"Será um teste de bancada, que não faz nenhuma movimentação, a não ser uma simulação do tiro desse motor. Permitirá que nós verifiquemos a quantas andam os aperfeiçoamentos com vistas ao futuro lançamento desse foguete em bases reais, que deve se dar em 2012. Vários requisitos de segurança foram trabalhados, com o fim de atingir melhor performance e uma atualização do escopo técnico do projeto", afirmou à Agência Brasil o presidente da AEB, Carlos Ganem.
Na supervisão das adequações técnicas está o coordenador de veículos lançados da AEB, Ulisses Côrtes Oliveira. Ele informou que o projeto do VLS-1B passa por uma "revisão crítica" de todos os seus principais componentes. "A parte de proteção térmica estrá sendo testada. Outra alteração foi o aumento do espaço vazio para a expansão dos gases e a mudança mais significativa no sistema de ignição, dispositivo mecânico de segurança, que evita que a energia transite por circuitos de forma indesejada", explicou Oliveira.
Todo o custo operacional que envolve a realização do teste do motor é estimado em US$ 1 milhão. Segundo o presidente da AEB, um valor compatível com o alvo tecnológico mirado pelo projeto do lançador de satélites.
"Os números em um programa espacial surpreendem pela magnitude, mas surpreendentes também são os benefícios que se gera para toda a sociedade brasileira. Não há mais programas de telecomunicações que não se possam apoiar em satélites; você não faz monitoramento convincente de tráfego aéreo sem satélites, não se faz comunicações diplomáticas e governamentais com segurança sem satélites", argumentou Ganem.
O cronograma do governo prevê dois laçamentos experimentais antes do procedimento completo e oficial estimado para 2012. Em 2010 seria lançada um primeira versão do VLS-1B sem carga, parcialmente abastecida, e no ano seguinte uma segunda versão, com tanques cheios. "É um passo importante para testar, além dos motores, toda a geometria da rede elétrica e das torres", ressaltou o coordenador Oliveira.
Fonte: Agência Brasil