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